Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia
Este documento tem a finalidade de apresentar a situação do mercado imobiliário na cidade de São Paulo. A opção por São Paulo se deu por ser o mercado mais relevante para o segmento imobiliário e por estar sendo usado em “artigos” nos jornais, como “demonstração de recuperação”. Além disto, localizei um maior número de pesquisas relacionadas a São Paulo, viabilizando estudo mais completo.
A BOLHA IMOBILIÁRIA EM SÃO PAULO:
Estarei abordando temas como estoque de imóveis sem alugar e sem vender, distratos, preços, especulação imobiliária e outros relacionados.
Ao final, no item “Referências”, constarão links de pesquisas, notícias e memórias de cálculos que tiveram os resultados apresentados aqui. Acrescentarei comentários relacionados toda semana, pelo menos até que eu tenha publicado algum novo trabalho. Incluirei também, algumas análises sobre resultados de construtoras no 3T2013 dentre os comentários neste tópico.
Premissas deste estudo:
Foram utilizados dados como: volume de lançamentos de imóveis novos levantado pela EMBRAESP, vendas, estoques e percentual de vendas de lançamentos de novos que constam em relatórios do SECOVI SP, vendas de usados e evolução dos alugueis do CRECI SP, estoque de usados mais novos com mais de 36 meses do ZAP (abatendo quantidades totais de estoques do relatório do SECOVI SP, para não ter duplicidade) e ainda, informação sobre 40% de vendas para investidores em 2.012 vinda de pesquisa da Lopes Inteligência de Mercado, informação de 80% vendido para investidores quanto a 1 dormitório em 2.013, vindo de pesquisa da Folha de São Paulo, dados de press release de construtoras, etc.
Procurei ser o mais conservador possível, no sentido de “beneficiar” o segmento imobiliário, considerando como se apenas um site, o ZAP, concentrasse todos os anúncios de vendas mais alugueis de toda a cidade e ainda, como se 100% do que está no estoque das construtoras estivesse anunciado neste site. Com estes critérios e outros adotados, posso afirmar que os estoques em São Paulo são, no mínimo, o que consta neste estudo.
Antes de apresentar os dados, um conceito importante: quando temos venda de imóvel “na planta” para investidor, embora este deixe de fazer parte do estoque da construtora, ele ainda faz parte do estoque total disponível no mercado, ou seja, imóveis que ainda não atingiram os seus compradores finais.
Considerando a premissa acima, na coluna de estoque com investidores, temos imóveis adquiridos por investidores e ainda não repassados para consumidores finais e na coluna de vendas para consumidores finais, que é o consumo real e final deste estoque, são abatidos os volumes vendidos para investidores e ainda não repassados para compradores finais.
Estas ponderações são muito relevantes, pois a forte presença de investidores como intermediários no mercado imobiliário, como no caso de São Paulo e do Brasil como um todo, é uma das características de bolhas imobiliárias e uma das principais estratégias que auxiliam na ocultação dos super-estoques.
Vamos analisar agora, como está o comportamento de oferta versus demanda versus preços, tanto para vendas de imóveis, quanto para aluguel. Ressalto: objetivo aqui é termos uma visão completa do mercado imobiliário em São Paulo, neste sentido, é fundamental entendermos se de fato existe o propalado equilíbrio entre oferta e demanda que o segmento imobiliário tenta vender e ainda, se temos em São Paulo, um caso “surpreendente” de sucesso, como defendido em relatórios do SECOVI SP.
A situação acima, como diria o SECOVI, é realmente “surpreendente”, mas não no sentido mencionado por eles:
No caso de imóveis de 3 ou 4 dormitórios, se as construtoras parassem de lançar imóveis, se não tivéssemos mais nenhuma pessoa nova anunciando seu imóvel para venda, se não ocorresse mais nenhum distrato na entrega de imóveis, ainda assim, teríamos estoque suficiente para mais de 4 anos de vendas em São Paulo!!!
No caso de alugueis, além de termos mais de 21 mil imóveis sem alugar neste momento, o segmento imobiliário tem vendido uma quantidade sem precedentes de imóveis de 1 dormitório “na planta” para investidores que tem a finalidade de colocar estes imóveis para alugar assim que entregues, mantendo também um percentual elevado de novos imóveis de 2 dormitórios com a mesma finalidade. Em outras palavras: se hoje já temos um super-estoque de 21 mil imóveis sem alugar só para São Paulo e só no Zap, em 2 anos, de forma gradual, teremos a oferta de 1 dormitório praticamente triplicando (aumento de 192% sobre uma oferta que já é alta) e ainda, um crescimento de 78% na oferta de imóveis de 2 dormitórios para aluguel.
Como as situações acima, de total desequilíbrio entre oferta e procura, aconteceram, tanto para vendas quanto para aluguel e qual a tendência daqui pra frente?
1) Fatores que impulsionaram o crescimento excessivo na oferta para venda e aluguel:
Anos atrás, quando os juros de aplicações financeiras e de empréstimos bancários caíram, juntamente com uma série de outros incentivos do Governo (alongamento de prazo de financiamento, facilidade para mais pessoas comprovarem renda, etc.) tivemos um efeito manada: um grande número de pequenos “investidores” comprando imóveis “na planta” para colocarem para vender um pouco antes da entrega, ou para mobiliar e alugar assim que estivessem prontos, confiando em promessas do segmento imobiliário de elevados ganhos, promessas estas amplificadas por “artigos” na imprensa.
O efeito manada para pequenos investidores ocorreu estimulado também por outra “falsa demanda”, que tinha como base, uma ilusão de crescimento relevante e sustentável da procura e dos preços dos imóveis. Esta ilusão se utiliza de um esquema de vendas “na planta” com parcelas baixas durante a construção para pessoas que não conseguem adquirir o crédito bancário na entrega do imóvel . Estas falsas vendas, que são canceladas na entrega do imóvel, passam uma ilusão de “mercado aquecido” e isto tem estimulado os investidores em imóveis a entrar neste mercado. Todo este esquema passou a ser mais visível, especialmente a partir de 2.012. Como referência, do 1T2012 ao 1S2013, tivemos distratos de quase R$ 7 bilhões, isto para apenas 5 construtoras que divulgam abertamente este informação desde o início de 2.012, as demais, omitem este número (para mais detalhes, ver “Bolha imobiliária à brasileira, você acredita? Parte 11 – subprime brasileiro”).
Naturalmente, as construtoras, procurando vender o máximo que podiam dentro do cenário acima, aumentaram significativamente seus lançamentos, isto até o ano de 2.011 inclusive, fazendo com que o estoque de imóveis ofertados aumentasse ainda mais.
Os distratos, mencionados mais acima, em bilhões de R$ a cada trimestre, também engordam significativamente a oferta de imóveis, em especial, a partir de 2.012.
2) Fatores que levaram a contração de compras de imóveis e desaceleração de novos alugueis:
Com o incentivo de juros baixos e intensa publicidade para que as pessoas saíssem do aluguel e comprassem seus imóveis, os novos contratos de aluguel foram desacelerando.
A bolha imobiliária, alimentada pelas falsas demandas mencionadas acima, causou uma explosão nos preços de vendas e dos alugueis, ambos subiram muito mais que o rendimento da população (apesar dos alugueis terem crescido bem menos que os preços dos imóveis). Esta incompatibilidade entre preço de venda e de aluguel em relação à renda também colaborou para quedas nas vendas de imóveis, a partir de 2.012, tanto para novos quanto usados e ainda colaborou para redução no ritmo de crescimento dos novos contratos de aluguel, aprofundando o desequilíbrio entre oferta e demanda.
3) A estratégia das construtoras para buscarem sobrevida = venda de imóveis de 1 dormitório para investidores:
Nos últimos anos, como as vendas para consumidores finais caíam cada vez mais e passamos a ter um volume de distratos cada vez mais elevado, em função da total incompatibilidade entre preço de imóveis e renda, houve uma publicidade mais intensiva para que investidores comprassem imóveis de 1 dormitório, em região central de São Paulo, uma vez que, embora o preço do M2 fosse muito elevado (muitas vezes acima de R$ 10 mil), como eram imóveis menores, o valor total ou o valor da “parcelinha” caberiam no orçamento.
Para atrair investidores para estes imóveis de 1 dormitório, as construtoras contaram ainda com forte apoio da prefeitura de São Paulo que fez “renascer” a promessa de mais de 20 anos atrás, de revitalização do centro da cidade. Mais uma vez, tivemos uma publicidade intensa, muitas vezes disfarçada de “artigo” de jornal, dizendo que o Paulistano havia aderido a esta nova modalidade de imóveis menores, quando na realidade, de acordo com pesquisa, 80% das vendas foram para investidores …
A opção de adquirir imóveis de 1 dormitório para alugar veio também para preencher uma lacuna deixada pelo segmento comercial, onde a bolha imobiliária já é mais visível, ou seja, investidores que antes alugavam salas comerciais para empresas, com a explosão mais visível desta bolha, resolveram apostar neste nicho residencial de menor tamanho (similar a pessoas que saíram de uma pirâmide financeira para entrar em outra).
Que outras justificativas, o segmento imobiliário utilizou para convencer estes investidores em imóveis de 1 dormitório? Foi vendida a ideia de uma “demanda reprimida”, que existiria para Executivos, estudantes e visitantes vindos de outras cidades, que “precisariam” destes imóveis (mesmo com o aumento no número de suítes em hotéis e flats em função da copa do Mundo?!).
Como podemos observar, os argumentos acima são subjetivos, baseados em estimativas sem fundamento e certamente contando com investidores sem nenhum conhecimento neste segmento de imóveis residenciais (tudo muito similar ao que ocorreu na bolha dos flats no Brasil, para mais detalhes, ler “Bolha imobiliária à brasileira, você acredita? Parte 2”).
4) Desequilíbrio entre oferta e demanda e suas consequências:
O forte desequilíbrio entre oferta e demanda, causado por todos os fatores acima, gerou um super-estoque de imóveis sem alugar e como consequência da lei de oferta e procura, um valor de aluguel que é inviável para o locador, quando analisado o custo de oportunidade, por significar um retorno inferior ao de qualquer aplicação financeira, com muito mais riscos, despesas “inesperadas” (imóvel vazio, aumento de impostos, de condomínio, etc) e ainda, transtornos naturais para manutenção de um imóvel.
No caso da revenda, o prazo para se conseguir vender um imóvel, que como regra tem passado do próprio prazo de entrega do imóvel pela construtora (contrário a estratégia do investidor de vender antes da entrega e assim, gerando relevantes custos adicionais), o nível de concorrência com outros investidores, usados e distratos (super-oferta) além do altíssimo volume de descontos praticados já há mais de 1 ano pelas construtoras, em especial para imóveis prontos e muitas vezes no mesmo empreendimento em que o investidor tenta vendar seu imóvel, tem corroído por completo o resultado do investimento.
Devemos considerar ainda, que a super-oferta tem levado alguns investidores a mudarem sua estratégia: aqueles que compraram para revender, ao perceberem que não estão conseguindo obter o preço esperado e que ficarão no prejuízo, convencidos pelas construtoras, estão optando por colocar estes imóveis para alugar. Esta é uma estratégia muito útil para as construtoras, porque quando o investidor faz isto, resta um concorrente a menos no mercado para venda de imóveis novos. Apesar disto, podemos observar que tanto o estoque disponível para vender quanto o estoque disponível para alugar estão excessivamente elevados.
Apenas como exemplo, lembro mais uma vez a situação de São José dos Campos: nesta cidade, devido a super-oferta, primeiro tivemos preço de venda de imóvel novo entregue com desconto de 25%, fazendo com que ficasse inferior ao preço pago por investidores quando imóvel estava na planta, depois, tivemos aumento de 300% no volume de imóveis ofertados para aluguel, em prazo inferior a 2 anos. É óbvio que esta alternância do investidor entre venda e aluguel não resolve o problema, pois o desequilíbrio entre oferta e procura apenas muda de lugar e no final, o prejuízo é liquido e certo. Este é o tipo de situação que poderá ser percebido de forma mais clara em São Paulo, em breve.
5) Quais as expectativas?
A expectativa é que tenhamos um aumento no desequilíbrio entre oferta e procura. Temos ainda um alto volume na mão de investidores aguardando a proximidade da entrega para venderem e isto, de forma contínua, conforme demonstrado por dados mais acima. Lembrando que 2.011 foi o ano recorde de lançamentos e temos tido como regra, atrasos relevantes nas entregas, sendo que o quarto trimestre de 2.011 foi o que concentrou a maior parte dos lançamentos naquele ano. Em outras palavras: será agora no final do ano e durante o ano de 2.014 que teremos uma enorme quantidade de imóveis sendo entregues, pressionando ainda mais os investidores. Exceção para os imóveis de 1 dormitório que serão alugados futuramente, que terão sua explosão mais visível a partir do final de 2.015, pois o recorde de lançamentos e vendas de 1 dormitório para investidores foi no primeiro semestre de 2.013.
Em paralelo, construtoras são obrigadas a manterem lançamentos em São Paulo e estimularem as vendas para investidores, pois a situação dos estoques em outras cidades do País tem se demonstrado ainda pior (ver “Desenhando a bolha imobiliária brasileira”) e em São Paulo, ao menos conseguem atrair os investidores com todo o conjunto de desinformação que publicam e aproveitando que em São Paulo existem muito mais investidores com capital e sem nenhum conhecimento do mercado, que entram neste processo “às cegas”.
A obrigatoriedade de aumentarem lançamentos em São Paulo foi mais claramente percebida no primeiro semestre deste ano, onde os lançamentos aumentaram mais de 40%, enquanto tivemos quedas no total do Brasil. O foco foi totalmente na atração de investidores, uma vez que tivemos aumento de mais de 300% na oferta e vendas de imóveis de 1 dormitório comparado ao primeiro semestre de 2.012, com fortíssima predominância na região central, algo que foi mais que o dobro de vendas do recorde dos últimos 10 anos e mais que o triplo do recorde de lançamentos em 10 anos. Conforme pesquisa da Folha de São Paulo, 80% destas vendas foram para investidores. Para mais detalhes ler “Bolha imobiliária à brasileira, você acredita? Parte 14 – especulação imobiliária em São Paulo” e também a reportagem que contém o percentual de investidores para 1 dormitório em São Paulo, ambos com os links em “Referências” mais abaixo.
Por que esta “obrigatoriedade” das construtoras, de manterem lançamentos? Por que fazem isto apelando mais uma vez para investidores que serão concorrentes na entrega dos imóveis daqui a poucos anos, amplificando o grave desequilíbrio entre oferta e procura que já existe hoje? Uma explicação simples, é que os lançamentos responderam em Agosto/2.013, por 82% das vendas de imóveis novos realizadas na cidade de São Paulo (Fonte: SECOVI SP), apesar do altíssimo volume de estoque já encalhado, ou seja, é muito mais fácil vender lançamento para “investidores”, do que os imóveis encalhados para compradores finais. Um complemento desta explicação, é que a construtora não conseguirá pagar suas dívidas, se não lançar e assim não trouxer novas receitas. Mesmo construtoras que tem um altíssimo volume de distratos, que possuem estoque equivalente a anos de vendas e dívidas que superam todo seu patrimônio liquido (incluindo neste último o próprio estoque de imóveis) são obrigadas a fazerem lançamentos para ganharem uma “sobrevida”. Para mais detalhes, recomendo a leitura de “Desenhando a bolha imobiliária brasileira”.
Conclusões:
a) São Paulo tem um profundo desequilíbrio entre oferta e demanda de imóveis, temos claramente uma sobra enorme de imóveis, seja para venda ou aluguel ;
b) Já observamos reduções de preços registradas para vendas de novos e usados há mais de 1 ano, incluindo “promoções” com descontos significativos dados por construtoras, redução relevante em preço médio de imóveis usados em determinados períodos e assim por diante ;
c) Investir em imóvel para revenda ou aluguel já é inviável em termos de custo de oportunidade ;
d) A tendência é que situação piore no curtíssimo prazo c/ aumento de juros e desequilíbrio ainda maior na relação de oferta e procura, levando as reduções de preços dos imóveis a se tornarem maiores e constantes.
Referências:
“Desenhando a bolha imobiliária brasileira”: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2366
“Bolha Imobiliária à brasileira, você acredita?” Seguem as partes deste trabalho que foram mencionadas neste documento:
Parte 2: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1335 Bolhas imobiliárias – EUA, Espanha e Flats
Parte 11: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1707 Infográfico subprime brasileiro
Parte 14: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2287 Especulação imobiliária em São Paulo
Notícia sobre pesquisa que aponta que o retorno de aluguel em São Paulo, em Julho/2013 foi de 0,46% em relação ao valor do imóvel: http://economia.ig.com.br/financas/casapropria/2013-08-02/aluguel-de-imoveis-rende-menos-que-poupanca-em-sao-paulo-e-no-rio.html
Seguem abaixo 4 notícias sobre quedas de preços de imóveis em São Paulo, são situações diferentes umas das outras quanto a número de dormitórios, período, novo ou usado, etc.:
http://msn.revistaimoveis.zap.com.br/155982-precos-dos-imoveis-novos-caem-em-sao-paulo.html
Como informação adicional às 4 notícias que constam acima, falando sobre quedas de preços de imóveis em São Paulo, neste link temos o relatório do CRECI SP que em sua página 23 demonstra que o preço médio do M2 em São Paulo teve queda de 11,26% no período de Julho/2012 a Junho/2013 e ainda, que o reajuste do aluguel foi inferior a inflação neste período. Trata-se de pesquisa com mais de 400 imobiliárias de São Paulo e que usa como referência, o valor FINAL, REAL, NEGOCIADO. Link: http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_junho_2013.pdf
Notícias sobre São José dos Campos, que servem como referência de consequências previstas para quando temos super-oferta de imóveis, como no caso de São Paulo. Primeiro, redução de preços de imóveis novos entregues em 25% voltando a patamar anterior ao do preço destes imóveis “na planta” e depois, uma super-oferta de imóveis para aluguel, com aumento de 300% em 2 anos (em outras palavras, a oferta de imóveis quadruplicou em 2 anos):
http://www.aconvap.com.br/noticias/sao-jose-tem-aumento-de-300-na-oferta-de-locacao/3599.html
MEMÓRIA DE CÁLCULO:
Seguem abaixo os cálculos realizados para se chegar no estoque total de imóveis em São Paulo, por tipologia.
Após as tabelas que apresentam os cálculos, temos os links para notícias e pesquisas que subsidiaram estes cálculos.
A grande maioria destas informações vem do próprio mercado imobiliário, através de pesquisas de SECOVI SP, CRECI SP, imobiliárias, etc.
Pesquisas e notícias usadas como referência para cálculos:
Relatório do SECOVI SP de Dezembro/2011, onde consta o total de lançamentos e vendas de imóveis novos do ano, separadas conforme a tipologia: http://www.secovi.com.br/files/Downloads/balaco-mercado-imobiliario-2012pdf.pdf
Relatório do SECOVI SP de Dezembro/2012, onde consta o total de lançamentos e vendas de imóveis novos do ano, separadas conforme a tipologia: http://www.secovi.com.br/files/Downloads/balaco-mercado-imobiliario-2012pdf.pdf
Relatório do SECOVI SP de Agosto/2013 onde constam os totais de lançamentos e vendas de imóveis novos do ano, de Janeiro a Agosto, separadas conforme a tipologia, além da informação de que o percentual de vendas de lançamento em Agosto/2013 foi de 82,5%: http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/pmi-agosto-2103.pdf
Relatórios do CRECI SP de Janeiro a Agosto de 2013, que trazem as quantidades vendidas de imóveis usados por tipologia. Consultar em “Total de vendas projetada” e depois na distribuição percentual conforme tipologia. São pesquisas feitas com mais de 400 imobiliárias na cidade de São Paulo.
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_janeiro_2013.pdf
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_fevereiro_2013.pdf
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_marco_2013.pdf
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_abril_2013.pdf
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_maio_2013.pdf
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_junho_2013.pdf
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_julho_2013.pdf
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_agosto_2013.pdf
Segue pesquisa da Lopes Inteligência de Mercado que aponta que 40% das vendas de imóveis em São Paulo são para investidores. Nesta mesma notícia, a referência a pesquisa da Folha de São Paulo que aponta que 80% dos imóveis de 1 dormitório são adquiridos por investidores: http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/2013/10/1358961-quase-40-dos-compradores-de-imoveis-em-sp-sao-investidores.shtml
Pesquisa no ZAP: feita consulta a www.zap.com.br, obtido o total de vendas para cidade de São Paulo (regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro), já com totais conforme tipologia. Em seguida, abatida a quantidade total que consta no estoque de imóveis novos do relatório do SECOVI SP de Agosto/2013, de forma a procurar eliminar o máximo possível a duplicidade. Procedimento análogo para obtenção da oferta de aluguel, com a diferente que aqui não tivemos nenhum abatimento no cálculo. Observar as datas que constam nas tabelas apresentadas no trabalho e os cálculos explicados neste parágrafo, uma pesquisa agora apresentará resultados diferentes.
284 Comments
Teria algum video falando mais sobre isso? Se puder me enviar, obrigado.
Finalmente, depois de muito tempo procurando informações sobre isso na internet, achei uma página que
traz um ponto de vista decente sobre esse tema!
òtimo artigo.
@exame_financas: Alta de preços de imóveis em fevereiro perde da inflação http://t.co/icqGcbxTa4 . Até pro FingeZap coisa tá ficando feia =)
Vejam a “notícia” deste link:
“@infomoney: Vendas de imóveis usados em SP batem recorde em outubro http://t.co/JHanypiClv
A má fé do segmento imobiliário e a cumplicidade criminosa dos meios de comunicação é um caso de polícia!!!
Quantidade vendida NUNCA se compara entre 2 meses seguidos e o CRECI SP SEMPRE faz isto, sendo que os jornais e revistas se sujeitam a colaborar com este golpe de DESINFORMAÇÃO cegamente!!!
Vamos aos FATOS:
Em Out/2013, total de vendas foi de 1.555 unidades, vejam na página 5 do relatório do CRECI SP, no item que fala das quantidades projetadas, no link abaixo:
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_outubro_2013.pdf
Em Out/2012, total de vendas foi de 1.858 unidades, vejam na página 7 do link abaixo, neste caso, somar quantidades projetadas de todas as zonas, para casas e apartamentos, que constam nesta página:
http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2012/pesquisa_capital_outubro_2012.pdf
Em resumo, de 10 meses de 2.013, Outubro é o nono mês que teve queda, na comparação correta, com mesmo mês de ano anterior, respeitando a sazonalidade.
