Bolha imobiliária em São Paulo – balanço e expectativas
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Bolha imobiliária em São Paulo – balanço e expectativas

31 de março de 2015

Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

O objetivo deste estudo é fazer um balanço da bolha imobiliária em São Paulo ao final de 2.014 e quais as  expectativas para 2.015 e próximos anos, utilizando pesquisas do SECOVI SP (Sindicato das construtoras de São Paulo), CRECI SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo), Lopes Imobiliária, Lello Imobiliária, Folha de São Paulo, EMBRAESP, informações do www.imovelweb.com.br, PNAD do IBGE, ABECIP / Banco Central, relatórios oficiais de construtoras, ReclameAqui,  e  outros, com os links das referências e os critérios adotados citados no decorrer do trabalho.

Oferta e demanda por imóveis em São Paulo:

Para ofertas a base serão anúncios do imovelweb (www.imovelweb.com.br) em 21/novembro/2014, para casa padrão e apartamento padrão e quanto a vendas de imóveis novos, a base é a PMI (Pesquisa do Mercado Imobiliário) do SECOVI SP, com dados de janeiro/2014 a dezembro/2014, acessados a partir do link http://www.secovi.com.br/pesquisas-e-indices/indicadores-do-mercado/. Para usados, serão utilizadas as pesquisas do CRECI SP em São Paulo (Capital), do período de janeiro/2014 a dezembro/2014, disponíveis no link http://www.crecisp.gov.br/pesquisas/pesquisa.asp.

Manterei o padrão de trabalhos anteriores, considerando as vendas para compradores finais e não as transferências para investidores com finalidade de revenda ou aluguel futuro, sendo assim, mantidas as premissas de que apenas 20% das vendas de 1 dormitório novos são para compradores finais (fonte: http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/2013/10/1355571-apartamento-de-um-dormitorio-torna-se-nicho-de-investidores.shtml) e para demais topologias, até junho/2014, 63% das vendas de novos são para compradores finais (fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,investimento-e-objetivo-de-37-dos-compradores,186381,0.htm), considerando que a partir de julho/2014 tivemos redução dos investidores para patamar de 20% (fonte: http://www.emorar.com.br/investimentos-em-imoveis-diminuem-20/ ), sendo que no caso de usados, foi considerada a quantidade total apontada nas pesquisas do CRECI SP em todo o período.

Os critérios acima são favoráveis para o segmento imobiliário, na medida em que assumo que em apenas um site teríamos toda a oferta de imóveis novos mais usados para a cidade de São Paulo, sabendo que muitas ofertas de novos não constam neste site, considerando maior volume de vendas para compradores finais em função da queda de investidores e tendo feito a pesquisa de ofertas só com dois tipos de imóveis (apartamento e casa padrão).

Como estavam oferta e demanda de imóveis em São Paulo ao final de 2014?

Post 38 imagem 1 anos de vendas de imóveis por tipologia

Pelo que podemos ver nos números acima, temos uma oferta extremamente elevada, no caso de imóveis de 3 dormitórios esta oferta é o suficiente para mais de 14 anos de vendas e para 4 dormitórios, mais de 24 anos de vendas, considerando vendas de novos para compradores finais mais vendas de usados, é algo absolutamente anormal, típico de bolha imobiliária!

Vamos comparar a pesquisa acima com outras três anteriores, que utilizaram as mesmas bases de dados, que constam nos links: http://defendaseudinheiro.com.br/mitos-e-verdades-da-bolha-imobiliaria-parte-i, http://defendaseudinheiro.com.br/a-evolucao-da-bolha-imobiliaria-em-sao-paulo  e http://defendaseudinheiro.com.br/raio-x-da-bolha-imobiliaria-em-sao-paulo :

Post 38 imagem 2 ofertas versus vendas evolução pesquisas

Mesmo com maior percentual de vendas para compradores finais a partir de jul/14 na última pesquisa, oferta e demanda continuam anormais. Vamos analisar melhor esta situação:

Imóveis novos – oferta, demanda, lançamentos e estoques:

Post 38 imagem 3 lançamentos vendas e estoque de imóveis novos 2014

Até 2010, oferta e procura estavam equilibrados, já em 2011 o estoque aumentou em quase 10.000 unidades e não caiu mais, voltando a subir em 2014. O que causou esta situação? Com anormal volume de investidores a partir de 2.008, no ato da entrega em 2.011 tivemos uma forte concorrência entre os investidores que recebiam imóveis para revender e construtoras, junto com distratos em volume anormal e preços dos imóveis já inviáveis para renda das famílias, gerando forte redução de vendas e aumento de estoques em 2.011.

Observamos acima uma piora sensível para imóveis novos em 2.014 em São Paulo, em especial na relação entre estoque e vendas. Vejamos o gráfico abaixo:

Post 38 imagem 4 estoque de imóveis novos em meses de vendas

Como chegamos a uma proporção tão maior em 2.014 entre estoque de imóveis novos com construtoras em relação a vendas que realizam? Vamos analisar mês a mês em 2014:

Post 38 imagem 5 vendas lançamentos e estoques de novos em 2014

As dúvidas acima são relevantes: qual o sentido de aumentar lançamentos quando vendas estão em queda e estoques em patamar recorde? Nenhum segmento de negócio faz isto, é algo absolutamente anormal, qual a razão? Vejamos os motivos, relacionados a nossa bolha:

1) Em 2.011 tivemos um recorde de lançamentos e vendas falsas em São Paulo e os preços continuaram crescendo, com prazo médio de construção de 3 anos, em 2.014 batemos todos os recordes quanto a distratos. As vendas falsas foram extremamente úteis para inflar a bolha, pois simularam demanda aquecida que atraiu volume anormal de especuladores e a combinação destes fatores, permitiu crescimento artificial e relevante nos preços dos imóveis, de forma muito rápida, gerando elevadas comissões e bônus para corretores e executivos do segmento imobiliário. O problema, é que com o crescimento absurdo dos distratos em 2.014, que já vinham em volume anormal em anos anteriores, se as construtoras não aumentassem os lançamentos e as vendas de lançamentos, poderiam ter uma situação de “vendas negativas”, ou seja, o volume de cancelamentos ser maior do que o de vendas, o que chamaria demais a atenção de todo o mercado para todo este esquema de pirâmide que elas construíram. Por que precisam lançar tanto, não seria mais fácil vender o estoque já existente, que é recorde? A necessidade de lançarem tanto é porque no lançamento é que conseguem fazer o maior volume de vendas falsas, ou seja, basta encontrar uma grande quantidade de pessoas para assinarem contratos de compra e venda, mesmo que não tenham nenhuma condição para adquirir crédito imobiliário no futuro e isto já simulará um volume de vendas que compesará os cancelamentos das vendas falsas do passado, ou seja, estão “pedalando a bicicleta”, gerando vendas falsas para esconder o cancelamento de vendas falsas do passado ;

2) Até agosto/2014 o segmento imobiliário vinha com quedas nas vendas superiores a 40% na comparação com 2.013. Após isto, o alto volume de lançamentos e vendas falsas sobre os mesmos, permitiu uma pequena redução neste percentual, que fechou o ano com queda superior a 35% nas vendas na comparação com 2.013. O segmento imobiliário fez uma tentativa desesperada de simular novamente uma demanda aquecida, no entanto, sem sucesso, porque não só o volume de investidores na planta caiu pela metade, como tiveram dificuldade em manter o volume de vendas falsas na planta (até os incautos estão em falta) ;

3) As vendas falsas na planta ajudam a impulsionar o preço médio dos imóveis: como as construtoras podem colocar o valor que quiserem para vendas na planta, mesmo que completamente desconectado da renda das famílias, uma vez que esta venda não irá se concretizar de qualquer forma (distrato no ato da entrega), estes valores mais elevados ajudam a inflar artificialmente o preço médio dos imóveis e assim contribui para manter a ilusão quanto ao eterno crescimento dos preços.

Importante: o SECOVI SP omite dados de imóveis com mais de 36 meses e tivemos crescimento relevante destes em estoque por redução de vendas durante a construção e aumento em distratos, estes não estão computados acima, nem imóveis com especuladores.

Imóveis usados: demanda e evolução do financiamento imobiliário (fonte: CRECI SP):

Post 38 imagem 6 vendas de imóveis usados em São Paulo 2008 a 2014

Pelo que podemos observar acima, as vendas de imóveis usados em 2.014 também foram as piores de toda a série histórica (segundo CRECI, antes de 2008, critério era diferente). Será que tivemos alguma outra situação anormal percebida durante 2.014 quanto a usados? Vejamos:

Post 38 imagem 7 média crédito imobiliário 1s e 2s 2014 usados

Os números acima são uma média de cada semestre. No total do crédito imobiliário em relação ao total das vendas, observamos que foi mantida uma constância (57,10% no primeiro semestre, 58,79% no segundo semestre). No primeiro semestre, a participação da CEF em relação ao total do crédito imobiliário foi pouco acima de 63%, algo próximo da média histórica que alcançou 70% no acumulado até aqui, no entanto, no segundo semestre, pela média, a CEF respondeu por mais de 91% de todo o crédito imobiliário concedido, algo absolutamente anormal e que nunca havia acontecido antes.

Antes de avaliarmos as informações acima, vamos ver os dados mensais:

Post 38 imagem 8 crédito imobiliário mensal

Analisando o gráfico acima, percebemos que os bancos privados passaram a fugir de forma intensa do crédito imobiliário a partir de julho/2014 e só retomaram a partir de dezembro/2014. O que isto significa? Seria medo dos bancos privados quanto a bolha imobiliária? Pela legislação brasileira, se o imóvel se desvalorizar muito e tivermos inadimplência no crédito imobiliário, o banco pode vender este imóvel em um leilão, mas se não recuperar o saldo devedor do mutuário, o prejuízo fica com o banco.

A situação acima foi apontada como grave pelo CRECI SP, que cobrou do Governo uma pressão sobre os bancos privados, para que os mesmos concedessem mais financiamentos imobiliário. Segue abaixo o link para a pesquisa do CRECI de julho/2014 e um trecho sobre isto:

http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2014/pesquisa_capital_julho_2014.pdf

Trecho do link acima: “O presidente do Creci de São Paulo acrescenta que o mercado não cria regras, e que por isso cabe ao governo federal evitar que os financiamentos da CEF sejam reduzidos no ano que vem. “É também dever do governo federal aumentar a pressão sobre os demais bancos para que cresçam os empréstimos para a compra da casa própria”, enfatiza.”

O Governo atende rapidamente a demanda do segmento imobiliário, criando um mecanismo de chantagem para obrigar os bancos privados a concederem mais crédito imobiliário: parcela relevante do compulsório dos bancos fica retido sem nenhuma rentabilidade e só pode ser resgatado se for para crédito imobiliário ou automotivo. Esta decisão foi divulgada em agosto/2014, logo depois da solicitação do segmento imobiliário. Detalhes no link abaixo:

http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1492816&tit=Governo-estimula-credito-para-tirar-economia-da-estagnacao

O resultado de qualquer forma foi bastante tímido, porque no total de 2.014 tivemos uma queda superior a 29% nas vendas de imóveis usados na comparação com ano de 2.013.

O que podemos concluir quanto à oferta e demanda de imóveis novos e usados em São Paulo, é que apesar de todas as ações apelativas das construtoras e do Governo para auxiliar a este segmento, o mesmo ainda apresentou péssimos resultados, com quedas muito relevantes nas vendas. Vamos agora avaliar que outros fatores influenciaram para estes resultados:

Renda das famílias e preços de ofertas e de vendas de imóveis:

Post 38 imagem 9 pirâmides de renda oferta e vendas

A situação de total distorção entre renda e preços dos imóveis, que apresentei em trabalhos anteriores, também tem piorado: pelo que consta acima, temos menos de 10% das famílias com renda para adquirir imóveis acima de R$ 500 mil, sendo que menos de 10% das vendas realizadas em dezembro/2014 foram para esta faixa de preços, enquanto os preços dos anúncios continuaram completamente desproporcionais, com mais de 70% dos imóveis anunciados por preços acima de R$ 500 mil. É esta distorção cada vez mais clara que torna pífias as apelações de Governo e segmento imobiliário para tentarem uma recuperação.

Não podemos esquecer o que já apresentei em trabalhos anteriores: segundo o IBGE, mais de 70% das famílias já possuem imóvel próprio. Embora não exista segmentação nesta pesquisa do IBGE, é natural supor que para famílias com renda superior a 20 salários mínimos este percentual deve ser ainda maior, talvez superior a 90%, sem contar aquelas famílias que simplesmente decidiram não comprar imóveis por diversos motivos (mobilidade, liquidez, etc).

Vejamos abaixo a evolução das faixas de preços de imóveis anunciados e vendidos:

Post 38 imagem 10 preços de ofertas versus vendas por faixa

Por aqui podemos observar como tem evoluído os preços anunciados: mesmo com quedas relevantes em vendas, tanto de novos quanto usados em 2.014, a distribuição dos preços anunciados permaneceu intacta, com anúncios de preços acima de R$ 500 mil representando mais de 70% do total.

Já no caso das vendas realizadas, tivemos uma mudança radical, pois em apenas 1 ano, de dezembro/2013 a dezembro/2014, a participação dos imóveis acima de R$ 500 mil caiu de 37,72% para 9,86%.

Como sempre digo, o que consta acima é a eterna disputa entre a ilusão dos preços anunciados e a realidade dos preços das vendas efetivadas.

Será que com quedas tão relevantes em vendas, com bancos fugindo do crédito imobiliário, com diminuição relevante nas vendas de imóveis mais caros e principalmente, com estoque de imóveis sem vender que é o recorde de todos os tempos, inclusive quanto a sua proporção em relação às vendas, os preços poderiam ter se mantido ou aumentado, como o segmento imobiliário tenta nos convencer? Será que a lei de oferta e procura não é aplicável para queda de preços de imóveis, como tantas vezes os “especialistas” deste segmento insistem em dizer? Como de praxe, vamos ver o que os fatos dizem quanto às questões acima.

Lei de oferta e procura:

Primeiro, para eliminarmos o mito de que os imóveis não baixam de preço, poderia utilizar os exemplos das bolhas imobiliárias que explodiram em outros países, no entanto, um representante do segmento imobiliário certamente diria que “no Brasil é diferente”, portanto, vou pegar um caso da própria cidade de São Paulo, a bolha dos flats, de 10 anos atrás:

http://web.archive.org/web/20090322201140/http://veja.abril.com.br/vejasp/especial_guia_imobiliario/p_124.shtml

Trecho 1 – euforia da bolha inflando: “Tamanha procura fez os preços disparar: o metro quadrado chegou a saltar de 2 800 para 5 000 reais.”

Trecho 2 – de volta à realidade: “Quem tentou vender seus imóveis descobriu que o flat passara a valer menos da metade.”

A esta altura, um representante do segmento imobiliário poderia dizer: foi um caso isolado, relacionado a um tipo específico de imóvel, não aplicável ao contexto atual, etc.

Vejamos então, outras situações apuradas quanto a quedas nos preços de vendas de imóveis residenciais na cidade de São Paulo nos últimos anos:

http://msn.revistaimoveis.zap.com.br/155982-precos-dos-imoveis-novos-caem-em-sao-paulo.html

Trechos do link acima:

Trecho 1: “Segundo levantamento da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), obtido com exclusividade pelo ZAP Imóveis, os preços dos lançamentos no primeiro bimestre de 2013 tiveram queda de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado.”

Trecho 2: “A tipologia de três dormitórios foi a que mais contribuiu para esta redução geral dos valores, com queda de 17,6% nos valores cobrados.”

Por que teríamos a queda de preços apontada acima? Os dados abaixo darão a resposta:

Link: http://www.secovi.com.br/pesquisas-e-indices/indicadores-do-mercado/

Post 38 imagem 11 São Paulo estoque imóveis novos primeiro bimestre

Pelo que podemos constatar pelas informações acima, o estoque médio de imóveis novos no primeiro bimestre de 2.013 bateu seu recorde histórico, o que foi a causa para a redução de preços do M2 para imóveis novos que foi apurado pela pesquisa da EMBRAESP neste período.

Como evidência adicional ao que consta acima, vejamos alguns depoimentos de quem comprou na planta em São Paulo para investir e recebeu imóvel para revender em 2.013:

http://www.reclameaqui.com.br/4575633/gafisa/imoveis-com-a-gafisa-nunca-mais/

Trecho do link acima, de fevereiro/13:

“porém para nossa surpresa a Gafisa lançou o Mistral com 2 metros quadrados a mais que o nosso e ainda por cima mais barato que o nosso”

http://www.reclameaqui.com.br/6228471/even-construtora-e-incorporadora-s-a/nao-compre-imovel-com-a-even-construtora-villagio-nova-carr/

Trecho do link acima, de agosto/13:

“Atualização de Preço do Imóvel para Revenda segundo Extrato que de Pagtos fornecidos pelo site da Even R$ 324.000,00. Preço atual praticado por seus corretores em tabela promocional R$ 295.200,00.”

http://www.reclameaqui.com.br/6798190/pdg-incorporacoes/xag/

Trecho do link acima, de outubro/13:

 “…e no fim de tudo acompanhar a enchurradas de unidades oferecidas por eles tres anos depois mais barato do que juntando meu fluxo e saldo devedor”

Utilizando novamente os dados do SECOVI SP, vejamos os resultados de lançamentos e vendas do primeiro semestre de 2.013, para verificarmos mais uma ocorrência da lei de oferta e procura na cidade de São Paulo:

Post 38 imagem 12 São Paulo lançamentos e vendas de 1 dormitório no 1S13

Qual a consequência de uma demanda focada em imóveis novos de 1 dormitório? A consequente queda nas vendas de usados de 1 dormitório pode afetar preços? Vejamos:

http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/2013/05/1285907-preco-de-imovel-usado-de-um-dormitorio-cai-23-na-cidade-de-sp.shtml

Trecho do link acima, de maio/13:

“Preço de imóvel usado de um dormitório cai 23% na cidade de São Paulo”.

Lembrando que o crescimento “astronômico” nos lançamentos e vendas de 1 dormitório para imóveis novos ocorreu porque 80% das vendas foram focadas em investidores, que deverão revender ou alugar no futuro (transferência de estoque), de acordo com pesquisa da Folha de São Paulo que tem link na primeira página deste trabalho.

Só para finalizarmos as amostras quanto à lei de oferta e procura e provarmos que no caso de quedas relevantes nas vendas os preços dos imóveis também caem, ao contrário do que defende o segmento imobiliário, vejamos a situação abaixo. Basta lembrar que, conforme apresentado neste trabalho, tivemos queda recorde de 29% nas vendas de usados em São Paulo no ano de 2.014, segundo pesquisas do CRECI SP também:

Post 38 imagem 13 São Paulo queda de preços imóveis usados

Expectativas para 2.015 e próximos anos:

O ano começou há pouco, só temos relatórios do CRECI SP e SECOVI SP referentes a janeiro/2015, que apontaram queda de 28% nas vendas de novos e crescimento de 14% na de usados, ambos na comparação com janeiro/14. Entendo que poderemos ter até uma “pseudo recuperação” de usados no primeiro quadrimestre, graças a uma redução de preços que já ocorreu para usados e os distanciou mais dos novos, combinado com chantagem que o Governo fez com bancos no 2S14 para forçar concessão de crédito imobiliário e chantagens que os corretores tem feito com potenciais clientes, ameaçando-os com boato de confisco (como fizeram no final de 2.002 para aumentar vendas) e com pressão para que financiem logo antes que juros do crédito imobiliário subam mais, por outro lado, entendo que estas “estratégias” tem resultado só no curtíssimo prazo (até março ou abril de 2.015, no máximo), sendo que ainda neste ano e nos próximos, veremos novas e relevantes reduções no preços dos imóveis, tanto novos quanto usados, em função dos fatores abaixo:

Pilares da bolha imobiliária brasileira e expectativas para 2.015 e próximos anos:

Vendas falsas na planta: o super estoque está em patamar insustentável para construtoras, cada aumento em lançamentos aumenta os custos sem cobertura nas receitas, pois os lançamentos vendem cada vez menos, até os incautos sem renda estão em falta. Outro ponto é que se construtoras continuarem com volumes expressivos de lançamentos com estoque que é o recorde de todos os tempos, chamará demais a atenção para pirâmide que montaram. Sem volume relevante de lançamentos, não conseguem manter pedaladas das vendas falsas.

Vendas para especuladores: estas vendas já caíram pela metade (de cerca de 40% para 20%) desde o segundo semestre de 2.014 e com os péssimos resultados do segmento, a tendência é de que caíam ainda mais durante o ano de 2.015, com isto, queda de demanda cada vez mais visível e impactante para o caixa das construtoras, o que as força a cada vez mais a reduzirem preços para poderem pagar suas dívidas.