É por esta DESINFORMAÇÃO explícita e antiética que a situação da bolha imobiliária vai ficando cada vez mais insustentável…
Agora os proprietários de usados, mais uma vez enganados por informações propositalmente ilusórias continuarão aumentando seus preços anunciados, acumulando quantidades cada vez maiores sem vender.
Quanto maior o super-estoque, piores serão as consequências da bolha imobiliária (ver Salvador, com 25 meses de estoque que levou a quase 50% de aumento no desemprego).
O CRECI SP faz isto apenas para tentar esconder a bolha imobiliária, pouco se preocupando com efeitos danosos para sociedade e economia, o que interessa é mascarar a crise fazendo de conta que existe recuperação, enganação pura!!!
Na artigo o sr. passa que a 21 Mil imoveis sem alugar em são paulo. Mas gostaria de saber qts eram em 2011 e 2012 ? O sr. tem esta informação ?
David,
Muito obrigado por sua participação!
Estive sem acesso no Natal, desculpe pela demora na resposta.
Referente a 2.013, capturei os dados do Zap Imóveis, consultando exclusivamente “Apartamento Padrão” e “Casa Padrão”, na data mencionada no tópico mais acima, chegando aos 21.000 imóveis.
Para obtermos os dados de 2.011 e 2.012 que você solicitou, precisaremos utilizar uma ferramenta chamada “Wayback machine”, é quase como uma “máquina do tempo” na Internet, que permite capturarmos algumas consultas que foram feitas no passado. Seguem os dados e os links:
DADOS DE 2.012
Total para aluguel só de “Apartamento padrão” + “Casa padrão” em 26/Agosto/2012: 14.715 imóveis para alugar.
http://web.archive.org/web/20120826110358/http://www.zap.com.br/imoveis/sao-paulo+sao-paulo/imovel/aluguel/
DADOS DE 2.011
Total para aluguel na somatória só de “Apartamento padrão” + “Casa padrão” em 01/Outubro/2011: 11.575 imóveis para alugar.
http://web.archive.org/web/20111001220529/http://www.zap.com.br/imoveis/sao-paulo+sao-paulo/imovel/aluguel
Análise quanto a informações acima:
Observe pelos dados acima, que a oferta de imóveis residenciais para aluguel em São Paulo, no total de “Apartamento padrão” + “Casa Padrão”, subiu 27% de 2.011 para 2.012 e 43% de 2.012 para 2.013.
Os percentuais acima, que são absurdos para crescimento de um ano para outro, são comuns em bolhas imobiliárias. Aliás, são até modestos se compararmos com números abaixo:
Imóveis residenciais para alugar em São José dos Campos aumentaram 300% de 2.011 para 2.013 ;
Imóveis comerciais para alugar em Curitiba, subiram 600% de 2.012 para 2.013.
Os números acima, de outras cidades, são ainda mais assustadores, não é mesmo? Se quiser ver os links para estas informações de São José dos Campos e Curitiba, os mesmos estão no trabalho do endereço abaixo: http://www.defendaseudinheiro.com.br/as-evidencias-da-bolha-imobiliaria-nas-cidades.
Neste trabalho você terá acesso ainda a gráficos, análises e diversas outras evidências sobre a nossa bolha imobiliária, em várias cidades.
Abs,
CA.
CA, realmente podemos ver tudo que o vc esta passando na realidade. Quando passo em bairros em são Paulo como Vila olimpia, Brooklin, Tatuapé etc, vejo uma forte tendência de imóveis para alugar ou vender/alugar com um de monte placas nas ruas … e praticamente uma atrás da outra , em 2012 quando passava nestes bairros apenas havia placas de vende-se (também uma atrás da outra) dificilmente para alugar. Há 4 anos era difícil ver placas de vende-se ou aluga-se. O mais interessante que estes mesmos imóveis que estão para alugar agora no ano passado estava com placas de vende-se.
Eu acho que a situação esta pior no comercial, a prédios inteiros para alugar e eu acho que a bolha vai estourar logo , logo se já não estourou…
As grandes mídias estão omitindo estes fatos por que estão aguardando o momento certo para divulgar, acho que será próximo as eleições … acho que o estouro da bolha não passa de 2014 mais tardar inicio 2015… acho que outros fatos irão fazer ela estourar como o Brasil perder o grau de investimento, PIB fraco ou pedido de recuperação judicial de uma grande construtora (A PDG Reality e uma grande candidata com prejuízo de até de 2 Bi ). Mas acho que este estouro desta Bolha e consequentemente uma crise econômica fará muito bem ao Brasil , pois fará este pais acordar , e quem sabe estes políticos acabam fazendo grandes reformas (pois enquanto estiver “tudo bem” na sombra de bolsa família, MCMV e copa do mundo não farão nada. )
David,
Quanto antes a bolha imobiliária estourar de forma mais visível para toda a população melhor, menos pessoas terão prejuízo, os danos a economia seriam menores.
Se demorar demais, o super-estoque de imóveis vai ficar tão absurdo e disseminado pelo Brasil que serão necessários vários anos para voltar a normalidade, com desemprego muito maior que aquele naturalmente trazido por este processo (construção civil semi-paralisada por vários anos é altamente impactante para empregos).
Por outro lado, pelo fato de estarmos em ano eleitoral, o Governo Federal já sinalizou que vai lançar o MCMV 3, onde aumentaria o limite de renda e do valor do imóvel, passando de R$ 190.000 o preço do imóvel e de R$ 5.000 a renda familiar. Programa popular??? Estão tentando salvar as construtoras desesperadamente!!!
Fora a PDG, que você mencionou e cancelou 43 empreendimentos em 6 meses, a Rossi, Brookfield, Viver e Tecnisa também estão em situação muito crítica, com dívida liquida muito acima de todo o patrimônio liquido (em outras palavras, mesmo se venderem todos os imóveis em estoque, matriz, etc., não pagam dívidas), sendo que suas dívidas equivalem a anos de vendas, suas vendas liquidas de distratos tem sido decrescentes, seus estoques são enormes (mais de 24 meses de estoque para maioria) e portanto, estão em uma situação sem saída, virtualmente quebradas.
Concordo que a bolha no caso de imóveis comerciais está pior, curiosamente é até por isto que alguns investidores abandonaram os comerciais e partiram para 1 dormitório na região central de São Paulo, mas não é só lá, também está espalhado pelo Brasil, incluindo até cidades do interior!
Ola,
Excelente site, post e material.
Estou em uma duvida, preciso alugar ou comprar um Apto. Não possuo valor de entrada, ou seja, vou ter que financiar o valor completo. Penso em comprar em Moema por 450mil. Alugo por um periodo de 3 anos, e espero o mercado melhorar? Ou é melhor comprar?
Obrigado pela ajuda
Fernando,
Muito obrigado por sua opinião e participação.
Sugestão: pesquise muito sobre os preços de imóveis na região em que você está procurando, de forma contínua, tanto para venda quanto aluguel.
Sobre comprar ou alugar:
Imóvel na planta é negócio de alto risco (5 construtoras quase falidas, qualquer uma delas que quebre, pode arrastar outras e contaminar todo o mercado) e que tem imóveis com custo muito elevado neste momento (super-estoque indica que tendência é de preço cair, em várias cidades quem comprou na planta viu imóvel ser vendido mais barato por construtora no ato da entrega), por isto, não recomendo comprar agora na planta, mesmo que eles não exijam entrada (o que por si só, já é suspeito…).
Se não for imóvel na planta, creio que você não conseguirá financiamento bancário sem ter entrada de no mínimo 10%, mesmo que você encontre um negócio com preço justo, o que seria muito difícil neste momento, não conseguiria efetivar a compra, seja imóvel novo ou usado.
O ideal neste momento é alugar por um valor baixo e procurar economizar o máximo possível em paralelo, fazendo aplicações financeiras, para ter um valor de entrada mais relevante no futuro. Os juros estão subindo desde Abril/2013, sem parar e expectativa é que continue assim por mais um tempinho, não retornando a menores patamares tão cedo (a situação da economia brasileira não permite isto). Com esta estratégia, você utilizará os juros a seu favor e não a favor do mercado imobiliário e bancos.
O aluguel também tem tendência de queda devido a super-oferta e completa incompatibilidade com renda (não dá pra financiar aluguel, não é?) e mesmo no caso de aluguel por 3 anos, depois do primeiro ano você já não tem multa ao sair, só precisa avisar com antecedência. Neste cenário, você pode alugar um imóvel, acompanhar de perto a evolução do mercado e depois de um ano, renegociar aluguel para baixo ou simplesmente mudar para outro lugar com aluguel de menor custo, ou ainda, comprar seu imóvel se os preços já tiverem retomado a um patamar justo.
A tendência quando a bolha explodir de forma mais visível, é que os juros para financiamento imobiliário irão subir e o prazo de financiamento tenderá a diminuir, mas a quedas nos preços dos imóveis será muito maior do que a subida nos juros e isto fará com que valha mais a pena financiar no futuro, pois o valor total a pagar será muito menor.
Sobre o prazo para bolha estourar de forma mais visível, vai variar de região para região (em Salvador e Brasília já está estourando) e é muito difícil de prever, porque como 2.014 é ano de eleições presidenciais, o Governo vai fazer o possível e impossível para postergar o estouro da bolha de forma mais visível e em escala nacional, mas isto não significa que eles vão conseguir (nos EUA, Bush tentou e não conseguiu, perdeu eleições por causa do estouro da bolha de lá).
Leia o outro trabalho que tem link no começo do post, sobre a bolha nas cidades e veja o quanto já está evoluído este processo de explosão da bolha em algumas localidades. Em São Paulo e Rio de Janeiro, vão segurar o máximo, tentando empurrar para 2.015, mas acho que mais que isto eles não conseguirão (até 2.015 é uma aposta difícil para segmento imobiliário, muitos fatores podem levar a bolha a explodir antes, dou exemplos do que pode acontecer no final do outro post que mencionei).
comprem, comprem, comprem batom, rsrrr:
3 ações do setor de construção civil com potencial para subir 30% em 12 meses
Mesmo com cenário, no geral, nada animador para o setor, analistas do Credit Suisse veem com bons olhos os papéis da Tecnisa, Even e MRV
9h07 | 09-12-2013
SÃO PAULO – O Credit Suisse, em relatório divulgado nesta segunda-feira (9), garimpou três oportunidades no setor imobiliário que podem render bons frutos nos próximos 12 meses. Embora a perspectiva, no geral, para o setor de construção não esteja nada otimista, com destaque para a fraca velocidade nas vendas nos nove primeiros meses do ano, em especial no terceiro trimestre, os analistas comentam que ainda é possível encontrar boas opções.
Entre as recomendações outperform (desempenho acima da média), equivalente a compra, dos analistas Nicole Hirakawa, Luis Stacchini e Vanessa Quiroga, do banco de investimentos, estão os papéis da Tecnisa (TCSA3) – indicada como a top pick -, Even (EVEN3) e MRV Engenharia (MRVE3). Para eles, embora bons papéis, EzTec (EZTC3) e Helbor (HBOR3) carregam atualmente um prêmio em seus valuations que podem trazer certos desafios daqui para frente.
Segundo análise do banco, o papel com o maior potencial de valorização é o da Tecnisa, de 40,4% frente ao fechamento da última sexta-feira (6). Na sequência, aparecem as ações da Even e MRV, de 31,3% e 28,5%, respectivamente.
Apesar da perspectiva, no geral, não estar otimista no setor, os analistas do Credit Suisse ressaltam que ainda é possível encontrar boas opções (Marcelo Camargo/ABr)
Apesar da perspectiva, no geral, não estar otimista no setor, os analistas do Credit Suisse ressaltam que ainda é possível encontrar boas opções (Marcelo Camargo/ABr)
No caso da Tecnisa, os analistas apontam que o indicador P/VCT (Preço por Valor Contábil Tangível), que mensura se uma empresa está subvalorizada, caso esteja abaixo de 1, negociada atualmente com as ações da empresa é injustifica, de 1,1 vez, dada a promissora perspectiva da empresa, de ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) de cerca de 20% nos próximos anos.
Já para a MRV, os analistas mencionam que oferece um desconto superior ao da Cyrela (CYRE3), ao passo que a companhia deve mostrar um fluxo de caixa mais forte no curto prazo. Por fim, para a Even, eles destacam a saudável velocidade nas vendas da empresa e potencial de gerar R$ 200 milhões em caixa no próximo ano. A expectativa é que a companhia entregue um ROE de 17% em 2014 e 2015.
Para as demais ações de construtoras listadas na bolsa e que o Credit Suisse faz cobertura, a recomendação é neutra para Cyrela, Direcional (DIRR3), EzTec, Gafisa (GFSA3), Helbor (HBOR3) e Rossi (RSID3), enquanto para Brookfield (BISA3) e PDG Realty (PDGR3) é underperform (desempenho abaixo da média).
infomoney.com.br/mercados/noticia/3094105/acoes-setor-construcao-civil-com-potencial-para-subir-meses
“http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/12/setor-da-construcao-ve-microbolhas-mas-diz-que-precos-nao-vao-cair.html
09/12/2013 às 09h42 1
Dilma quer mais 700 mil moradias no Minha Casa até fim do ano
BRASÍLIA – O governo federal espera contratar até o fim deste ano mais 700 mil casas para alcançar a meta de 2,75 milhões de moradias no Programa Minha Casa, Minha Vida, durante o mandato da presidente Dilma Rousseff. Desde 2009, quando a iniciativa foi lançada, 1,4 milhão de casas e apartamentos, do total de 3 milhões contratados, foram entregues a famílias de baixa renda em todo o país. Somente na área rural, foram contratadas 100 mil casas até agora.
“Isso mostra que o Minha Casa, Minha Vida está chegando onde nenhum outro programa habitacional chegou antes neste país. São agricultores e trabalhadores rurais que moravam em casas de taipa, de madeira ou mesmo em casas de alvenaria muito precárias, e que agora estão conquistando uma moradia digna”, disse Dilma, ao participar hoje do programa semanal Café com a Presidenta.
Ela explicou que, no caso da zona rural, o Minha Casa, Minha Vida tem regras um pouco diferentes: o crédito é até R$ 30,5 mil para a Região Norte e até R$ 28,5 mil para o restante do país. As famílias com renda até R$ 15 mil por ano pagam 4% do valor do empréstimo em quatro anos e o restante é pago pelo governo federal sob a forma de subsídio. Já as famílias que ganham entre R$ 15 mil e R$ 30 mil por ano têm um subsídio do governo federal: R$ 7,61 mil. O restante são elas que pagam. As famílias que ganham entre R$ 30 mil e R$ 60 mil por ano têm acesso a um juro subsidiado de 7,16% ao ano ao tomar um empréstimo da casa própria.
“Do mesmo jeito que ocorre no Minha Casa, Minha Vida das áreas urbanas, sem o subsídio do governo federal, a maioria dos beneficiados das áreas rurais não teria como pagar o imóvel”, disse, ao acrescentar que, na zona rural, a casa pode ser feita por uma construtora, em um esquema de mutirão ou pelo próprio agricultor. “Em muitos casos, o agricultor vai lá, financia a compra dos materiais e ele mesmo constrói a casa com ajuda dos amigos. Aí, com o dinheiro do Minha Casa, Minha Vida Rural, o pessoal, às vezes, consegue até fazer uma casa maior, de 80 metros quadrados, por exemplo.”
Já na área urbana, conforme ressaltou a presidente, o Minha Casa, Minha Vida financia imóveis para quem ganha até R$ 5 mil, com subsídios de até 96% do valor do imóvel. Durante o programa, a presidenta Dilma também destacou que as obras do Minha Casa, Minha Vida movimentam toda a economia brasileira, na medida em que contribui para a criação de empregos e de demandas para construtoras, fábricas e lojas de material de construção.
(Agência Brasil)
valor.com.br/brasil/3366244/dilma-quer-mais-700-mil-moradias-no-minha-casa-ate-fim-do-ano#ixzz2mz5W9Oa0
“http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,economistas-cortam-previsoes-para-2014-apos-recuo-do-pib,171759,0.htm
“http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,reajuste-do-combustivel-seguira-bandas-informa-petrobras,171807,0.htm
“http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/33,65,33,3/2013/12/04/internas_economia,401607/aumento-do-custo-de-vida-restringe-o-poder-de-compra-dos-brasileiros.shtml
Será algum sintoma do desinteresse?
“http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/12/04/interna_cidadesdf,401587/terreno-para-shopping-no-noroeste-nao-recebe-nenhuma-proposta-em-licitacao.shtml
“http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/12/1380502-construtora-de-edificio-que-desabou-tem-sede-em-padaria.shtml”
Construtora de edifício que desabou tem sede em padaria
A construtora responsável pela obra que desabou em Guarulhos, na Grande São Paulo, tem endereço num prédio onde funcionam uma padaria, uma doceria, quatro residências, uma assistência técnica de TVs e uma papelaria.
No local onde deveria funcionar a sede da empresa, na Vila Maria (zona norte), inquilinos relatam que a Salema Comércio, Construções e Projetos Ltda nunca esteve ativa lá.
Dono da construtora, o engenheiro Fernando Salema foi responsável por 57 obras na Grande São Paulo nos últimos três anos, segundo o Crea-SP (conselho regional de engenharia).
Na manhã de ontem, uma placa afixada na fachada do prédio onde funcionaria a Salema indicava que as cartas deveriam ser entregues na padaria. O aviso foi retirado à tarde.
Segundo comerciantes que alugam o espaço, um funcionário do empresário recebe os aluguéis. Mas eles dizem que a sede não funciona no local. Uma famílias diz morar na “sede” da construtora há dez anos.
O advogado da construtora, Maurício Flausino, disse que a empresa tem um escritório no local visitado pela Folha e tinha outro na obra que desabou.
Para Flausino, “determinar onde a empresa efetivamente funciona é o de menos”. Segundo ele, a obra era fiscalizada por um mestre de obras e pelo dono da construtora.
Governo assume culpa pela retração da economia e teme dólar em 2014
“http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/12/1380484-governo-assume-culpa-pela-retracao-da-economia-e-teme-dolar-em-2014.shtml
O risco no ambiente econômico do próximo ano, segundo assessores presidenciais, está no dólar. A moeda americana está em alta nas últimas semanas e pode subir ainda mais, a depender do ritmo do fim dos estímulos à economia americana, esperado para o ano que vem.
Com menos dólares em circulação, a tendência é de alta na cotação. Além disso, a recuperação dos EUA pode levar para lá investimentos que estavam no Brasil, reduzindo mais a quantidade de moeda e a encarecendo.
“http://www.bolhaimobiliaria.com/2013/12/03/construtoras-queimam-estoque-de-imoveis-no-df-dizem-corretores-g1/
“http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3086645/culpa-dilma-estrangeiros-agora-exigem-ano-para-emprestar-brasil
Manchete do link acima : Culpa da Dilma? Estrangeiros agora exigem 13% ao ano para emprestar ao Brasil – InfoMoney
foi o que eu comentei logo acima pô, rsrsrrs:
–>>> http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-em-sao-paulo/#comment-2132
“O que o governo fez com a Petrobras foi uma tragédia”, diz Delfim Netto.
[…]
A grande tempestade que está por vir.
Ainda de acordo com Delfim Netto, a combinação de queda do rating do país para BBB- com o corte de estímulos monetários dos EUA no ano que vem gera a tempestade perfeita. “Não acredito que teremos o rating rebaixado, mas se ocorrer, isso irá combinar com o início do fim do QE3 no ano que vem, o que forma algo extremamente preocupante. É a tempestade perfeita: paralisação do pregresso, inflação em alta, overshooting do câmbio e muito atraso em nosso desenvolvimento”, finalizou.
“http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/3086396/que-governo-fez-com-petrobras-foi-uma-tragedia-diz-delfim
“http://www.capitalsocial.com.br/base.asp?id=2941&secao=Economia
Falta dinamismo e sobram salas comerciais no mercado regional
Rossi renova mínima desde 2005; uma small cap é destaque – InfoMoney
Veja mais em: “http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3085967/petrobras-sobe-mais-rossi-renova-minima-desde-2005-uma-small
Pibinho se soma a pessimismo com Petrobras e FT questiona: escuridão do Brasil terá fim? – InfoMoney
Veja mais em: “http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/3085417/pibinho-soma-pessimismo-com-petrobras-questiona-escuridao-brasil-tera-fim
No aguardo da “perca” do IG “investimenti greidi” …. os gringos já querem 13% a.a. pra emprestar $$$ ao Brasil e não deve parar por aí…pobre dilma, pobre pt, tsc. tsc…
E as “super-melhorias” que teríamos em virtude da copa e que “justificariam” os mega-aumentos de preços?
– A Copa das Confederações rompeu com o encanto do Brasil e apagou uma imagem estereotipada e hipócrita do país do sorriso, carnaval e do futebol de praia com pés descalços. Hoje o Brasil é um gigante de 200 milhões de habitantes que vive uma crise de crescimento. Os brasileiros se endividaram até aos cabelos nos anos de euforia de Lula e agora foram empurrados contra a parede pelas taxas de juros de casas, carros e inflação. A corrupção continua no seu nível normal e o futebol foi o amplificador da revolta do povo. Ninguém hoje prevê o que acontecerá no próximo ano, nem mesmo se os estádios estarão todos completos – dizia a reportagem.
“http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2013/12/jornal-espanhol-afirma-brasil-e-um-caos-espera-da-copa-do-mundo.html
Só fizeram mega elefantes brancos, inúteis, para inglês ver e povo pagar a conta!
These 17 countries may have housing bubbles. If they pop, God help us all.
“http://www.washingtonpost.com/blogs/wonkblog/wp/2013/12/02/these-18-countries-may-have-housing-bubbles-if-they-pop-god-help-us-all/
“Roubini doesn’t see bubbles in the places where they were most severe in the pre-2008 period. He doesn’t mention the United States or Spain or Ireland. Rather, Roubini sees housing prices getting out of whack in quite a few small and mid-sized nations that are well-governed and managed to avoid the worst economic effects of the financial crisis: Switzerland, Sweden, Norway, Finland, France, Germany, Canada, Australia, New Zealand and the London metropolitan area in the U.K. He adds some key emerging markets that show the same dynamic: Hong Kong, Singapore, China and Israel, and major urban centers in Turkey, Indonesia, India and Brazil.
In this view of the world, a better question might be where in the world is there NOT a housing bubble (the answers, apparently, are the United States, southern Europe, Russia and all of Africa).”
Quer perder dinheiro? Invista de acordo com o que o governo fala | InfoMoney
Veja mais em: “http://www.infomoney.com.br/blogs/blog-da-redacao/post/3086028/quer-perder-dinheiro-invista-acordo-com-que-governo-fala
Preço dos imóveis sobe 1,3% em novembro e 12,7% no ano, aponta FipeZap
O preço médio dos imóveis do país subiu 1,3% em novembro, se mantendo no mesmo patamar de outubro. Considerando os últimos 12 meses, a alta chegou a 13,8%. O índice FipeZap, que estima o preço médio do metro quadrado em 16 cidades, registrou aumento de 13,8% nos 12 meses encerrados em novembro.
….
http://www.arenadopavini.com.br/artigos/noticias-do-dia-arena-especial/preco-dos-imoveis-sobe-13-em-novembro-e-14-nos-ultimos-12-meses-aponta-fipezap
Para quem acredita no FipeZap, tá aí a info para apreciar.
Venda de imóveis usados cai 26,72% em setembro, diz Creci-SP
http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/noticia/3091712/venda-imoveis-usados-cai-setembro-diz-creci
Mais uma vez, o CRECI SP divulgando informação incorreta…
Embora realmente tenham caído as vendas, o percentual de queda foi informado em relação ao mês anterior.
Nos últimos 12 meses, quase todos eles apresentaram queda na comparação correta, com mesmo mês de ano anterior (Sazonalidade).
Outro ponto: no relatório do CRECI SP, também divulgaram a queda nos preços de alugueis, pelo sétimo mês seguinte e se olharmos para o preço de venda médio do M2 do CRECI SP, ele é uns 30% a menos do que o do FIPE ZAP.
Dois pontos de destaque:
1) Se em Julho/2013, conforme pesquisa divulgada, o aluguel equivalia a 0,46% do preço do imóvel e após isto tivemos, ao mesmo tempo, queda no preço de aluguel e aumento nos juros (SELIC), podemos confirmar o que consta neste tópico, ou seja, em termos de custo de oportunidade, o aluguel é uma opção cada vez pior quando comparado a qualquer aplicação financeira ;
2) O CRECI SP é levantamento com mais de 400 imobiliárias na cidade de São Paulo, com base no valor REAL, NEGOCIADO, enquanto o FIPE ZAP é valor ANUNCIADO. Em outras palavras, o segmento imobiliário e vendedores de imóveis continuam tentando enganar com um preço ANUNCIADO muito superior ao REAL e é por isto que as vendas caem na grande maioria das vezes mês após mês e na comparação anual, estão em queda desde 2.011. Não tem milagre, podem “tapear” quem quiser quanto ao preço ANUNCIADO, mas o real não cresce nem perto do que eles divulgam e muitas vezes tem CAÍDO…
Os corretores, imobiliárias, construtoras e afins, estão especializados em axioma de zurique, naquilo que não devemos acreditar: “A ilusão do grafista!”
Investidor barganha imóveis ‘encalhados’
Compra na planta para revenda com lucro perde espaço para aquisição com desconto de unidades difíceis de vender
Pesquisa na região ajuda a confirmar se abatimento oferecido pelo vendedor vale mesmo a pena
DANIELLE BRANT
DE SÃO PAULO
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/139442-investidor-barganha-imoveis-encalhados.shtml
Engraçado o “perfil” de um dos investidores: taxista que adquiriu alguns imóveis e pelo volume ganhou desconto de 40% no preço.
Curioso, não é? Volume gigante de imóveis encalhados e só conseguem repassar para investidores amadores e ainda assim, com altíssimo desconto. Agora, estes investidores amadores certamente amargarão grandes prejuízos, pois não tem a menor visão sobre o que realmente está acontecendo no mercado…
Ibovespa tem terceiro pior mês do ano mesmo com alta de 1,23% nesta 6ª
Índice repercute pessimismo com possível início de corte nos estímulos monetários do Fed e deterioração das contas públicas; imobiliárias e MMX lideram perdas do mês, enquanto Gafisa destoa com alta de 12% no período
Por Marcos Mortari |17h18 | 29-11-2013
http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3082070/ibovespa-tem-terceiro-pior-mes-ano-mesmo-com-alta-nesta
Poxa e eu que pensava que aumentarem o preço de forma ARTIFICIAL e ABSURDA ia acabar c/ o deficit habitacional, não era o que o Governo e as construtoras diziam???
“Déficit habitacional cresce na baixa renda, apura o Ipea”
“http://exame.abril.com.br/economia/noticias/deficit-habitacional-cresce-na-baixa-renda-apura-o-ipea
Ah, estes daqui vão diminuir c/ o deficit habitacional da baixa renda:
10 quitinetes e imóveis de até 40 m² na faixa de R$ 1 milhão
“http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/10-quitinetes-e-imoveis-de-ate-40-m2-na-faixa-de-r-1-milhao#6
Descontos em imóveis de até R$ 770 mil nesta semana… Super black friday ou Stock, a never end story???
“http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imoveis/noticia/3079745/empresas-oferecem-descontos-ate-770-mil-imoveis-esta-semana
Black Friday parte 2, mas fraquinho perto do “desconto” de mais de R$ 700 mil logo acima…
Esse ano com a participação de contrutoras e descontos de 38%.
Fonte : “http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/11/28/black-friday-comeca-amanha-vigiada-para-tentar-evitar-maquiagem-de-precos.htm
“Neste ano, os consumidores poderão comprar até imóveis com desconto. A Camargo Corrêa promete cobrar preços até 38% mais baixos em empreendimentos de um a três dormitórios.
Os descontos, segundo a empresa, vão de R$ 73 mil até R$ 375 mil e valem para empreendimentos localizados no Morumbi e Interlagos, na zona sul de São Paulo, e em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.”
Para você que é “fã” da VIVER:
Negócio Bom x Negócio Ruim
Ótima análise! deixa bem claro o que faz uma empresa boa ou ruim: retorno aos acionistas.
É incrível quantas PFs compram promessas…
Taesa iniciou no mercado como Terna Participação, em maio/11 alterou a denominação social p/ a atual.
No IPO em 27/10/06 a empresa recebeu 371 milhões na oferta primária, secundária 255 milhões, no follow-on de 20/7/12 foram mais 1.755 milhões exclusivamente na oferta primária. No total das ofertas primárias a empresa recebeu 2.126 milhões dos investidores p/ gerar valor. Em 2006 a empresa entrou no mercado valendo 2 bilhões, hoje vale 7,24 bilhões e de 2006 até hj já distribuiu 2,5 bilhões em proventos.
Ou seja, só em proventos já superou o montante recebido nas ofertas primárias e ainda teve uma valorização de 5,24 bilhões. Isto sim é um bom negócio! (2.549 investidores PF em 7/6/13)
A Taesa é a maior empresa privada do setor de distribuição, só superada pela estatal Eletrobrás.
O extremo oposto…
VIVER, iniciou no mercado como INPAR S/A, em duas ofertas públicas primárias (6/6/07 e 4/2/10) recebeu 756 milhões + 280 milhões = 1.036 milhões. Nunca distribuiu um centavo sequer em proventos, o valor de mercado despencou dos iniciais 1,8 bilhão p/ 91 milhões. Em 2013 pagou 151 milhões em juros p/ receita líquida de 212 milhões. Essa empresa ainda possuía 1.968 investidores PF em 22/8/13.
Fonte:
forum.infomoney.com.br/viewtopic.php?f=6&t=15235&p=2089474#p2089464
‘http://economia.estadao.com.br/noticias/ae-mercados-geral,ibovespa-fecha-no-menor-nivel-em-quase-tres-meses,171065,0.htm
Hoje que o mercado despencou você se animou bem hein, pelo jeito é um bear nato, kkkkkk.
Abraço[]´s
kkkkkk
É que as causas para BOVESPA ter recorde negativo se relacionam com alto volume de assuntos para mencionar por aqui…
Abs,
Entendi, tu tens razão!
Abraço.
‘http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,com-tendencia-de-alta-do-juro-renda-fixa-volta-a-brilhar-nas-carteiras,170885,0.htm
Dívida pública volta a ultrapassar R$ 2 trilhões e bate recorde em outubro
No mês passado, dívida subiu 1,69%, para R$ 2,02 trilhões, diz Tesouro.
Recorde anterior, de R$ 2 tri, havia sido registrado em dezembro de 2012.
“http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/11/divida-publica-volta-ultrapassar-r-2-trilhoes-e-bate-recorde-em-outubro.html
Destaco:
“Com a alta registrada em outubro, a dívida retornou ao patamar de R$ 2 trilhões, atingida somente uma única vez, em dezembro de 2012, e bateu novo recorde histórico para todos os meses. A série divulgada pela Secretaria do Tesouro Nacional, em sua página na internet, tem início em janeiro de 2004.”
Construtora deve pagar aluguel por atraso na entrega
O atraso na entrega de imóveis que ultrapassa a tolerância estabelecida no contrato é irregular. Com base nesse entendimento, a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça paulista mandou um grupo de construtoras bancar o aluguel que uma mulher pagou por não poder morar no imóvel comprado pelo pai.
A chamada “cláusula de tolerância” previa o adiamento da entrega em 180 dias, o que deveria ocorrer até novembro de 2011 em Campinas (SP), mas a obra só foi concluída mais de sete meses depois desse prazo. Por isso, as empresas terão de pagar R$ 1,3 mil por mês de atraso (valor do aluguel de um apartamento equivalente ao comprado), mais 2% de multa.
O pagamento já havia sido definido pelo juiz de primeira instância, Cássio Modenesi Barbosa, que afirmou ser possível “concluir que o atraso ocorreu por má administração da obra”. As construtoras recorreram da obrigação e do valor estabelecido. Porém o relator no TJ-SP, o desembargador José Carlos Ferreira Alves, entendeu que “as apelantes devem indenizar a apelada pelos danos materiais relacionados à necessidade de locação de outro imóvel”.
Para o desembargador, a expectativa da mulher de receber seu imóvel tornou-se legítima. “Nesse caso, há presunção de prejuízo do promitente-comprador, cabendo ao vendedor, para se eximir do dever de indenizar, fazer prova de que a mora contratual não lhe é imputável”, escreveu o relator.
Ele, no entanto, negou pedido de indenização por danos morais, que considerou “incabíveis”. Segundo ele, o mero descumprimento de itens do contrato não dá razão para essa forma de reparação.
“http://www.conjur.com.br/2013-nov-25/atraso-entrega-obra-construtora-pagara-aluguel-filha-comprador
Crédito para famílias soma R$ 11,1 bi, o triplo obtido por empresas no Amazonas
“http://www.d24am.com/noticias/economia/credito-para-familias-soma-r-111-bi-o-triplo-obtido-por-empresas-no-amazonas/100871
“http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/11/26/petrobras-tem-pior-situacao-da-decada-e-precisa-de-reajuste-diz-jornal.htm
“http://br.investing.com/analysis/a-bolha-imobili%C3%A1ria-j%C3%A1-estourou;-falta-apenas-recolher-os-cad%C3%A1veres-8263
Pior colocação entre 189 países pesquisados.
“www.infomoney.com.br/blogs/o-tributo-nosso-de-cada-dia/post/3073045/pais-dos-tributos
BOLHA DE FLATS PARTE 2!!! (10 ANOS DEPOIS…).
Leiam a parte 2 do “Bolha imobiliária à brasileira, você acredita?” e vejam as similaridades com notícia abaixo… O link está nas REFERÊNCIAS do tópico…
“http://www1.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/economia/imoveis/arqs/2013/11/0007.html
ABIH teme superoferta de imóveis
Estimativa é que Pernambuco receba mais 1.474 novos flats em 2013
24/11/2013 10:34 – Raquel Freitas, da Folha de Pernambuco
Imobiliária pensa apenas na venda, diz Cavalcanti
A onda de investimentos e o crescimento acelerado de construções de flats preocupa o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Pernambuco (ABIH), Eduardo Cavalcanti. Na opinião dele, se não houver uma preocupação das imobiliárias com a demanda sustentável a longo prazo o setor hoteleiro poderá sentir os primeiros efeitos da perda de investidores. Este ano, a estimativa é que Pernambuco receba mais 1.474 novos flats, um aumento de 47%. Já o percentual de hotéis é um pouco maior, registrando uma elevação de 61%.,
Sobre esse assunto, Cavalcanti ressaltou que “existe duas linhas de raciocínio: Quando se constrói um empreendimento hoteleiro é crucial que se faça uma pesquisa sobre o mercado, para saber a movimentação turística e a demanda. Em um empreendimento tipo flat a imobiliária é quem faz a pesquisa, se preocupando apenas se há gente para comprar, sem a preocupação hoteleira”, explicou.
Na visão de Cavalcanti, caso o empreendimento não dê retorno à operadora ele pode, naturalmente, se desligar da administração da empresa. “Não há dúvida de que haverá uma desvalorização do imóvel e os donos terão que arcar com as dívidas”, justificou. Em relação ao retorno da aplicação, o presidente disse que na maioria das vezes a meta pode ser inferior ao esperado. “Se alguém comprar um flat de R$ 400 mil reais a meta de investimento fica em torno de 0,5%”.
O superintendente comercial da Moura Dubeux, que opera a bandeira Beach Class, Tony Vasconcelos, falou que o retorno financeiro do empreendimento na planta é de 1% em cima do valor investido. Com ele já pronto, o percentual chega a ser de 0,6%. “A nossa empresa já está com uma gestão de hotelaria, que garante a proteção ao investidor e controla o serviço no pós-venda”, reforçou. O preço dos flats, segundo Vasconcelos, varia entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, o metro quadrado.
O gerente comercial da Rio Ave, Leonardo Beltrão, descarta a possibilidade de bolha financeira devido ao número de flats. “Aqui tem uma demanda muito grande pelos eventos que vão acontecer e pelos investimentos que aportam no Estado”.
A BOLHA IMOBILIÁRIA EM NATAL (IDEM A SALVADOR, CURITIBA…):
“http://nominuto.com/airtonbulhoes/duas-empresas-construtoras-de-peso-se-retiram-do-mercado-imobiliario-de-natal/6504/
Duas empresas construtoras de peso se retiram do mercado imobiliário de Natal
A crise ameaça a construção civil em Natal – duas empresas de grande porte de fora estão demitindo engenheiros, pessoal da área administrativa e a peãozada que vai à reboque. Alguns empresários do setor que preferem não se identificar, acham que essa desistência no mercado potiguar, é um acaso. A retirada das construtoras se dá por um fato genérico, “é quando não dá certo, “ não emplacou”, outros apontam que o estoque exagerados de apartamentos, bateu forte no caixa das empresas e para evitar mais prejuízo, estão saindo antes que o barco afunde. Sem falar em outras esquesitices mais.
O mercado imobiliário natalense – classe média, vive uma bolha de ofertas e os compradores são escassos, principalmente quando a compra é feita diretamente com empréstimos da Caixa Econômica, é uma burocracia tão grande que o comprador não desiste, porque entrou. Tirando “Minha Casa, Minha Vida”, a coisa anda devagar, só tendo muita necessidade e abnegação.
Um cliente da CEF foi solicitar um empréstimo para concluir a construção de seu imóvel, sofreu muito. A Caixa chegou a pedir uma certidão ao engenheiro, para este provar que era engenheiro, só assim liberaria o dinheiro.
CNC: porcentual de famílias endividadas sobe em novembro
“http://www.jornalacidade.com.br/noticias/economia/NOT,0,0,903099,CNC+porcentual+de+familias+endividadas+sobe+em+novembro.aspx
O porcentual de famílias brasileiras que disseram ter dívidas chegou a 63,2% no mês de novembro de 2013, contra 62,1% em outubro e 59% em novembro do ano passado. As dívidas incluem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta terça-feira, 26.
O aumento, contudo, não se deu em todos os níveis de endividamento. A proporção das famílias que se declararam muito endividadas, por exemplo, caiu entre os meses de outubro e novembro de 2013 – de 12,6% para 12,1% do total de famílias. Em relação a igual mês de 2012, houve estabilidade nesse indicador.
Já a parcela dos que se declaram ‘mais ou menos’ endividadas passou para 22,9%, de 23,3% em outubro de 2013 e 19,6% em novembro do ano passado. Enquanto isso, as famílias pouco endividadas aumentaram para 28,1% do total neste mês, contra 26,2% em outubro e 27,4% em novembro de 2012.
Atraso
Apesar do aumento na parcela das famílias endividadas, o porcentual daquelas que têm dívidas ou contas em atraso recuou para 21,2% em novembro, ante 21,6% no mês passado. A fatia, contudo, ainda é maior do que os 21% observados em novembro do ano passado.
Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 57,6 dias em novembro de 2013 – abaixo dos 61,1 dias de novembro de 2012. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,7 meses, sendo que 27,6% estão comprometidas com dívidas até três meses, e 29,6%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu para 29,1%, contra 30,2% em novembro do ano passado.
O porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, apresentou redução nas duas comparações. Em novembro de 2013, essa parcela respondeu por 6,6% das famílias, ante 7,3% em outubro e 6,8% em novembro de 2012.
De acordo com a CNC, os ganhos com o décimo terceiro salário podem ter influenciado o resultado, que também demonstrou melhora na projeção das famílias em relação a sua capacidade de pagar débitos em atraso.
“http://www.otempo.com.br/falta-verba-para-pagar-13%C2%BA-em-30-das-prefeituras-de-minas-1.751560
Falta verba para pagar 13º em 30% das prefeituras de Minas
Pesquisa da entidade revela que os municípios que vão pagar o abono no prazo criarão outras dívidas
INFORMAÇÃO INTERESSANTE: A OFERTA DE IMÓVEIS PARA ALUGAR EM BH SUBIU 62% NOS ÚLTIMOS 12 MESES, mas representantes do segmento imobiliário dizem que preço vai se “estabilizar” kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Eles nunca ouviram falar sobre lei de oferta e demanda???
“http://www.otempo.com.br/capa/economia/pre%C3%A7o-do-aluguel-na-capital-sobe-mais-do-que-a-infla%C3%A7%C3%A3o-1.751585?
Preço do aluguel na capital sobe mais do que a inflação
Quanto mais popular, maior é o reajuste do imóvel
PUBLICADO EM 26/11/13 – 04h00
QUEILA ARIADNE
A oferta de imóveis para alugar nunca cresceu tanto. No acumulado dos últimos 12 meses, a quantidade de imóveis para locação cresceu 62,01%, a maior taxa de crescimento, pelo menos nos últimos dois anos, segundo pesquisa da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi). Mesmo assim, os preços não caíram. Aliás, ficaram 6,35% mais caros no mesmo período. A inflação subiu 5,53%.
O vice-presidente da CMI/Secovi, Fernando Júnior, explica que, apesar da alta, os preços estão subindo muito menos. “O aluguel não cai porque, mesmo com a oferta maior, tem muita demanda. E, se formos comparar, veremos que trata-se apenas de recomposição das perdas da inflação”, afirma. O aumento, que em outubro deste ano foi de 6,35%, em outubro de 2011 foi 10,49%. E, em outubro do ano passado, foi de 8,15%.
“Os preços estão caminhando para a estabilidades. Não vai ficar mais barato porque, se há demanda, o imóvel não encalha”, avalia Júnior. O reflexo da demanda pode ser visivelmente visto no custo. Quanto mais popular, maior é o aumento do aluguel. O que mais subiu foram os barracões, que subiram 1% em relação a setembro. Por tipos de bairros, enquanto o aumento do aluguel foi de 0,53% no popular, no luxo f de 0,19%.
Sobre a oferta, Júnior esclarece que ela cresceu devido à conclusão de construções iniciadas em 2010. Naquele ano, a Prefeitura de Belo Horizonte alterou a Lei de Uso e Ocupação do Solo para incentivar a construção de hotéis para a Copa e diminuiu o potencial construtivo de empreendimentos residenciais. E as construtoras correram para aprovar projetos residenciais, que só agora estão ficando prontos.
Um tabu pode cair
“http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/11/26/um-tabu-pode-cair
Celso Ming
O Estado de S. Paulo – 26/11/2013
Amanhã deve cair mais um tabu do governo Dilma: o de que os juros básicos (Selic), que hoje estão nos 9,5% ao ano, não devem chegar aos dois dígitos, ou seja, aos 10% ao ano.
O Banco Central teria de apresentar justificativa muito séria para desta vez não remarcar a Selic em 10,0% ao ano. Esta é também a expectativa geral do mercado tal como apontada pela Pesquisa Focus, do Banco Central, que conta com a Selic a 10,0% até o final de dezembro e a 10,5% em 2014.
A quebra do tabu pouco significado tem em si mesma. Confirma apenas que o governo Dilma fixou arbitrariamente essa meta informal sem antes providenciar a obtenção das condições macroeconômicas para isso.
Dito de outra forma, a inflação disparou e continua alta demais porque o governo federal descuidou de várias frentes de combate. Descuidou, primeiro, da política fiscal, 11a medida em que deixou que as despesas correntes disparassem à razão de 7,2% em 12 meses enquanto a arrecadação se arrasta ao ritmo de 1,25% em termos reais. A própria política de preços do governo contribuiu para a quebra da arrecadação, na medida em que achatou tarifas de energia elétrica e derivados de petróleo, que, por sua vez, implicou recolhimento mais baixo de impostos e, portanto, o encurtamento do cobertor fiscal do governo.
Descuidou, também, dos investimentos em infraestrutura, cujo efeito aumentou os custos de produção e proporcionou uma política excessivamente generosa de rendas, em descompasso com os ganhos de produtividade da economia que puxaram o consumo para acima da capacidade de oferta da economia.
Em outubro de 2012, o Banco Central também imaginou que pudesse derrubar definitivamente os juros para abaixo de dois dígitos, porque acreditou nas juras de austeridade na condução cias contas públicas pelo governo Dilma. Mas, no meio do caminho, foi traído pela área da Fazenda e teve de seguir sozinho na tarefa de combater a inflação, desta vez puxando a Selic até onde for preciso para segurar a inflação.
Os próximos meses acenam com mais duas fontes de pressão sobre os preços.
A primeira delas é o câmbio. As cotações do dólar tenderão a subir também em reais tão logo o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) comece a fechar a válvula que hoje injeta dólares nos mercados à proporção de US$ 85 bilhões por mês. E um dólar mais caro em reais aumenta o calor inflacionário, porque tende a puxar para cima os preços dos produtos importados.
A outra fonte de pressão sobre a inflação é o atraso do ajuste dos preços administrados, aqueles que ficam sob controle do governo. No período de 12 meses até outubro, esse segmento de preços aumentou apenas 1,02%, enquanto os preços livres subiram 7,3%. Entre esses preços controlados à espera de urgente reajuste estão as tarifas de combustíveis e os preços da energia elétrica, com impacto sobre toda a cadeia produtiva.