Situação financeira das construtoras: no começo da bolha, 13 grandes construtoras abriram Capital e tinham muito dinheiro para subsidiar vendas falsas na planta, mega especulação e outras estratégias para inflar a bolha. Hoje temos algumas construtoras de grande porte que estão em péssima situação financeira e podem entrar em situação de insolvência em breve, o que geraria um verdadeiro pânico no mercado e um congelamento de vendas na planta. Mesmo que estas construtoras consigam sobrevida como “empresas zumbis”, ainda assim terão que continuar com “campanhas promocionais” e cada vez mais descontos reais e não “black fraude”, como única forma de conseguirem pagar as parcelas de suas dívidas.

“Pleno emprego”: de 2.007 a 2.013, quase 10% de todas as vagas de emprego geradas foram para servente de obras. O setor da construção civil impulsionou e muito o crescimento dos empregos graças a uma combinação de obras para Copa do Mundo, bolha imobiliária com correspondente aumento vertiginoso em lançamentos de imóveis e ainda, projetos de empresas da construção civil contratadas pela Petrobrás “a preço de ouro”. Agora, vivemos o ciclo oposto e é o segmento da construção civil que está puxando o aumento rápido e relevante no desemprego que estamos observando em 2.015. O “pleno emprego” impulsionava vendas de imóveis e o pagamento dos mesmos, seja para construtoras durante a obra ou no financiamento bancário, agora temos exatamente o contrário. Seguem links e trechos de notícias que comprovam estas informações:

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/08/1498285-expansao-na-base-reduz-abismo-social-mas-limita-economia.shtml

Trecho do artigo acima: “Dez profissões de pouca qualificação e salário baixo foram responsáveis por metade dos 9,4 milhões de empregos formais criados no país entre 2007 e 2013. O cargo de servente de obras foi o campeão de vagas geradas: 921 mil, quase 10% do saldo total entre contratações e demissões no período.”

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/setor-da-construcao-fecha-mais-de-30-mil-empregos-no-pais

Trecho do artigo acima: “A queda do emprego na construção está ocorrendo numa dimensão preocupante em todos os segmentos deste setor que representa 50% dos investimentos do país.”

“Renda em crescimento”: O “pleno emprego” promoveu um maior crescimento da renda nos últimos anos, o que já está desacelerando fortemente e tivemos até queda na renda real em fevereiro/2015. Se antes a renda já não acompanhava o preço dos imóveis, agora com inflação e juros muito mais altos e menor crescimento da renda, a distorção fica ainda maior.

“Juro barato e farto”: o volume de crédito imobiliário concedido já desacelerou e junto com o alto volume de vendas falsas na planta, fizeram com que distratos disparassem em 2.014. A tendência é que isto piore para 2.015, em virtude do aumento do desemprego, menor crescimento na renda e piora geral na economia, dentro de um ambiente em que temos patamares muito elevados de endividamento das famílias, o que leva a aumento da inadimplência, reduzindo o volume de crédito ofertado e tornando-o mais caro. O volume de crédito imobiliário concedido guarda uma relação direta com a situação da economia, independente de nossa bolha imobiliária. Vejamos o gráfico abaixo, ilustrativo quanto a isto:

Link sobre crédito imobiliário concedido (selecionar planilha disponível neste endereço): http://www.abecip.org.br/m22.asp?cod_pagina=680&submenu=sim&cod_pai=430

Observação: no gráfico abaixo, trabalhei com 2 eixos “Y”, assim fica mais fácil para visualizarmos o quanto o crédito imobiliário tem acompanhado o PIB e quais as expectativas para estes em função da situação atual e prevista de nossa economia.

Post 38 imagem 14 crédito imobiliário versus PIB

Cenário externo: no inflar da bolha, tínhamos o FED americano e seu programa QE inflando o mercado de muitos bilhões de US$, o que permitia juros mais baixos em todo o Mundo, junto com um crescimento mais relevante da China que já surfava nesta bolha, ambos muito úteis para o Brasil, que se utilizou do dinheiro abundante para estimular o consumo via crédito e se aproveitou do alto consumo de commodities pela China. Agora, vivemos o ciclo oposto.

Até o próximo post!

141 Comments

  • Reply CA 25 de abril de 2015 at 20:24

    Economia só deve iniciar uma reação no segundo semestre de 2.016

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,economia-so-deve-iniciar-uma-reacao-no-2-semestre-de-2016,1672365

    Trechos do link acima:

    “Para economistas, o consumo das famílias, que puxou o crescimento nos últimos anos, deve ter 1ª queda desde 2003”

    “O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Julio Gomes de Almeida acredita que a piora da economia brasileira “só está começando”. Uma mudança de perspectiva, afirma ele, só ocorreria se fosse encontrada uma solução que melhorasse o investimento da Petrobrás e a situação de toda a cadeia da construção pesada.

    Na visão dele, contudo, é difícil vislumbrar uma melhora “porque, por ora, não há porta de saída à vista.”. “O grande problema da atualidade é que, para onde você olha na economia tudo está amarrado. Qual é a porta de saída? Não tem, por ora. Qualquer antecipação é uma profissão de fé”, diz o ex-secretário de Política Econômica.””

  • Reply Rafael 25 de abril de 2015 at 06:00

    Olá,

    Moro em apartamento próprio de 3 dorms em um bairro bom de São Paulo. Parece que estamos próximos a um pico de valorização, prestes a despencar. Estou pensando em vendê-lo, viver de aluguel por um tempo e quando a bolha estourar, comprar 2 imóveis do tipo na bacia das almas, pelo mesmo valor, morando em um e o outro ficar para investimento (ou aplicar o valor).
    O que recomenda? Você pessoalmente tem imóveis? Se sim, também pensa em vendê-lo? Se é que já não o fez, claro!
    Obrigado,

    • Reply CA 25 de abril de 2015 at 11:57

      Olá Rafael,

      O pico de valorização já passou, em especial na cidade de São Paulo e para imóveis usados. A estratégia que você mencionou teria sido boa no máximo até um ano atrás, mas já de difícil execução naquela época, o ideal seria ter feito isto no máximo uns 2 anos atrás. No meu caso tinha 2 imóveis em cidades diferentes até o final de 2.012 (o segundo havia comprado quando mudei de cidade à serviço, comprei na nova cidade em que passei a morar), quando me mudei, vendi aquele imóvel da cidade que deixei, aplicando o dinheiro e ficando com o segundo imóvel, que não planejo vender. Sobre os motivos pelos quais considero que agora já seria tarde para você aplicar sua estratégia:

      Segundo pesquisas do CRECI SP que são feitas há mais de 10 anos junto a centenas de imobiliárias e tendo como base os preços finais e reais que estas imobiliárias intermediaram em transações de compra e venda, tivemos uma queda superior a 32% no preço médio do imóvel usado em São Paulo no acumulado do período de junho/14 a fevereiro/15 (fevereiro foi o último mês em que o CRECI SP divulgou a pesquisa). Importante: falo aqui dos preços de vendas realizadas, algo que a mídia não tem divulgado, mas que contém pesquisas acessíveis por qualquer pessoa nos endereços abaixo:

      Link com pesquisa do CRECI SP de dezembro/14, ver os percentuais de queda do preço médio na última página e calcule a queda acumulada de junho a dezembro (mais de 29% de queda):

      http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2014/pesquisa_capital_dezembro_2014.pdf

      Links com pesquisas do CRECI SP de janeiro/15 e fevereiro/15, ver a variação do preço médio nestes meses (mencionada na primeira página) e acumular na variação acima de junho/14 a dezembro/14, que você acabou de calcular:

      http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2015/pesquisa_capital_janeiro_2015.pdf

      http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2015/pesquisa_capital_fevereiro_2015.pdf

      Apenas para você ter uma dimensão do que consta acima, na bolha imobiliária americana, que teve a explosão mais agressiva do Mundo até aqui, os preços médios dos imóveis caíram 33% em 3 anos. Em outras palavras, a queda no preço médio do M2 para venda no caso de imóveis usados em São Paulo, tem sido mais de 3 vezes mais rápida do que na explosão da bolha imobiliária americana (isto sem contar que inflação aqui é muito maior do que lá).

      Talvez você tenha tido esta percepção de proximidade do pico em função do FIPE ZAP. O FIPE ZAP trabalha com preço anunciado, que não tem nenhuma relação com o preço final, sendo que desde a sua criação este preço anunciado tem sido manipulado pelos agentes envolvidos para simular um “eterno crescimento nos preços”, que interessa e muito aos criadores deste índice (núcleo Real Estate da POLI/USP do lado FIPE é 100% composto por executivos do segmento imobiliário, Zap Imóveis ganha por anúncio publicado e quanto mais alta a média de preços, mais anunciantes e faturamento). Na verdade, o volume de anúncios do ZAP Imóveis, equivale a vários anos de vendas e quando você compara com as vendas realizadas, enquanto temos mais de 70% dos anúncios com preços acima de R$ 500 mil, no mês de dezembro/2014 menos de 10% das vendas apuradas pelo CRECI SP foram para esta faixa de preços, ou seja, a realidade das vendas está completamente diferente da fantasia dos preços anunciados (veja pirâmides que constam neste tópico).

      No seu caso, tendo um imóvel de 3 dormitórios em bairro bom de São Paulo, certamente o preço anunciado que você tem observado por aí é superior a R$ 500 mil e muito provavelmente superior a R$ 750 mil, que é o limite de financiamento do SFH. Em termos teóricos, o ideal seria você tentar vender o seu imóvel, anunciando por um preço que fosse, por exemplo, 10% inferior ao da média dos anúncios para imóveis equivalentes (para ter alguma chance, mesmo que mínima, de atrair interessados com capacidade de compra), aceitar algum desconto sobre o preço do anúncio para poder viabilizar o negócio (10% por exemplo), pegar este dinheiro e aplicar de forma diversificada em LCA, Tesouro Direto e outras opções de investimentos financeiros e depois da explosão mais visível da bolha, quando os preços alcançarem a “bacia das almas”, comprar um imóvel e deixar o restante aplicado ou adquirir segundo imóvel para investimento de longo prazo.

      Na prática, você terá uma enorme dificuldade para realizar a estratégia acima, pois há um número extremamente elevado de pessoas que estão anunciando imóveis para venda, contra pouquíssimos compradores, em especial para categoria de imóvel que você tentará vender. Observe no tópico, que a oferta de imóveis de 3 dormitórios em São Paulo equivale a mais de 14 anos de vendas! O fato é que faltam compradores com dinheiro ou renda para adquirir estes imóveis (veja nas pirâmides do tópico sobre isto) e aqueles que tem anunciado seus imóveis, especialmente nesta faixa de preços em que você se enquadra, muitas vezes tem ficado anos sem vender.

      Para piorar e muito a situação acima, só no ano de 2.015 a CEF já aumentou por duas vezes os juros do crédito imobiliário, com agravante que os maiores aumentos foram para os financiamentos de imóveis com preços acima de R$ 750 mil e na última vez, diminuíram o percentual máximo a ser financiado, que caiu de 90% para 80%, com isto, as vendas de imóveis cairão muito mais, sendo que em 2.014 já tínhamos tido as piores vendas de imóveis usados de toda a série histórica em São Paulo e estas vendas já pioraram no início de 2.015. A CEF é a grande financiadora de imóveis no Brasil e está com os fundos que sustentam o financiamento que ela fornece muito baixos (Poupança zerada e FGTS sendo consumido rápido pelo aumento no desemprego), ou seja, ela tomou estas ações para “filtrar” e financiar cada vez menos, com isto, as vendas sem dúvida terão novas quedas e a total distorção entre oferta e demanda ficará muito pior, levando a reduções ainda maiores nos preços dos imóveis e com toda a crise na economia, aumentando cada vez mais o número de vendedores com necessidade de vender e diminuindo cada vez mais os compradores com capacidade ou interesse de comprar.

      Espero ter ajudado com estas informações.

      • Reply CA 25 de abril de 2015 at 12:06

        Ah, sobre a dificuldade de venda de imóvel, veja depoimento de Kepler em comentário mais acima (procure com CTRL F por Kepler).

  • Reply CA 24 de abril de 2015 at 07:09

    Caixa Econômica Federal Em Crise, Sem Dinheiro Para Emprestar

    “A Caixa Econômica Federal está escancarando suas dificuldades. Aos clientes que a procuram, em busca de financiamento imobiliário, seus gerentes têm dito que o banco está sem dinheiro para emprestar. E ainda pedem aos clientes que não comentem essa informação com terceiros. A situação está deixando os corretores imobiliários muito preocupados, porque os negócios está parando. O que também está atrapalhando as liberações de crédito é a situação do Melnick Even Day, que deixou muitas pendências. Isso acontece na praça de Porto Alegre. Situações similares são relatadas também em outras praças, como Osasco (SP).”

    fonte:http://poncheverde.blogspot.com.br/2015/04/caixa-economica-federal-em-crise-sem.html

    • Reply CA 24 de abril de 2015 at 07:23

      Conforme demonstrado no tópico, os bancos privados fugiram do crédito imobiliário a partir do segundo semestre de 2014 quando a CEF financiou mais de 90% das vendas que contaram com crédito imobiliário, sendo que a grande maioria dos financiamentos foi para imóveis de menor valor que se enquadram no SFH.

      Ocorre que o SFH é sustentado pela poupança e FGTS e conforme demonstrei acima, a verba da poupança na CEF acabou pela combinação do excesso de uso da CEF com uma retirada da poupança no primeiro trimestre de 2015 que foi recorde histórico e o FGTS disponível tende a se reduzir neste ano em função do aumento no desemprego.

      Mais do que nunca, com a CEF sem dinheiro para o crédito imobiliário, veremos as vendas de imóveis despencarem ainda mais, forçando novas e relevantes reduções nos preços dos imóveis!

    • Reply Vilmar 24 de abril de 2015 at 11:29

      Fonte meio duvidosa, não acha?
      Pode ser de algum direitista anti-pt.

      • Reply CA 24 de abril de 2015 at 17:42

        Vilmar,

        O fato é que o presidente da CEF já confessou que acabou a verba vinda poupança, consta em outra notícia que coloquei bem mais acima, de outra fonte.

        Além disto, sabemos que tivemos retirada recorde da poupança no 1T15 (amplamente divulgado e com notícia mais acima) e também sabemos que a participação da CEF no financiamento imobiliário bateu todos os recordes no 2S14 no caso de usados em São Paulo (mais de 90% do total financiado para venda, segundo CRECI SP), o que certamente auxiliou a exaurir os recursos disponíveis.

        Além desta fonte mencionada mais acima, que concordo, pode ser alguém anti-PT, tenho visto depoimentos sobre imensa dificuldade para obter crédito da CEF.Outro fato que corrobora isto, foi a queda de 27% no financiamento imobiliário concedido em fevereiro/2015, na comparação com fevereiro/2014, segundo informações de ABECIP/BACEN, além dos resultados das construtoras, como o caso da Direcional que teve queda de mais de 95% nas vendas no 1T15 na comparação com 1T14, apesar de ter um estoque que equivale a mais de 6 anos de vendas (se considerar o estoque dividido pelas vendas do último trimestre apurado), ou seja, aparentemente ela não está conseguindo vender imóveis populares que são o seu nicho de atuação e que no caso dos imóveis prontos no estoque dela, dependem do SFH e iminentemente da CEF.

        Não esquecer que a CEF aumentou por duas vezes o juros do crédito imobiliário em 2.015 (estamos em abril!!!), sendo que na última mudança, ela aumentou o valor máximo para financiamento, que antes era de 90% e agora passou para 80%. Estas ações visam, claramente, diminuir o número de financiamentos concedidos (atuam como “filtros”), algo completamente alinhado com tudo que consta acima.

        Resumindo, o link que coloquei e reitero, você pode estar certo quanto a não ser imparcial / confiável, é só mais uma dentre MUITAS evidências, das mais variadas fontes (conforme demonstrei acima), da escassez de crédito por parte da CEF. Vamos continuar acompanhando…

      • Reply CA 24 de abril de 2015 at 17:50

        Ah, dá uma olha nesta reclamação, que interessante…

        http://www.reclameaqui.com.br/12792690/caixa-economica-federal/caixa-economica-federac/

        Trechos do link acima:

        “Estamos com a carta de credito aprovada e com todos os documentos ok para finalizar o financiamento de um imóvel, nesta ultima semana de Abril, agente é informado que a caixa esta sem dinheiro para efetuar o empréstimo para o financiamento.

        Aonde esta o respeito com o consumidor, eles querem que vire o mes para nao efetuar o financiamento, pois a partir de Maio, vai aumentar a taxa de juros,e nao ira mais financiar 90% do imóvel”

        • Reply Vilmar 24 de abril de 2015 at 18:21

          Entendi o racional agora, vamos acompanhar!
          []´s

      • Reply CA 24 de abril de 2015 at 18:02

        Segue notícia de hoje, também relacionada ao tema:

        “Sem aportes do Governo, Caixa vai reavaliar projeção de crescimento do crédito”

        http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,sem-aportes-do-governo-caixa-vai-reavaliar-projecao-de-crescimento-do-credito,1675410

      • Reply CA 24 de abril de 2015 at 18:10

        Ah, sem esquecer que o segundo item que compõe o fundo que sustenta o SFH é o FGTS. Além das inúmeras evidências sobre aumento de desemprego que coloquei acima, veja mais esta notícia abaixo:

        “Governo quer usar dinheiro do fundo de garantia para financiar o BNDES”

        http://veja.abril.com.br/noticia/economia/governo-quer-usar-dinheiro-do-fundo-de-garantia-para-financiar-o-bndes

      • Reply CA 24 de abril de 2015 at 18:19

        Mais evidências de como o crédito imobiliário está ficando mais escasso e caro e como consequência, gerando aumentos muito relevantes nos distratos:

        “Desistir do apartamento na planta, veja se vale a pena”

        http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/201/noticias/desistir-do-apartamento-na-planta-veja-se-vale-a-pena?fullsite=true

        Trechos do link acima:

        “Quase um terço dos brasileiros que tentaram comprar a casa própria em 2014 teve de abandonar o projeto pela metade. Até 30% dos contratos de compra e venda de imóveis na planta foram rescindidos no ano passado, segundo a Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH).

        Casos desse tipo triplicaram em relação a 2013, quando a taxa de distratos ficou em aproximadamente 10%. As rescisões podem ficar ainda mais frequentes em 2015, considerando que a Caixa Econômica Federal elevou os juros do financiamento imobiliário de 9,2% para 11% ao ano, o que encarece essa forma de crédito. O aperto financeiro provocado pela inflação crescente também deve estimular os rompimentos de contrato neste ano.”

      • Reply CA 24 de abril de 2015 at 18:38

        Veja um exemplo da falta de crédito imobiliário, em uma construtora que é focada na baixa renda e altamente dependente do crédito imobiliário vinculado ao SFH e em especial, concedido pela CEF, que sem isto não consegue concretizar as vendas, apesar de ter estoques equivalentes a 6 anos se tomar como base as vendas do 1T15:

        http://www.valor.com.br/empresas/4012828/lancamentos-da-incorporadora-direcional-caem-98-no-1

        Trecho do link acima:

        “As vendas líquidas contratadas totalizaram R$ 36 milhões no trimestre, queda de 95,9% em relação aos R$ 881 milhões de um ano antes.

        As vendas brutas atingiram o volume de R$ 97 milhões, enquanto os distratos somaram R$ 61 milhões.”

  • Reply CA 23 de abril de 2015 at 16:26

    Vejamos uma notícia divulgada de forma bastante positiva:

    “Após três meses de demissões, país volta a criar vagas formais em março”

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/apos-tres-meses-de-demissoes-pais-volta-criar-vagas-formais-em-marco.html

    Alguns trechos da notícia acima, que dão uma visão um pouco melhor da realidade:

    “Nos três primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, foram fechadas 50,35 mil empregos formais, o que representa piora em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 344,98 mil vagas formais.”

    “Este é o pior resultado para os três primeiros meses do ano, pelo menos, desde 2002, quando começa a série histórica ajustada disponibilizada pelo Ministério do Trabalho aos jornalistas.”

    “Segundo dados oficiais, o setor de comércio registrou a abertura de 2.684 postos em março deste ano, ao mesmo tempo em que a construção civil teve 18.205 demissões no mês passado.”

    • Reply CA 23 de abril de 2015 at 16:37

      Lembrando que em Março/2014 tivemos o Carnaval e em Março/2015 não, logo isto ajuda a explicar o fato que consta no artigo de ter tido crescimento nesta comparação também. Por outro lado, quem acessar o gráfico do artigo verificará que as contratações de Março/2015 são as segundas piores desde 2.006 para o mês de Março, ganhando apenas de Março/2014…

      Acho muito curioso o ministro do trabalho já comemorar esta “recuperação” de março/2015, pior, dizendo que ela ocorre graças ao ajuste fiscal??? Desde quando o Governo cortar gastos de forma radical ajuda na geração de empregos? Não houve tempo para mudança de expectativas gerando aumento nos empregos, o “crescimento” foi apenas uma pequena recuperação em relação as quedas muito maiores ocorridas em meses imediatamente anteriores e pode estar até relacionado a admissão de profissionais com custos menores que anteriores, como muitas vezes observamos no Brasil, no entanto, é muito cedo para tirarmos conclusões, resta apenas uma avaliação mais criteriosa dos números, pois o resultado do trimestre que elimina a diferença entre 2.014 e 2.015 em função das datas diferentes do Carnaval (em 2.014 em Março, em 2.015 em Fevereiro), demonstra que tivemos uma piora sensível com perda relevante nos empregos com carteira assinada.

      Vale a pena continuar acompanhando de perto.

      • Reply CA 23 de abril de 2015 at 16:41

        Interessante a notícia abaixo. Na prática, se o Governo aumentar o corte no orçamento dos R$ 60 bilhões programados inicialmente para os R$ 80 bilhões mencionados abaixo, só isto já terá um efeito muito relevante na economia e a queda no PIB certamente será muito superior aos -0,90% previstos pelo Governo em seus números oficiais, obviamente refletindo-se também em novos aumentos no desemprego ao longo do ano:

        http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/3995135/governo-discute-corte-orcamento-superior-diz-fonte

        “Governo já discute corte no Orçamento superior a R$ 80 bi, diz fonte – InfoMoney “

      • Reply Vilmar 23 de abril de 2015 at 16:43

        E o balanço da Petrobras, curtiu?
        Tivemos a devida transparência que o mercado tanto queria?
        O impairment agradou?
        Dureza é que nem os dividendos mínimos obrigatórios da PETROBRAS PN irão pagar.
        Abraço.

        • Reply CA 23 de abril de 2015 at 19:03

          Vilmar,

          Não fui a fundo no assunto, mas fiquei com a impressão que o Governo preferiu a opção de se demonstrar altamente incompetente ao invés de altamente corrupto, pois dos R$ 50 BILHÕES de redução dos Ativos (impairment), 88% foram atribuídos a má gestão (com outras palavras, mais elegantes, mas que significam isto) e somente 12% na conta da corrupção. Foi uma decisão visivelmente política e para não gerar muito barulho.

          Depois de tanto tempo fazerem uma conta tão simplista com relação ao montante da corrupção, simplesmente somando todos os custos de obras das empresas relacionadas no Lava Jato desde 2.004 e aplicando 3% sobre o montante, foi no mínimo decepcionante, para não dizer, amador…

          Pelos fatos relevantes da última 6a feira que você colocou mais acima, eles já haviam obtido as garantias para sua solvência em 2.015, via empréstimos “da China”, CEF, BB, Bradesco e “desinvestimento”, juntando com a divulgação do balanço, pelo jeito este conjunto foi o suficiente para acalmar o mercado e só as Ações preferenciais é que tiveram maiores perdas em função dos dividendos que eram esperados e não aconteceram.

          De qualquer forma, a mídia não está dando a devida importância para o que é o ponto mais crítico desta história: os efeitos da corrupção e operação Lava Jato sobre a economia real. O maior gerador de desemprego no Brasil nos últimos tempos tem sido a Lava Jato, sendo que tivemos cidades como Macaé e Rio Grande que foram “destruídas” economicamente falando e os prejuízos continuam e devem se intensificar, sem contar os mais de R$ 21 BILHÕES em dívidas de empresas do segmento petrolífero que já entraram em RJ, dentre diversas outras consequências que já aconteceram e se intensificarão. Isto que é muito mais importante, tem tido pouco destaque, só a reportagem sobre estudo da FGV falando em mais de R$ 80 BILHÕES de prejuízo neste ano e perda de mais de 1 milhão de empregos, só em função da Lava Jato, mas estes números e o que já está ocorrendo, mereceriam muito mais destaque do que os resultados da Petrobrás, a evolução do preço de sua Ação, etc., como sempre, a mídia não tem nenhuma pretensão de exercer qualquer papel informativo focado nos interesses da sociedade…

          • Vilmar 23 de abril de 2015 at 19:23

            Obrigado pela sua opinião.

      • Reply CA 23 de abril de 2015 at 19:13

        Sobre o resultado do CAGED e geração de pouco mais de 19 mil vagas em Março/2015, eu havia colocado um “feeling” mais acima de que poderia se tratar de redução de valores mais altos e contratações com valores mais baixos. Vejamos agora alguns números a este respeito, extraídos deste CAGED de março/2015:

        Os 10 que mais demitiram:

        CBO 2002 “Salário Médio Adm.” ” Saldo”

        410105:Supervisor Administrativo 2654,55 -426
        142105:Gerente Administrativo 5278,75 -243
        421125:Operador de Caixa 1036,2 -149
        517330:Vigilante 1263,51 -143
        420135:Supervisor de Telemarketing 2110,16 -130
        731320:Instalador-Reparador de Linhas 1134,66 -112
        225125:Médico Clínico 5573,94 -109
        141510:Gerente de Restaurante 1887,17 -106
        342535:Operador de Atendimento Aerov. 1237,35 -105
        142320:Gerente de Vendas 7398,54 -100

        Os 10 que mais contrataram:

        CBO 2002 “Salário Médio Adm.” ” Saldo”

        514320:Faxineiro 940,68 2492
        411005:Auxiliar de Escritorio 1024,02 2082
        422310:Operador de Telemarketing 838,62 1568
        521115:Promotor de Vendas 1084,75 1300
        422305:Operador de Telemarketing Ativo 896,86 1148
        782510:Motorista de Caminhao 1536,62 831
        422105:Recepcionista, em Geral 1096,3 780
        422315:Operador de Telemarketing Rec. 910,96 680
        784205:Alimentador de Linha de Prod. 1076,31 616
        783225:Ajudante de Motorista 1032,39 567

  • Reply ca 20 de abril de 2015 at 09:15

    Mercado imobiliário não se recuperou da crise

    http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/511795/mercado-imobiliario-nao-se-recuperou-da-crise/

    Trechos do link acima:

    “Sindicato da Habitação (Secovi) realizou levantamento sobre os números de vendas de imóveis em fevereiro deste ano e o cenário revelou-se negativo. Toda a Região Metropolitana comercializou 486 unidades, uma queda de 17,9% em comparação com o mês anterior. Em 2014, o mesmo período registrou número 46,3% maior de vendas. De acordo com as imobiliárias do ABC, a realidade da região segue o mesmo padrão.
    Um corretor da Imobiliária Funchal, em Diadema, que preferiu não se identificar à reportagem, afirma que tanto as vendas quanto as locações de imóveis tiveram retração de até 40% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. “Os valores estão muito elevados, os donos supervalorizam suas propriedades”, esclarece o corretor. “Até tentamos avisar que o imóvel está caro, mas às vezes corremos o risco de perder o cliente, então não podemos fazer nada. Esta crise se estende desde 2013.”
    Alta taxa nos juros e redução dos créditos da Caixa Econômica Federal também são apontados como causas no esfriamento do mercado. “Hoje, para se comprar um imóvel de R$ 120 mil você precisa ter um salário de R$ 5 mil. Nessas condições, a tendência é que a situação piore. O m² em Diadema está em torno de R$ 5 mil, que é um valor elevado”.”

  • Reply CA 19 de abril de 2015 at 21:32

    Nem os donos se animam a salvar a construtora Rossi

    exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1087/noticias/nem-os-donos-se-animam-a-salvar-a-construtora-rossi

    Trecho do link acima:

    “A Rossi é só uma das primeiras a reconhecer o problema”, diz o dono de uma incorporadora concorrente. É um círculo vicioso (não para quem quer comprar seu imóvel, claro): quanto mais liquidações, mais desistências, que levam a mais feirões de imóveis.

  • Reply CA 19 de abril de 2015 at 21:26

    http://www.bolhaimobiliariabrasil.com/2015/04/19/credito-imobiliario-recua-54-no-estado-do-ceara-diario-do-nordeste/

    O financiamento de unidades no mercado imobiliário cearense despencou 54% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o volume de crédito contratado passou de R$ 267,42 (2014) milhões para 120,73 milhões (2015).

    Em números absolutos, as unidades financiadas em fevereiro deste ano foram apenas 526, contra 1,5 mil em fevereiro de 2014 – redução de 65,6%, também superando a média nacional, que despencou 37,7%.

  • Reply CA 19 de abril de 2015 at 21:21

    Pesquisa mostra que valor do aluguel caiu 6,11% em 9 cidades brasileiras – Jornal Nacional

    http://www.bolhaimobiliariabrasil.com/2015/04/17/pesquisa-mostra-que-valor-do-aluguel-caiu-611-em-9-cidades-brasileiras-jornal-nacional/

    Trechos do Link acima:

    Jornal Nacional: Está difícil de alugar?
    Marcos Camargo: Está difícil de alugar.
    De seis meses para cá, o valor do aluguel baixou R$ 400. Nem assim adiantou.
    A equipe do Jornal Nacional perdeu as contas de quantas placas de ‘aluga’ foram encontradas em uma região.
    A rua é cheia de comércio, mas não tem jeito: não tem tanto interessado em fechar negócio. E as plaquinhas continuam se espalhando cada vez mais por aí.

  • Reply CA 19 de abril de 2015 at 21:08

    “Economistas apontam queda de até 3,5% no PIB no primeiro trimestre

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,economistas-apontam-queda-de-ate-3-5-no-pib-no-primeiro-trimestre,1672363

  • Reply Vilmar 18 de abril de 2015 at 16:14

    Vou te falar viu, há dois anos ando pelos bairros que busco imóvel e nada dos preços terem caído. Estão a mesma coisa e a relutância das PFs em dar maiores descontos segue ON.
    Máximo 5%.
    Só as destrutoras com seus lançamentos faraônicos é que dão maiores descontos. Neste caso o número de incautos é pequeno.
    Ainda falta muito caos e muitos anos de inflação para os preços voltarem pra realidade.
    Haja paciência.

    • Reply CA 18 de abril de 2015 at 20:07

      Vilmar,

      Se você estiver se baseando em preço anunciado e focado em poucos imóveis, talvez não veja a queda, isto é fato. Sem contar que a maioria das ofertas está pendurada há vários meses ou anos com preços utópicos e sem vender. Você só poderá constatar o preço real se tentar negociar preços com proprietários e oferta é o que não falta…

      Agora falando em preço real, final, negociado:

      Queda de mais de 32% no preço MÉDIO negociado em São Paulo, para imóveis usados e somente no período de junho/2014 a fevereiro/2015.

      A informação acima foi levantada pelo CRECI SP junto a centenas de imobiliárias em São Paulo e com base nos preços negociados em transações de compra e venda que elas intermediaram.

      Os corretores, o CRECI e as imobiliárias não tem nenhum interesse em mentir para dizer que os preços estão caindo, ao contrário, logo o resultado destas pesquisas são confiáveis e até por isto eles não divulgam nos meios de comunicação, mas está disponível para quem quiser ver (endereço e mais informações no tópico).

      Só como referência: na explosão mais agressiva de bolha imobiliária em todo Mundo, que foi a dos EUA, a queda do preço MÉDIO do M2 foi de 33% em 3 anos, na cidade de São Paulo para usados a queda no preço MÉDIO foi de mais de 32% apenas nos últimos 9 meses apurados!

      Em outras palavras, a explosão da bolha imobiliária e redução de preços para imóveis usados em São Paulo está sendo mais de 3 vezes mais rápida do que na explosão de bolha imobiliária mais agressiva de todo Mundo e você acha que está demorando?! Cuidado, só olhar preço de anúncio não quer dizer nada, os anúncios equivalem a décadas de vendas, exatamente porque estão completamente fora da realidade das vendas que realmente ocorrem.

      • Reply CA 18 de abril de 2015 at 20:47

        Vilmar,

        Só uma correção: até nos anúncios você já pode detectar quedas relevantes nos preços, em qualquer cidade, é só procurar com um pouco mais de cuidado.

        Veja o exemplo abaixo de Jundiaí, desta casa de condomínio de 200 M2 que há poucos meses atrás estava sendo anunciada acima de R$ 950 mil e agora, o preço ANUNCIADO está em R$ 780 mil, queda superior 21%, só no valor do anúncio, sem contar o “desconto” para quem fizer proposta:

        http://rd.trovit.com/id.1_S914t1s1OH/what_d.casa%20nature%20jundia%C3%AD/type.1/section.1/section_type.1/pos.1/country.br/vertical.homes/page.1/cookieid.1879517395532e720954107.50701487/last_origin.0/iuid.13982http-235532e72b6f5fb/sgn.e43a9cc65cb2550e0c82d48dcd80f10c

        É óbvio que ainda tem pessoas completamente fora da realidade. Veja esta casa que é menor do que a que consta acima (173 M2) e que está anunciada por R$ 970 mil, no mesmo condomínio:

        http://imoveis.trovit.com.br/index.php/cod.frame/url.http%253A%252F%252Fwww.imovelweb.com.br%252Fpropriedades%252Fexcelente-casa-decorada-em-jundiai-no-eloy-chaves-2922018364.html%253Futm_source%253DTrovit%2526utm_medium%253Dcpc%2526utm_campaign%253DOrganico/id_ad.j1q1D1k1_1i1fz/what_d.casa%20nature%20jundia%C3%AD/type.1/section.1/section_type.1/pop.0

        Sabe o que é pior? Ambas estão à venda há VÁRIOS meses, sendo que a primeira está até pagando anúncio especial para ver se consegue vender (apesar de já ter reduzido o preço em mais de 20%), ou seja, mesmo com reduções em preços superiores a 20% não conseguem vender! Ficam só publicando anúncios e depois republicando, sempre os mesmos imóveis.

        IMPORTANTE: apesar de já termos tido quedas RELEVANTES e COMPROVADAS nos preços dos imóveis, ainda assim não é o momento de comprar imóvel, pois o preço ainda não está compatível com a renda, as consequências da crise econômica estão apenas começando a aparecer, o crédito está secando e ficando mais caro (conforme DEMONSTRADO em comentários mais acima) e as quedas de preço continuam ocorrendo e vão se intensificar ainda mais.

        Em tempo: 2 anos atrás você disse no endereço antigo que estava tentando VENDER um imóvel e não comprar, desde àquela época você já procurava para comprar também?

        Diga qual a cidade e bairro que você está procurando. Se for em São Paulo, as próprias pesquisas do CRECI SP poderão dizer como tem sido a queda de preços REAIS PRATICADOS neste bairro.

      • Reply Vilmar 18 de abril de 2015 at 21:07

        Rodando zona sul de SP, parte dela, mais ligada ao centro expandido, onde tem rodízio de carros e maior concentração dos negócios da região.
        Contato por Internet, e-mail, telefone e pessoalmente, o pessoal tá irredutível, alguns já falam que o preço está no limite.
        Vamos ver até quando.
        O caldo precisa entornar muito mais pra este povo acordar.

        • Reply CA 19 de abril de 2015 at 11:02

          Vilmar,

          Consultando a pesquisa do CRECI SP feita com centenas de imobiliárias da Capital com base no preço intermediado por elas em vendas realizadas (preço final, negociado), no mês de fevereiro/2015 (última pesquisa publicada), temos a zona Sul e bairros mais próximos do centro expandido contidos nas zonas A e B desta pesquisa, conforme abaixo, em negrito para os bairros da Zona Sul nestas regiões:

          “Zona A – Alto da Boa Vista, Alto de Pinheiros, Brooklin Velho, Campo Belo, Cidade Jardim, Higienópolis,Itaim Bibi, Jardim América, Jardim Anália Franco, Jardim Europa, Jardim Paulista, Ibirapuera, Moema, Morro dos Ingleses, Morumbi, Real Parque, Pacaembu, Perdizes, e Vila Nova Conceição;”

          “Zona B – Aclimação, Alto da Lapa, Bela Vista, Alto de Santana, Brooklin, Cerqueira César, Chácara Flora,Alto da Lapa, Consolação, Granja Viana, Indianópolis, Jardim Guedala, Jardim Marajoara, Jardim Paulistano,Jardim São Bento, Jardim São Paulo, Paraíso, Pinheiros, Planalto Paulista, Pompéia, Sumaré, Sumarezinho, Vila Clementino, Vila Madalena, Vila Mariana, Vila Olímpia. Vila Sônia;”

          Quanto aos preços, a pesquisa aponta que na Zona A tivemos uma queda de 7,90% no preço médio de apartamento de 3 dormitórios vendido, só na variação de janeiro/2015 para fevereiro/2015 e se você pegar a Zona B, a queda para este mesmo tipo de imóvel foi de mais de 33% só em fevereiro/15!!!

          Veja o link abaixo, consulte a página 11 do mesmo:

          http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2015/pesquisa_capital_fevereiro_2015.pdf

          • CA 19 de abril de 2015 at 11:28

            Veja só a página 11 da última pesquisa do CRECI SP, com destaques:

            http://defendaseudinheiro.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Quedas-de-preços-usados-Zona-Sul-fev2015.png

          • Vilmar 26 de abril de 2015 at 02:22

            Vi e eu estou entre a Zona A e B tanto para venda como compra.
            Em 2013, tentei vender, estava tudo muito parado, nem visita tinha, mesmo colocando uns 10% abaixo do preço de “mercado”, incluso com orientação de corretor, até que sensato, falando um preço mais justo do que ZAP, Imovelweb, Viva Real e afins. Desisti por 1 ano. Tentei novamente em 2014, após 1 ano, depois de todas aquelas profecias dos profetas pós copa, que sumiram todos e nada do que falaram e fim do mundo aconteceu. Estava um momento até melhor, preço também 10% mais baixo, começaram ter visitas e aumentaram depois da eleição da sua presidenta, principalmente em 2015. 2014 perdemos pelo menos uns 3 meses com carnaval+copa+eleições.
            Infelizmente, como falei, em conversa com corretores e proprietários, no máximo que dão de desconto são uns 5%. Algo maior do que isto, nem deixam fazer uma proposta.
            Então, se pegasse estes dados e mostrasse para eles, fora o tempo que estão empacados para venda, seriam convencidos? Acho que não.
            É preciso um sentimento de pânico generalizado. Isto que está demorando demais. Já são aí pelo menos dois anos de estagnação, talvez até três, mas o pânico ainda não chegou.
            O motivo, penso eu, além do que já falamos acima, latinos são fanáticos por imóveis, é a última coisa que se desfazem numa crise, por exemplo, quando a coisa desandou na Espanha, foi mais feia que nos EUA, até demorou mais pra recuperar.
            O que recebi de proposta, levando em conta o m2 do “fingezap” seriam -23% (ainda com a comissão do corretor), além do mínimo do que daria para suportamos na compra de outro, no máximo uns -19%, sem a comissão do corretor, pois não conseguiríamos comprar outro maior com a configuração que buscamos. A solução citada até ontem mesmo, e outras vezes por aqui, através de outros participantes do blog, até mesmo você, assim como em outros canais de discussão de mercado financeiro, vender e alugar, ou seja, pagar com a renda da venda um aluguel, que dá algo por volta de 0,4% – 0,5%, abaixo até do rendimento mensal da poupança, mais abaixo ainda de RF, onde hoje temos até opções de 1% a.m., eu já citei aqui em casa, mas foi vetada pela patroa 🙁 !
            Então teríamos mesmo que fazer esta “matemágica”, vender e comprar outro.
            Regiões que vi que caíram forte, no front, na prática, presenciado no local, foram Butantã, Morumbi e Cotia. Morumbi, há anos aliás está nesta descendente por motivos de falta de transporte coletivo de massa eficiente, nem com a copa deu jeito, criminalidade alto e trânsito caótico o que dificulta acesso para outras regiões da cidade por ser fora de mão. Butantã, embora tenha hoje para boa parte da população acesso a bom transporte público de massa, é menos longe de regiões centrais do que o Morumbi, também tem forte trânsito e criminalidade aumentou um pouco também. Cotia foi mais por causa do trânsito, a cidade dormitório, com melhor qualidade de vida pros paulistanos com seus lindos condomínios clubes fechados e bem vigiados, desvalorizaram legal devido ao caos que é para sair e voltar para lá todos os dias de semana.
            Enfim, seria isto, acho que fiz mais claro, espero ao menos.
            Grato desde já.

          • CA 27 de abril de 2015 at 12:30

            Vilmar,

            O FATO é que a queda do preço médio da venda REALIZADA de imóveis usados, só no período de junho/14 a fevereiro/15 foi de 32%, em outras palavras, a queda do preço REAL dos imóveis usados em São Paulo é 3 vezes mais rápida do que na explosão de bolha imobiliária mais agressiva do Mundo.