Esse quadro sugere que o Banco Central será obrigado a manter a guarda e a preparar os espíritos para seguir na sua política de aperto monetário, não olhando mais para tabus ou metas informais destituídas de fundamento real.
Confiança da construção recua 3,7% no trimestre até novembro–FGV
SÃO PAULO, 26 Nov (Reuters) – O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 3,7 por cento no trimestre encerrado em novembro na comparação com um ano antes, de acordo a Sondagem Conjuntural da Construção divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
No trimestre até outubro, o índice havia recuado 4,3 por cento na mesma comparação.
O índice médio dos três meses até novembro ficou em 116,7 pontos, contra 121,2 pontos no mesmo período do ano anterior. No trimestre encerrado em outubro, o Índice de Confiança da Construção havia ficado em 116,1 pontos.
O Índice da Situação Atual (ISA-CST) apresentou queda de 5,9 por cento, contra recuo de 6,9 por cento em outubro. Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 1,7 por cento, ante queda de 1,9 por cento no mês anterior.
A FGV informou ainda nesta terça-feira que o Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M) registrou alta de 0,27 por cento em novembro, ante avanço de 0,33 por cento no mês anterior.
“http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE9AP00V20131126
“http://blogs.estadao.com.br/rolf-kuntz/
Seguem certos trechos do artigo acima:
“A presidente festejará o ano-novo num país com inflação elevada e finanças públicas em mau estado, pressionada para manter estímulos setoriais ao consumo e com as contas externas em visível deterioração. O déficit em conta corrente acumulado nos 12 meses até outubro chegou a US$ 82,21 bilhões, 3,67% do PIB estimado”.
“O alarme tocou e a presidente Dilma Rousseff entrou em campanha para elevar sua credibilidade, encenando mais uma vez o compromisso, jamais cumprido, de boa administração das contas públicas. Não se trata, agora, de persuadir um eleitorado mais ou menos cativo e mais ou menos propenso a engolir as patranhas de uma governante populista. O objetivo, bem menos simples, é reduzir a desconfiança de um público mais informado, menos vulnerável a truques contábeis e muito menos impressionável com jogadas de controle de preços. Não se trata só de economistas independentes e do pessoal do mercado financeiro, mas também – e neste momento principalmente – dos analistas com poder para baixar a nota de crédito do País.”
“Em seu novo relatório sobre perspectivas globais, economistas da OCDE sugerem, entre outras medidas para tornar mais claras as contas públicas, maior atenção à regra de superávit primário e limitação das operações “quase fiscais”
“Por enquanto, a inflação continua vigorosa. O IPCA-15, prévia do índice oficial do mês, subiu 0,57% em novembro, 5,06% no ano e 5,78% em dois meses. Em outubro a variação havia chegado a 0,48%. A reaceleração iniciada em agosto continua e, se fosse necessária mais uma prova do desastre, bastaria examinar a contaminação dos preços – 70,7% itens com aumentos”
Só 2,5% dos paulistanos vivem em áreas totalmente urbanizadas.
“http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,so-25-dos-paulistanos-vivem-em-areas-totalmente-urbanizadas,1100220,0.htm
‘http://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2013/11/25/cenarios-contrariados-bancos-estatais-desaceleram-credito-em-2014.htm
Cada ponto percentual de reajuste da taxa básica de juros eleva R$ 9,5 bilhões o endividamento do governo com o mercado
“http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/11/24/alta-da-selic-aumenta-a-divida
O medo da “bolha”
É fato: os preços dos imóveis em Pernambuco vêm em disparada há pelo menos cinco anos. Não é por menos que, hoje, o Recife ocupa o quinto lugar no ranking das cidades brasileiras com o metro quadrado mais caro do país (R$ 5.693), de acordo com o índice FipeZap, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Dados referentes a outubro apontam que, em 12 meses, os preços dos imóveis subiram 12,2% na capital pernambucana. Há quem diga que estamos vivendo numa bolha imobiliária. Será verdade?
Essa e outras perguntas serão esclarecidas durante o seminário Lições de Bolso – a hora da casa própria, a ser realizado na próxima quinta-feira, no auditório do Banco Central, na Rua da Aurora. “Temos um cenário de bolha imobiliária quando há um aumento exagerado nos preços dos imóveis, com desequilíbrio entre a demanda e a oferta”, esclarece o economista Marcelo Barros, que faz parte do time de palestrantes do evento e também é colaborador do blog.
Em geral, fatores como especulação e pressão artificial da demanda, provocada por crédito desmedido e poder de compra ilusório, afastam os preços da realidade. Por isso, muitas pessoas se questionam se este é o momento ideal para comprar, vender ou trocar de imóvel. “É preciso avaliar o mercado com cautela. Durante o seminário, vamos falar sobre como a população deve se posicionar diante do aumento de preços”, explica. Quem for ao auditório do Banco Central vai conferir, ainda exemplos reais de mercados que sofreram com a temida bolha, como é o caso do Japão e, mais recentemente, dos Estados Unidos.
No caso dos EUA, o estouro da bolha imobiliária provocou uma crise econômica mundial em 2008, com efeitos que duram até hoje. Isso aconteceu porque as pessoas não honraram as hipotecas de suas casas junto aos bancos, o que causou um gigantesco calote, resultando na falência de algumas instituições financeiras. O caso mais emblemático foi a quebra do Lehman Brothers, que tinha o tesouro norte-americano como um dos principais clientes no mercado de valores mobiliários. “No caso do Brasil, o que percebemos é que a renda das famílias não aumentou na mesma proporção que os preços dos imóveis”, diz Barros.
O economista e professor da Faculdade Boa Viagem (FBV) Antônio Pessoa, que também é um dos palestrantes do Lições de Bolso, diz que o crescimento do metro quadrado no Recife se deve à pequena área territorial da cidade, além da baixa disponibilidade de terrenos para os edifícios. “A bolha imobiliária não é um tema que está muito distante das pessoas, por isso é importante que haja um esclarecimento com relação ao assunto.”
Financiamento
Outro tema em debate durante o seminário é o custo real dos financiamentos imobiliários. Para o analista do Banco Central Breno Moreira, a maioria das pessoas desconhece todos os encargos que estão embutidos durante um financiamento desse porte. “O crédito imobiliário pode trazer vários riscos por conta do comprometimento da renda e por ser de longo prazo”, afirma. A melhor forma de analisar as condições é pelo Custo Efetivo Total (CET), que leva em consideração todas as despesas incidentes nas operações de crédito.
As taxas de avaliação do bem, os seguros e as tarifas administrativas são alguns dos encargos que mais pesam no CET. “No seminário, as pessoas vão conhecer uma outra forma de se comparar propostas de financiamento, para que o sonho da casa própria não se transformem num pesadelo”, finaliza Moreira. Confira a programação completa do evento clicando aqui.
“http://blogs.diariodepernambuco.com.br/licoesdebolso/o-medo-da-bolha/
“http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/empresas-dao-descontos-em-carros-e-viagens-na-compra-de-casas/
Bolha com todas as letras no Diario de Pernambuco de hoje:
“http://blogs.diariodepernambuco.com.br/licoesdebolso/o-medo-da-bolha/
“A bolha imobiliária não é um tema que está muito distante das pessoas, por isso é importante que haja um esclarecimento com relação ao assunto.”
“http://www.bussoladoinvestidor.com.br/noticias/cni_registra_queda_do_emprego_na_construcao_civil-54045,1.html
Criação de emprego com carteira assinada cai 55% em outubro
“http://estadao.br.msn.com/economia/cria%C3%A7%C3%A3o-de-emprego-com-carteira-assinada-cai-55percent-em-outubro
”http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/2013/11/1375555-comprador-de-imovel-tem-direito-ao-valor-pago-em-caso-de-quebra-de-contrato.shtml
“http://oglobo.globo.com/economia/fazem-diabo-o-pib-nao-cresce-10865878
‘Fazem o diabo, e o PIB não cresce’
Para o ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes, a inflação das contas nacionais está muito descolada dos índices de preços ao consumidor
Em entrevista para O GLOBO, o ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes diz que é preciso investir no IBGE para ter números mais confiáveis e que o câmbio vai ajudar a indústria.
O senhor vem levantando questões sobre os números das contas nacionais. Não estamos medindo bem?
Eu fico surpreso com os números. Como no caso dos automóveis. A produção industrial do IBGE diz que houve queda de 5% enquanto a Anfavea diz que cresceu 5%. Quando isso acontece, aí eu me manifesto. São números importantes. Temos que ter um retrato fiel do que está acontecendo. Mas o IBGE tem melhorado.
Qual o problema do PIB financeiro (a crítica surgiu quando houve crescimento do crédito, mas o setor financeiro teve desempenho negativo)?
Como o governo expandiu o crédito dos bancos oficiais, reduziu o espaço dos bancos privados. O PIB só pegaria os números do setor privado.
O que é preciso fazer?
Acho que o governo tinha que investir mais no IBGE. Os números servem para avaliação no exterior, afetam as decisões de investimento. É preciso ter números confiáveis. O Brasil precisa investir nisso.
Onde mais há divergência?
O deflator implícito do PIB (a inflação das contas nacionais) está muito descolado dos índices de preços ao consumidor. Subiu mais que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que baliza o sistema de metas de inflação). Quando se olha os Estados Unidos, por exemplo, não há tanta divergência. Uma questão que tem que ser entendida. Sinal de que o PIB está subestimado ou houve mudança nos preços relativos.
E os serviços?
Até pouco tempo, os serviços eram medidos pelo crescimento populacional. É um paradoxo no Brasil. Raramente o PIB é negativo. Não há quedas grandes, já que os serviços representam mais de 60% do PIB. Mas também não cresce muito. Para o PIB avançar, a indústria precisa crescer muito. Tem que pegar renda e faturamento das empresas. Há uma perplexidade no próprio governo. Fazem o diabo para o PIB crescer, e não cresce.
O que mais surpreendeu o senhor nos cálculos do PIB?
Os dados de consumo das famílias. Nos últimos dois anos, não cresceu nada. Já o varejo teve crescimento grande. Fico surpreso com isso. Não sei ainda a explicação. Pode ser a importação ou problema no deflator. Os dados têm que ser questionados. Se for importação, as projeções são mais otimistas. A taxa de câmbio melhorou muito, saiu de R$ 1,50 para R$ 2,30, com isso a produção industrial vai crescer.
“http://oglobo.globo.com/economia/o-tamanho-do-problema-10865400
O tamanho do problema
O crescimento do endividamento familiar nos últimos anos trouxe preocupações com essa psicologia do “aqui-agora”
A crença inabalável em um futuro de opulência, um traço básico de nossa identidade, sempre afastou do brasileiro o medo de se endividar. Diante dos tesouros que existem no subsolo ou no fundo do mar, quem se importa com os termos de troca entre o presente e o futuro, a taxa de juros?
Nessas condições, é gigantesca a preferência pelo consumo hoje, relativamente ao futuro, por que esperar? O crescimento do endividamento familiar nos últimos anos trouxe preocupações com essa psicologia do “aqui-agora”, que pode ser associada ao consumidor de baixa renda, carente em educação financeira, incentivado a comprar e que facilmente se enreda em endividamento excessivo.
A má notícia é que nossas autoridades operam exatamente com a mesma lógica: desde que possam parcelar, qualquer dívida é aceitável.
A teoria econômica ensina que, se as finanças públicas são sustentáveis, a dívida de hoje são os impostos de amanhã e não há como escapar disso, ao menos em um país onde os governos não podem deixar bombas para os seus sucessores.
Como isso parece um tanto distante de ser o nosso caso, cabe perguntar se os números efetivamente confirmam que o governo não se endividou em excesso. Será que estamos fazendo as contas direito?
Vamos começar pela parte fácil da resposta: se olharmos a dívida externa — a mais perigosa, pois precisa ser paga numa moeda que não a nossa — as notícias são boas. As três esferas de governo devem US$ 116 bilhões, mas o Banco Central (BC) possui ativos em dólar no valor de US$ 376 bilhões. A posição líquida é credora (US$ 260 bilhões) e maior que a dívida externa do setor privado (US$ 171 bilhões).
É uma situação inédita para nós e se deve à brutal acumulação de reservas, a qual, todavia, não tem propriamente a ver com superávits comerciais ou à nossa competitividade, mas com entradas de capital relacionadas à política monetária americana. Pouco importa, os efeitos são conhecidos, o BC vende dívida interna para arrumar os recursos para comprar esses dólares excedentes, ou seja, troca dívida externa por interna ao acumular reservas.
Para muita gente o fato de a dívida externa ter se “domesticado” resolve todos os nossos problemas, o que está muito longe da verdade. Pelo contrário, essa configuração deixa mais clara uma patologia com a qual nos debatemos há anos: uma hiperinflação de desejos que o mundo político se esmera em converter em “obrigações do Estado” em absoluta desproporção com a capacidade da sociedade em pagar essas contas.
A novidade é que não podemos mais fechar a conta no exterior ou com emissões de papel pintado. Com essa restrição, qualquer nova despesa significa tributar nossos próprios filhos e netos, nos termos de uma debochada maldição enunciada por Herbert Hoover, presidente dos EUA entre 1929 e 1933: “bem-aventurados os jovens, pois eles herdarão a dívida pública”.
Em razão do descontrole dos últimos dois anos, que o governo tenta encobrir com truques baratos de contabilidade, muitos enxergam um sério e perigoso retrocesso. Será que não estamos vendo o problema da dívida pública no seu exato tamanho?
Tipicamente, a primeira pergunta de quem olha a dívida interna é o que exatamente entra na conta, sendo esse o caminho mais comum pelo qual a complacência se intromete na métrica e dela se serve para ocultar o tamanho do problema. A resposta certa deveria ser “tudo”, mas a oficial é que devemos olhar a “dívida líquida”, que está em 35% do PIB, um número típico para um país emergente, não fora o fato de um artifício contábil tirar dessa conta as operações do Tesouro com o BNDES, que elevariam esse número para uns quarenta e poucos por cento.
Outro problema é que o conceito internacionalmente aceito é o de “dívida bruta” que, na metodologia do governo, está em 59% do PIB (incluindo as operetas com o BNDES), um número já não muito consistente com a classificação de risco soberano do país. Os especialistas preferem olhar para a dívida bruta, entre outras razões, porque não há como usar os dólares das reservas para pagar a dívida interna.
Mais outro problema é que as normas internacionalmente aceitas de contabilidade indicam que a nossa dívida bruta é maior: 68% do PIB. O ministro da Fazenda insiste em discordar do FMI nesse assunto, o que é mais ou menos como uma empresa listada questionar uma diretriz internacional de contabilidade.
Sessenta e oito por cento do PIB é um número muito elevado para um país emergente, mas seria ótimo se fosse só isso. Existem muitos problemas ainda não contabilizados. Um exemplo: numa empresa mista como a Petrobras, se o acionista controlador pratica populismo tarifário, não deveria indenizar a empresa, como era feito no passado através da chamada “conta petróleo”? A Moody’s reduziu a classificação de risco da Petrobras em razão de seu elevado endividamento, que cresceu US$ 16,6 bilhões apenas no primeiro semestre. Qual seria o saldo da “conta petróleo” hoje, caso ainda existisse?
Coisa parecida se passa no setor elétrico, onde parte significativa dos custos da “redução na conta de luz” ficou para o Tesouro. E também nos bancos públicos, toda vez que o crédito não é concedido de acordo com as melhores práticas bancárias ou os bancos são instruídos a apoiar “campeões”. Não há dúvida que os custos de muitas políticas públicas, cujo mérito sempre se pode discutir, ainda não foram contabilizados na dívida pública.
É inafastável a reflexão: são anos para consertar, bastam meses para estragar.
Mas ainda não acabou: a previdência do servidor, e algumas outras “despesas de caráter continuado”, como as da saúde, são obrigações que não reconhecemos como dívidas, contrariamente ao que fazem muitos países que capitalizam esses gastos e a eles associam reservas e ativos, às vezes dentro de fundos de pensão. Que tamanho teria a dívida pública se essas contas fossem capitalizadas? Há países à beira de um ataque de nervos com os efeitos do envelhecimento sobre os gastos de seguridade social. Não é o nosso caso, pois uma bomba a uma década de distância é como se não existisse.
A conclusão escapista habitual diante de uma “dívida impagável” é que o problema não é nosso, mas do credor. Porém, nesse caso, o assunto é mais complexo: credor e devedor são a mesma pessoa.
“http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2013/11/ponto-comercial-bom-e-barato-e-desafio-para-pequenos-empresarios.html
Providência essencial: criar uma regra para o avanço do gasto público que, durante uma década, deverá operar com expansão abaixo do PIB
PAULO RABELLO DE CASTRO
Tripé, ou a morte pela peste
Quando a peste chegou à Europa, em meados dos 1300, a regra adotada por famílias prudentes era se trancar dentro de casa, evitando contato com pessoas de fora.
Embora essa regra de contato mínimo não fosse exatamente equivocada, a morte estava nos detalhes e passava pelos buracos das paredes: a doença vinha pelas pulgas, trazidas por ratos negros que perambulavam por cima dos mortos. Cruel ignorância. A humanidade foi quase dizimada antes de entender como a doença de fato se transmitia.
Esse tipo de aprendizado é o que estamos tentando fazer, sem muito sucesso, há mais de 30 anos.
Outro tipo de peste, econômica, destroça nossa capacidade de crescer. Perdemos duas décadas, entre os 1980 e 1990, tentando entender por que o milagre havia acabado. Estancamos, com um crescimento na faixa de 2,5% por ano.
Melhoramos quando adotamos o “tripé” em 1999. A fórmula dizia (1) faça saldo fiscal primário para cobrir boa parte dos juros da sua dívida, (2) crie metas de inflação, impondo juros punitivos até que os preços se acalmem e (3) pare de manietar a taxa de câmbio para os setores mais competitivos poderem florescer.
Deu certo. Com a forte ajuda de Alan Greenspan e dos chineses, veio uma onda enorme que nos surfou até a praia da prosperidade aparente. O dono da prancha atendia pelo nome de Lula da Silva. Não percebemos, na euforia de pobre, que continuávamos mirrados, crescendo abaixo do potencial.
A peste da estagnação parecia afastada, pois voltamos a crescer quase 4% em média. Alguns órgãos, como FMI, até anteviram que nosso potencial de crescimento havia se elevado. Erro parecido com o dos médicos durante a peste europeia.
Outro “surto” de estagnação voltou e encabulou Dilma e sua equipe. O FMI também disse que não somos mais o país dos 4%. E daí?
Os médicos da peste bubônica logo reapareceram, brandindo a regra do tripé. Candidatos ao Planalto também juram que a adotarão. Raras são as vozes, como a daFolha em editorial (“Além do tripé”, 23/10), que deixam registrada sua desconfiança na poção mágica.
Por que não funciona o tripé? O problema, mais uma vez, reside nos detalhes. O comando de se fazer superavit fiscal primário todos os anos só seria bom se a despesa pública não superasse continuamente o avanço do PIB, como hoje no Brasil. Uma economia com amplo gasto de governo e setor privado estancado tem sempre desequilíbrio de oferta, com mais propensão à inflação.
Vem o segundo comando do tripé: tome bastante juro, cinco vezes ao dia, em doses cavalares, até a inflação “voltar ao centro da meta”. O gasto público com juros ficará catastrófico, gerando esforço de mais superavit primário. E de mais carga tributária, claro.
Enquanto isso, com câmbio flutuante e juros altos, jorram dólares para aproveitar o juro brasileiro, e o real se aprecia. Afunda a indústria. Financia os passeios para a Disney. E “la nave va”. A regra do tripé passa a ser venenosa. O tripé não pode ser administrado por quem não sabe que os ratos entram pelas frestas.
Providência essencial: criar uma regra para o avanço do gasto público que, durante uma década, deverá operar com expansão abaixo do PIB que o financia. O crescimento anual do gasto corrente não pode ultrapassar metade do avanço do PIB. Não será doloroso, pois o PIB avançará mais rápido do que hoje e, portanto, metade de mais pode vir a ser maior do que o dobro de menos.
Este ano, temos o gasto público atropelando a 6% ao ano em termos reais, numa economia mirrada que não chega a 3%. Menor pressão de gastos quer dizer menos dívida, menos juros, mais eficiência, mais abertura externa, mais país para todos. Menos ratos, menos peste. Prosperidade real.
Providência suplementar: arrume gatos. Leiamos o que diz o artigo 67 da Lei de Responsabilidade Fiscal. O legislador nos deixou aí a chave para o controle definitivo da peste. A chave do enigma está na nossa frente, nas mãos dos homens que, em Brasília, brincam de gato e rato.
PAULO RABELLO DE CASTRO, 64, é doutor em economia pela Universidade de Chicago e coordenador do Movimento Brasil Eficiente
Mais um capítulo da novela das poupanças.
‘http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1375767-decisao-sobre-correcao-de-poupancas-pode-ficar-para-o-ano-que-vem.shtml
Depósitos em porão são vendidos como moradia por R$ 300 mil em Copacabana – O Globo
Fonte: “http://oglobo.globo.com/rio/depositos-em-porao-sao-vendidos-como-moradia-por-300-mil-em-copacabana-10863262#ixzz2lTyhO4g8
Quer morar em Copacabana por R$ 300 mil? Se este for o seu orçamento para um imóvel, só resta adquirir um porão. No meio da suposta bolha imobiliária que parece atingir a cidade, o professor de ioga William Figueira, de 53 anos, não teve dúvidas e colocou dois depósitos no subsolo do edifício onde mora, o Dom Carlos, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana 1150, altura do Posto 6, à venda por esse preço. Conforme divulgou em anúncio no site http://www.bomnegocio.com, o espaço é até generoso — 300 metros quadrados, no total —, mas os mais altos podem ter um problema: o pé direito é de apenas 1,75m, e ainda há as tubulações do prédio.
Fora isso, não há janelas ou sistema de ventilação. Nada que uma reforma geral, afirma William, com a astúcia de um vendedor, não resolva.
— É uma oportunidade única! Nem na favela você vai encontrar algo agora por esse preço — afirma o proprietário, que anunciou o porão dentro da classificação de apartamento padrão. — Se você pegar um decorador, um arquiteto e, principalmente, um engenheiro especialista em ventilação, tem como morar lá dentro. Em Nova York, é comum morar em garagens.