            Isto significa que você vai enxergar esta redução em cada esquina? Não, terá que garimpar muito, porque os que reduziram os preços são os que venderam, os iludidos sobre os quais você falou, ainda não enxergaram que vivem no Mundo da Fantasia, apesar de não conseguirem vender seus imóveis há anos. Em toda a bolha imobiliária do Mundo as vendas se reduzem muito porque muitas pessoas ficam presas ao Mundo da ilusão no caso dos vendedores e do lado dos compradores, faltam aqueles com poder aquisitivo e interesse, exatamente como já está acontecendo.

            Má notícia para os iludidos: a partir de maio/2015 a CEF só vai financiar 50% dos imóveis usados! Ver meu próximo comentário a este respeito, depois colocarei um tópico específico sobre o assunto.

            O impacto do que consta acima é ENORME, pois mais de 70% das vendas de usados estavam sendo financiadas e mais de 90% destas pela CEF nos últimos tempos, ou seja, GAME OVER para especulação com imóveis usados!!! Quem você conhece que tem 50% do valor ANUNCIADO do imóvel para dar de entrada? As vendas de imóveis usados vão despencar ainda mais (não esquecer que em 2.014 já haviam sido as piores da história e na somatória do primeiro bimestre tinham piorado ainda mais)…

          • CA 27 de abril de 2015 at 12:33

            Link de reportagem da Valor de hoje:

            http://www.valor.com.br/financas/4021786/caixa-cortara-fatia-de-imovel-usado-financiada

            Caixa cortará fatia de imóvel usado financiada

            A Caixa Econômica Federal vai reduzir, a partir de 4 de maio, a fatia que pode ser financiada de um imóvel usado com recursos do Sistema Financeiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), segundo o Valor apurou.

            A cota máxima para imóveis residenciais e comerciais enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) passa a ser de até 50% no Sistema de Amortização Constante (SAC) e de até 40% na tabela Price. Para imóveis que se encaixam no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), a parcela a ser financiada não poderá ultrapassar 40% nas modalidades SAC e Price.

            Caixa informou aos correspondentes bancários que não estão previstas regras de transição. Para as incorporadoras, a notícia é positiva, à medida que contribui para reduzir a concorrência do financiamento de imóveis usados com os novos.

            Há duas semana, o banco público anunciou o segundo aumento de juros para financiamento habitacional do ano. A fatia de imóveis financiados pela SAC caiu de 90% para 80% e pela Price, de 90% para 50%.

            A Caixa enfrenta escassez da sua principal fonte para financiar a habitação, a poupança e tem usado instrumentos alternativos de “funding” e por isso teve que ajustar seus preços na ponta.

          • Vilmar 27 de abril de 2015 at 13:14

            Quem tem esta grana para entrada são somente investidores ou pessoas que tem já um imóvel e querem trocar, o meu caso.
            Vamos ver se os iludidos agora acordam.

          • CA 27 de abril de 2015 at 14:57

            Vilmar,

            Creio que é bem mais complicado que isto:

            Investidores: quem compra usado é para alugar, alguém ainda faz isto? Veja link de outro comentário que coloquei, de reportagem da Globo sobre volume absurdo de imóveis sem alugar em São Paulo, alguns há muitos meses e que mesmo com reduções relevantes nos preços não conseguiram encontrar inquilinos.

            Isto acontece devido ao altíssimo volume de investidores na planta que não conseguiram vender o imóvel novo, preferiram não fazer o distrato e mobiliavam para colocar para alugar. Isto acontecia porque estes “investidores” foram iludidos de novo pelos corretores com discursos de que “aluguel era um negócio da China”, “alugava rápido e caro e com dinheiro do aluguel pagaria prestações”, dentre outros absurdos que, por incrível que pareça, as pessoas ainda acreditam!

            Com a situação acima, o retorno real do aluguel está abaixo de 0,40% e todas as aplicações financeiras rendendo mais que isto e só aumentando a diferença com o tempo.

            Nestas condições, qual investidor compraria imóvel usado para alugar? Não existe mercado de compra de usado para revenda com ágio, este mercado está focado 100% na compra na planta, que como sabemos, tem sido outro péssimo negócio nos últimos anos.

            Já sobre a possibilidade de permuta, é algo viável, mas se o vendedor do outro lado ainda estiver iludido, acaba não acontecendo. Esta opção pode passar a ser a preferencial, a permuta com complemento em dinheiro a partir de agora, até com a diferença a ser paga diminuindo, mas o difícil vai ser fazer o “par combinar”, ou seja, de um lado você quer imóvel maior e mais caro na região “X” que é onde um dos envolvidos está ofertando e do outro, aceita-se o imóvel “Y” que é menor como parte do pagamento e se chega ao acordo sobre um valor de diferença justo.

            Sobre a opção de tentar vender para comprar outro melhor, quem ainda vender no curtíssimo prazo vai ter que se aproximar mais um pouquinho do Mundo real e dar um desconto mínimo de 30% sobre o preço anunciado, se bobear e continuar esperando para ver como ficará, em breve terá que dar um “descontinho” de 50% sobre o anunciado.

            É importante entender o seguinte: mais de 70% das vendas de imóveis usados foram financiadas em São Paulo, 90% era via CEF e mesmo assim, o número de negócios já era extremamente baixo, o menor de toda a série histórica, apesar dos preços já terem caído mais de 30% e isto com entrada de 10%. Com todo este contexto, tivemos mais de 90% das vendas de usados em São Paulo em dezembro/2014 que foram para preços abaixo de R$ 500 mil. Agora que a entrada tem que ser de 50%, você pode imaginar o tamanho do “estrago”, em especial para estes imóveis acima de R$ 500 mil?

          • Vilmar 27 de abril de 2015 at 15:37

            Então, o investidor que conseguir uma “galinha morta”, pois elas sempre existem em todo e qualquer mercado.
            O segredo de se ganhar com compra e venda de qualquer mercadoria é comprar abaixo do preço, o mais barato possível e vender no preço, ou próximo disto.
            Conceito básico dos “roleiros”, nome bonitinho do inglês “trader”.
            De acordo, na permuta é preciso encontrar alguém com pé no chão!

  • Reply Vilmar 17 de abril de 2015 at 18:17

    CA, olha mais esta aqui, vi no forum infomoney, apenas replicando:


    A Petrobras está negociando mais um empréstimo internacional — desta vez de 8 bilhões de dólares.

    A origem será a mesma: a China.

    (A propósito, a empresa ainda não revelou as condições do empréstimo de 3,5 bilhões de dólares do China Development Bank que conseguiu no início do mês.)

    A Petrobras já havia acenado com esta possibilidade quando publicou o Fato Relevante sobre o acordo com os chineses, dizendo que havia “a intenção de desenvolver novas cooperações no futuro próximo.”

    A interlocutores, o comando da empresa tem demonstrado uma autoconfiança desconcertante para os outsiders, que tendem a achar que o buraco da Petrobrás é mais embaixo. Em vez do tom mais conservador que muitos interlocutores esperam encontrar, a dupla Aldemir Bendine-Ivan Monteiro está vendendo otimismo, e o mercado tem respondido.

    A empresa tem reiterado a investidores que ‘tem mandato’ para aumentar o preço da gasolina quando achar necessário. Obviamente, a dúvida no mercado é se o clima político, que já está ruim e ainda pode piorar com a alta do desemprego, permite que este mandato seja efetivamente executado.

    Finalmente, quando falam da venda de ativos, o CEO e o CFO têm se mostrado confiantes de que há um grande comprador que resolve a parada.

    Adivinhe quem.

    Enquanto isso, a empresa tem chamado fornecedores acostumados a receber com 30 dias e dito que, daqui por diante, pagará em 120 — noves fora os atrasos que já estavam acontecendo.

    A medida pode reduzir a necessidade de capital de giro da Petrobras em algumas dezenas de bilhões de reais ao longo de um ano.

    ***

    Alguns filólogos afirmam tratar-se de uma lenda, mas muita gente no Ocidente diz que, na palavra chinesa para ‘crise’ (‘wei-ji’), um caractere representaria ‘perigo’ e o outro, ‘oportunidade’. A ideia desta ambiguidade é tão poderosa que os presidentes John F. Kennedy e Richard Nixon usaram-na repetidamente em discursos.

    Pode até ser lenda, mas, para a China, a ‘crise’ da Petrobras está com toda a cara de transformar a lenda em realidade.

    • Reply Vilmar 18 de abril de 2015 at 22:08

      Contratação de Financiamentos e Desinvestimento

      Rio de Janeiro, 17 de abril de 2015 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras comunica que aprovou os seguintes contratos:

      · Financiamento com o Banco do Brasil, no valor de R$ 4,5 Bilhões, na modalidade de nota de crédito à exportação, através da subsidiária BR Distribuidora, pelo prazo de 06 anos;

      · “Limite de financiamento pré-aprovado” (standby), com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 2 bilhões e prazo de até 05 anos;

      · “Limite de financiamento pré-aprovado” (standby), com o Bradesco, no valor de R$ 3 bilhões e prazo de até 05 anos;

      · Acordo de Cooperação (Cooperation Agreement) com o banco Standard Chartered, para uma operação de “Venda com Arrendamento e Opção de Re-compra” (sale and leaseback) de plataformas de produção, no valor de até US$ 3 bilhões e prazo de 10 anos.

      Essas operações, somadas a outras já executadas neste ano, atendem às necessidades de financiamento da Companhia para 2015.

      A Petrobras continuará avaliando oportunidades de financiamento visando antecipar parte das necessidades de 2016.

      Adicionalmente, conforme anunciado em 02/03/2015, a Petrobras aprovou um plano de desinvestimento de US$ 13,7 bilhões para o biênio 2015 e 2016.

      Dentre os ativos de Exploração & Produção do plano de desinvestimento não estão incluídos ativos em produção no Pré-Sal.

      Novos fatos relevantes sobre esses temas serão oportunamente comunicados ao mercado.

      • Reply CA 19 de abril de 2015 at 13:10

        Interessantes as notícias da Petrobrás.

        Por outro lado, não esquecer que a Petrobrás e o Lava-Jato já foram responsáveis por quase 10% de todo o desemprego do País nos últimos meses, veja link abaixo:

        http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,crise-na-petrobras-afeta-emprego-e-cidades-dependentes-da-estatal-cortam-vagas,1644052

        Pena que isto também não resolva as dívidas das empresas envolvidas na Lava-Jato, que também está contribuindo para destruir a economia. Contando com a RJ (Recuperação Judicial) da Schahin Óleo e Gás, o rombo de dívidas que se acumulam na justiça já alcançou R$ 21 BILHÕES:

        http://oglobo.globo.com/economia/grupo-schahin-entra-com-pedido-de-recuperacao-judicial-em-sao-paulo-15906280

        Trecho do link acima:

        “Com o pedido do Schahin, subiu para R$ 21,3 bilhões o total das dívidas em reestruturação de empresas que são investigadas na Operação Lava Jato.”

        Isto tudo sem contar os prejuízos em cascata. Estudo da FGV que coloquei link em comentário mais acima apresenta números totais previstos ainda mais assustadores: geração de mais de 1 milhão de desempregados e mais de R$ 87 bilhões de prejuízo à economia, tudo isto só no decorrer do ano de 2.015 como consequência da Lava-Jato. Por enquanto, os números já realizados que constam acima estão de acordo com a projeção, sendo que os mais de US$ 13 bilhões em desinvestimento mencionados na reportagem que você colocou acima não ajudam na reversão do quadro e os demais financiamentos obtidos, servem apenas para a Petrobrás continuar solvente, uma vez que os investimentos da empresa já foram reduzidos ao mínimo possível, logo, não revertem as expectativas mencionadas neste parágrafo e nos anteriores.

        Complemento: não esquecer que antes a grande maioria do financiamento da Petrobrás vinha do Exterior, agora que está vindo em boa parte de bancos nacionais, diminui a liquidez dos mesmos para outros empréstimos, liquidez esta já extremamente prejudicada no caso do crédito imobiliário em virtude da verba da poupança e FGTS que estão secando ao mesmo tempo e no crédito em geral, com inadimplência de pessoas físicas aumentando ao mesmo tempo que as dívidas impagáveis não só das empresas afetadas pelo Lava-Jato, mas também daquelas que não fizeram hedging adequado e outras várias afetadas mais fortemente pela crise (exemplo: construção civil).

        Manter a Petrobrás solvente, é importante sem dúvida, no entanto, não resolve uma infinidade de outros problemas, muitos decorrentes da Lava-Jato, outros tantos da crise como um todo…

        • Reply CA 19 de abril de 2015 at 21:18

          Investigações de corrupção podem prejudicar notas de bancos, diz Fitch

          http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/investigacoes-de-corrupcao-podem-prejudicar-notas-de-bancos-diz-fitch.html

          Trecho do link acima:

          As investigações de corrupção em curso no Brasil criaram um clima litigioso mais intenso que pode prejudicar a concessão de crédito dos bancos brasileiros no curto prazo, pressionando seus ratings

        • Reply CA 19 de abril de 2015 at 22:39

          “Com crise do petróle e PIB fraco Rio responde por quase metade do corte de vagas formais no país”

          http://oglobo.globo.com/economia/com-crise-do-petroleo-pib-fraco-rio-respondeu-por-quase-metade-de-corte-de-vagas-formais-no-pais-15921175

          “RIO – O mercado de trabalho no Rio começa a dar sinais de freada brusca. Com as incertezas do setor de petróleo e os efeitos da desaceleração econômica no país, os dados são claros: dos 84.189 postos com carteira assinada eliminados no Brasil nos dois primeiros meses do ano, quase metade (39.722) estava concentrada na Região Metropolitana do Rio. Somente em fevereiro, das 2.415 vagas cortadas no país, 82,5% estavam na cidade do Rio e 61,47%, no estado, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, compilados pela Tendências Consultoria.”

          “No primeiro bimestre, além da dispensa de temporários do comércio, que cortou 20.072 postos e é típica dessa época do ano, o saldo negativo na região foi influenciado pelo fechamento de 9.231 vagas na construção civil, principalmente por causa das demissões de operários do Comperj. Também pesou o resultado no setor de serviços, que teve saldo negativo de 7.190 vagas no mesmo período.”

  • Reply CA 16 de abril de 2015 at 18:58

    Caixa eleva juro do crédito imobiliário e reduz parcela financiada

    http://oglobo.globo.com/economia/negocios/caixa-eleva-juro-do-credito-imobiliario-reduz-parcela-financiada-15894580

    • Reply Vilmar 16 de abril de 2015 at 19:48

      Pelo menos ainda tem cash para emprestar.

      • Reply CA 17 de abril de 2015 at 13:32

        Vilmar,

        Acho que você não chegou a ler um comentário mais acima, com link correspondente: ACABOU a verba da poupança que subsidiava empréstimos imobiliarios, especificamente para a CEF. Agora, para financiamentos pelo SFH abaixo de R$ 750 mil em algumas Capitais e abaixo de R$ 650 mil em outras, só restou a verba do FGTS no caso da CEF, sendo que neste ano, a verba do FGTS para crédito imobiliario tende a diminuir muito em função do aumento relevante no desemprego que já está acontecendo!

        A CEF aumentou pela segunda vez os juros em menos de 2 meses e mudou o valor máximo a financiar de 90% para 80% (este sim trará um grande impacto na redução dos financiamentos) exatamente em função da situação acima: com FALTA de dinheiro para empréstimo imobiliario, ao aumentar os juros e principalmente ao tornar a entrada mínima da compra em 20% ao invés dos 10% anteriores, menos pessoas poderão pagar a entrada ou as parcelinhas, com isto menos crédito imobiliário concedido e assim, este é um dos filtros para reduzir a concessão de crédito e deixá-la compatível com a FALTA de lastro!

        Na notícia a CEF fala sobre aumento para acompanhar um pouco mais a SELIC, mas se fosse isto, já teriam aumentado mais e de uma vez logo em janeiro, que foi quando fizeram o primeiro aumento. Outro ponto é que obrigar uma entrada maior não tem nada a ver com a SELIC, certo?

        O problema de falta de verba da poupança surgiu porque a CEF teve participação de mais de 90% no crédito imobiliário concedido no segundo semestre de 2014 (veja demonstração em gráficos deste tópico) e ao mesmo tempo, tivemos recorde histórico de saque na poupança no 1T15 (ver notícia colocada mais acima), além disto, pela desaceleração da CEF a inadimplência está ficando mais visível e eles não tem mais como pedalar, porque o Tesouro não tem mais como manter a transferência de altos volumes de dinheiro para cobrir os rombos da CEF (devido a meta de superávit fiscal).

        • Reply Vilmar 17 de abril de 2015 at 14:09

          Sim, eu li.
          Por estas e por outras, o Levy quer tirar o ímpeto dos bancos públicos no investimento no país, desafogar BNDES, Caixa e BB.
          Joga a bucha para os privados. Quiçá gringos, vide chinocas financiando Petrobras.

          • CA 17 de abril de 2015 at 14:31

            Vilmar,

            Neste caso os bancos privados já caíram fora faz tempo:

            Observe que no 2S14 a participação dos bancos privados no crédito imobiliário concedido para venda de imóveis usados em São Paulo, foi inferior a 10%, com alguns meses em que a participação deles foi de 0% (ZERO POR CENTO)! Isto apesar da chantagem do BC que a partir de ago/14 condicionou a retirada de parte do compulsório sem remuneração à utilização do mesmo para empréstimo imobiliário ou automotivo!

            Nunca antes os bancos privados tiveram participação tão baixa no crédito imobiliário e isto ocorre mesmo com chantagem do BC.

            A CEF sem verba e os bancos privados que já estavam fugindo do crédito imobiliário. Qual a consequência? QUEDA de 27% no crédito imobiliário concedido na comparação de Fev/14 para Fev/15 (ver notícia que coloquei em comentário mais acima)! Índice recorde de queda no crédito imobiliário.

            Agora a consequência prática mais visível: só no mês de fevereiro/2015, a pesquisa do CRECI SP apontou uma queda superior a 7% no preço médio de venda de imóveis em São Paulo Capital, com base em pesquisa feita junto a centenas de imobiliárias da Capital e utilizando como referência o preço das transações intermediadas por estas imobiliárias, ou seja, o preço REAL, FINAL.

            Quer piorar o que consta acima?

            Apesar de uma queda tão relevante nos preços, ainda assim as vendas de usados em fevereiro/2015 foram mais de 30% inferiores às de fevereiro/2014, o que é uma diferença enorme e não justificável pelo calendário do Carnaval.

            Quer piorar ainda mais?

            No acumulado de junho/2014 a fevereiro/2015, a QUEDA no preço MÉDIO do M2 para imóveis usados em São Paulo, com base nas pesquisas acima do CRECI SP, já superou os 32%.

            Lembrando que no caso da explosão da bolha imobiliária americana, o preço MÉDIO do M2 teve uma queda de 33% em 3 anos e aqui estamos falando de uma queda do preço MÉDIO de 32% em apenas 9 meses.

            Em outras palavras, a queda no preço médio do M2 para imóveis usados em São Paulo está sendo mais de 3 vezes mais rápida do que a explosão de bolha imobiliária mais agressiva do Mundo!

            O pior é que mesmo com uma explosão tão gritante dos preços, mais de 99% da população sequer tem consciência disto e os preços vão continuar a cair, em virtude de uma série de fatores combinados que expliquei ao final deste tópico e que já estão acontecendo, com velocidade acima do esperado…

          • CA 17 de abril de 2015 at 14:42

            Ah, só para complementar:

            Do mesmo jeito que a participação da empresa chinesa no salvamento da Petrobrás foi ínfimo em relação à necessidade de Capital da mesma para equalizar sua situação financeira e por isto ela está praticando uma série de “desinvestimentos”, além de uma economia brutal em despesas, uma possível vinda de um banco do Exterior que pudesse ser a “tábua de salvação” do mercado imobiliário brasileiro, além de ser altamente improvável em função do cenário de nossa economia (crise aguda cada vez mais visível), ainda assim seria absolutamente insuficiente para cobrir o rombo já deixado pela redução relevante da CEF e dos bancos privados no crédito imobiliário (sem contar a queda na venda de novos, os super estoques com construtoras, investidores e vendedores particulares, a péssima situação financeira de algumas construtoras de grande porte, etc., etc., etc…).

            A China já está sofrendo com a explosão de sua própria bolha imobiliária, também cada vez mais visível. Considerar que os chineses já tinham interesse faz tempo em trazer mão-de-obra para o Brasil e viabilizar outros negócios com a Petrobrás, já no caso do segmento imobiliário, qual poderia ser o interesse deles?

          • Vilmar 17 de abril de 2015 at 17:40

            Certo, entendido, vamos acompanhando, uma coisa é certa, os amigos “comunas” são unidos, rsrsrs.
            Estrela aqui e a Foice com Martelo lá.