Ele fez uma pesquisa de mercado para tentar chegar a um preço de venda, mas não encontrou parâmetros. A solução foi estipular um valor que, para ele, seria condizente com o ponto e a área. No edifício, de 12 andares, o valor de um imóvel ultrapassa R$ 500 mil.
Desde o dia 6 deste mês na web, o anúncio já despertou a curiosidade de algumas pessoas. Oito ligaram, mas ninguém ainda foi visitar. William diz que sua mulher se recusa a reformar o porão, o que influenciou na sua decisão de passá-lo adiante.
As fotos mostram que no local há prancha, sofá, cômoda, colchão e até planta. Segundo William, o edifício tem mais de 50 anos e que foi construído por duas famílias, sendo que cada uma ficou com um apartamento e um depósito. Há cerca de 15 anos, seu irmão comprou os espaços no subsolo. O porão é considerado uma unidade separada e paga condomínio. Mas não tem registro e quem comprar, diz William, terá de cuidar da papelada:
— Consultei uma corretora e vi que existe a possibilidade de abrir matrícula no Registro Geral de Imóveis. Mas quem comprar não vai poder registrar como imóvel residencial devido às regras de ventilação. Ele vai ser registrado como depósito e passará a pagar IPTU.
Ele dá aulas de ioga no Arpoador e tentou, em dias de chuva, usar o porão como academia. Mas, sem ventilação, não daria nem pra bikram ioga (praticada sob temperatura elevada).
A reportagem procurou a Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop), mas esta afirmou que já não havia mais técnicos para comentar o assunto.
Parece até piada…
Seguem informações do balanço da Rossi do 3T2013, com foco nos itens que tem maior relação com a bolha imobiliária (Lançamentos, Vendas, Lucro Liquido, Endividamento, Estoques e Distratos), com análises ao final:
Lançamentos: saiu de R$ 826 milhões no 3T2012 para R$ 706 milhões no 3T2013 (redução de 17%) ;
Vendas liquidas (abatidos distratos): No 3T2012, R$ 293 milhões em vendas liquidas, contra R$ 430 milhões no 3T2013 (crescimento de 47% nas vendas liquidas). As vendas brutas variaram de R$ 607 milhões para R$ 616 milhões. O crescimento relevante nas vendas liquidas se deveu quase que exclusivamente a redução relevante nos distratos, enquanto proporção das vendas brutas (detalhes abaixo) ;
Estoque total: subiu de R$ 3,39 bilhões no 2T2013 para 3,42 bilhões no 3T2013, crescimento de apenas 0,88% em R$. Este estoque equivale a 3,5 anos de vendas, com base nas vendas liquidas de distratos dos últimos 12 meses ;
Distratos: no 3T2012 distratos no valor de R$ 323 milhões, equivalente a 52% das vendas brutas. No 3T2013, os distratos foram de R$ 177 milhões, equivalentes a 29% das vendas brutas ;
Lucro Liquido: R$ 2 milhões no 3T2013 contra R$ 19 milhões no 3T2012, queda de 89,47% ;
Divida Liquida / Patrimônio Liquido (DL/PL): 124% de DL/PL, crescimento de 2,2 pontos percentuais comparado ao 2T2013. A Rossi manteve a previsão que havia revisto no 2T2013 de que irá reduzir dívida sobre patrimônio para algo entre 105% e 115% (a previsão até antes do 2T2013, era que ficasse entre 85% e 95%). Mais uma vez, a justificativa para DL/PL ter crescido ao invés de reduzir, se deve a atraso em obtenção de habite-se que por sua vez teria atrasado entradas em caixa e pagamentos de dívidas, da mesma forma que a Rossi já havia justificado no 2T2013 ;
Análise quanto a informações acima:
Vendas: as vendas brutas se mantiveram em mesmo patamar do 3T2012, a evolução das vendas liquidas foi pela redução nos distratos, conforme explicado. De qualquer forma, as vendas foram as melhores do último ano. Aparentemente, o fato da Rossi ter abandonado o segmento mais popular e focado nos mercados que ofereciam mais retorno (São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, etc.), tem surtido efeito.
Estoques: o crescimento de 0,88% dos estoques a valores de mercado, reflete o volume enorme de lançamentos até 2.011 combinado com um grande encolhimento das vendas liquidas de distratos da Rossi desde 2.012. O encolhimento das vendas liquidas de distratos se deve, primeiramente, por distratos absolutamente desproporcionais em relação ao que seria o máximo aceitável (exemplo: em 2.012, R$ 1,3 bilhões em distratos, equivalentes a 46% das vendas brutas do período), combinado com uma queda nas vendas brutas a partir de 2.012, ou seja, mesmo agora no 3T2013, quando o resultado de vendas liquidas de distratos foi o melhor dos últimos 12 meses graças em parte as promoções com descontos elevados e ainda, com relevantes reduções em lançamentos trimestre a trimestre a partir de 2.012, ainda assim, as variações de estoque a valor de mercado tem ficado muito aquém do razoável para que se retome o equilíbrio. O estoque equivalente a 3,5 anos de vendas, é o maior do segmento.
Resultados: queda relevante na comparação com mesmo período de ano anterior, apesar do crescimento nas vendas liquidas de distratos. Isto reflete a necessidade de descontos relevantes para conseguir desovar estoques e possivelmente uma estratégia de negociar reduções de preços para mitigar os distratos e não aumentar ainda mais seus absurdos estoques (exemplos: altos descontos para vendas de encalhados em Curitiba porque está abandonando o mercado de lá, renegociação com compradores do Noroeste de Brasilia oferecendo descontos não previstos durante as vendas na planta para não aumentar os distratos na entrega e promoções de Outlet Rossi, vendas on-line e outras com descontos de até 40%).
Endividamento liquido sobre patrimônio liquido: esta é a maior preocupação da Rossi e aqui, ela se encontra numa situação sem saída, pois se aumentar lançamentos, seus estoques que já são os maiores do setor tendem a crescer e isto agregará ainda mais custos durante as construções, algo que ela não poderá assimilar em sua estrutura de caixa atual, se por outro lado reduz os lançamentos, que tem sido sua estratégia nos últimos trimestres, tem que dar grandes descontos para desovar os encalhes e ao fazer isto, piora os resultados e mesmo assim, não tem conseguido reduzir os estoques e nem sequer diminuir as dívidas, pois embora tenha reduzido os distratos, os mesmo ainda tem uma representatividade elevada (no 3T2013, distratos equivaleram a 29% das vendas brutas). A Rossi já fez uma renegociação de suas dívidas corporativas com vencimento no primeiro semestre de 2.014, alongando os prazos de pagamento.
Conclusão: A Rossi continua com dívidas impagáveis e estoques insustentáveis. Ela já está se desfazendo de participação em Shopping e terrenos, com a finalidade de conseguir reduzir suas dívidas, ao mesmo tempo que faz fortes promoções para tentar reduzir o estoque encalhado e ainda, com fortes reduções em lançamentos, trimestre a trimestre, além é claro, de diversas outras ações para redução de suas despesas, renegociação de dívidas para alongar prazo de pagamento, etc. Mesmo com todas estas ações, sua relação de dívida sobre patrimônio liquido (DL/PL) é absurda para o segmento e não tem se reduzido (acima de 120% neste 3T2013, mais do que o dobro do máximo razoável para o segmento que seria 60% e ainda, considerar que temos algumas construtoras com 33% e 35% de DL/PL, como MRV e Cyrela respectivamente), seu estoque de 3,5 anos está completamente fora do que seria o adequado para o setor (Cyrela com 9 meses de estoque, Even e MRV com 12 meses, mesmo outros casos graves como Gafisa e PDG, tem 24 meses de estoque). Estas ações da Rossi deverão levar a uma redução das dívidas e estoques, mas ainda não o suficiente para garantir a continuidade dos negócios, principalmente em função do cenário econômico esperado (aumentos de juros prejudicam tanto a venda de seus imóveis quanto o pagamento de suas dívidas, além de inflação, endividamento das famílias, etc.), ou seja, ela está apenas adiando o inevitável, que é ela se tornar inviável operacionalmente, quebrando virtual ou literalmente ou sendo adquirida por concorrente (esta última alternativa é muito difícil de ser operacionalizada, pelo porte de dívidas e estoques, além é claro, do próprio cenário muito negativo para segmento e expectativas para economia). DESTACO: a Rossi só chegou a esta situação, por ter mergulhado “de cabeça” no subprime brasileiro, fazendo um volume MONSTRUOSO de vendas FALSAS, ou seja, aumentando muito os lançamentos até 2.011 que eram vinculados a vendas “na planta” PARA QUEM NÃO TINHA A MENOR CONDIÇÃO DE ADQUIRIR UM FINANCIAMENTO BANCÁRIO NA ENTREGA DO IMÓVEL, mas pagava uma “parcelinha” muito baixa durante a construção (o que ajudava a destruir o caixa…) sendo que uma evidência gritante quanto a isto, são os distratos na ordem de 46% das vendas brutas em 2.012, o que é uma ABERRAÇÃO que não existe para nenhum segmento de negócio, em nenhum lugar do Mundo. ATENÇÃO: o ponto principal do subprime é o fato de serem vendas FALSAS (distratos de 46% das vendas brutas em 2.012, mesmo com reduções recentes, no 3T2013, distratos de 29% das vendas brutas), o fato de ser “na planta” é apenas o mecanismo para que não descubram rapidamente que foram vendas FALSAS (3 anos em média entre lançamento e entrega, com os atrasos recorrentes observados). Lembrando que a Rossi, não foi a única a praticar este recurso do subprime brasileiro e que temos diversas outras construtoras em situação também muito ruim quanto a endividamento e estoques, pelo mesmo motivo.
“http://mansueto.wordpress.com/2013/11/23/meu-pitaco-sobre-o-leilao-dos-aeroportos-e-os-r-208-bilhoes/
Meu pitaco sobre o leilão dos aeroportos e os R$ 20,8 bilhões
23/11/2013 por mansueto
O resultado dos leilões dos aeroportos do Galeão no Rio de Janeiro e de Confins em Minas Gerais foi muito positivo. O governo federal garantiu uma arrecadação de R$ 20,84 bilhões pelos próximos 25 a 30 anos e o valor do ágio foi de 251% acima do lance mínimo de R$ 5,9 bilhões, valor somado dos dois aeroportos.
O resultado deixou o governo feliz e com razão, pois depois de muita teimosia e de anos de relutância, o Partido dos Trabalhadores está abraçando as privatizações de portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e até terceirizando parte do planejamento do Estado, pois a elaboração de vários dos projetos do plano de concessões foi repassado para uma empresa PRIVADA, a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP). Será que o setor público não teria pessoal ou competência para fazer o planejamento? Fica a dúvida.
Em resumo, o governo e o seu partido político, o Partido dos Trabalhadores, estão de parabéns por abraçar a agenda liberal das privatizações, recomendada há mais de duas décadas pelo que ficou conhecido na literatura como Consenso de Washington. É fato que o Brasil vai melhorar com essa transformação do PT de um partido de esquerda radical para um partido social democrata. Sim, as concessões poderiam ter começado há pelo menos cinco anos, mas há um “custo de aprendizado” de um partido e de um governo que sempre demonizaram as privatizações e, agora, se agarram a elas como a última tábua de salvação para o crescimento do investimento e redução do custo Brasil.
Do ponto de vista fiscal, no entanto, me desculpem mas não há quase nada para comemorar em relação ao ágio de quase 300%. Primeiro, o valor total arrecadado de R$ 20,84 bilhões ingressará nos cofres públicos ao longo de mais de duas décadas, ou seja, o ingresso dos recursos seria de menos de R$ 2 bilhões ao ano, contribuindo para o aumento do primário em 0,05% ao ano.
Segundo, o ingresso líquido para o setor público não serão os quase R$ 2 bilhões mencionados acima. A Infraero tem 49% dessas concessões e precisará arcar com parcela dos investimentos e, logo, o governo federal terá que fazer subsequentes capitalizações desta empresa ao longo dos próximos anos. Isso é despesa primária na veia e, assim, contribui para a queda do resultado primário. Não sei estimar ainda quanto será essa conta, mas não é pequena.
Terceiro, essa receita extra com as concessões será mais do que anulada com programas novos do governo de custo elevado que não existiam antes. Querem exemplos? Vamos lá. O Minha Casa Minha Vida (MCMV), por exemplo, é um programa cujo impacto na despesa primária está por volta de R$ 12 bilhões ao ano. Seria até maior, mas o FGTS tem bancado entre R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões do subsídio do programa nos últimos dois anos. E, neste ano, o gasto do governo federal para bancar a redução da conta de energia e a desoneração parcial da folha de salários significará uma despesa extra de, no mínimo, uns R$ 15 bilhões.
Assim, se somarmos o MCMV com as transferências do Tesouro à conta de desenvolvimento energético (CDE) e a compensação ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social temos uma despesa extra que deve passar de R$ 30 bilhões este ano e que antes não existia. Mesmo que todo o dinheiro da concessão dos aeroportos fosse transformado em receita hoje para o governo junto com a receita do campo de Libra essa montanha de recursos mal daria para bancar a conta, em 2013, dos três programas referidos acima: (i) MCMV; (ii) transferências ao CDE, e (iii) transferências ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social.
Assim, vamos comemorar sim a privatização dos aeroportos, uma medida liberal abraçada pelo mais novo partido social democrata do Brasil. Do ponto de vista fiscal, no entanto, não há concessão que dê jeito ao forte aumento do gasto público frente ao baixo crescimento do PIB que ocorrerá ao longo do governo Dilma. Os quase R$ 36 bilhões da receita de outorga do campo de Libra e dos aeroportos não cobrem nem mesmo a nova emissão de dívida que o governo fará para, mais uma vez, emprestar recursos para o BNDES para emprestar para as próprias empresas que pagarão ao governo por essas concessões. Assim, do ponto de vista fiscal, não há muito o que comemorar. Infelizmente.
Análise: Modelo de crescimento está se esgotando
22 de novembro de 2013 | 2h 14
Rodrigo Leandro de Moura* – O Estado de S.Paulo
“http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,analise-modelo-de-crescimento-esta-se-esgotando-,1099363,0.htm
Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE confirmaram dois aspectos aparentemente antagônicos: a taxa de desemprego registrou seu menor nível para outubro, enquanto a renda do trabalho apresentou (e vem apresentando) um crescimento muito próximo da época da crise de 2009.
Pelo lado do emprego, nota-se que a População Economicamente Ativa está “andando de lado” desde julho. Isso se reflete na menor geração de postos de trabalho, visto que o total de pessoas que procuram emprego vem caindo. Esse resultado se agrava pelo fato de que reduções significativas da taxa de desemprego nos próximos meses são improváveis, pelo fato de o mercado de trabalho estar (próximo) do pleno emprego. A menor participação atual e futura no mercado de trabalho é explicada pelo outro aspecto citado inicialmente: o menor crescimento dos rendimentos. Ou seja, com a renda crescendo menos, as pessoas tendem a responder participando menos do mercado de trabalho.
Por sua vez, esse menor crescimento da renda pode ser oriundo das menores margens de lucro das empresas ao longo dos últimos anos, por sua vez, decorrente das fortes elevações do custo laboral e estagnação da produtividade. Isso se reflete em um menor crescimento do consumo. Logo, esses resultados mostram que o atual modelo de crescimento econômico baseado em elevações dos rendimentos e do consumo está se esgotando, o que prosseguirá caso a produtividade do trabalho não volte a crescer.
* Pesquisador do IBRE/FGV
ECONOMIA – Números da economia mostram que o desgoverno de Dilma Rousseff está perdido e mente cada vez mais
“http://ucho.info/numeros-da-economia-mostram-que-o-desgoverno-de-dilma-rousseff-esta-perdido-e-mente-cada-vez-mais
“Para provar que os palacianos continuam enganando a opinião pública, os números da economia são implacáveis. De toda a população brasileira, 60% recebem décimo terceiro salário, através de empregos formais ou de pensões e aposentadorias. Desse contingente, 65% decidiram que usaram o chamado abono natalino para quitar dívidas, resultado da burra política do governo de expandir o consumo a qualquer preço.
Tal cenário comprometerá as vendas de final de ano, uma vez que boa parte do volume de dinheiro existente no mercado servirá como tábua de salvação dos inadimplentes. A situação piora sobremaneira quando considerado o fato de que 40% da população gastarão menos neste ano com as compras do Natal do que no ano passado. Apenas 11% pretendem gastar mais do que no ano anterior.”
22/11/2013 – 17h30
Ministério Público pedirá sequestro de flats vendidos a auditores
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE SÃO PAULO
Ouvir o texto
O Ministério Público vai solicitar à Justiça entre hoje e segunda-feira o sequestro de três flats vendidos para três auditores fiscais investigados por participação na máfia do ISS. A medida visa recuperar parte do dinheiro desviado no esquema.
Os imóveis foram vendidos por Marco Aurélio Garcia –irmão de Rodrigo Garcia, ex-secretário da gestão Kassab (PSD) e atual secretário de Desenvolvimento da gestão Geraldo Alckmin (PSDB)– aos auditores Ronílson Rodrigues, Eduardo Barcellos e Fabio Remesso.
Promotoria vai investigar se irmão de ex-aliado de Kassab ‘lavava’ dinheiro de máfia
Rodrigo Garcia esclarece reportagem sobre a máfia do ISS
Como as transações não foram registradas em cartório, Garcia passou a ser investigado por suspeita de lavagem de dinheiro do grupo de auditores. A informação foi divulgada ontem pelo promotor Rodrigo Bodini.
As ligações de Garcia com o grupo surgiram depois que o Ministério Público apontou que ele era o locatário do escritório no centro de São Paulo onde os auditores se reuniam para discutir negócios. Ele afirma que havia emprestado o imóvel a Ronílson Bezerra Rodrigues, apontado como um dos líderes da suposta quadrilha.
No escritório, o Ministério Público ainda apreendeu R$ 88 mil em dinheiro e até hoje ninguém assumiu ser dono da quantia, nem Garcia nem Ronilson.
Os advogados de Ronilson e Garcia negaram que eles sejam donos do dinheiro.
A Folha já havia revelado que Garcia confirmou ter feito a venda de um flat a Ronilson por “contrato de gaveta” –acordo entre as partes sem formalização oficial da transação. O mesmo ocorreu com os outros dois imóveis.
Bodini disse que a venda não teve registro porque o dinheiro tem origem ilegal.
O Ministério Público reuniu como prova da compra o contrato de gaveta em nome de Ronilson, que foi apreendido no dia 30 de outubro. E ainda obteve de Barcellos a confissão da compra. Além disso, uma testemunha informou que o terceiro flat foi adquirido por Remesso.
Ontem, o promotor disse que foi apreendido um extrato bancário de Ronilson que comprova que ele enviou R$ 389 mil para a conta de uma empresa que tem Marco Garcia como sócio.
“Há elementos de lavagem de dinheiro por parte de Marco Aurélio Garcia. Ele comprou os imóveis e os alienou aos auditores, que esconderam patrimônio através da compra desses imóveis.”
OUTRO LADO
O advogado de Garcia, Rogério Cury, diz que seu cliente “não é beneficiário, intermediário ou sequer tem envolvimento com o esquema de corrupção envolvendo” a Máfia do ISS. Cury, em nota, nega que Garcia tenha mantido “relacionamento próximo, de amizade íntima” ou sociedade com Ronilson.
Segundo Cury, ele somente emprestou a sala usada como escritório pelo grupo e [SIC]
“http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/11/1375251-ministerio-publico-pedira-sequestro-de-flats-vendidos-a-auditores.shtml
Juro deve ir a 10% sem aliviar inflação
A taxa Selic vai romper a barreira dos dois dígitos na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e continuará subindo no início de 2014. Essa é a visão da maioria dos economistas ouvidos pelo Valor. É consenso entre os 42 entrevistados que a taxa alcançará 10% na semana que vem. Desses, 38 esperam que o juro suba ainda mais, sendo que a maioria das projeções (24) está distribuída entre 10,25% e 11%.
O que parece consenso também entre os analistas entrevistados é que o aperto monetário vislumbrado será insuficiente para trazer a inflação para a meta – quadro que fica ainda mais nebuloso diante da deterioração da situação fiscal do país.
(…)
“http://www.valor.com.br/financas/3347284/juro-deve-ir-10-sem-aliviar-inflacao#ixzz2lP0QgMop
Rombo nas contas externas sobe 70% e soma US$ 67,5 bi no ano.
Valor representa 3,67% do PIB e é o maior porcentual registrado em 10 anos.
“http://veja.abril.com.br/noticia/economia/rombo-nas-contas-externas-sobe-70-e-soma-us-675-bi-no-ano
Artigo muito interessante…
Bloomberg revela fim da lua de mel dos investidores com o Brasil
22/11/2013
Os investidores nunca foram tão pessimistas em relação às políticas da presidente Dilma Rousseff: apenas 10% dos entrevistados pela Pesquisa Global Bloomberg dizem que o país será capaz de evitar um corte na nota de crédito no próximo ano.
Dos consultados, 51% se dizem pessimistas em relação às políticas de Dilma, em comparação com 22% quando ela tomou posse em janeiro de 2011, segundo pesquisa feita com 750 analistas, investidores e operadores que são assinantes da Bloomberg. O segundo maior mercado emergente do mundo oferecerá uma das piores oportunidades ao longo do próximo ano em relação a EUA, Reino Unido, União Europeia, Japão, Índia, Rússia e China, dizem os consultados.
O governo está se esforçando para reativar a economia porque uma inflação acima da meta e a ampliação do déficit orçamentário vão minando a confiança de investidores e consumidores. Dilma finalizará seu primeiro mandato no ano que vem com a menor expansão do PIB em quatro anos desde 1990, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. Em junho, a Standard & Poor’s colocou a nota de crédito do Brasil em perspectiva negativa, citando o fraco crescimento.
“A confiança nas políticas de Dilma Rousseff diminui por uma série de razões. A principal delas é, talvez, a dramática desaceleração do crescimento do PIB real ao mesmo tempo em que a inflação permanece elevada”, escreveu o pesquisado James Craske, analista global de ações da Victory Capital Management em Nova York, em um e-mail em resposta a questionamentos. “Estamos underweight (abaixo da média do portfólio) sobre o Brasil no momento e provavelmente permaneceremos assim por algum tempo.”
Contas fiscais
Em 8 de novembro, na semana seguinte àquela em que o Brasil registrou seu pior déficit orçamentário desde 2009, a diretora de gestão da S&P, Regina Nunes, disse que um corte de rating do país poderia ocorrer ainda antes se suas contas fiscais piorassem. A S&P e a Moody’s Investors Service dão à dívida soberana do Brasil o segundo menor grau de investimento, BBB e Baa2 respectivamente.
O crescimento econômico desacelerou de 7,5% em 2010 para 2,7% em 2011 e para 0,9% no ano passado. O PIB aumentará 2,5% neste ano e a taxa deve desacelerar para 2,1% em 2014, conforme a estimativa média dos cerca de cem economistas consultados pelo Banco Central no boletim Focus de 14 de novembro.
Deterioração
A maior economia da América Latina está se deteriorando na opinião de 43% dos entrevistados, segundo a pesquisa feita pela Bloomberg em 19 de novembro, frente a apenas 10% que veem a economia melhorando e 27% que enxergam estabilidade.
O país provavelmente ou certamente será rebaixado nos próximos 12 meses, na opinião de 39% dos clientes da Bloomberg que participaram da pesquisa.
Os responsáveis pela política econômica elevaram a taxa Selic em 2,25 pontos porcentuais desde abril até 9,5%, o maior incremento entre as 49 principais economias do mundo acompanhadas pela Bloomberg. Embora a inflação tenha caído durante quatro meses consecutivos, ela continua acima do ponto médio da meta (4,5%) há três anos.
Apenas 22% dos pesquisados disseram que o Banco Central conseguirá levar a inflação para o centro da meta, ou abaixo disso, nos próximos 12 ou 18 meses. A meta será alcançada nos próximos dois ou três anos, de acordo com 37% dos pesquisados.
O levantamento, realizado pela Selzer Co., empresa de pesquisa de opinião pública com sede em Des Moines, Iowa, tem uma margem de erro de mais ou menos 3,6 pontos porcentuais.
08h31 : Vendas de materiais de construção no Brasil sobem em outubro
RIO DE JANEIRO (Reuters) – As vendas de materiais de construção no Brasil cresceram 3,9 por cento em outubro na comparação anual, informou a Abramat, associação que representa o setor nesta sexta-feira.
As vendas materiais básicos cresceram 2,5 por cento em outubro ano a ano, enquanto as de materiais de acabamento subiram 7,1 por cento, na mesma base de comparação.
Em relação a setembro, as vendas totais subiram 3,6 por cento. Já no acumulado do ano até outubro, houve alta de 4,2 por cento, acima da previsão para 2013 da Abramat, de crescimento 4 por cento em relação a 2012.
O nível de emprego na indústria de materiais de construção, apresentou crescimento ano a ano de 0,8 por cento em outubro. Em relação ao mês anterior, houve recuo de 0,1 por cento.
Na indústria de materiais básicos, o nível de emprego cresceu 0,5 por cento ano a ano e 0,3 por cento ante setembro. Já nos materiais de acabamento, o nível de emprego subiu 1,5 por cento no ano a ano e caiu 0,7 por cento mês a mês.
(Por Juliana Schincariol)
O recorde de lançamentos foi em 2.011. Com o volume de atrasos que temos tido, é normal observarmos uma quantidade razoável de imóveis em construção neste instante, demandando mão-de-obra e materiais e isto ainda vai ser muito visto até 2.014 (o “normal” nos últimos tempos, é que construções demorem por volta de 3 anos).
Não temos tido e não voltaremos a ter tão cedo, uma “explosão” de construções, por isto o crescimento timido mencionado na reportagem. O impulso vigoroso dos lançamentos de 2.011 tem sido compensado parcialmente pela queda brusca de lançamentos e vendas que se iniciou em 2.012 e se manteve até agora.
Na realidade, o gargalo de muitas construtoras hoje, gerando tantos atrasos nas entregas, não é relacionado a sobrecarga, a causa real é a falta de dinheiro em caixa para ir tocando as obras…
Agora, imagine quando chegarmos em 2.015: se a bolha não estiver com sua explosão mais visível até lá, com a queda enorme que terão na construção civil (redução drástica das construções, pois já terão sido entregues os imóveis do “boom” de 2.011), quais serão os impactos para a econômia como um todo? Só vejo uma exceção para 2.015, que são os imóveis de 1 dormitório em região central de São Paulo que tiveram explosão de vendas para investidores no 1S2013.
“Detalhe”: com tantas construtoras virtualmente quebradas, a prevista retirada de QE dos EUA, tantos outros indicadores ruins em nossa Economia, creio que a derrocada será puxada muito antes por um ou mais destes fatores e não pela queda natural nas construções. O engraçado é que são tantas possibilidades para gerar um “despair” que fica até difícil elencar, sendo que é muito improvável que o “despair” deixe de ocorrer e apesar disto, ainda temos “investidores” incautos entrando nesta pirâmide e comprando imóveis na planta… Lembra Telexfree, OGX e tantas outras arapucas…
Me parece que povo investidor gosta mesmo de fortes emoções!
Fortes emoções ou suicídio? Veja os 3 próximos comentários…
Como eu disse antes, pode acontecer tanta coisa, até algumas que a gente nem imaginava há pouco tempo atrás…
Decisão pró-poupadores reduziria crédito em R$ 1 trilhão, diz BC
Por Maíra Magro | Valor
BRASÍLIA – O procurador-geral do Banco Central (BC), Isaac Ferreira, disse nesta sexta-feira que uma eventual decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) favorável a poupadores, nas ações que discutem eventuais expurgos inflacionários dos planos econômicos, teria como impacto uma retração de crédito da ordem de R$ 1 trilhão.
O julgamento dessas ações no STF está marcado para 27 de novembro.
(…)
“Como impacto, significa reduzir um quarto do capital do sistema financeiro nacional”, disse Ferreira. “Significa uma retração de crédito da ordem de R$ 1 trilhão”, acrescentou, atribuindo a situação à consequente diminuição da alavancagem dessas instituições.
De acordo com ele, um resultado desfavorável às instituições financeiras significaria também uma “afetação do ponto de vista do crédito e geração de emprego e renda”.
O procurador do BC insistiu, porém, que “não há qualquer risco de quebra do sistema financeiro nacional”.
“O sistema financeiro nacional é saudável, provisionado, não há qualquer preocupação com quebra”, disse o procurador do BC.
Enxugar a liquidez do sistema financeiro como fez Collor de Mello com a Zélia Cardoso, medidas desesperadas para segurar inflação, concorda?
Creio que na atual conjuntura, refrearia a inflação, temporariamente, uma vez que os principais combustíveis para inflação, o crédito irresponsável para o consumo e os gastos públicos descontrolados e maquiados, seriam refreados bruscamente, por outro lado, a crise seria inevitável, a não ser que o dinheiro recebido pelos poupadores fosse redirecionado em grande parte para o consumo, mas isto é improvável.
O Governo está desesperado e tentando convencer o supremo de que se cederem será uma catástrofe para a economia (de cara, explodiria a bolha imobiliária, mas claro que eles não podem falar isto…).
Uma ocorrência destas, acabaria com as chances de reeleição da presidenta, pois com o enxugamento de crédito, toda a irresponsabilidade fiscal será coibida e pior, a medida beneficiaria os poupadores e não aqueles que gastam muito mais do que tem e estes últimos são mais de 90% dos eleitores do PT!
De qualquer forma, se algo assim acontecesse, seria uma boa desculpa para o Governo e construtoras dizerem que não havia bolha, mas foi uma medida extrema e imprevista que levou a uma queda ainda maior nas vendas…
Acho muito difícil do Supremo aprovar uma medida radical, é possível que criem uma solução de meio termo, parcelando o pagamento ou ainda, que adiem a decisão ou simplesmente rejeitem, mas aprovar para execução imediata e integral, considero pouco provável, a conferir.
Certo, entendido!
Tks!
Governo estuda “tamanho do desafio” em próxima fase do Minha Casa, Minha Vida, diz Dilma
“http://br.noticias.yahoo.com/governo-estuda-tamanho-desafio-em-pr%C3%B3xima-fase-minha-092313767.html
Na realidade, a mensuração dos preços no Brasil está amplamente disponível para quem quiser ver, só que a imprensa lamentavelmente se encarrega de divulgar apenas o valor final ponderado.
Explico melhor: a inflação dos bens não-comercializáveis (que não sofrem concorrência de importados), dos bens não-duráveis e dos serviços está em níveis extremamente incômodos, como há muito não se via. E isso de fato está sendo mostrado pelas estatísticas individuais do IBGE. Só que como o instituto só divulga para a imprensa o valor ponderado de cada item. E como o peso dado aos preços que são controlados pelo governo é relativamente alto, o número final da inflação total acaba sendo maquiado.
Por exemplo, a inflação acumulada em 12 meses para os bens não-comercializáveis está acima de 8,20% (com picos de 9,70%); a dos bens não-duráveis apresenta picos de incríveis 13,22%, e a dos serviços está atualmente em 8,73% (veja ambas aqui).
São esses os preços que você sente diariamente.
No entanto, o IBGE atribui pesos distintos a eles, o que faz com que o valor final da inflação de preços total não seja tão grande quanto este que você sente. Adicionalmente, o peso dado aos preços monitorados pelo governo (serviços públicos e residenciais, transporte público, combustíveis, plano de saúde, pedágio, licenciamento) é relativamente alto, e como estes preços estão sendo mantidos artificialmente baixos, o valor final da inflação de preços acaba sendo mascarado.
Fonte Instituto Von Mises.
“http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1740&comments=true
Artigo sobre o aumento da TR que torna mais caro o financiamento imobiliário (alertando sobre aquele “papinho furado” das prestações decrescentes, que conforme evoluir a TR, poderão se tornar crescentes, embora não chegue a explicar este ponto…)
“http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2013/11/21/internas_economia,472211/prestacao-da-casa-propria-fica-mais-cara.shtml
Líderes da Câmara e do Senado assinam pacto pela responsabilidade fiscal
Valter Campanato – Agencia Brasil
“http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/457444-LIDERES-DA-CAMARA-E-DO-SENADO-ASSINAM-PACTO-PELA-RESPONSABILIDADE-FISCAL.html
“Reunião da presidente Dilma Rousseff com o Conselho Político.
Líderes da base governista na Câmara e no Senado assinaram nesta terça-feira (19) um pacto pela responsabilidade fiscal durante a reunião do Conselho Político no Palácio do Planalto. O documento foi distribuído pelo líder do governo no Senado, senador José Pimentel (PT-CE).
O documento diz que os líderes decidiram não apoiar matérias que impliquem, neste momento, aumento de gastos ou redução de receita orçamentária.”
“http://ricardogallo.ig.com.br/index.php/2013/11/20/bancos-publicos-tapando-os-buracos-nas-contas-publicas/
“Logo, as contas públicas precisarão ser equacionadas, e isto passará por aumento de carga tributária , a continuar o modelo atual de gestão.
Preparem-se para o Impostaço que vem por aí em 2015. Comecem a guardar dinheiro para não levar outro susto, como o do esquartejamento via IPTU, que aconteceu em Sampa.”
A teoria austríaca, a bolha e a bolsa
Alguns economistas acreditam que a liquidez abundante e os juros baixos patrocinados pelos bancos centrais têm gerado uma bolha na qual o preço dos ativos passam a não refletir seus fundamentos econômicos. Embora essa tese não possa ser descartada, há indicadores que afastam essa conclusão.
“http://www.valor.com.br/valor-investe/o-estrategista/3343020/teoria-austriaca-bolha-e-bolsa
Folha: Lançamentos e vendas despencaram em 2013, confirma Secovi:
“http://observadordomercado.blogspot.com.br/2013/11/folha-lancamentos-e-vendas-despencaram.html?spref=tw
Abaixo, “investidores” comprando imóveis encalhados com “descontinho” de 40%…
“http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1372694-investidor-barganha-imoveis-encalhados.shtml
Kkkkkkkkkk, e ainda tá caro!!!
Na câmara dos deputados hoje, puxão de orelha do Gerdau e da FIESP….
“http://www2.camara.gov.br/camaranoticias/noticias/ECONOMIA/457506-GERDAU-CRITICA-TAMANHO-DO-ESTADO-E-DEFENDE-ORTODOXIA-ECONOMICA.html
e
“http://www2.camara.gov.br/camaranoticias/noticias/RELACOES-EXTERIORES/457505-MERCOSUL-ESTA-PARALISADO-E-PRECISA-SER-REVISTO,-DIZ-FIESP.html
ESTE ARTIGO É EXCELENTE, RECOMENDO LEITURA NA ÍNTEGRA!!!
OBSERVAR:
1) Super-estoque em Curitiba ;
2) Construtoras oferecendo grandes descontos, “investidor” que comprou “na planta” fica só com o prejuízo e construtoras não estão “nem aí” ;
3) As grandes construtoras, saindo de fininho após terem alimentado a bolha em várias localidades diferentes, Curitiba é só um “exemplo”…
Gigantes do setor saem de fininho – Gazeta do Povo
Fonte: “http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1426349&tit=Gigantes-do-setor-saem-de-fininho
Depois de chegarem a Curitiba e praticamente dobrarem o número de lançamentos por ano, as principais construtoras do país estão reduzindo drasticamente o número de novos empreendimentos ou até mesmo encerrando suas atividades na cidade. A saída é marcada por uma onda de feirões e liquidações do estoque existente, com descontos de até um terço do valor original do imóvel.
A debandada atinge principalmente as gigantes de capital aberto do ramo, que realizaram seus planos de expansão pelo país em 2009 e agora recuam com a desaceleração do mercado imobiliário de baixa renda. “O mercado imobiliário voltou a sua origem. Reelegeu os empreendimentos de média e alta renda como foco principal dos seus negócios, sobretudo em São Paulo, saindo de outros mercados que tiveram muito mais lançamentos do que a cidade era capaz de absorver”, afirma o professor do núcleo de Real Estate da USP, Cláudio Tavares Alencar. Curitiba é um exemplo disso. A Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR) estima que 11 mil unidades estejam nas mãos das incorporadoras e construtoras, enquanto a demanda não passa de 6 mil.
Em seus relatórios para os investidores, as empresas admitem a desaceleração e saída de alguns mercados. Entre elas, a Tenda não tem previsão de lançamentos em Curitiba – em São Paulo, o ano da construtora foi marcado pela retomada de novos negócios. A PDG, que lançou 40% menos em todo o Brasil no ano, suspendeu dois de seus plantões de venda na cidade. A Rossi, que chegou a Curitiba na mesma época, conta com um lançamento em aberto desde o primeiro semestre e outro, de alto padrão, previsto para 2014. De acordo com o seu último balanço, a empresa planeja focar seus próximos empreendimentos em São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. “É natural que, depois de todas as empresas aproveitarem a demanda reprimida por imóveis por alguns anos, elas voltem para seus mercados e seus nichos de atuação tradicionais”, explica o diretor da Hafil Inc, Caio Napoli.
Feirões
Para limpar o estoque alto de empreendimentos prontos, essas construtoras estão apostando em feirões, com descontos de até 35% e condições como entrada de apenas 10%. “São condições únicas, feitas para limpar o grande estoque de imóveis prontos”, admite o gestor executivo regional da MRV, que oferece descontos de mais de R$ 30 mil em suas unidades prontas, Igor Torquin. Para ele, as empresas estão tentando levantar o máximo de capital antes de pararem de atuar por aqui. Segundo ele, porém esse não é o caso da MRV. A construtora mineira continuará no mercado local, com previsão de 6 mil lançamentos na região metropolitana em 2014.
Queima prejudica imagem do setor
Se as queimas de estoque de imóveis são boas para quem procura unidades prontas, elas não são tão saudáveis assim para as construtoras e incorporadoras que mantém suas atividades na cidade. De acordo com empresários do setor, as novas negociações estão mais difíceis. “O cliente abre uma compra perguntando pelo desconto”, afirma o diretor da Hafil Inc, Caio Napoli. “No entanto, estas condições se aplicam a uma situação pontual de liquidação e não deve ser regra no mercado, principalmente nos lançamentos”, completa.
Os preços baixos também podem ser prejudiciais para as próprias construtoras que realizam os feirões. “Existe um problema de imagem. Quem compra na planta ou com o empreendimento em obras acaba se sentindo prejudicado”, salienta o consultor de mercado imobiliário Ricardo Reis. “É mais uma marca de que as empresas não estão dispostas a lançar novas unidades na cidade. Elas preferem se livrar de um passivo do que manter um bom relacionamento com seus clientes”, explica.
Plano de ação
Confira as condições e as estratégias das grandes construtoras daqui para frente:
Rossi
A construtora paulista liquidou seus imóveis prontos em um outlet pela internet, com descontos que chegavam a 35% do preço original. A empresa afirma que vendeu 100% do ofertou na promoção. De acordo com seu balanço para acionistas, na comparação do 2º trimestre 2013 com o mesmo período de 2012, a Rossi teve reduziu em 72% seus lançamentos pelo Brasil e pretende retomar a disciplina financeira focando nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro.
PDG
Boa parte de seu estoque na cidade está com descontos de até R$ 50 mil. Também oferece condições especiais que chegam a 10% de entrada e seis meses de condomínio pago. De abril a julho deste ano lançou 38% menos que no mesmo período de 2012. Segundo seus balanços, suspendeu dois plantões em Curitiba e cancelou 24 empreendimentos que se mostravam inviáveis financeiramente pelo Brasil.
MRV
Realizou um feirão com até 20% de desconto em 350 unidades em Curitiba e região metropolitana. Conta com um lançamento ainda para 2013.
Tenda
A construtora popular do grupo Gafisa liquidou 190 imóveis na cidade. Quem fechasse negócio também podia ganhar um kit de linha branca (fogão, geladeira e máquina de lavar roupas). O ritmo dos lançamentos diminuiu já em 2012 e se manteve neste ano. Atualmente não tem nenhum lançamento em aberto para Curitiba.
Tem certos números, ligados ao segmento imobiliário, que de fato, não param de crescer…
“http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/11/20/prefeitura-de-sp-cobrar-explicacoes-de-60-construtoras.htm
Seguem informações do balanço da Cyrela do 3T2013, com foco nos itens que tem maior relação com a bolha imobiliária (Lançamentos, Vendas, Lucro Liquido, Endividamento, Estoques e Distratos), com análises ao final:
Lançamentos: 2.416 unidades lançadas no 3T2013, contra 5.046 no 3T2012. Queda de 52,1% ;
Vendas (liquidas de distratos): no 3T2013, R$ 1,03 bilhões de vendas, correspondente a 3.308 unidades vendidas. No 3T2012, R$ 1,28 bilhões em vendas correspondentes a 5.470 unidades vendidas. Queda nas vendas foi de 39,5% em unidades e 20,1% em R$ ;
Estoque total: R$ 4,89 bilhões em estoque a valor de mercado, equivalente a 9 meses de vendas (assumindo a média mensal dos últimos 9 meses de 2.103, com base no valor liquido de distratos). Aumento de 1,96% no estoque a valor de mercado, do 2T2013 p/ 3T2013 ;
Distratos: a Cyrela omite esta informação, assim como grande parte das construtoras ;
Lucro Liquido: R$ 175 milhões de lucro liquido no 3T2013, 16,1% superior ao 3T2012 ;
Divida Liquida / Patrimônio Liquido: 35% ;
Análise quanto a informações acima:
Lançamentos e vendas: a queda de 52,1% nos lançamentos reflete principalmente a falta de confiança no mercado imobiliário, aliada a visão, clara para todos, dos super-estoques espalhados pelo Brasil, uma vez que o estoque da Cyrela em si é um dos menores do segmento e se ela tivesse confiança no mercado, poderia ter aumentado os lançamentos ao invés de reduzi-los pela metade como fez. Quanto às vendas, a queda de 39,5% em unidades reflete a redução dos lançamentos, pois é muito mais fácil vender lançamentos do que o estoque encalhado, até porque muitas vendas na planta no mercado imobiliário são falsas, para clientes que não terão condição de adquirir crédito imobiliário e outra parte relevante, é para os “investidores” (sendo que muitas vezes são os próprios investidores que fazem distratos na entrega do imóvel). A estratégia da Cyrela quanto a lançamentos e vendas é, no mínimo, confusa, pois no 1T2013 focou no segmento popular que representou 67% das vendas em unidades (quase tudo de uma venda muito estranha no interior de SP de um MCMV com mais de 2.000 unidades, vendidas todas no trimestre do lançamento e que nem as filiais da Cyrela conheciam o empreendimento…) e depois reverteu isto por completo, diminuindo bastante a participação neste segmento (?), sem contar que chegou a ter crescimento de lançamentos de mais de 70% em um trimestre, para depois apresentar queda de 50% em outro trimestre, tudo muito inconsistente… Devido a toda esta inconsistência, não seria de surpreender se a Cyrela aumentasse lançamentos no 4T2013, para tentar encobrir os distratos que ela omite com novas vendas falsas, para tentar gerar aumento de vendas e otimismo que infle preço de Ações ou uma combinação destes ;
Estoques: o estoque equivalente a 9 meses de vendas é um dos menores do mercado dentro da situação atual, lembrando que hoje temos super-estoques em todo o País (contando com o que está com investidor para revenda e usados) e algumas construtoras com mais de 2 anos em estoques. No entanto, devemos atentar que parte das vendas da Cyrela neste ano, no 1T2013 e no interior de SP em especial, foram no mínimo suspeitas e talvez, considerando dados mais reais, o estoque em termos de número de meses de vendas possa ser maior, mesmo assim, ainda estando entre os menores do segmento.