  • Reply CA 16 de abril de 2015 at 18:07

    “Indústria paulista demite 17 mil e tem pior março da história, diz Fiesp”

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/industria-paulista-demite-17-mil-e-tem-pior-marco-da-historia-diz-fiesp.html

    “Mas o número mais preocupante para as entidades é o fechamento de 173 mil postos de trabalho na indústria na comparação de março de 2014 com março de 2015.”

    “A Fiesp e o Ciesp estimam que o mercado de trabalho da indústria de São Paulo deve encerrar este ano com uma queda de ao menos 5%.”

    • Reply CA 16 de abril de 2015 at 18:30

      O Estado de SP como um todo tem maior dependência da indústria e do setor agropecuário e os 2 foram fortemente afetados pelo estágio inicial da crise. Como exemplo, enquanto a medição do BC através do índice IBC-Br apresentou -1,8% na variação de janeiro/2014 para janeiro/2015, no caso de SP na medição do SEADE esta variação foi de -4,7%.

      Talvez estes fatores ajudem a explicar porque a população paulista teve maior participação nos movimentos recentes, afinal já estão sentindo mais na pele os efeitos da crise.

      Quem quiser entender melhor, veja os gráficos e as análises dos links abaixo:

      http://www.seade.gov.br/pibmensal/

      http://www.seade.gov.br/pibmensal/wp-content/uploads/PIB_mensal_jan2015.pdf

      Trechos do último link acima:

      “A economia do Estado retraiu-se em 2,3% no acumulado dos últimos 12 meses, resultado
      que reflete as quedas na agropecuária (6,5%), na indústria (5,5%) e nos serviços
      (1,1%).”

      “A atividade econômica paulista apresentou redução de 4,7% em relação ao mesmo mês
      de 2014. Nessa base de comparação, todos os setores registraram quedas: 5,4% na
      agropecuária; 4,4% na indústria; e 4,8% nos serviços.

    • Reply CA 16 de abril de 2015 at 18:41

      Claro que usei o Estado de SP apenas como um exemplo, esta situação é geral no Brasil. Segue outro exemplo, desta vez relacionado ao PIM (Polo Industrial de Manaus):

      Link: http://cieam.com.br/?n=2974

      Trecho:

      “Indústria de Manaus já demitiu quase 14 mil trabalhadores, até março”

    • Reply CA 16 de abril de 2015 at 18:51

      Salvos da recessão, mas por pouco tempo

      Responsáveis por gerar 526 mil empregos em 2014, micro e pequenas empresas serão os próximos alvos da crise, dizem analistas

      http://www2.4mail.com.br/Artigo/Display/040920000000000

      Trechos do link acima:

      ““Enquanto as grandes empresas têm mais folga para demitir, pois contam com mais mão de obra, as micro e pequenas têm menos espaço para ajustes e postergam demissões. Mas acredito que, neste ano, não haverá escapatória”, acrescenta Saboia.

      Economista-chefe da Opus Investimento e professor da PUC-Rio, José Márcio Camargo afirma que as recessões costumam abalar, primeiramente, os setores indutores de crescimento, como a indústria e a construção civil, deixando em segundo plano os chamados seguidores da atividade econômica, o comércio e os serviços: “Logo, se a situação do mercado de trabalho se mantiver nessa trajetória, esses setores não serão poupados”, diz. “Uma grande parte das micro e pequenas empresas estão em serviços, onde a recessão não chegou com tanta força, ainda. Mas elas devem começar a ser afetadas a partir do segundo semestre deste ano”, projeta o economista.”

  • Reply CA 15 de abril de 2015 at 17:24

    Algo que sempre esqueço de mencionar: em tempos de bolha imobiliária, imóveis são os preferidos para lavagem de dinheiro da corrupção e normalmente, é esta própria lavagem, que ajuda a estimular o crescimento da bolha, afinal, como o dinheiro foi ganho sem esforço, pagar a mais não é um problema…

    Vejam abaixo, notícia de hoje (vale a pena entrar no link e ver as cópias das escrituras):

    Título: “PF investiga se casa foi comprada por filha de Vaccari com dinheiro do Petrolão”

    http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/brasil/pf-investiga-se-casa-foi-comprada-por-filha-de-vaccari-com-dinheiro-do-petrolao/

    “Nayara de Lima Vaccari comprou a residência por 800 000 reais em Indianópolis, Zona Sul de São Paulo, quando terminava a residência em medicina em outubro de 2013. Ela utilizou seis cheques administrativos para pagar os antigos proprietários. No mesmo dia em que ela comprava a casa, a tia de Nayara, Marice Corrêa de Lima, que recebia propina para Vaccari no petrolão, transferiu 345 000 reais para a sobrinha e a empresa Arena de Indaiatuba Incoporadora, investigada pelos procuradores, depositou outros 280 000 reais na conta de Nayara.

    Dias antes de emprestar dinheiro para a sobrinha, Marice faturou 430 000 reais da OAS, recebidos supostamente pela revenda de um apartamento para a construtora no Guarujá. Os investigadores já constataram que Marice não desembolsou um centavo pelo imóvel nem tinha escritura de posse do apartamento.”

    • Reply CA 15 de abril de 2015 at 17:28

      Impressionante o que consta acima: está claríssima a lavagem de dinheiro, de forma descarada e acreditando na eterna impunidade, sem nem terem muitos cuidados em disfarçar as operações, fazendo diretamente entre as empresas envolvidas no esquema de corrupção e os parentes do tesoureiro do PT, sem nem utilizarem laranjas desconhecidos, empresas de fachada, endereços falsos, contas no exterior ou outros recursos para dificultar mais a rastreabilidade do golpe.

    • Reply Vilmar 15 de abril de 2015 at 18:19

      Vide a máfia recente desbaratada, mas aposto que devolveu quase nada de volta pro povo(by Prefeitura) do IPTU em SP!!
      http://defendaseudinheiro.com.br/fraudes-no-mercado-imobiliario
      Isto é recorrente.
      Maiores casos de corrupção público privadas da história recente descobertos pela PF tem ligação com as grandes construtoras/empreiteiras do país!

  • Reply Vilmar 15 de abril de 2015 at 15:53

    Artigo bem interessante, sobre a busca de moradia em lugar bem localizado por quem não tem condições financeiras:

    Os anos 80 e 90: o cortiço volta a ser a principal opção de moradia popular
    http://www.cefetsp.br/edu/eso/geografia/principalopcao.html

  • Reply CA 15 de abril de 2015 at 10:25

    Aluguéis novos tem queda real de 6% em 12 meses, mostra FIPE

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/alugueis-novos-tem-queda-real-de-6-em-12-meses-mostra-fipe.html

    Trecho do link acima:

    “Aluguéis novos têm queda real de 6% em 12 meses, mostra Fipe
    Preço médio de locação ficou em R$ 34 mensais por metro quadrado.
    Curitiba teve maior queda de preços, de 7,86%, sem descontar a inflação.

    • Reply CA 15 de abril de 2015 at 10:25

      Sobre a notícia acima:

      Não consegue vender, precisa de dinheiro, põe para alugar…

      A super-oferta de aluguel faz com que a vacância aumente muito, a pessoa precisando cada vez mais de dinheiro (crise na economia afetando cada vez mais famílias), o que tem que fazer? Reduzir o preço do aluguel, ou reajustá-lo abaixo da inflação (queda em termos reais). Isto porque o aluguel já oferecia um rendimento abaixo de qualquer aplicação financeira (até mesmo da poupança) para os proprietários.

      Pois é, como sempre digo por aqui, é a NECESSIDADE que leva a pessoa a reduzir os preços ou ter rendimentos pífios e reajustes que não cobrem a inflação e não a UTOPIA do “querer ou não querer”, afinal, todos sabemos que ninguém QUER reduzir o preço de algo que vende ou aluga, se o faz, é porque foi necessário.

      O pior é que esta queda em termos reais que consta na reportagem acima, foi detectada no preço ANUNCIADO, ou seja, no caso do aluguel, assim como no de vendas, nem o FINGE ZAP está conseguindo mascarar 100% da realidade e eles estão sendo obrigados a contar a má notícia aos poucos, SIMULANDO que a queda tem sido só em termos REAIS, quando no Mundo REAL, esta queda tem sido em termos NOMINAIS e muito mais relevante. No caso de alugueis em São Paulo, por exemplo, a pesquisa do CRECI SP com centenas de imobiliárias da Capital apontou uma queda superior a 13% nos preços em 2.014, sem considerar a inflação, sendo que esta pesquisa foi feita com base nos preços NEGOCIADOS de transações de aluguel intermediadas por estas imobiliárias.

      E no caso das vendas e preços de vendas, será que a informação acima também tem algum efeito?

      A cada vez que o preço do aluguel reduz ou tem reajuste abaixo da inflação (queda em termos reais), menos vale a pena comprar, menos pessoas compram (os investidores que comprariam para colocar imóvel para alugar desistem, os que iam comprar para sair do aluguel veem o risco de pagarem muito mais nas prestações do que o aluguel e desistem, principalmente por estarmos em tempos de crise na economia, etc.), aumenta ainda mais a super-oferta de imóveis para vender que não encontram compradores, como consequência, o preço REAL de vendas cai também (sim, embora o segmento imobiliário tente ILUDIR as pessoas FAZENDO DE CONTA que a lei de oferta e procura não existe para imóveis, ela existe e já está se manifestando há algum tempo). Este é só um dos vários ciclos que empurram os preços REAIS dos imóveis cada vez mais para baixo.

      Exemplo sobre quedas REAIS nos preços de imóveis: em São Paulo, só no acumulado do período de junho/2014 a fevereiro/2015 (última pesquisa divulgada pelo CRECI SP), a queda no preço médio NEGOCIADO dos imóveis usados já passou de 32%, ou seja, em apenas 9 meses, a queda NOMINAL no preço MÉDIO do imóvel usado em São Paulo foi quase a mesma que demorou 3 anos para ocorrer na bolha imobiliária dos EUA (lá caiu 33% o preço médio em 3 anos).

      Reforçando: as informações acima, tanto de venda quanto aluguel, vem de pesquisas feitas pelo CRECI SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) junto a centenas de imobiliárias da Capital, com base nos preços de vendas ou alugueis das transações intermediadas por estas imobiliárias e como sabemos, as imobiliárias, os corretores e seu Conselho não tem nenhum interesse em divulgar quedas nos preços que possam atrapalhar suas vendas (por isto que estas pesquisas e seus resultados não tem nenhum destaque na mídia, apesar da informação sobre o preço REAL praticado na venda e aluguel ser muito mais valiosa do que a informação sobre o preço ANUNCIADO).

      Em outras palavras, em São Paulo a queda de preços de imóveis usados tem sido mais de 3 vezes mais rápida do que na mais agressiva explosão de bolha imobiliária de que temos notícia, isto com base em informações de pesquisas do próprio segmento imobiliário e isto é o que o pessoal chama de “soft landing”, imagine se fosse hard…

  • Reply CA 15 de abril de 2015 at 10:21

    Setor imobiliário vive tempestade perfeita, avaliam especialistas

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,setor-imobiliario-vive-tempestade-perfeita-avaliam-especialistas,1669770

    Destaco alguns trechos do link acima:

    Alta na taxa de juros e demanda fraca faz preço do imóvel cair; construção deve enfrentar ano mais difícil do que os anteriores e shopping centers, apesar da resiliência, também sofrerão com queda no consumo”

    “Também presente no debate, o CEO da Max Casa, José Paim de Andrade, disse que o aumento dos distratos tem elevado o número de estoques na construtoras, citando investidores que compram apartamentos e na hora da entrega das chaves não ficaram satisfeitos com a estabilização dos preços dos imóveis.”

  • Reply CA 15 de abril de 2015 at 10:15

    Esta é parte da explosão da bolha do FIES, que comentei outro dia por aqui (“Brasil, pátria educadora”):

    Joaquim Levy sinaliza que corte no orçamento do Fies será grande

    http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/3979351/joaquim-levy-sinaliza-que-corte-orcamento-fies-sera-grande

    Trechos do link acima (coloco alguns pontos em negrito, por ajudarem a “decifrar” a bolha por trás do FIES):

    “Programa de financiamento estudantil deve sofrer com o ajuste fiscal promovido pelo Ministério da
    Fazenda

    Por Ricardo Bomfim |9h20 | 15­04­2015

    SÃO PAULO ­ Em mais uma medida com o objetivo de reduzir os gastos do governo, o ministro da
    Fazenda, Joaquim Levy, indicou que realizará cortes no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), de
    acordo com informações do Valor Econômico. Em reunião do Confaz (Conselho Nacional de Política
    Fazendária), o ministro teria dito que o programa transformou pequenos em gigantes e que o corte no orçamento do programa de financiamento será grande.

    Segundo a notícia veiculada pelo periódico, o ministro teria tocado o assunto de maneira espontânea
    enquanto explicava ao público presente sobre como seria realizado o ajuste fiscal. Além disso, ele
    teria até mesmo criticado a política econômica dos seus antecessores no ministério, como Guido
    Mantega.

    Grande responsável pelo impulso dado às empresas educacionais nos últimos anos, as mudanças no
    Fies são sentidas por empresas do setor como Kroton (KROT3), Estácio (ESTC3), Ser Educacional
    (SEER3) e Anima (ANIM3). Desde que as mudanças nas regras do programa começaram a surgir na
    pauta do governo, as ações destas companhias levaram um tombo significativo na Bolsa, em contraste
    com o forte desempenho no ano passado
    , quando a Kroton teve o papel que mais se valorizou no ano.
    Desde o começo de 2015, a Ser já despencou 51,5%, enquanto a Anima caiu 47,9%, a Kroton teve
    queda de 26% e a Estácio recuou 17,9%.”

    • Reply Vilmar 15 de abril de 2015 at 12:02

      Acabou a farra, agora tem critério!
      Esta bolha educacional, de fato, estourou bonito!

  • Reply CA 15 de abril de 2015 at 10:02

    “Quase 39 milhões de brasileiros têm dívidas vencidas há mais de um ano – Estado de Minas”

    Link: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/04/14/internas_economia,637252/cada-vez-mais-pessoas-com-a-corda-no-pescoco.shtml

    Trecho da notícia acima, que faz uma conexão interessante com nossa bolha imobiliária:

    “Em 2014, Joana (nome fictício), funcionária pública, recebia salário de R$ 16 mil e havia acabado de comprar um apartamento financiado pela Caixa. Movida pelo desejo de decorar a casa nova e motivada pelo crédito fácil, que pode ser contratado pela internet, ela fez um empréstimo utilizando uma linha de crédito pessoal (CDC) para comprar móveis novos, eletrodomésticos e peças de decoração.
    Mas o sonho virou tormento. Em 12 meses a dívida de Joana dobrou, atingindo o montante de R$ 150 mil. No mesmo período ela perdeu a remuneração de um cargo comissionado e sua renda baixou para pouco mais de R$ 6 mil líquidos. “Desse montante o banco está retendo mais de R$ 5mil, me sobrando R$ 802 por mês”, conta a funcionária pública. Ela diz que pegou o empréstimo movida pela facilidade do crédito e por não acreditar que pudesse, de uma hora para outra, perder parte de sua renda.”

  • Reply CA 10 de abril de 2015 at 15:56

    Fed vê motivos “fortes” para alta dos juros em junho.

    http://exame.abril.com.br/economia/noticias/fed-ve-motivos-fortes-para-alta-dos-juros-em-junho

  • Reply CA 10 de abril de 2015 at 10:18

    Ministro chama política econômica no 1o. mandato de Keynesianismo vulgar

    http://www.parana-online.com.br/editoria/economia/news/871058/?noticia=MINISTRO+CHAMA+POLITICA+ECONOMICA+NO+1O+MANDATO+DE+KEYNESIANISMO+VULGAR

  • Reply CA 10 de abril de 2015 at 07:12

    CAIXA FICA SEM VERBA DE POUPANÇA PARA IMÓVEL PELO SFH

    http://jornalsportnews.blogspot.com.br/2015/04/caixa-fica-sem-verba-de-poupanca-para.html

    Trecho do link acima:

    “A Caixa Econômica Federal não tem mais recursos da poupança para emprestar ao crédito imobiliário.”

    • Reply CA 10 de abril de 2015 at 07:24

      https://www.melhortaxa.com.br/entenda-o-credito/qual-e-a-diferenca-entre-sfh-ou-sfi-/100094

      Trecho do link acima:

      As principais características dos financiamentos obtidos dentro do SFH são:

      O valor máximo de avaliação do imóvel é de R$ 750 mil nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal; nos demais estados, esse valor é de R$ 650 mil.

    • Reply CA 10 de abril de 2015 at 07:45

      Quais as consequências do que consta acima?

      Como vimos neste tópico,tivemos reduções em vendas de imóveis novos e usados que foram recordes históricos no ano de 2014, sendo que a queda foi muito mais intensa para aqueles com preços acima de R$ 500 mil. Chegamos a vendas superiores a 90% do total para imóveis abaixo de R$ 500 mil, que agora serão os mais afetados por esta situação de falta de verba da poupança, ou seja, as vendas de imóveis mais baratos que sustentavam os parcos resultados do segmento imobiliário tendem a cair e ficarem em patamar ainda pior.

      Para melhor compreensão quanto a este processo:

      O SFH usa verba de poupança mais FGTS, tendo as menores taxas de juros e em virtude disto,representa a grande maioria dos empréstimos imobiliários concedidos, sendo que a maioria das vendas de imóveis se realiza através de financiamento bancário.

      Além da falta de verba da poupança,teremos em 2015 um saque recorde no FGTS graças ao aumento relevante no desemprego. Os bancos privados já estavam fugindo do financiamento imobiliário desde o segundo semestre de 2014, quando a CEF realizou mais de 90% de todos os empréstimos imobiliários concedidos em São Paulo.

      Combinando os fatos acima, a consequência esperada é de uma queda ainda mais abrupta nos financiamentos imobiliários, ou seja, vendas de imóveis despencam de vez e distratos disparam, fazendo que tenhamos novo recorde nos estoques que já estão em patamar insustentável e representando mais uma fortíssima pressão para redução dos preços!

  • Reply CA 9 de abril de 2015 at 14:09

    Sob pressão, sistema financeiro cuida de seus elos fracos

    http://veja.abril.com.br/blog/mercados/economia/sob-pressao-sistema-financeiro-cuida-de-seus-elos-fracos/

    Destaco alguns trechos do artigo acima:

    Com o País vivendo quase um grande pedido de recuperação judicial por semana, as provisões nos bancos começam a se acumular com uma rapidez inesperada.

    Para ficar em alguns nomes recentes, a OAS pediu proteção contra seus credores, citando uma dívida total de 8,9 bilhões de reais. A Galvão Engenharia, 1,84 bilhões. A Eneva, 1 bilhão. A IMPSA, 2,3 bilhões.

    Uma fonte familiarizada com créditos duvidosos disse que o total de dívidas de empresas incapazes de honrar seus compromissos — somando as que já pediram recuperação judicial e as que ainda o farão — chega facilmente a 50 bilhões de reais. Além das atingidas pela Lava Jato, empresas com passivo em dólar que não protegeram seus balanços também estão dando problema aos bancos.

    Diz uma fonte do setor: “A irresponsabilidade creditícia, a falta de critério de alguns bancos é tão grande que, num cenário como o deste ano, você pode ter nomes que você não espera encontrando dificuldades.”

    • Reply CA 9 de abril de 2015 at 18:12

      Ah, só para complementar, tem também uma análise interessante que o BIS divulgou na metade de 2.014 relacionada a este tema:

      BIS vê risco em 3 anos de crise bancária no Brasil”

      http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,bis-ve-risco-em-3-anos-de-crise-bancaria-no-brasil-imp-,1520913

      • Reply Vilmar 9 de abril de 2015 at 18:57

        Aí vem a pergunta: Investir em ações de banco é certeza de ganhar dinheiro?
        http://defendaseudinheiro.com.br/investir-em-acoes-de-banco-e-certeza-de-ganhar-dinheiro
        Por enquanto, tirando alguns bancos pequenos que já faliram por problema de solvência, nos grandes bancos, no geral, o povo vem ganhando dinheiro.
        Os grandes também sofrerão? Teremos Too big to fail, versão brazuca?
        A acompanhar cenas dos próximos capítulos.

        • Reply CA 10 de abril de 2015 at 09:12

          Credit corta Itaú e Bradesco, difíceis de quebrar, mas não invulneráveis

          http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3969222/credit-corta-itau-bradesco-dificeis-quebrar-mas-nao-invulneraveis

        • Reply CA 10 de abril de 2015 at 09:23

          Em um momento em que já temos recorde de endividamento da população, combinado com patamar muito elevado de inadimplência geral e aumento relevante no desemprego e juros, junto com inflação em nível também recorde, a solução do link de notícia mais abaixo visa viabilizar a troca de uma dívida muito mais cara por outra mais barata, desafogando um pouco as famílias, principalmente aquelas insolventes ou prestes a ficarem insolventes.

          De quebra, também dá uma forcinha aos bancos para reduzirem seus problemas quanto à créditos podres no cartão de crédito, que ajudaram a alimentar a bolha de consumo dos últimos anos. Lembrando que os bancos também estão utilizando imóveis e carros como garantias a empréstimos para o consumo (uma parte do que fizeram na bolha imobiliária americana), para redução dos riscos de empréstimos (garantias mais “palpáveis” do que a renda, que em tempos de altíssimo aumento no desemprego deixa de ser uma garantia confiável).

          Pergunta do dia: se a inadimplência seria tão baixa como bancos afirmam e o sistema bancário tão seguro e à prova das bolhas imobiliária e de consumo como eles sempre dizem, qual a finalidade de tantas ações simultâneas para preservação dos bancos? Será que tem relação com a esperada disparada da inadimplência em 2.015 em função dos péssimos indicadores que mencionei no primeiro parágrafo deste comentário?

          Segue o link e trecho do mesmo:

          http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/camara-autoriza-descontar-do-salario-fatura-do-cartao-de-credito.html

          “Câmara aprova descontar até 10% do salário para pagar cartão de crédito
          Teto de endividamento total em operações descontadas da folha passa a 40%.”

  • Reply CA 9 de abril de 2015 at 14:04

    Fitch mantém rating do Brasil em BBB e revisa perspectiva para negativa – InfoMoney

    http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/3969651/fitch-mantem-rating-brasil-bbb-revisa-perspectiva-para-negativa

  • Reply Kepler 9 de abril de 2015 at 10:35

    Isso não é um post. É uma tese de doutorado. Parabéns! Me esclareceu um monte de dúvidas. Tive um apartamento recentemente vendido e passei uma das piores dores de cabeça da minha vida. Agora pude entender o motivo da dificuldade de venda. Muito obrigado pelo esclarecimento.

    • Reply CA 9 de abril de 2015 at 14:02

      Kepler,

      Obrigado pela participação e pela avaliação do trabalho!

  • Reply CA 9 de abril de 2015 at 09:17

    Segue um artigo interessante, para o qual, destaco um trecho:

    http://oglobo.globo.com/economia/arminio-fraga-ajuste-fiscal-insuficiente-tem-problemas-de-qualidade-15816918

    Trecho do link acima:

    O ajuste que está sendo proposta pelo meu ex-aluno é insuficiente e não vai estancar esse processo. É possível que o Brasil caminhe, entre a recuperação da credibilidade dos dados e o fim das pedaladas, pelo aumento da relação divida/PIB. Isso é um quadro muito preocupante — afirmou Fraga. — Há problemas com a qualidade do ajuste, que peca pelo lado qualitativo e é insuficiente do lado quantitativo. Nosso orçamento é muito rígido e vai aumentando a carga tributária. Temos um problema orçamentário que espelha as dificuldades da nossa sociedade que continua extremamente desigual. Pouco investimento, pouca produtividade, muita incerteza — afirma Fraga”.

  • Reply CA 9 de abril de 2015 at 06:47

    Segue um artigo feito por empresa vinculada ao segmento imobiliário, destaco com letras maiúsculas como a realidade está se impondo para este segmento que já não tem mais forças nem argumentos para MASCARAR o óbvio:

    http://www.znimovel.com.br/noticias_mercado-imobiliario-desafio-do-ano-e-reduzir-os-precos-zona-norte-sao-paulo_1746-0-0-0-1_0.html

    “O desafio para o mercado está lançado: recuperar o prejuízo de 2014. Para isso, as estratégias estão lançadas: empreender menos, REDUZIR VALORES e vender mais. Parece um desafio difícil para um setor que viu a última década com crescimento em todos os índices, mas se não for assim, não há como recuperar os bons tempos.”

  • Reply Vilmar 8 de abril de 2015 at 14:13

    Apenas algo de curiosidade, pode ser dúvidas de outras “genténs”, segue:

    Posso comprar terreno com o uso do FGTS?
    Não. Pelas regras do FGTS é vedado o uso dos seus recursos para fins de aquisição de lotes ou terrenos.
    http://www.financiamento.com.br/faq/uso-do-fgts.php#f12

  • Reply CA 8 de abril de 2015 at 10:01

    Pela notícia abaixo, vinda do SECOVI SP, a venda de imóveis em São Paulo em fevereiro/2015 teve nova queda superior a 20% na comparação com mesmo mês de 2.014, da mesma forma que já havia ocorrido em janeiro/2015.

    Com isto, as vendas de imóveis novos em São Paulo no primeiro bimestre de 2.015 foram as piores em pelo menos 11 anos, superando o “recorde” anterior de 2.014. O pior é que a queda superior a 20% nas vendas é muito relevante e se considerarmos que foi sobre uma base que já era a pior da última década, foi um péssimo resultado.

    Segue link de notícia a este respeito:

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/venda-de-imoveis-novos-em-sp-cai-24-em-fevereiro-aponta-secovi.html

    • Reply Vilmar 8 de abril de 2015 at 11:26

      A única coisa que me interessa disto tudo é: quando os preços voltarão a ficar razoáveis??
      Tem muito empresário com muito imóvel na mão, não é povão, estes caras podem ficar anos e anos com imóveis parados, mesmo sem gerar renda, são os donos do capital no Brasil, tem uma putz diversificação de patrimônio e investimentos, eles podem esperar anos até o mercado se aquecer novamente, apenas a corrosão dos preços pela inflação não os assusta!
      Sendo assim, este slow motion ainda deve durar um bom tempo……..

      • Reply CA 8 de abril de 2015 at 19:27

        Vilmar,

        Há um estoque que é o recorde histórico na mão das construtoras, sendo que também responde pela maior proporção entre estoque e vendas em todos os tempos.

        As construtoras, como qualquer empresa, precisam de dinheiro para sobreviver e algumas delas de grande porte que estão super endividadas, já tem oferecido “descontos” REAIS de até 30% ou mais que isto em negociações fechadas e sem grandes alardes.

        Temos ainda um altíssimo volume de investidores amadores neste segmento, como nunca antes (dos 40% de investidores sobre o total das vendas, grande parte sem experiência, pelo menos até a primeira metade de 2.014). Estes serão cada vez mais pressionados à vender em função da situação da economia que passará a afetar mais intensamente as finanças deles. Em contra-partida, crédito imobiliário cada vez mais escasso e caro, combinado com desemprego e outros fatores que diminuirão ainda mais os compradores, como já demonstrado nas informações acima sobre nova queda relevante em vendas em São Paulo. Combinando estes fatores, novamente uma forte pressão para redução relevante nos preços ainda em 2.015.

        A informação de que teríamos um grande volume de empresários que sustentam preços dos imóveis não procede, até porque, pesquisa do início de 2.015 já demonstrava que as pessoas mais ricas já haviam reduzido a participação de imóveis em seus portfólios e temos muitas pessoas que simplesmente optaram por adquirirem imóveis em outros países, veja o caso dos EUA, onde em 2.014 o segundo maior comprador estrangeiro de imóveis por lá foi o brasileiro, atrás apenas do canadense, por razões geográficas óbvias.

        Aliás, veja a pesquisa do CRECI SP que consta no tópico: tivemos uma redução de preço médio do M2 para usados em São Paulo que foi superior a 29% apenas no período de junho/2014 a dezembro/2014. Na explosão da bolha imobiliária americana, demorou 3 anos para atingirem uma redução no preço médio na ordem de 33%. Isto não é, em hipótese alguma, um soft landing.

        É preciso entender que em TODA BOLHA IMOBILIÁRIA do Mundo tivemos vendas despencando, então tanto faz se existem alguns empresários segurando imóveis por preços surreais, afinal, o preço de venda se faz pela VENDA e não por anúncio do que não vende (aka FINGE ZAP) e é absolutamente esperado a manutenção de uma super oferta em virtude dos “teimosos” (isto ocorreu em toda bolha imobiliária do Mundo), combinado é claro com a total falta de compradores, como já está acontecendo.

        De qualquer forma, como os preços no Brasil subiram muito mais em termos percentuais do que em qualquer outro país que teve bolha imobiliária, mesmo com reduções REAIS de 30% a 50% que tendem a acontecer cada vez mais neste ano, ainda teremos alguns casos em que os preços não estarão razoáveis e teremos que esperar mais um tempo (1 ou 2 anos) até que eles voltem a um patamar que possa ser considerado normal (para atingir o vale de preços, talvez mais do que isto).

        • Reply Vilmar 8 de abril de 2015 at 20:00

          Certo, entendido, grato.

  • Reply CA 8 de abril de 2015 at 09:56

    Crise da Petrobrás cria ressaca do pré-sal e congela prédios em Santos

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/04/1612418-crise-da-petrobras-cria-ressaca-do-pre-sal-e-congela-predios-em-santos.shtml

  • Reply CA 8 de abril de 2015 at 09:54

    Inflação oficial vai a 1,32% em março, a maior taxa para o mês em 20 anos

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,inflacao-oficial-acelera-para-alta-de-1-32-em-marco-a-maior-taxa-para-o-mes-em-20-anos,1665758

    • Reply Vilmar 8 de abril de 2015 at 12:33

      Sim, maior inflação pro período em 20 anos, mas vai cair, povo está consumindo menos, muito endividamento nas famílias.

      • Reply CA 8 de abril de 2015 at 18:59

        A inflação recorde do primeiro trimestre do ano tem relação com os aumentos em tarifas públicas (em especial energia elétrica) e na gasolina, além do aumento do US$, que apesar da baixa nas últimas semanas, no acumulado do trimestre teve um crescimento que foi relevante e ele é quem direciona o preço de commodities, inclusive alimentos.

        Os itens acima tem altíssimo impacto na economia como um todo e na formação dos preços, as iniciativas do Governo no passado de reter aumento da gasolina, reduzir preço de energia elétrica, manipular o câmbio, etc., estão cobrando o seu preço.

        Infelizmente chegamos em um cenário extremamente raro em 2.015, que é o da “receflação”, ou seja, recessão ao mesmo tempo que inflação elevada. “Evoluímos” de uma estagflação em 2.014 para esta “receflação”.

        Existem apostas (neste caso até que bem fundamentadas, diga-se de passagem) de que a inflação pode começar a ceder na sua apuração mensal, de forma mais consistente a partir de junho/2015 e influenciada não apenas pelo alto nível de endividamento e inadimplência das famílias que já estão reduzindo seu consumo, mas também pelo aumento abrupto do desemprego que está acontecendo, combinado com os aumentos constantes na SELIC e principalmente, contando com a colaboração do Governo na redução da oferta de créditos subsidiados e na contenção de seus gastos.

        Ocorre que mesmo na leitura mais otimista, o melhor cenário é de que a inflação ficará acima dos 8% no acumulado de 12 meses em dezembro/2015 e no cenário mais pessimista, ela poderia passar de 2 dígitos, sendo que em qualquer destes cenários, ela seria ainda muito elevada e a possível redução efetiva no acumulado de 12 meses, voltando para dentro do patamar máximo da meta (abaixo de 6,5%), provavelmente só ocorreria a partir do segundo trimestre de 2.016, no cenário mais otimista (seria neste ponto que começaríamos a caminhar para uma “evolução”, saindo de um cenário de “receflação” para um de recessão com inflação mais controlada, isto dentro da visão mais otimista).

        É claro que podemos ter surpresas quanto aos cenários acima e até vivermos um contexto de deflação mensal a partir do segundo semestre, causada por uma recessão ainda mais violenta que destruísse o consumo de forma ainda mais intensa do que o previsto e com isto, a inflação acumulada em 12 meses talvez chegasse a ficar abaixo do topo da meta (abaixo de 6,5%) em dezembro/2015, mas sinceramente, não sei se este cenário seria bom, provavelmente seria pior do que a inflação acumulada acima de 8% em dezembro/2015 combinada com recessão em grau menor (=”receflação” ainda), por isto o próprio Governo tentaria reverter este quadro e forçaria inflação mais elevada para que o estrago no consumo e PIB não fossem tão grandes. Por estes fatores, a lógica indica que terminaremos o ano de 2.015 ainda com “receflação”.

        Não podemos esquecer, no entanto, que existem algumas ameaças que continuam pairando sobre o Brasil e que poderiam prolongar a “receflação” além do prazo que mencionei acima e até agrava-la:

        1) Risco de “apagão”: embora a própria recessão colabore para redução do consumo de energia elétrica, o risco de um apagão no segundo semestre não está descartado. Infelizmente as contra-medidas planejadas pelo Governo demoram um tempo maior para serem implementadas, então estaremos contando com a “sorte” e uma combinação de fatores para que isto não aconteça. Neste contexto, aumentos relevantes no custo da energia elétrica poderão voltar a acontecer (voltando a abastecer a inflação), junto com rodízio e outras ações ;

        2) FED e o “eterno risco” de aumentarem os juros básicos nos EUA, causando uma grande fuga de investidores do Brasil com disparada do US$ por aqui que alimente a inflação, ver notícia de hoje:

        http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/bc-dos-eua-segue-confiante-para-elevar-juros-ainda-este-ano.html

        “BC dos EUA segue confiante para elevar juros ainda este ano”.

        O US$ tem baixado no Brasil nos últimos dias em função de alguns números ruins dos EUA que indicariam um atraso na subida dos juros por lá, mas isto é olhar pelo retrovisor, o time do FED tem uma leitura diferente dos dados mais recentes e expectativas de curtíssimo prazo, vale a pena a leitura do link acima.

        3) Risco de rebaixamente do rating do Brasil, que infelizmente permanece, até em virtude da total desorganização entre Governo e base aliada, que pode atrasar ou reduzir o impacto das medidas fiscais planejadas, minando ainda mais a confiança das agências internacionais de avaliação de risco (principalmente quando combinado com inflação que está disparando, movimentos populares contra o Governo, etc), sem contar que o rombo acumulado nas contas públicas até fevereiro/2015 já foi muito elevado e obrigou um aumento natural na meta nominal para chegar na meta percentual planejada (se bem que neste caso a própria recessão “ajuda” nos cálculos, pois a base do PIB acabará sendo menor também).

  • Reply CA 7 de abril de 2015 at 16:52

    Poupança registra saída de R$ 23 bilhões no trimestre, maior da história

    Valor equivale quase ao mesmo montante do ingresso de todo ano passado.
    Em março, saída somou R$ 11,43 bilhões, maior valor mensal desde 1995.

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/poupanca-registra-saida-de-r-23-bilhoes-no-trimestre-maior-da-historia.html

  • Reply CA 7 de abril de 2015 at 10:54

    Coloco mais abaixo um link que fala sobre a população economicamente ativa no Brasil, que corresponde a uma parcela muito inferior à média mundial.

    Isto é preocupante no contexto da crise econômica que enfrentamos: o Governo está sendo obrigado a desacelerar as ações assistencialistas, ao mesmo tempo que o desemprego já está aumentando.

    O impacto negativo da desaceleração do assistencialismo para as famílias é amplificado pelo fato de termos um volume anormalmente elevado de pessoas que são economicamente inativas e ainda com parte relevante destas famílias que são dependentes destes programas governamentais assistencialistas.

    O aumento no desemprego também gera um prejuízo mais elevado que o normal, pois cada desempregado tem um volume maior de dependentes.

    Isto é a consequência de termos tido uma política monetária e fiscal nos últimos anos que incentivou o assistencialismo e o consumo, sem nenhuma preocupação quanto a ganho de produtividade e ainda, fazendo com que a população economicamente ativa se mantivesse em um patamar anormalmente baixo.

    As estatísticas governamentais quanto ao desemprego simplesmente ignoram a parcela da população que não está procurando emprego nos últimos tempos, mesmo que a pessoa tenha desistido por não encontrar um emprego, considera empregado aqueles que fizeram algum bico no último mês (mesmo que tenha sido trabalho de 1 dia e com rendimento mínimo) e assim por diante, ou seja, elas apenas ajudam a mascarar estas situações anormais que vivemos, simulando um “pleno emprego” que gera uma visão positiva, mas ilusória, quanto a saúde de nossa economia.

    Para as estatísticas governamentais é “boa” a diminuição da população economicamente ativa, pois fica mais fácil de diminuir o desemprego que é medido pelos números oficiais do Governo.

    Infelizmente o script acima, em uma escala menor por aqui, foi o caminho seguido pela Grécia e outros que compõem os “PIGS” da Europa, que como consequência, enfrentam uma grave crise já há alguns anos.

    Segue link e trecho sobre a população economicamente ativa no Brasil:

    http://www.mundoeducacao.com/geografia/populacao-economicamente-ativa-brasil.htm

    Trecho do link acima:

    “No caso específico do Brasil, a população ativa soma aproximadamente 79 milhões de pessoas ou 46,7%, índice muito baixo, uma vez que o restante da população, cerca de 53,3%, fica à mercê do sustento dos economicamente ativos. Em diversos países, o índice é superior, aproximadamente 75% atuam no setor produtivo.”

  • Reply CA 5 de abril de 2015 at 11:20

    PERDA DE ATRATIVIDADE
    ESTRANGEIROS REDUZEM APLICAÇÃO EM ATIVOS BRASILEIROS
    BRASIL FOI O PAÍS QUE MAIS PERDEU ESPAÇO NO PRIMEIRO TRIMESTRE

    http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=29612301712

  • Reply Vilmar 2 de abril de 2015 at 02:08

    Preço de imóveis tem perda real diante da inflação pelo 5º mês consecutivo
    O Índice FipeZap registrou aumento de 0,14% em março na comparação com fevereiro. O índice, que acompanha o preço de anúncios de vendas de imóveis em 20 capitais brasileiras, mostra que houve perda real nas operações diante da inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo…
    http://www.arenadopavini.com.br/artigos/noticias-do-dia-arena-especial/venda-de-imoveis-tem-perda-real-diante-da-inflacao-pelo-5o-mes-consecutivo

  • Reply Vilmar 1 de abril de 2015 at 16:15

    Eu até acho também, junto com os pessimistas, que a coisa está feia, vai piorar e o país vai pro buraco, viuvinhas de esquerda que reelegeram a presidenta devem se arrepender amargamente, porém, como brasileiro, alguém que não quer ver o seu país virar uma Somália, tenho que dar um voto de confiança para o governo que ganhou as eleições democraticamente e torcer para que faça o melhor governo possível.
    Se não sairmos do atoleiro em 1, 2, 3 anos, tudo bem, que saia no 4º ano, mas que saia.
    Vamos torcer para que saiamos desta situação o quanto antes.
    Quem sai ganhando com um país cheio de miseráveis?? Ninguém, exceto uma minoria de usurpadores abutres ou até mesmo na linguagem do ex-ministro da educação, achacadores!!!

    • Reply CA 2 de abril de 2015 at 21:49

      Vilmar,

      Por favor, não me interprete mal: em momento algum estou “torcendo” para que a recuperação demore mais do que o necessário, estou apenas constatando que o tamanho do buraco é muito grande para ser resolvido em 2.015 e retomarmos o crescimento dentro de um patamar saudável já a partir do ano que vem, infelizmente.

      Por outro lado, reitero: uma recuperação “dolorida” pode trazer efeitos benéficos na medida em que força Governo e sociedade a entenderem melhor causa e efeito, deixando de acreditar em soluções heterodoxas / milagrosas e nos afastando de no futuro nos tornarmos uma Venezuela ou Argentina, por isto, como você, torço sinceramente para que o Governo finalmente se mantenha no caminho certo, sem nenhuma recaída que o faça voltar a sua antiga estratégia socialista bolivariana, que ilude a população com promessas de melhorias via estratégias econômicas heterodoxas e que nivelam a sociedade como um todo por baixo.

      O tempo exato para a retomada, ninguém pode determinar com certeza, mas infelizmente a escalada de evidências que demonstram um nível de gravidade mais elevado quanto aos problemas na economia, não param de ocorrer. Veja próximos comentários a este respeito.

  • Reply CA 1 de abril de 2015 at 13:12

    Agora vamos avaliar as informações acima:

    Por que coloquei tantas referências acima relacionadas a demissões em diferentes setores?

    Porque isto é uma das muitas comprovações do que consta neste tópico quanto a gravidade da situação da economia brasileira, o que em parte foi causada pela própria bolha imobiliária, que explode com a retribuição da economia para a mesma.

    Em contra-partida, quem se aventuraria a demonstrar como poderíamos ter uma recuperação “fácil, rápida e sem dor” que poderia se iniciar já em 2.016? É importante que se demonstre de onde vão sair os empregos que permitiriam uma recuperação em prazo recorde, que não aconteceu em nenhum país do Mundo que já esteve envolto em uma crise destas proporções e ainda, considerando-se que as bolhas que inflamos foram ainda mais absurdas que nestes outros países e incluindo fatores não vivenciados por estes países (explosão de mega esquema de corrupção destruindo setor importantíssimo da economia). Conseguiríamos esta proeza apenas por sermos um país “único”, porque só nós temos a jabuticaba?