Resultado: se manteve positivo. Fica a grande dúvida quanto à sua manutenção no futuro, uma vez que a Cyrela tem apresentado uma estratégia inconsistente quanto a lançamentos e vendas, omite o volume de distratos que tem tido, apresenta dados pouco confiáveis (no 1T2013, empreendimento no interior de SP) e ela mesma admite em seu press release do 3T2013 que talvez tenha piora em sua velocidade de vendas no 4T2013, devido ainda a “safras problemáticas” (este é o apelido dado pelas construtoras as vendas falsas que elas fizeram no passado para clientes que não terão condições de adquirir crédito bancário e que se transformarão em distratos no ato da entrega do imóvel, o subprime brasileiro que SIMULOU um crescimento FICTÍCIO de vendas que atraiu especuladores, turbinando preços ARTIFICIALMENTE) ;
Dívida liquida sobre patrimônio liquido: a Cyrela tem um dos menores percentuais entre as construtoras que divulgam este indicador (aquelas com Ações na BOVESPA), muito próximo do percentual da MRV, por exemplo. Por enquanto, encontra-se em posição confortável, mas esta situação tem mesmos riscos mencionados no item anterior ;
Conclusão: a Cyrela tem uma estratégia inconsistente quanto a mix de produtos e lançamentos, tendo lançado MCMV representando 67% do seu mix no 1T2013 e depois praticamente abandonado este segmento nos outros trimestres, chegando a crescer mais de 70% nos lançamentos em trimestre anterior, para depois cair mais de 50% neste 3T2013. Neste 3T2013, ela enfrentou redução relevante de vendas, em especial devido à redução pela metade dos lançamentos, provavelmente combinado com distratos, que ela insiste em omitir. A própria Cyrela prevê que o 4T2013 terá velocidade de vendas menor em virtude das “safras problemáticas” (subprime brasileiro gerando distratos) e sabendo do cenário econômico atual e previsto para o curto prazo, as expectativas para Cyrela, assim como para demais do segmento, não são positivas. Como a Cyrela é um referencial no segmento e tem este comportamento inconstante quanto a lançamentos (ora sobe mais de 70%, ora cai mais de 50%), é impossível prever como se comportará no 4T2013. Pode até acontecer dela aumentar lançamentos para encobrir os distratos oriundos do subprime brasileiro ou que, mais conservadoramente, ela volte a reduzir os lançamentos. Isto também depende de até que ponto conseguirá atrair “investidores” para transferir seus estoques para estes, uma tarefa que deve estar ficando cada vez mais difícil conforme a bolha imobiliária se torna óbvia para um maior número de pessoas.
Profeta da bolha imobiliária, Robert Shiller dará curso de graça pela web
“http://economia.ig.com.br/2013-11-20/profeta-da-bolha-imobiliaria-robert-shiller-dara-curso-de-graca-pela-web.html
Seguem informações do balanço da MRV do 3T2013, com foco nos itens que tem maior relação com a bolha imobiliária (Lançamentos, Vendas, Lucro Liquido, Endividamento, Estoques e Distratos), com análises ao final:
Lançamentos: 5.501 unidades lançadas no 3T2013, contra 9.418 no 3T2012. Queda de 41,6% ;
Vendas brutas: No 3T2013, R$ 1,39 bilhões de vendas, correspondente a 10.250 unidades vendidas. No 3T2012, R$ 1,03 bilhões em vendas brutas correspondentes a 8.824 unidades vendidas. Infelizmente, a MRV, como a maioria das construtoras, omitia a informação sobre distratos no 3T2012. Se considerarmos somente vendas brutas, crescimento nas vendas foi de 16,2% em unidades e 35,2% em R$ ;
Estoque total: R$ 4,08 bilhões em estoque a valor de mercado, equivalente a 12 meses de vendas (assumindo a média mensal dos últimos 9 meses de 2.103, com base no valor liquido de distratos). Queda de 2,63% no estoque a valor de mercado, do 2T2013 p/ 3T2013 ;
Distratos: no 3T2013 distratos de 2.387 unidades, equivalente a 23,29% das vendas no período. Como no 3T2012 a MRV omitia os distratos, não há como acompanhar evolução. Os distratos em R$ foram informados em valores de contrato e não atualizados, por isto adotado a comparação em unidades que traz menor distorção. OBS: se mantidos os patamares até o 3T2013, expectativa é que a MRV feche o ano de 2.013 com mais de R$ 1 bilhão em distratos, em valor de contrato ;
Lucro Liquido: R$ 131 milhões de lucro liquido no 3T2013, contra lucro liquido de R$ 151 milhões no 3T2012, queda de 13,2% ;
Divida Liquida / Patrimônio Liquido: 33,8% de DL/PL ;
Análise quanto a informações acima:
Lançamentos: a queda de 41,6% nos lançamentos reflete o fato do estoque de imóveis ainda estar elevado e suas vendas sendo priorizadas pela MRV, situação comum a todas as construtoras ;
Vendas: a MRV se orgulha de não ter concorrentes no segmento popular MCMV e ao mesmo tempo, de ter 84% das vendas concentradas no MCMV. Duas questões importantes que tem sido “esquecidas” na análise de resultados da MRV: 1) os concorrentes neste segmento popular tiveram fortíssimo prejuízo, a tal ponto da Tenda ter abandonado lançamentos em 2.012, a Rossi ter desistido deste segmento e a PDG ter enfrentado distratos que foram o recorde entre as construtoras, colocando-a em péssima situação financeira, ou seja, a “herança” que a MRV “ganhou” foi pelo abandono das concorrentes por fracassos neste segmento, em especial por volumes recordes de distratos, será que expectativas seriam positivas para a MRV? Até aqui, os distratos de mais de 20% em relação ao total de vendas, embora absurdos para qualquer segmento de mercado, estão dentro do mínimo atual para construtoras ; 2) com uma participação tão concentrada em MCMV, até que ponto a MRV está faturando às custas dos 20% de inadimplência em MCMV 1 patrocinada pela CEF (vendas falsas para quem não tem condições de pagar, pago com dinheiro dos contribuintes)? Estes pontos são importantes e devem ser ressaltados: até que ponto a MRV está pedalando por conta do subprime brasileiro, ou seja, fazendo novas vendas falsas para encobrir os distratos das vendas falsas anteriores e usufruindo das doações que a CEF faz para o MCMV1 (inadimplência de 20%, maior que a do subprime americano)???
Estoques: o prazo de 12 meses é elevado, assim como para todas as construtoras, mas isto é uma característica da bolha imobiliária e a MRV ainda não está entre as recordistas, que tem tido o dobro desse estoque.
Resultado: se manteve positivo. Fica a grande dúvida quanto à consistência que poderá ter no futuro, uma vez que a MRV tem o recorde de imóveis em construção e com expectativas negativas para economia no curto prazo, a reversão poderia ocorrer rapidamente, até mesmo se tivéssemos, por exemplo, uma redução na leniência que a CEF tem demonstrado quanto a inadimplência do MCMV 1 e com isto, passássemos a ter menos vendas falsas neste segmento. Isto poderia ocorrer, por exemplo, por pressão do Mercado para que o Governo atue de forma mais responsável sob ponto de vista Fiscal (diminuiriam novos financiamentos na entrega dos imóveis de forma sensível, só a inadimplência do MCMV 1 até aqui representa mais de 50.000 imóveis, mais de 1 ano de vendas da MRV), ou mesmo por piora em indicadores econômicos com impacto direto sobre classes C e D que estão com os mais elevados níveis de endividamento ;
Dívida liquida sobre patrimônio liquido: a MRV tem um dos menores percentuais entre as construtoras que divulgam este indicador (aquelas com Ações na BOVESPA) e por enquanto, encontra-se em posição confortável, mas esta situação tem mesmos riscos mencionados no item anterior ;
Conclusão: resultados positivos, mas sob forte suspeita quanto à continuidade dos mesmos, pois são muito dependentes de MCMV (84% das vendas neste 3T2013) e se CEF for obrigada a ser mais rigorosa, reduzindo, por exemplo, a inadimplência de 20% do MCMV 1 ou sendo mais criteriosa para concessão dos demais financiamentos, em virtude de pressão do Mercado por política fiscal do Governo mais adequada, isto afetará de imediato os resultados desta empresa. Idem se tivermos uma piora na economia, que poderá ter impacto mais sensível para classes C e D que possuem os maiores índices de endividamento e que já são as mais prejudicadas pela inflação persistentemente elevada e aumentos decorrentes de juros.
“http://www1.folha.uol.com.br/colunas/raquelrolnik/2013/11/1372735-onde-morar-por-menos-de-r-500.shtml
“http://odia.ig.com.br/noticia/economia/2013-11-08/dividas-das-construtoras-alertam-para-novos-atrasos-na-entrega-de-imoveis-dis-especialista.html
SÃO PAULO – O setor da construção continua em desaceleração em 2013, segundo pesquisa feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) a pedido da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção).
Para 2013, era esperada uma retomada do setor puxada sobretudo pela infraestrutura, o que não ocorreu. Em 2012, a cadeia da construção, que inclui obras e indústria de materiais, caiu 3,1%, depois de dois anos de alta.
Só na construção, a queda do PIB (Produto Interno Bruto) setorial foi de 2,9%. Esse número, porém, ainda é preliminar e não leva em conta o resultado das empresas. O número final deve ser positivo, segundo a coordenadora da pesquisa, Ana Maria Castelo, da FGV.
Em 2013, o PIB da construção deve ter um crescimento de 2%, inferior à estimativa do PIB nacional para o ano, de 2,5%. O crescimento, mesmo fraco, será impulsionado pelo gasto das famílias (principalmente em reformas), enquanto a participação das empresas deve ser reduzida. Já em 2014, o PIB do setor deve ficar em 3%, no mesmo patamar do nacional, segundo Castelo. Até o fim do ano, os números ainda podem ser revistos.
O desempenho ruim está relacionado à dificuldade do governo em destravar os incentivos à infraestrutura, com o programa de concessões, que não deslanchou em 2013.
Já o setor imobiliário, apesar de ter surpreendido em alguns mercados, como o de São Paulo, teve quedas fortes em outros locais, como Minas Gerais e Brasília e apresentou um resultado fraco. Neste ano, o emprego no setor imobiliário caiu 1,3% até setembro.
Fim do ciclo
Segundo Castelo, o ciclo imobiliário iniciado em 2010, ano de grande crescimento, está chegando ao fim. O novo ciclo, no entanto, ainda não ganhou força. A retomada do setor deve ocorrer apenas no segundo semestre de 2014 e, mesmo assim, muito mais pulverizada. Nesse cenário, há muitas obras sendo entregues, mas poucas iniciando, afirma a pesquisadora.
Um reflexo é que a indústria de materiais de acabamento terá um faturamento 7,1% maior em 2013 do que no ano anterior, enquanto a de materiais de base (como cimento, usado nas fases iniciais da obra) crescerá apenas 2,8%. Em 2014, é esperado um crescimento de 5% dos materiais de base e de 7% dos de acabamento.
Por causa das eleições, Castelo espera uma retomada expressiva das obras de infraestrutura já no primeiro semestre de 2014.
”http://www.valor.com.br/brasil/3343632/setor-de-construcao-mantem-desaceleracao-em-2013-indica-fgv#ixzz2l6tzNWdS
Rodobens dando “desconto” de até 20%.
“Imoveis são sempre um investimento seguro e que, constantemente valorizam no mercado” afirma Diretor da Rodobens Negócios Imobiliários”
Bom, será que a frase acima ainda cola para aqueles que compraram ANTES deste “descontinho” de 20%???
“http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imoveis/noticia/3064716/construtora-oferece-descontos-ate-imoveis-nove-estados
Vinicius Torres Freire
Estatísticas sem pés nem cabeça
Em reação a críticas, presidente amputa números ruins para que eles pareçam saudáveis
A PRESIDENTE está em campanha contra o que julga ser a difamação de sua política econômica. Recheia a agenda de encontros com empresários, manda ministros se entrevistarem com outros e com jornalistas, dá safanões verbais em críticos.
Talvez mais preocupante, amputa algumas estatísticas de braços e pernas a fim de dizer que elas estão mais magras.
Dilma Rousseff acredita mesmo no que diz?
O governo do Brasil é um dos poucos, meia dúzia, daqueles dentre as grandes economias do mundo que apresenta superavit primário, diz a presidente. É. E daí?
Superavit primário é aquela parte da receita de impostos que o governo deixa de gastar; usa tais dinheiros a fim de evitar que a dívida cresça. Mesmo com essa “poupança” (o superavit primário), a dívida pública cresce. Cresce muito porque o governo do Brasil paga taxas de juros altíssimas, as maiores do mundo (e, em parte, porque o Brasil cresce pouco). Nosso caso é desgraçadamente especial.
Parte do descrédito de Dilma se deve à redução da “poupança” do governo. Não era para tanto mau humor, mas pode vir a ser.
Dados os estrambóticos juros brasileiros, o governo precisa não só fazer uma “poupança” grande (para conter o crescimento da dívida) como deveria começar a pagar parte dela, a fim de renegociar em termos mais favoráveis o resto do débito.
Isto é, para refinanciar o resto da dívida a juros menores, seria preciso um superavit maior. Tanto faz o superavit em outros países. Estamos pendurados no cheque especial; o resto do mundo está no consignado ou pega dinheiro a juro zero.
A presidente diz que a inflação vai ficar abaixo do teto da meta (abaixo de 6,5%) pelo enésimo ano. Vai. E daí?
A inflação encarece os produtos brasileiros, bidu. É bem maior aqui do que na maioria dos países com quem comerciamos (no mundo rico, está perto de zero). É fácil ver que, dada essa disparidade, vai ficando mais barato comprar importados do que produto nacional (nosso deficit externo cresce para consumirmos mais, a indústria vai à breca etc.).
Ou, então, o produtor nacional tem de segurar seus preços; dada a alta de custos, cai o seu lucro. Se lucra menos, tem menos incentivo para investir. Se a inflação não causasse outros problemas, esses já seriam bem chatinhos.
A gente pode atenuar esse problema da inflação relativamente mais alta com desvalorização da moeda. Desvalorizações constantes realimentam a inflação e, no fim das contas, achatam o poder de compra do salário, entre outros problemas.
A fim de evitar esse ciclo, é preciso elevar os juros (e/ou cortar gasto do governo), o que tolhe investimentos etc.
A presidente diz que a crise mundial afetou o Brasil. É verdade. Os excessos do final do governo Lula 2 também afetaram a economia. Críticos de Dilma diziam, desde 2010, que a tarefa da presidente seria dura. Ela é que não acreditou nisso.
Achou que o Brasil cresceria 5,9% ao ano durante seu governo. Bastava mandar pau na máquina: gastar mais, baixar imposto, soltar mais crédito. Foi o que fez.
O Brasil cresceu até agora uns 2% ao ano. Com menos superavit, mais inflação, mais deficit externo e, agora, juros em alta.
Gastos com habitação crescem e impactam inflação na 2ª semana de novembro
fonte:”http://economia.uol.com.br/noticias/infomoney/2013/11/18/gastos-com-habitacao-crescem-e-impactam-inflacao-na-2-semana-de-novembro.htm
VEJAM ABAIXO AS TÉCNICAS PARA ILUSÃO UTILIZADAS PELO SECOVI SP:
1) Vendas de imóveis novos em São Paulo cresceu 46% no primeiro semestre de 2.013 em unidades e 33% de Janeiro a Setembro. Para quem entende um mínimo de matemática: VENDAS CAÍRAM NA SOMATÓRIA DE JULHO A SETEMBRO DE 2.013 QUANDO COMPARADO A MESMO PERÍODO DE 2.012 ;
2) “Detalhe” sobre item 1 acima: Julho/2012 foi o início da derrocada de vendas do segmento imobiliário, quedas brutais em vendas na comparação com 2.011, que prosseguiram durante todo o segundo semestre de 2.012. Em outras palavras, de Julho a Setembro de 2.013 ficou PIOR que o PÉSSIMO desempenho do mesmo período de 2.012 !!!
3) O “crescimento” do primeiro semestre de 2.012 está explicado neste tópico e se deveu a uma fortíssima presença de investidores, ou seja, 1 dormitório teve crescimento de lançamentos e vendas de mais de 300%, mais que o dobro do recorde histórico de 10 anos quanto a vendas e mais que o triplo quanto a lançamentos, sendo que 80% das vendas foram para investidores, ou seja, apenas insuflaram a bolha, não foram vendas para os consumidores finais!!!
Agora, frente aos fatos acima, como o SECOVI divulga a notícia (rs):
Vendas de imóveis novos em São Paulo sobem 33,3% de janeiro a setembro
SÃO PAULO, 19 Nov (Reuters) – As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo subiram 33,3 por cento de janeiro a setembro ante igual período do ano passado, divulgou nesta terça-feira o sindicato da habitação da capital paulista, Secovi-SP, com o número de unidades comercializadas correspondendo a 95 por cento do total vendido em todo o ano de 2012.
No período, foram vendidos 25.591 imóveis novos. Em Valor Geral de Vendas (VGV), o avanço foi de 44,5 por cento, para 14,5 bilhões de reais.
Segundo o Secovi-SP, o resultado mostra uma retomada do mercado em decorrência de ajustes feitos entre 2011 e 2012, para adequação ao novo cenário econômico.
Os lançamentos também cresceram, embora em ritmo inferior. Nos primeiros nove meses, o aumento foi de 25,4 por cento em número de unidades na comparação anual, para 21.225 imóveis.
O Secovi-SP manteve sua estimativa para o ano de lançamentos de 33 mil unidades e vendas de 35 mil unidades.
“http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE9AI02I20131119
OUTRAS TÉCNICAS DE ILUSIONISMO UTILIZADAS PELO SECOVI SP:
FATOS:
1) O relatório do SECOVI SP OMITE o estoque de imóveis das construtoras que tiver mais de 36 meses em relação ao LANÇAMENTO. Como a enorme maioria das obras tem atrasado MUITO, então temos cada vez mais imóveis que não constam nos estoques divulgados pelo SECOVI SP ;
2) O SECOVI SP finge que não existem os imóveis que estão em poder dos “investidores” aguardando a entrega para, próximo desta data, serem revendidos, assim como finge que não existe o monstruoso volume de imóveis usados a venda, conforme demonstrado neste tópico ;
3) Complementando o item 2, o SECOVI SP finge não saber que tivemos um volume enorme de vendas na planta para investidores, em especial, 1 dormitório que atingiu o percentual de 80% para investidores, segundo pesquisa da Folha de São Paulo em 2.013, sendo que demais tipologias, segundo pesquisa de 2.012 da Lopes Imobiliária, alcança 40% de vendas para investidores.
No mundo ILUSÓRIO do SECOVI SP, ele restringe e omite ao máximo as informações, enviesando o quanto pode para esconder o super-estoque de imóveis que existe em São Paulo e passando uma ILUSÃO de “normalidade saudável”…
Agora, como eles divulgam a notícia acima, juntamente com a queda de 19% de vendas em Setembro/2013, para tentar fazer de conta que é algo “saudável”:
Vendas de imóveis novos em SP caem 19,6% em setembro
SÃO PAULO, 19 Nov (Reuters) – As vendas e lançamentos de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo caíram em setembro na comparação anual, mas a queda nos estoques fez o sindicato do setor, Secovi-SP, apontar que o setor segue em recuperação.
No mês, as vendas de imóveis somaram 2.953 imóveis, enquanto os lançamentos atingiram 2.964 unidades, informou o Secovi nesta terça-feira.
Apesar do desempenho mensal mais fraco, no acumulado do primeiros nove meses do ano, as vendas ainda acumulam alta de 33,3 por cento ante janeiro a setembro de 2012, com o número de unidades comercializadas correspondendo a 95 por cento do vendido em todo o ano passado.
No período, foram vendidos 25.591 imóveis novos. Em Valor Geral de Vendas (VGV), o avanço foi de 44,5 por cento, para 14,5 bilhões de reais –cifra mais alta na série histórica medida pela entidade para o acumulado do ano até setembro.
Segundo o Secovi-SP, o resultado mostra uma retomada do mercado em decorrência de ajustes feitos entre 2011 e 2012, para adequação ao novo cenário econômico. A entidade apontou a manutenção da baixa taxa de desemprego e aumento da concessão de crédito imobiliário como fatores positivos.
Os lançamentos também cresceram, embora em ritmo inferior. Nos primeiros nove meses, o aumento foi de 25,4 por cento, para 21.225 imóveis. Como resultado, o estoque disponível caiu para 16 mil unidades, ante 20,5 mil registradas em dezembro passado.
Segundo o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos da entidade, Emilio Kallas, o estoque deve terminar o ano com menos de 15 mil imóveis, abaixo da média histórica mensal de 16,5 mil unidades, sinalizando que o setor vai “comercializar mais do que lançar”.
“Isso está sendo muito saudável para o mercado”, completou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, que vê um amadurecimento da postura das empresas em relação ao planejamento para novos empreendimentos.
O Secovi-SP manteve sua estimativa para o ano de lançamentos de 33 mil unidades e vendas de 35 mil unidades. Continuação…
“http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE9AI04620131119
Lançamentos de imóveis caem no terceiro trimestre, diz Secovi
“http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1373425-lancamentos-de-imoveis-caem-no-terceiro-trimestre-diz-secovi.shtml
Segundo Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi, é um movimento natural do mercado, mas não há uma explicação para esses dados.
Mesmo assim, segundo ele, ainda a maioria dos imóveis é comprada para uso moradia.
“http://papodehomem.com.br/bolha-imobiliaria-no-brasil-ela-existe/
“economia.uol.com.br/noticias/infomoney/2013/11/19/credito-faz-brasil-ser-5-pais-em-desenvolvimento-mais-vulneravel-a-uma-crise.htm
SÃO PAULO – O Brasil está vulnerável a sofrer uma crise financeira, segundo um levantamento realizado pela Wells Fargo Securities . O País está na 5ª posição, entre 28 nações em desenvolvimento, da lista de países que devem tomar cuidados econômicos, sendo que o principal problema brasileiro é o rápido crescimento do crédito ao setor privado nos últimos anos.
O crescimento do crédito, geralmente, vem acompanhado de relaxamento dos parâmetros prudenciais de empréstimos, além de ter apurado valorização da taxa de câmbio, relata o estudo. Além do Brasil, este é o cenário no qual se encontram a Tailândia, Turquia e Colômbia.
O estudo analisou cinco indicadores que determinam o quanto um país está vulnerável ou não a uma potencial crise econômica: o nível de reservas internacionais em comparação com o PIB (Produto Interno Bruto); a valorização da taxa real de câmbio; o crescimento do crédito ao setor privado; o avanço do PIB; e o nível do déficit em transações correntes. “Países que têm baixo nível de reservas internacionais, taxa de câmbio apreciada, crescimento rápido do crédito e do PIB, além de déficits em conta corrente, tendem a ter maior probabilidade de crises financeiras”, afirma a Wells Fargo.
Precisamos de um modelo econômico brasileiro?
18/11/2013 por mansueto
Esta semana se inicia sem nenhuma novidade na área econômica. O mercado ainda está digerindo o resultado fiscal ruim divulgado no final de outubro e se mostra muito volátil, com analistas tentando interpretar a vírgula das declarações de autoridades econômicas.
Para quem não está no dia a dia do mercado financeiro, todo o debate recente parece ser talvez um pouco exagerado. Explico. Do ponto de vista do debate econômico, não faz muita diferença se o crescimento médio do PIB no governo Dilma (2011-2014) será de 2% ao ano ou de 2,5% ao ano. Nos dois casos é um crescimento medíocre, mas essas diferenças para o mercado são importantes.