    Infelizmente o tamanho do estrago promovido na economia brasileira foi muito elevado. Vejamos os diversos casos de demissões em massa que coloquei acima e a causa raiz para os mesmos:

    1) Construção civil:

    Lava-jato: alto volume de demissões e recuperação judicial de algumas grandes empresas envolvidas no lava-jato, sendo que a expectativa é que isto se intensifique ao longo de 2.015. A causa? Empresas envolvidas no escândalo não conseguem dar andamento a obras com Governo e nem tampouco conseguem obter financiamentos, são obrigadas a interromper ou não iniciar um grande volume de obras, nas mais diversas localidades. Sugiro que vejam ainda notícias relacionadas a cidades de Macaé e Rio Grande, o quanto estas foram destruídas como consequência da corrupção em larga escala na Petrobrás e consequente paralisação no segmento de petróleo, que sozinho responde por 11% de todos os investimentos no país ;

    Bolha imobiliária: temos estoque recorde de imóveis sem vender em todo o país, graças a uma redução sem precedentes nas vendas, esta bolha foi originada a partir de um volume absurdo de vendas falsas na planta e para especuladores no passado, o que também foi impulsionado por crédito farto e barato subsidiado pelo Governo ao longo de anos e uma série de medidas heterodoxas para não subir os juros. Com isto, sabemos que estes estoques de imóveis são o suficiente para décadas de vendas dentro de seus patamares atuais. Embora os lançamentos venham em queda desde 2.012 no total do Brasil (em São Paulo em 2013 tivemos MEGA especulação com 1 dormitório = transferência de estoque, que simulou recuperação) chegamos nesta situação absurda e típica de toda bolha imobiliária. Não há outra saída, a não ser novas reduções relevantes em lançamentos e construções o que já tem colaborado muito para o desemprego elevado na construção civil que apresentei nos links mais acima e que só vai piorar em 2.015 ;

    Copa do Mundo: as obras da Copa do Mundo inflaram muito empregos na construção civil, mas já acabou, desde o início sabíamos que era temporário, só que quando junta com a redução de empregos causada pela corrupção na Petrobrás e bolha imobiliária, temos o impacto assustador quanto a perda de empregos.

    Os diversos casos que apresentei mais acima quanto a construção civil são apenas “a ponta do iceberg”, tem muito mais por vir ao longo de 2.015.

    2) Aviação:

    O consumo das famílias foi super estimulado nos últimos anos por crédito farto e barato. Além disto, o preço dos combustíveis foi represado de forma artificial, assim como o câmbio foi manipulado, em ambos os casos para que o Governo não tivesse que subir os juros, como medidas heterodoxas para conter inflação.

    Como agora o crédito está mais caro e menos disponível, com volume super elevado de endividamento e inadimplência geral das famílias, as viagens de avião se reduziram muito, sendo que o preço do combustível e demais insumos importados disparou e estes representam custos relevantes para estas empresas, não restando outra saída para companhias de aviação a não ser um enxugamento muito elevado nos gastos, entrando também na lista daqueles setores com demissões em massa.

    3) Prefeituras, Governos Estaduais e Governo Federal:

    A farra dos impostos crescentes já não é uma realidade tão auspiciosa quanto antes, mesmo com inflação alta que beneficia o governo (imposto em grande parte é percentual sobre faturamento das empresas que sobe com a inflação), pois a derrocada na economia puxada por itens acima e outros, faz com que as receitas previstas diminuam (faturamento das empresas cai, assim como empregos, etc.), ao mesmo tempo em que os problemas quanto a responsabilidade fiscal só crescem, fazendo com que tenham que realizar reduções radicais em despesas, o que implica em demissões em massa, como nos exemplos apresentados acima ;

    4) Segmento automotivo:

    Tivemos mais de uma década de incentivos fiscais do Governo a este setor, além crédito farto e barato, financiamentos de prazo muito longo, etc. Os preços se inflaram e mantiveram-se assim durante todo este período. Com super endividamento das famílias combinado com alto nível de inadimplência, já temos observado a destruição dos empregos em larga escala para este segmento também, em toda sua cadeia.

    5) Outros:

    Educação: a bolha do FIES está explodindo. Como na bolha do consumo e imobiliária, as Faculdades dispararam com os preços das mensalidades, afinal alunos não viam o preço total nem se preocupavam com eles, sabiam que teriam “parcelinhas” no futuro subsidiadas pelo Governo. Agora a farra com dinheiro público acabou e em breve veremos vários cursos que se tornarão inviáveis financeiramente para um grande número de faculdades, levando a redução de cursos, empregos gerados por esta bolha, etc., também em escala nacional e de forma impactante.

    Agricultura e demais commodities: as bolhas da China também estão explodindo! Isto significa que já temos uma redução no crescimento da China e portanto uma redução de consumo de commodities do Brasil. Em outras palavras, para que agricultura e demais commodities se mantenham nos mesmos patamares atuais já será um grande desafio, contar com os mesmos para compensarem os efeitos em todos os setores acima, daí já é algo utópico.

    Outras indústrias, comércio e serviços: serão afetados pelos efeito em cascata de tudo que consta acima. Ver exemplos das cidades de Macaé e Rio Grande. Pior ainda para indústrias que importam muitos componentes para fabricarem e revender predominantemente no Brasil, como é o caso de eletrônicos e eletroeletrônicos que terão ainda um desafio a mais em função do dólar com cotação mais elevada.

  • Reply CA 1 de abril de 2015 at 11:48

    Seguem mais alguns casos da vida real:

    Desde o início do ano passado, os estaleiros já demitiram cerca de 28 mil trabalhadores. Se somados os reflexos no setor de máquinas e equipamentos, o número de desempregados já supera os 34 mil. E a crise não deve parar por aí. Estima-se que ao menos outros 12,2 mil empregos estão em xeque nos principais polos navais do Brasil, dizem os sindicatos.”

    Link:

    http: //portosenavios.com.br/industria-naval-e-offshore/28732-industria-naval-derrete-apos-lava-jato?utm_source=newsletter_7522&utm_medium=email&utm_campaign=noticias-do-dia-portos-e-navios-date-d-m-y

  • Reply Vilmar 1 de abril de 2015 at 10:20

    Professor Levy conquista respeito de sua principal aluna

    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sinalizou na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, realizada nesta terça-feira, que novas medidas serão lançadas com objetivo de alcançar o cumprimento da meta de superávit fiscal para este ano (1,2% do PIB).

    O Banco Central informou que o setor público registrou déficit primário de 2,3 bilhões de reais no mês de fevereiro, puxado pelo resultado negativo do governo central. Nos últimos 12 meses, o déficit primário disparou para 0,69% do PIB, recorde para as contas públicas.

    O rombo de fevereiro decepcionou o mercado, que esperava superávit em torno de 1,5 bilhão de reais. O número ruim ainda é reflexo da lamentável gestão do antigo ministro da Fazenda. Já o excelente trabalho desenvolvido pelo atual ministro da Fazenda provocará efeito positivo nas contas públicas no médio prazo. O momento atual ainda é de transição na política fiscal.

    Levy reforçou a importância de continuar revertendo as injustificáveis renúncias de impostos concedidas a determinados grupos nos últimos anos. Além disso, os gastos do governo tendem sofrer cortes severos, atingindo o patamar de 2013.

    O ministro da Fazenda demonstrou intenção de evitar qualquer risco de não cumprimento da meta de superávit primário, onde boa parte dos analistas/economistas brasileiros continuam afirmando que essa é uma missão impossível (ou quase impossível). Não será fácil, mas as ações que estão sendo tomadas, com amplo apoio do Planalto, caminham nitidamente para a direção correta.

    Surpreende o fato de a presidente Dilma ter saído do anonimato (constatado no início deste ano) para defender com certa veemência o trabalho impopular do ministro da Fazenda, num momento onde sua própria popularidade segue muito baixa. A presidente também não demonstrou insatisfação com as declarações de Levy feitas neste último final de semana (vistas como críticas a ela), pelo contrário, defendeu o ministro e colocou um ponto final na história.

    Ainda nesta terça-feira, Dilma disse em entrevista à Bloomberg que o governo está preparando grandes cortes de despesas, principalmente de atividades administrativas. A presidente também afirmou que fará tudo o que for necessário para atingir a meta de superávit primário e que o reequilíbrio das contas do governo é fundamental para retomar a confiança.

    Nem parece a mesma pessoa que governou o País de 2011 a 2014. A mudança de concepção é nitidamente relevante. As atitudes estão alinhadas com o novo discurso. Levy parece ter feito um trabalho exemplar de convencer a presidente mudar a rota da política econômica e acertar as contas públicas em boa velocidade.

    Sintonizada com o professor Levy, a presidente tem se mostrado uma boa estudante. Supostamente aliviada pela rota de saída da desastrosa gestão dos seus primeiros quatro anos de governo, Dilma começou o segundo mandato disposta a escutar seu professor e fazer o dever de casa.

    No mercado de capitais, os prêmios seguem modestos nos títulos da dívida pública brasileira, embora tenham voltado atingir patamar interessante no início deste mês. O câmbio permanece sobrecomprado no curto prazo, apesar do alívio nos últimos dias.

    http://www.financasinteligentes.com/2015/04/professor-levy-conquista-respeito-de.html

  • Reply CA 1 de abril de 2015 at 07:22

    Esta é a terceira empresa de construção civil que pede recuperação judicial como consequência da operação lava a Jato, mais uma vez confirmando as informações que constam no tópico, desta vez quanto ao relevante aumento no desemprego da Construção Civil em 2015 causado em partes pela paralisação de empresas envolvidas no “petrolāo”.

    http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/2015/03/31/15426018-oas-entra-com-pedido-de-recuperacao-judicial-para-nao-quebrar.html

    OAS entra com pedido de recuperação judicial para não quebrar

  • Reply CA 31 de março de 2015 at 19:52

    Este artigo complementa o que consta no tópico sobre a esperada redução na concessão do crédito imobiliário, acompanhando o ritmo da economia, como sempre acontece:

    http://www.gazetadopovo.com.br/economia/volume-de-credito-imobiliario-concedido-cai-27-em-fevereiro-e1zcg7nzxiwi8pvfuafkk9uoq

    Volume de crédito imobiliário concedido cai 27% em fevereiro

    O volume de empréstimos concedidos para a construção e aquisição de imóveis somou R$ 6,45 bilhões em fevereiro, uma queda de 27% em relação ao mesmo mês de 2014, informa a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

    Em termos de quantidade, também houve retração. Em fevereiro, foram financiadas aquisições e construções de 28,9 mil imóveis, 37,7% a menos que em fevereiro do ano passado.

  • Reply Vilmar 31 de março de 2015 at 17:16


    16h25- Lara Rizério
    Nove indicações importantes que Joaquim Levy deu nesta terça em fala ao Senado
    Retomado do crescimento econômico, reindexador da dívida dos municípios e estados, Carf: todos esses temas foram destaque em fala no CAE

    SÃO PAULO – Por algumas horas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fala para a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, em que deu indicações importantes sobre o que deve fazer para que o Brasil realize o ajuste fiscal e para que retome o crescimento.

    Além disso, uma das questões importantes que foi tratada no encontro de Levy com o Congresso é sobre o reindexador da dívida dos municípios e dos estados. O ministro também fez um alerta, de que são necessários ajustes para que o Brasil não perca o grau de investimento, o que teria um “custo altíssimo” para o País.

    Confira os principais pontos do que foi dito por Joaquim Levy. (Vale lembrar que, no momento em que esta matéria foi ao ar, o ministro ainda falava na CAE):

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    Levy se compromete com mudança de indexador da dívida de Estados até fevereiro de 2016

    1) Levy associa ajuste fiscal a manutenção do grau de investimento do País
    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o Brasil pode perder o grau de investimento dado pelas agências de classificação de risco caso o ajuste fiscal não seja feito. O ministro apontou que a dívida brasileira ainda é bastante elevada (em relação ao Produto Interno Bruto) para um rating não tão alto. “Se não fizermos ajuste, ainda existe risco de perder o grau de investimento. O custo será altíssimo para o governo, para as empresas e para o trabalhador”, afirmou.

    O ministro lembrou que muitos investidores não podem aplicar em países que não têm grau de investimento e que isso teria grande impacto na economia real. “Para preservação do emprego, temos de botar a dívida pública em uma trajetória sustentável, que nos traga para a esquerda (do gráfico apresentado aos senadores). Sempre movendo para a esquerda, né presidente”, disse, em tom de brincadeira.

    Na audiência, Levy falou aos senadores sobre ciclos econômicos e a diferença entre a crise de 2008 e as anteriores. Levy disse que, naquele ano, a crise encontrou o governo brasileiro em boas condições, mas que as ações anticíclicas era uma situação temporária. “É chegado o momento de nós revertermos nossas medidas anticíclicas”, declarou.

    Ele ponderou que o fim do ciclo de preços altos das commodities significa “um vento um pouco contra” na economia brasileira e que é preciso readaptá-la à nova realidade. “Na medida em que os elementos anticíclicos são tirados, notadamente da china, os preços das commodities continuará caindo”, completou.

    E ainda destacou que que as medidas que o governo vai adotar medidas levarão o país a um novo ciclo de crescimento. Segundo ele, as medidas também terão o mérito de criar um clima econômico favorável, evitando que a nota de crédito do país seja rebaixada pelas agências de classificação de risco.

    2) Mudança do indexador é inócua para os Estados
    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse ainda que a mudança do indexador das dívidas dos Estados é inócua para a maior parte dos entes federativos. Ele afirmou que o projeto do indexador foi estabelecido em outro momento e que o custo dos Estados era muito abaixo do custo de financiamento da União.

    Ele anunciou que o governo chegou a um acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro para garantir que a regulamentação da mudança no indexador seja feita apenas no início do ano que vem. Enquanto isso, o município depositará os pagamentos da dívida com a União em juízo.

    Levy ressaltou que a mudança imediata no indexador da dívida beneficiaria basicamente os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo em um primeiro momento. Ele disse que o acordo – em que o ente deposita o valor devido em juízo e é ressarcido da diferença a partir do ano que vem – pode ser estendido a outros Estados e municípios.

    O ministro disse também que o ministério está fazendo uma análise dos empréstimos pedidos por Estados e municípios, que dependem de aval do órgão, e que deve dar uma resposta sobre o assunto em breve. “Não há nenhuma intenção de segurar empréstimos. Entendemos que é importante, nesse novo cenário, dar encaminhamento à questão”, afirmou.

    Aliás, Levy disse que a União tem compromisso “irrevogável” de regulamentar a lei que altera o indexador da dívida de Estados e municípios com o Tesouro Nacional até 1º de fevereiro de 2016, quando o governo já saberá se terá sido bem-sucedido no ajuste fiscal.

    A lei que autoriza a mudança no indexador foi aprovada no final do ano passado, mas o governo até agora não a regulamentou, adiando a entrada em vigor da mudança. Um projeto que tramita no Congresso dá prazo de 30 dias para a União alterar o indexador.

    3) Governo não quer criar impostos
    Governo não quer criar ou aumentar impostos, mas diminuir as renúncias fiscais concedidas noutro momento econômico, disse o ministro da Fazenda. Ele citou a Cide e a desoneração da folha de pagamentos, como exemplos.

    4) Levy diz que ajuste não toca em nenhum centavo do Bolsa Família
    O ministro destacou ainda que o ajuste fiscal é necessário para preservar os ganhos sociais alcançados nos últimos anos e melhorar a distribuição de renda brasileira. Ele ressaltou que as medidas adotadas não tocam “em um centavo” do programa Bolsa Família. “O objetivo do ajuste é retomar o crescimento e a evolução social. Temos que fazer os ajustes para continuar nessa linha. É importante preservar os ganhos do Brasil”, disse.

    Levy ressaltou ainda que o equilíbrio fiscal é importante para permitir a queda de juros de longo prazo, além da convergência da inflação para a meta. Ele voltou a dizer que é necessário agir rápido para não perder o grau de investimento das agências de classificação de risco, o que seria “um choque tremendo”.

    Pediu ainda que o Senado tenha cuidado para não criar despesas que exigirão a criação de novos tributos. “Ninguém quer o aumento da carga, então temos que ser muito vigilantes. Toda decisão tomada tem que levar isso em consideração”, completou.

    Levy lembrou frase da presidente Dilma Rousseff de que não se faz ajuste pelo ajuste. Ele defendeu o aumento da taxa de poupança no País. “Não podemos ter um País querendo crescer quando as taxas de poupança e investimento caem”, afirmou.

    O ministro apresentou três eixos para o crescimento. Eles dizem respeito à agenda tributária (que inclui medidas de competitividade); um novo padrão para as concessões, e o que classificou de “convergência macroeconômica”. Com as medidas, Levy afirmou ter confiança de que o País vai aumentar sua inserção no mercado internacional.

    5) Concessões à iniciativa privada
    O ministro fez uma sinalização sobre novas concessões de portos à iniciativa privada. O ministro disse que a presidente Dilma tem sido clara na retomada das concessões. “Quando fizermos leilões de portos, vai chover candidatos nacionais e internacionais”, afirmou.

    Para ele, a história dos portos no País é de sucesso. “Não nos lembramos do sucesso da lei dos portos, porque não tem mais fila de caminhão”, disse. Ele afirmou que o Brasil tem a liberdade das empresas investirem em portos e disse que abrir os portos à iniciativa privada vai facilitar investimentos em logística.

    O ministro falou que o governo está renovando portos públicos. “Não vamos baixar o custo Brasil se não reorganizarmos o que é nosso, os portos públicos”, avaliou. Porém, o ministro não respondeu a questionamentos de senadores sobre se o Tesouro Nacional dará garantias para novos leilões de concessão de rodovias – o chamado “risco Valec”. Sem a concessão das garantias, especialistas acreditam que as novas concessões podem se inviabilizar.

    6) Bancos públicos podem ter menos recursos do Tesouro
    Como parte do plano do governo de reduzir gastos que, a exemplo da renúncia fiscal, também a política de aportes do Tesouro Nacional aos bancos públicos completou seu curso e deve ser modificada. Segundo ele, o repasse da União nos últimos anos foi de R$ 460 bilhões a taxas de juros baixas. “Temos de ter moderação no balanço dos bancos públicos”, disse.

    Segundo Levy, é importante que a visão do País seja de robustez fiscal e que seja alcançada não só com aumento de tributos. “Precisamos estar atentos aos gastos permanentes, sobretudo num horizonte longo”, afirmou.

    7) Não há mais espaço para renúncia fiscal
    Para o ministro, o diálogo com Estados e municípios é muito importante. “A retomada do crescimento vai depender em grande parte também da ação dos estados e municípios”, afirmou. “O próprio nome do País diz que é a República Federativa do Brasil”, ressaltou.

    Para o ministro, algumas renúncias fiscais trazem conforto, mas a motivação inicial pelas quais elas foram tomadas “desapareceu”. “Um dos fatores que colaboraram para a deterioração foi a ampliação de renúncias”, disse. O ministro afirmou que propôs a diminuição de algumas dessas renuncias com a justificativa de que o País tem de reverter algumas das medidas anticíclicas. “Algumas das ações estão esgotadas”, disse. Segundo ele, a União gastou R$ 21 bilhões com renúncias fiscais e deve gastar R$ 25 bi neste ano.

    O ministro disse ainda que é importante que a visão do País seja de robustez fiscal e que seja alcançada não só com aumento de tributos. “Precisamos estar atentos aos gastos permanentes, sobretudo num horizonte longo”, afirmou.

    8) Levy não descarta medidas para cumprimento da meta fiscal de 2015
    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acenou com novas medidas para alcançar o cumprimento da meta fiscal deste ano. “Estamos olhando a arrecadação e estamos prontos para tomar medidas que se mostrem necessárias para evitar qualquer risco que a arrecadação não comporte o cumprimento da meta”, afirmou. A meta para este ano é de R$ 66,3 bilhões.

    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse há pouco que o governo está trabalhando para diminuir o alívio tributário. “Estamos fazendo esforço para reduzir medidas de alívio tributário”, disse em depoimento na CAE do Senado. Ele ponderou que o Brasil foi o único País que reduziu tributos nos últimos anos. O ministro ressaltou ainda que o governo não criou mais impostos. “Estamos diminuindo a intensidade de algumas ações de renúncia”, disse. Ele citou a recomposição parcial da Cide sobre combustíveis como um dos exemplos.

    Sobre os gastos do governo, o ministro disse que o objetivo é atingir o patamar de 2013. “É importante ver o lado do gasto. É extremamente importante”, afirmou. Ressaltou ser importante garantir que a dívida pública tenha trajetória de queda para manter o País em “boa companhia”. Joaquim Levy participa na manhã de hoje de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

    9) Operação Zelotes e fortalecimento do Carf
    Ele ainda disse que o Ministério da Fazenda está tomando as ações necessárias para modernizar o Carf (Conselho de Administrativo de Recursos Fiscais). As medidas recentes para dar mais transparência ao órgão, que julga contestações a cobranças de tributos pela Receita Federal e é alvo de investigação da Operação Zelotes, que apura um suposto esquema de sonegação de R$ 19 bilhões.

    De acordo com o ministro, o Carf adotou o sistema de sorteio para definir o encaminhamento dos processos, impedindo riscos de favorecimento na escolha das câmaras que julgarão as ações. Ele também destacou que o processo de veto de contribuintes ao responsável pelo julgamento passou a ser mais rigoroso. Levy citou, ainda, o esforço do órgão para reorganizar os processos por temas, de modo a garantir a consistência às decisões.

    Segundo Levy, uma das diretrizes do Ministério da Fazenda é dar mais agilidade e transparência ao Carf. “Escolhi, como um dos temas da minha administração, o fortalecimento do Carf. A estabilidade de regras e de decisões diminui a necessidade de aumentar impostos e dá sinal correto para o bom contribuinte. Se tivermos mais processos que resultem em atos vinculantes [decisões administrativas que se tornam obrigatórias para todos os contribuintes], o risco de desvio [sonegação] diminui drasticamente.”

    Desde a deflagração da Operação Zelotes, na semana passada, o Carf está com as sessões suspensas. Segundo o ministro, isto foi necessário para pacificar o órgão. “A prova de que o aprimoramento do Carf é uma das minhas prioridades é que desloquei para lá um funcionário experiente [o ex-secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto]”, declarou.

    (Com Agência Estado, Agência Brasil e Reuters)
    m.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/3952964/nove-indicacoes-importantes-que-joaquim-levy-deu-nesta-terca-fala

  • Reply Vilmar 31 de março de 2015 at 08:49

    Por que trocou o zap pelo imovelweb como fonte de informação?

    • Reply CA 31 de março de 2015 at 09:30

      Vilmar,

      Já utilizo o imovelweb como referência quanto a volume de ofertas e distribuição das mesmas pelas faixas de valores há 1 ano, em todos os trabalhos publicados.

      Os trabalhos que fiz com o zapimóveis como referência quanto a volume de ofertas e distribuição de faixas de preços foram anteriores a Março/2014. Desde então, no máximo tenho apresentado números do FIPE ZAP em alguns trabalhos para demonstrar o quanto os mesmos estão distantes da realidade.

      Fiz a troca 1 ano atrás porque o zapimóveis, em função do índice FIPE ZAP, sempre traria distorções naturais quanto aos valores anunciados, como forma do segmento imobiliário manipular o índice. O objetivo era trabalhar com um site de anúncios que não tivesse este viés, mas tivesse um alto volume de anúncios publicados e parâmetros diversificados para permitir várias análises, como é o caso do imovelweb.

      • Reply Vilmar 31 de março de 2015 at 09:51

        Entendi, grato por explicar.
        É que o fingezap é mais conhecido e acho que ainda tem mais anúncios que imovelweb, olx e primeiramao, quanto a imóveis, pelo menos….

        • Reply CA 31 de março de 2015 at 10:05

          Na cidade de São Paulo pelo menos, o número de anúncios do Imovelweb é maior que o do ZAP Imoveis. Não fiz esta comparação para outras cidades…

  • Reply Vilmar 31 de março de 2015 at 08:35

    O dinheiro do mundo deu uma secada, mas a zona do euro vai injetar bilhões na zona deles este ano €!!!

    • Reply CA 31 de março de 2015 at 09:34

      O cenário é completamente diferente de quando foi lançado o QE dos EUA, ou seja, este dinheiro não virá para cá.

      Veja abaixo, nos próximos comentários, exemplos de como o Brasil tem sido visto lá fora…

      • Reply CA 31 de março de 2015 at 09:35

        Novo ranking traz Brasil entre países mais vulneráveis

        Agência Estado
        Nova York, 30 – O Brasil aparece no topo de novos rankings criados pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, para identificar os países mais vulneráveis entre os emergentes. No levantamento entre os mercados com a política econômica mais vulnerável, o País está em terceiro lugar, atrás apenas da Ucrânia e Argentina, de acordo com o levantamento da instituição.

        O IIF desenvolveu um mapa para medir a vulnerabilidade dos emergentes, formado por três índices – vulnerabilidade externa, doméstica (setor real e financeiro) e de política econômica (credibilidade e estabilidade política). Além de estar em terceiro na ranking de vulnerabilidade de política econômica, o Brasil está em segundo lugar, atrás da Turquia, no levantamento de vulnerabilidade doméstica, por causa do risco trazido pelo crescimento do endividamento em moeda estrangeira de empresas e nos passivos dos bancos. No ranking de vulnerabilidade externa, liderado por Turquia e Ucrânia, o Brasil está em melhor posição, por ter volume alto de reservas internacionais, e figura como um dos menos vulneráveis, junto com Chile, México e Tailândia.

        Continua…

        http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/03/30/internas_economia,632883/novo-ranking-traz-brasil-entre-paises-mais-vulneraveis.shtml

      • Reply CA 31 de março de 2015 at 09:40

        Notícia da USA Today e trecho que destaco sobre o Brasil:

        http://www.usatoday.com/story/money/2015/03/26/euro-dollar-makes-countries-winners-and-losers/24838553/

        Trecho do link acima:

        BRAZIL

        Latin America’s largest economy is a clear loser. It has watched its currency, the real, hover near a 12-year low against the dollar in recent weeks. As the greenback has surged against the euro, emerging market currencies in general have fallen. But in Brazil’s case, the real has weakened against the backdrop of wider investor concerns about a looming recession and a possible downgrade in its credit rating to junk status. Its exports have gotten cheaper, but its economic problems run deep.

      • Reply Vilmar 31 de março de 2015 at 09:50

        Concordo que provavelmente não vá, mas a percepção de risco quanto ao Brasil pode mudar se ajuste fiscal funcionar e o país voltar a crescer sendo mais coeso em suas ações!
        Viva o Renan Calheiros e o Eduardo Cunha, nossos primeiros ministros.

        • Reply CA 31 de março de 2015 at 12:04

          Vilmar,

          Você utilizou uma palavra muito importante no contexto atual: “coesão”.

          Agora analise o seguinte:

          1) Técnicos da S&P vieram ao Brasil conversar com Levy e ele prometeu um conjunto de medidas para atingir o superávit fiscal. No DIA SEGUINTE, a presidente Dilma disse que voltaria atrás em parte destas medidas associadas a direitos trabalhistas, ou seja, falta de coesão entre membros do Governo e pior, levando a um novo estelionato, desta vez contra uma agência de avaliação de risco!

          2) Toda semana o ministro Levy diz algo contra a presidente e tem que desmentir em seguida ;

          3) Dia 12 de Abril nova manifestação contra a presidente pressionando o congresso contra as medidas anti-populares, mais conflitos entre Executivo e Legislativo.

          Sugiro que você dê uma olhada naqueles debates que tivemos no endereço antigo “Bolha imobiliária, existe ou não?”, lá você podera comprovar que 2 anos atrás eu já havia previsto que teríamos esta crise e que ela ocorreria no máximo no início de 2015, como está acontecendo. Em outras palavras, esta crise não tem como causa raiz a falta de coesão atual, mas sim erros GROTESCOS cometidos por vários anos pelo Governo Federal, portanto, lamento informar, mas isto não se resolve só com coesão (se bem que até a coesão é difícil de ser alcançada, ver acima).

          • Vilmar 31 de março de 2015 at 12:11

            Acompanho muito os analistas e especialistas entrevistados nas grandes mídias do país.
            Vários deles já enxergam um desafogo no final deste ano e volta ao crescimento em 2016.
            O Brasil não precisa muito para voltar a andar nos eixos. Não foi a primeira e nem a última crise que o Brasil entrará e conseguirá sair.
            A Dilma está fazendo tudo que a Marina e Aécio disseram que fariam. Só que ela foi mais esperta, para ganhar eleição ela omitiu tudo isto com sua equipe de marketing político. Os outros candidatos foram mais burros, não fizeram marketing nem para ganhar em seus estados de origem e ficaram de foram do game!
            Eu já sabia disto, pois na época se ventilou muito que a presidenta trabalhava com duas equipes, uma para ganhar eleição e outra para governar.
            Espero que ela acerte desta vez.
            Para mim tanto faz se é a “esquerda”, “centro” ou “direita” que está no poder, desde que o país progrida.

          • CA 31 de março de 2015 at 14:21

            Nesta sua lista de especialistas, temos o Ricardo Amorin e suas previsões “certeiras”, como a BOVESPA em 200.000 pontos, crescimento relevante e contínuo da economia, Real se mantendo valorizado, aumento de vendas de imóveis no 2S14, etc., etc., etc???

            Temos ainda aqueles especialistas do segmento imobiliário que anos atrás diziam que preços dos imóveis subiriam 30% ao ano de forma contínua, depois passaram a dizer que continuaria a crescer acima da inflação, depois disseram que acompanharia a inflação, depois que poderia ficar um pouco abaixo da inflação e agora, como em declaração recente do Ricardo Amorin, dizendo que acertou porque as quedas de preços estão ficando em 30% e portanto não seriam bolha, pois teriam que alcançar 50% para se configurar uma bolha, seriam estes especialistas???

            Temos ainda um “especialista”, que é professor da POLI/USP e coordenador do núcleo Real Estate da USP, que afirma categoricamente que preços dos imóveis não podem cair porque o custo deles não permite, ignorando mais de 100 anos de história da economia que demonstra que isto não existe!!! Seria este um dos especialistas?

            Na área econômica pura, não vinculado ao segmento imobiliário, vários especialistas que apostaram que o US$ não passaria de R$ 3 neste ano, os especialistas que você mencionou estão nesta lista ou acertaram que teríamos explosão do US$ como já aconteceu? Muitos destes especialistas falavam até o ano passado que em 2.015 poderíamos ter um crescimento da economia, o que hoje é uma unanimidade que não acontecerá.

            Antes de tudo, jamais dispenso 5 pontos ao considerar a análise de um especialista, para não ficar iludido pelo mesmo:

            1) Quais os interesses e limitações dele para dizer o que realmente pensa? Se tiver viés muito elevado por ser pago para dizer que está tudo bem, via de regra descarto a análise do mesmo ;

            2) Qual o índice de acerto das análises que ele já fez?

            3) Qual o nível de profundidade dos cenários que o especialista analisa, é o mais completo possível, se utilizando de um grande volume de pesquisas CONFIÁVEIS, ou ele descarta pontos essenciais e/ou se utiliza de pesquisas não confiáveis (exemplo: FINGE ZAP)como se fossem reais / verdadeiras?

            4) Ele explica COMO a solução irá acontecer, sempre respeitando um cenário mais completo em sua análise e não focando em apenas um aspecto e fazendo de conta que tudo se restringe a isto e/ou usando generalizações inválidas (exemplos: déficit habitacional, “coesão” salvadora da pátria, etc.)?

            5) Nunca deixo de lado o espirito crítico e sempre busco verificar se as referências que ele utiliza são verdadeiras e válidas. A maior ilusão que existe é acreditar “cegamente” em um especialista, o Eike Batista por exemplo, era especialista em Power Point…

          • Vilmar 31 de março de 2015 at 14:49

            Não tenho a lista de nomes, mas são vários, enfim, você é da linha ultrapessimista, tem outros da linha ultraotimista, outros moderados, outros nem aí, enfim, do futuro ninguém sabe nada, apenas estimam.
            Vamos esperar o futuro para saber.
            Eu dou um voto de confiança que agora a Dilma acertou. Tardiamente, mas acertou. Melhor para o país.

          • CA 31 de março de 2015 at 15:29

            Alguns problemas quanto a estes especialistas e as análises deles que você mencionou:

            1) Na grande maioria dos casos, eles são OBRIGADOS a “dourar a pílula” em função dos patrocinadores dos canais onde as informações são divulgadas, ou deles mesmos, além de tentarem ser o mais conservadores possíveis, não tomando riscos na análise que fazem ;

            2) Pergunto: quantos destes especialistas previram esta crise 2 anos atrás como consta aqui no blog, no endereço antigo (Bolha imobiliária existe ou não)??? Se você achar pelo menos UM destes especialistas que tenha previsto isto 2 anos atrás e que agora diz que a crise é passageira e que em 2.016 já melhora, por favor, encaminhe o link com o texto dele daquela época e o atual. Ser “especialista” para diagnosticar a crise DEPOIS que ela já começou a acontecer é fácil, é o famoso “engenheiro de obra feita”, que dá palpites depois que tudo já foi construído e diz como poderia ser melhor, avisar com 2 anos de antecedência é um pouco diferente, ou não?

            3) Como as questões abaixo começarão a ser resolvidas ainda em 2.015, para termos um 2.016 melhor? Por favor, anexe na resposta a análise destes especialistas que demonstram COMO ocorrerão as soluções para estes gravíssimos problemas, para os quais não vejo solução em prazo tão curto:

            3.1) Desemprego: 10% do crescimento de empregos de 2.007 a 2.013 foi para o cargo de “Servente de obras”, se pegarmos o total de crescimento de vagas criadas associadas ao segmento imobiliário, este percentual é muito maior. Temos estoque de imóveis equivalente a ANOS de vendas em todo o País e lançamentos em quedas nos últimos anos, sendo que estes lançamentos deverão despencar ainda mais neste ano em virtude de super estoques e quedas relevantes em vendas, associado a isto as obras da Copa do Mundo já acabaram e as obras ultra mega faturadas a serviço da Petrobrás também estão paralisadas. Junte-se a isto que o segmento automotivo está enfrentando uma crise similar ao mesmo tempo (idem à bolha imobiliária dos EUA). Temos ainda o segmento educacional, totalmente inflado via bolha do FIES, onde faculdades aumentavam absurdamente o preço porque era o Governo quem pagaria e aluno não queria saber do custo da “parcelinha” no futuro, agora com esta bolha estourando também, alguns cursos ficarão simplesmente inviáveis, gerando também mais um volume de desemprego em massa, dentre outros setores que também tiveram “bolhas” que estão estourando simultaneamente neste ano. Uma vez que estes setores em seu conjunto são GRANDES empregadores e geram um efeito negativo em cascata que é muito poderoso (leia sobre Macaé, só como exemplo), quais seriam os setores que seriam os responsáveis pela recuperação dos empregos e como eles conseguiriam isto em prazo tão curto? Os salvadores seriam a agricultura e outros commodities via exportações? Se sim, qual o milagre para que a China retome o seu crescimento e consiga continuar consumindo commodities do Brasil como no passado, uma vez que eles estão enfrentando as consequências das explosões das próprias bolhas imobiliária e de consumo por lá? Como este setor salvador da pátria operará o “milagre” da recuperação instantânea de algo que apenas COMEÇOU a ser sentido, mas que já veio com toda força, que é o aumento inevitável no desemprego? O que fazer com as indústrias e demais empresas que viram o custo da mão-de-obra disparar sem ganho de produtividade e tornar os seus produtos pouco competitivos no exterior, fora efeitos negativos sobre a inflação, se o desemprego não ocorrer e a produtividade não aumentar?

            3.2) Parte da solução é o desemprego crescer para permitir uma queda na renda real, forçando uma contenção forte na inflação ou até uma redução de preços (deflação), em conjunto com uma reação quanto a nossa competitividade para produtos exportados que só poderá ocorrer via melhorias em infraestrutura, logística e educação para que tenhamos ganho de competitividade, ao contrário dos últimos anos onde a produtividade caiu ou no máximo se manteve, enquanto crescia em outros países. Como fazer todo este ciclo acontecer ainda em 2.015, para em 2.016 já termos a melhora esperada pelos “especialistas”, ou eles acreditam que a recuperação ocorra sem isto tudo (eles sabem fazer omelete sem quebrar os ovos?)? Se acreditam nisto, COMO seria? Veja os últimos 20 anos no Brasil, você irá comprovar que não geramos crescimento relevante nas exportações quando a cotação do US$ disparou e se observar a história de outros países desenvolvidos que são os líderes mundiais em exportações, a grande maioria dos casos de sucesso ao longo de um prazo maior tem uma moeda FORTE e conseguiram estes resultados via ganhos de PRODUTIVIDADE! Cuidado com a China, ela é a campeã mundial em bolhas e distorções em dados estatísticos, por lá as consequências estão apenas começando a acontecer…

            3.3) Inflação: o próprio BC já prevê uma inflação fechando o ano de 2.015 acima de 8% a.a. Qual o milagre previsto pelos especialistas para que isto se reverta logo no início de 2.016, de forma a permitir uma recuperação da economia ainda em 2.016? De um mês para o outro a inflação desaparecerá? Como reverter uma piora na inflação que ocorre há anos e se agrava muito em 2.015 em função da volta à REALIDADE, abandonando diversos subterfúgios como maquiagem contábil, tarifas públicas retidas, etc., etc., etc.? Nós “evoluímos” de uma estagflação em 2.014 para uma “receflação” (recessão mais inflação) em 2.015, como voltaremos a ter um crescimento saudável em 2.016, sendo que em nenhum país do Mundo se conseguiu uma reversão tão rápida, inclusive quando tinham problemas MUITO MENORES que os nossos???

            3.4) Juros altos e crédito disponível e contratado: em virtude de 3.3, os juros ficarão mais altos ainda neste ano. Junte com os efeitos de 3.1 e o endividamento das famílias e inadimplência geral que se encontram em patamares recorde, daí vem a pergunta: como destravar o credito em 2.015, frente a tantos problemas concretos? CEF e Itaú, por exemplo, já aumentaram suas provisões para inadimplência em mais de R$ 1 BILHÃO cada um, dinheiro a menos para empréstimos, % a mais de juros em cada financiamento concedido, como irão resolver isto até o fim do ano de 2.015, se acabou de começar a ser sentido com mais força só agora?

            Tem muito mais problemas que tem solução mais demorada e complexa, como os que constam acima, paro por aqui para não virar um livro, mas se tiver respostas para estas amostras, com conteúdo e qualidade, DEMONSTRANDO COMO teríamos esta reversão a partir de 2.016, já será um feito e tanto…

          • Vilmar 31 de março de 2015 at 15:43

            A economia voltará a andar por inércia, o brasileiro é inventivo e criativo, sempre soube se virar em governos anteriores, alguns muito piores estes 4 anos de Dilma. Acho que eles apostam nisto, todo o povo colaborando, vivendo com menos dinheiro, com mais privação, menos conforto, todo mundo dando a sua parte no ajuste fiscal.

            É o velho privatização dos lucros, vide caso recente dos EUA, FIFA, e socialização das perdas. O prejú todos nós pagaremos. Enquanto não tiver uma nova revolução a la francesa, será sempre assim. Esta foi a copa mais lucrativa da FIFA.

          • CA 31 de março de 2015 at 15:41

            Vilmar,

            “Ultra pessimismo” é uma visão extremamente limitada dos fatos.

            Você já ouviu o ditado “há males que vem para bem” ou “não se faz omeletes sem quebrar os ovos”?

            A REALIDADE exige alguma dor para que possamos voltar ao normal e melhorarmos, quanto mais você prolonga as anormalidades, pior, pois mais demorado e doloroso será o retorno à realidade.

            Quando insisti ao longo de ANOS que os ABSURDOS não fossem cometidos na economia, eu era um otimista que queria ver os problemas serem resolvidos logo e com consequências negativas menores, menos dolorosas. Querer que se enfrente de frente a situação e tenha uma situação melhor não é pessimismo, é exatamente o contrário disto…

            De novo sobre a REALIDADE: Venezuela e Argentina foram intensificando as apostas nas soluções fáceis e mirabolantes ao longo de anos, onde chegaram? Os EUA passou por uma crise feia ao longo de anos, onde chegou? O que você prefere, o caminho “otimista” de Venezuela e Argentina ou o “pessimista” dos EUA? Na realidade, é a disputa entre a solução realista adotada pelos EUA que foi DOLOROSA, mas permitiu uma recuperação REAL, versus as soluções mirabolantes, demagógicas e “sem dor” de Venezuela e Argentina, não existe um “meio termo” mágico que diga que podemos ter uma recuperação saudável sem sofrermos dor, quanto mais você tentar fugir da dor, maior ela acabará sendo, portanto, fugir da dor não é otimismo…

            Em tempo, para enriquecimento do debate, sugiro falarmos sobre FATOS e DADOS e sobre como a recuperação pode ocorrer e não sobre prestígio de especialistas, otimistas, pessimistas, etc., esta é uma argumentação pobre, que diminui o debate… Só para exemplificar, não vi NENHUM destes especialistas que você mencionou explicando COMO vai ocorrer a recuperação em prazo tão curto, isto sim seria um debate saudável, se tiver explicação de qualquer um deles sobre COMO isto vai ocorrer, por favor, replique aqui, seria muito útil.

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