Hoje, de acordo com as projeções do mercado financeiro que estão no relatório Focus, o mercado espera crescimento de 2,5% este ano e de 2,1%, em 2014. A se confirmar essas projeções, o crescimento médio do PIB de 2011-2014 será de 2% ao ano; a metade do crescimento médio do PIB nos oito anos do governo Lula, quando o PIB cresceu, em média, 4% ao ano.
Do lado fiscal, o mercado se assustou muito com a possibilidade de o superávit primário (sem truques) ser reduzido para a faixa de 1,5% do PIB, ante 3,1%, em 2011. Acho muito provável que isso aconteça, mas o desafio para 2015 não é levar o primário novamente para 3% do PIB, mas sim garantir um primário um pouco acima de 2% do PIB sem truques. Estamos falando de um esforço fiscal extra que hoje seria entre R$ 25 e R$ 30 bilhões para um país no qual a despesa primária do governo federal deverá ser perto de R$ 900 bilhões este ano. Não é um ajuste impossível de ser feito no curto-prazo, mas é um ajuste difícil para um ano eleitoral e, assim, o ajuste fica para 2015.
O que de fato importa no entanto é se o governo será forte o suficiente para segurar as demandas por maiores gastos que estão surgindo no Congresso Nacional e se o próprio governo vai conseguir segurar o seu impulso de aumentar muito o gasto público em um ano de eleição, dado o cenário econômico mais adverso ante 2010. Se o governo tentar usar a política fiscal, como vez em 2010, para garantir uma vitória mais tranquila nas urnas, o ano de 2015 que já será difícil passará para categoria de “muito difícil”.
Mas além de todos os pontos acima que interessam muito mais ao mercado financeiro, o nosso problema maior é que saímos de oito anos de crescimento de 4% ao ano (2003-2010) sem muita certeza de qual será o nosso crescimento potencial na próxima década. Os nossos problemas são vários.
Não temos uma burocracia estatal que reage de forma rápida aos fatos, ainda nos falta capacidade de planejamento, não temos um bom sistema de avaliação de políticas públicas, as pessoas desconhecem o custo das políticas públicas, o orçamento é matéria para especialistas -o nome de fantasia dos programas (bolsa família, Minha Casa Minha Vida, Minha Casa Melhor, etc.) não tem correspondência com a nomenclatura do Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), a qualidade da nossa educação ainda é baixa, somos ainda um país com muitas regras que mudam constantemente, temos uma elevada carga tributária e baixo investimento público e privado.
Infelizmente, o suposto “modelo de crescimento econômico” de 2003-2010, que alguns qualificaram como um modelo baseado no crescimento econômico com distribuição de renda, decorrente de políticas sociais ativas, maior capacidade de planejamento e de investimento do Estado, maior articulação público-privada por trás das políticas industriais e de inovação não vingou. Não houve a melhora que meu amigo Glauco Arbix (presidente da FINEP) chegou a qualificar de “Estado ativista sem estatismo” formado pela conjunção positiva de dois elementos:
“(i) the rise of a more business- and market-friendly environment amidst a strengthening of state intervention in economic and social life — in short, policies that suggest a more activist, and enabling, state. ….. (ii) state intervention in support of a more business-and market-friendly political economy is accompanied by — and also takes the form of — a significant expansion of social protection and efforts to combat not only poverty and inequality.” – ver Glauco Arbix e Scott B. Martin (2010): Beyond Developmentalism and Market Fundamentalism in Brazil: Inclusionary State Activism without Statism.
Esta cada vez mais difícil caracterizar as mudanças desde 2008 como “a more business-and market-friendly environment”. Meus amigos Marcos Lisboa e Zeina Latif caracterizariam como o contrário: um ambiente mais sujeito ao jogo do rent-seeking com interlocutores do lado do governo que estavam dispostos a atender as demandas de grupos organizados (vejam aqui artigo dos dois economistas na Folha de São Paulo: A ideologia e os privilégios).
Por sua vez, o termo “expansão da política social” pode envolver programas bons (focado nos mais pobres) de baixo custo fiscal e programas ruins de elevado custo fiscal com pouco impacto sobre a redução da extrema pobreza. Assim, o debate não é mais sobre a expansão da política social, mas “quais políticas sociais” e como financiar sua expansão sem aumentar carga tributária em uma economia que não mais cresce a 4% ao ano.
No período recente evitamos esse debate cortando fortemente a economia do governo: superávit primário. Não há mais essa possibilidade e não haverá como agradar aos empresários com crédito subsidiado proveniente do aumento da dívida bruta e usar o crescimento da despesas primária quase que exclusivamente vinculada a programas de transferência de renda para as famílias (previdência, bolsa família, LOAS, seguro desemprego e abono salarial) como foi de 1999 a 2012, quando esses programas explicaram 85% do crescimento da despesa primária do governo federal (clique aqui para ver post deste blog).
E muito da nossa capacidade de conciliar crescimento econômico vigoroso com carga tributária elevada dependeu de uma conjunção de fatores domésticos positivos – mais de uma década de reformas até 2005 que melhoraram a produtividade– com ambiente externo favorável ao crescimento da América Latina devido ao boom de commodities. A ex-secretária de Estado dos EUA, Hilary Clinton, errou ao achar que o aumento da carga tributária e a expansão da política social caracterizaria um novo modelo do Brasil para o mundo.
“I have been speaking with my colleagues throughout the hemisphere and with heads of state and government about the need to increase revenues for governments. And that’s just another way of saying taxes. If you look at the tax revenue to GDP rate in Brazil, it’s one of the highest in the world. It is not an accident that Brazil is booming and that it’s beginning to decrease the inequities in that society. And that’s a complex, big society. But they are making progress. It has been a policy going back several decades which has been pursued with great commitment and it’s working. Too many other countries, you look at the tax revenue to GDP percentage, it’s among the lowest in the world. That is unsustainable.” (Clinton, H. (2010) “Remarks At the 40th Washington Conference on the Americas.” Retrieved September, 1st 2013, 2013).
Estávamos com um atraso de mais de 50 anos tentando imitar o Welfare State Europeu sem os cuidados que eles tiveram do lado da tributação, de avaliação das políticas e da qualidade do gasto. No Brasil fomos ingênuos em acreditar no “modelo econômico brasileiro”, pois a redução da pobreza com maior crescimento econômico foi uma característica de vários países Latino Americanos na década passada (ver carta do IBRE de fevereiro de 2013: A melhora dos indicadores sociais da América Latina). E foram mais ingênuos ainda aqueles que acreditaram em uma nova “matriz econômica”, uma combinação supostamente virtuosa de redução dos juros na marra que levaria as empresas a aumentarem o investimento com expansão do crescimento.
É claro que sou otimista e acredito que haja solução para os nossos problemas, mas isso exigirá um governo reformista e o resgate da capacidade de planejamento e de avaliação do Estado. O próximo Presidente da República, seja a presidente Dilma ou um dos seus concorrentes, precisará convencer à sociedade da necessidade de reformas até para preservar a conquista sociais do pós-Constituição e aumentar o investimento público e privado, sem uma nova rodada de crescimento da carga tributária.
O Brasil não precisa encontrar um novo modelo econômico, basta seguir o que nos ensina mais de três séculos de história econômica e evitar a soluções mágicas de supostos “economistas brilhantes”, que normalmente é um grupo que gosta de falar mal do setor privado, adora aumentar o gasto público, acredita em falhas de mercado mas não em falhas de governo, e ainda gosta de fixar metas para crescimento do PIB.
O próximo presidente deve se preocupar menos com a taxa de crescimento do PIB, em 2015, e muito mais em retomar uma agenda de reformas e recuperar a capacidade de planejamento e de avaliação do Estado. Em 2009, o crescimento do PIB foi negativo e sobrevivemos. Em 2012 o crescimento econômico do Brasil foi de apenas 0,9% e sobrevivemos novamente. Assim, um ano de crescimento baixo não mudará para mais ou para menos o crescimento potencial da economia brasileira, ainda mais quando se tem em conta que o custo social de um ano de baixo crescimento com ajustes não será tão elevado dado a baixa taxa de desemprego da economia brasileira. No entanto, mais um par de anos de medidas pontuais e sem reformas poderá ser desastroso para melhorar as expectativas e recuperar a confiança dos investidores depois das eleições.
Precisamos apenas fazer o básico, mas fazer o básico é difícil porque envolve escolhas e não é certo que a sociedade entenda essa necessidade, queira e esteja preparada para fazê-las. Na verdade, da forma que o debate está colocado hoje no Congresso Nacional, precisaríamos de um aumento de carga tributária de no mínimo de 3 a 4 pontos do PIB ao longo da próxima década para fechar a conta (de onde viria o dinheiro extra que se quer para educação e saúde?). Assim, ainda é difícil para mim apostar (ou chutar) no crescimento potencial do Brasil para os próximos dez anos sem antes observar o que acontecerá ao longo do mandato do próximo presidente e se o próximo governo conseguirá ou não reformular (para melhor) o nosso atual contrato social.
“http://www.infomoney.com.br/blogs/blog-dos-fundos-imobiliarios/post/3063656/ate-quando-vai-fase-ruim
Os 12 países mais vulneráveis a uma crise financeira:
“http://www.businessinsider.com/countries-most-vulnerable-to-crisis-2013-11
Enquanto isto, o nosso pibinho…
“http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/11/14/economia-brasileira-encolheu-012-no-3-trimestre-segundo-bc.htm
Incorporadoras estão dando o golpe da pirâmide no comprador de imóveis – O provocador/R7
Fonte: “http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/2013/11/18/incorporadoras-estao-dando-o-golpe-da-piramide-no-comprador-de-imoveis/
Estou convencido que as incorporadoras estão aplicando o golpe da pirâmide em quem compra imóvel no Brasil. E, pelo visto, aquele que neste momento estiver usando suas suadas economias para adquirir a tão sonhada casa própria está no lugar daquele idiota que entrou por último e vai ficar no prejuízo.
O que aconteceu nos últimos cinco anos com o preço dos imóveis não é um movimento natural de mercado. É uma conspiração contra o povo brasileiro. Em algumas regiões das grandes cidades, o preço do m² simplesmente triplicou. Em São Paulo, uma rua do Centro da cidade conhecida por ser ponto de tráfico e moradia de assaltantes e trombadinhas foi de R$ 6.000 para R$ 12 mil, sem que nenhuma reforma urbanística tenha sido feita na área. E o Joaquim Barbosa não faz nada!
Todos sabem que entre os principais anunciantes (principalmente de veículos impressos) estão exatamente as incorporadoras e seus lançamentos imobiliários. Isso deve explicar, em parte, o porquê de esse setor ser tratado pela mídia de forma tão benevolente e acrítica, para não dizer suspeita e criminosa. Observem como, quando de algum lançamento, estão lá as “informações”: todas as unidades foram vendidas em um final de semana! A valorização tende a continuar em ritmo expressivo, apesar da queda no poder aquisitivo da população! O mercado imobiliário continua em ascensão, apesar da crise iminente! Tudo mentira.
Estou convencido que muito da tão falada bolha imobiliária foi construída e inflada por uma cobertura jornalística displicente, baseada exclusivamente nos interesses e na visão dos especuladores. O consumidor, o cidadão que deseja um teto pra chamar de seu, é sistematicamente tratado como idiota. E acaba sendo mesmo, pois se sujeita a pagar os preços abusivos, histéricos e indecentes cobrados pelos estelionatários.
O brasileiro realmente tem algo de muito estúpido. Simplesmente, não damos valor ao nosso dinheirinho — algo típico de um povo que nunca aprendeu a poupar e trata esbanjadores com admiração, em vez de desprezo. Só isso justifica pagarmos os valores estratosféricos dos automóveis vendidos aqui pelo dobro do valor justo. Enquanto houver compradores dispostos a serem esfolados para adquirir carros ultrapassados e inseguros, podem apostar, os fabricantes não vão baixar um único centavo.
Esse mesmo fenômeno tem se repetido na hora da comprar um imóvel — na verdade, apartamento, que é o que traz mais lucro para os construtores (e degradação para as grandes cidades). Não estivesse interessada em perpetuar esse ciclo de abuso econômico, a imprensa trataria do tema com o rigor necessário, informando o consumidor sobre a armadilha em que está caindo quem acredita que o m² vai subir 30%, 50% ,100% acima da inflação até o final dos tempos. Não precisa ser gênio para afirmar: uma hora vai explodir.
Mas não será como nos EUA (em que todo mundo se espatifou), por uma razão simples: o capitalismo nativo é pródigo em se defender. Cobra preços altos, financia a juros imorais e pede garantias draconianas. Portanto, quem vai quebrar não é o banco, a construtora ou o empreendedor. Acertou: que vai pagar a conta é o mané que entrou por último nessa esbórnia. Bem feito.
Pense bem: um apê de dois dormitórios custa, nos grandes centros, em bairros de classe média baixa e média, algo em torno de R$ 700 mil. Se o comprador desse estrato social tiver renda familiar de R$ 8 mil por mês (algo que menos de 3% da população atinge) e tiver a capacidade olímpica de economizar 30% dessa renda, em um ano de privações terá guardado R$ 28.800. Em dez anos, R$ 288 mil. Só ao final de 25 anos terá atingido o suficiente para quitar o valor inicial do imóvel. Em cima dessa quantia, nosso sistema financeiro vai jogar mais sete anos de juros, correções e taxas. Fora o IPTU e o condomínio que virão todos os meses. É um tiro na nuca.
Bastaria que, no curto período de um ano, ninguém aceitasse adquirir um imóvel na planta que se mostrará impagável. Um único aninho, não estou exagerando, e pronto: acabou a farra. A canalha que vem aplicando o golpe da pirâmide imobiliária simplesmente teria que baixar os preços a um patamar aceitável. Simples assim.
Tanto proprietário sonhando em ficar rico só de alugar imóveis durante a copa do Mundo… Mas o que será que pensam lá fora?
ATÉ OS ARGENTINOS ESTÃO RECLAMANDO DOS PREÇOS DE VIR PRO BRASIL NA COPA
“http://www.lanacion.com.ar/1638970-un-mundial-lejano-viajar-a-brasil-sera-tan-caro-como-comprar-un-auto
Especuladores continuam a todo vapor… rumo ao abismo!
100% vendido!
“http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imoveis/noticia/3062687/empreendimento-com-apartamentos-19m-tem-todas-unidades-vendidas-dia
Se tiver 500 mil Euros na mão, é só comprar uma casa a vista na Espanha e ganha a imigração de brinde (a partir de Jan/2014).
“http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,espanha-da-visto-a-quem-comprar-casa-,1037968,0.htm
Gazeta do Povo: baixo retorno de aluguel torna renda fixa mais atraente
“http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1425469&tit=Baixo-retorno-de-aluguel-torna-renda-fixa-mais-atraente
“http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,pre-sal-criou-apenas-expectativa-no-mercado-imoboliario,170074,0.htm
“http://www.otempo.com.br/consumidor-mais-cauteloso-afetará-as-vendas-de-natal-1.747443
O maior empresário do setor de construção de Camburiu se suicidou. Não é o primeiro caso, tivemos outros com construtoras do Nordeste antes disto.
“http://www.noticiaja.com/index.php/ultimas-noticias/25739-empresario-rogerio-rosa-e-encontrado-morto-com-um-tiro-no-peito.html
A opinião do empresário sobre a bolha imobiliária…
“Ele afirmava que a crise não chegou a Balneário Camboriú. “Se há bolha imobiliária, ela não chega aqui, porque não temos excesso de oferta. As pessoas querem comprar em Balneário para investir, para morar, ou para lazer. O preço nunca reduziu, pelo contrário. Acredito que tudo aqui vai dobrar de preço”, disse ao jornal Gazeta do Povo.”
“http://www.jornaldelondrina.com.br/brasil/conteudo.phtml?tl=1&id=1426023&tit=proprietario-da-embraed-e-encontrado-morto-em-balneario-camboriu
Segue um outro caso relacionado, que aconteceu ano passado:
29/08/2012 – Empresário com dívida de R$ 20 mi é encontrado morto em casa
“http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=23857
Sérgio Falcão, de 52 anos, foi encontrado morto dentro do escritório do apartamento dele, após receber a visita de um ex-segurança particular. Câmeras de segurança flagraram o homem no elevador, com uma arma na cintura.
26/03/2013 – Decretada falência da Construtora Falcão; juiz manda lacrar sede
“http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=144560
Os credores da Construtora Falcão obtiveram vitória na Justiça alagoana. O juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira, da 3ª Vara Cível da Capital, decretou a falência da empresa Falcão Construção e Incorporação Ltda. A decisão foi prolatada nesta segunda-feira, dia 25, e está publicada na página do Diário de Justiça Eletrônico.
03/06/2013 – Sérgio Falcão: IC reafirma tese de suicídio
“http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=149435
Em Maceió, a falência da Construtora Falcão prejudica cerca de mil alagoanos. Os valores dos imóveis, sem atualização, são estimados em R$ 300 mil, mas para concluir as obras os mutuários vão gastar um valor bem maior. A construtora acumula cerca de R$ 60 milhões em dívidas e uma lista extensa de credores entre funcionários, fornecedores, compradores e bancos.
Outro caso anterior… IMPORTANTE: observar neste caso, no que consta acima e demais abaixo, o tamanho do transtorno devido a estas falências e os corretores ainda tentam convencer que hoje os compradores de imóveis na planta não teriam transtornos, mesmo em falência, que tudo é mais seguro que na época da Encol…
03/08/2011 – Construtora vai à falência
“http://www.oestadoce.com.br/noticia/construtora-vai-falencia-0
Quem comprou apartamentos do empreendimento Top Paralela, da Construtora Verti, terão que esperar um pouco mais para conseguir a casa própria. A empresa decretou falência e deixou a obra pela metade. As famílias que investiram no imóvel ainda na planta, segundo nota da Caixa Econômica Federal, que é a prestadora financeira do empreendimento, não correm o risco de perder o investimento. Em nota, o banco informou que as providências legais e administrativas adotadas para a substituição da construtora já estão em fase final, e que a contratação da nova empresa deve ser efetuada em breve.
UM ANO E QUATRO MESES DEPOIS
04/12/2012 – Decisão judicial obriga CAIXA a substituir construtora falida
A Construtora Verti decretou falência e transformou o sonho da casa própria em pesadelo. Apartamentos que deveriam ter sido entregues em dezembro de 2009, até a presente data não foram disponibilizados para os proprietários. “E não existe previsão”, afirma o engenheiro civil Leandro Henrique Mourão.
03/11/2012 – Construtora tem dois anos para se recuperar e não ter falência decretada
“http://www.jornalopcao.com.br/posts/reportagens/construtora-tem-dois-anos-para-se-recuperar-e-nao-ter-falencia-decretada
Dívida total da empresa goiana, que tem obras em todo o País, supera R$ 180 milhões; os débitos com bancos, os maiores e mais exigentes credores, ultrapassam R$ 130 milhões
08/02/2013 – Devendo R$ 543 mi, construtora de estádio e VLT de Cuiabá beira falência e atrasa obras
“http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/02/08/devendo-r-543-mi-construtora-da-arena-pantanal-beira-falencia-e-atrasa-estadio.htm
A Santa Bárbara Engenharia, uma das responsáveis pela construção do estádio de Cuiabá para a Copa do Mundo de 2014, está próxima da falência e já entrou com pedido de recuperação judicial, pondo em risco a preparação da capital de Mato Grosso para o Mundial.
16/04/2013 – Plano de recuperação da construtora Lider é aprovado na Justiça
“http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2013/04/16/internas_economia,372054/plano-de-recuperacao-da-construtora-lider-e-aprovado-na-justica.shtml
Com uma dívida de R$ 67,5 milhões, a empresa negociou deságio de 70% para pagamento aos bancos, que detêm cerca de 60% do montante total, além de um prazo de 35 meses de carência contados a partir da data de homologação da proposta, no último dia 3. Idênticos desconto e carência foram acertados com os credores quirografários, aqueles que não têm garantias reais relativas ao crédito. Os fornecedores serão os primeiros a começar a receber, daqui a seis meses, em 24 parcelas mensais e consecutivas.
03/08/2013 – Construtora contratada pelo governo abre falência e pavimentação de rodovia é paralisada
“http://www.wscom.com.br/noticia/paraiba/CONSTRUTORA+ABRE+FALENCIA+E+RODOVIA+PARA-154423
A empresa responsável pela obra decretou falência recentemente e teria deixado uma série de dívidas na região. O Ministério Público foi procurado pelo comerciante Antônio de Oliveira Freire, residente em Sousa, que denunciou que todo o maquinário da Construtora G&F estava sendo retirado do canteiro de obras, no período noturno, para retornar a sede da empresa, em Fortaleza (CE).
Marcelo Rubens Paiva tirando onda na bolha.
A torre da família bolha
“http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-torre-da-familia-bolha-,1097291,0.htm
Alguns já estão preocupados com suas fragilidades, enquanto isto no Brasil…
China anuncia plano ambicioso de liberalização econômica e social
Por Dow Jones Newswires
PEQUIM – A China divulgou nesta sexta-feira detalhes de um plano abrangente de reforma econômica e social, prometendo reduzir o papel do governo em diversos setores e estimular as forças de mercado.
As reformas, divulgadas pela agência oficial do país, parecem bem mais ambiciosas do que as declarações cautelosas do comunicado que foi divulgado após o fim da reunião de cúpula do Partido Comunista, na terça-feira. (…)
Entre outros pontos trazidos pelo documento (…) previsão de criação de um imposto anual sobre o valor dos imóveis (o que teria como objetivo conter a espiral de alta dos preços do setor)…..
Leia mais em:
“http://www.valor.com.br/internacional/3339840/china-anuncia-plano-ambicioso-de-liberalizacao-economica-e-social#ixzz2koUwgVrZ
“Notícia” interessante:
Queda elevada de vendas combinada com estoque monstruoso de imóveis sem vender, levaram construtoras em Natal a quase zerarem os lançamentos.
Conclusão do IMOB: se continuar zerado por 2 anos, depois disto faltarão imóveis!!!
kkkkkkk. Quer dizer que todas as construtoras vão preferir quebrar??? A apelação está cada vez mais elevada e os tipos de chantagem emocional com clientes já estão até mudando…
Segue o link para diversão:
“http://jornaldehoje.com.br/em-20-meses-nao-havera-mais-imoveis-para-venda-rn-avisa-sinduscon/
Haja desespero hein!!!!
“http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/11/15/interna_cidadesdf,398799/vale-da-lua-cartao-postal-de-alto-paraiso-e-colocada-a-venda-por-r-15-mi.shtml
“Vale da Lua, cartão-postal de Alto Paraíso, é colocada a venda por R$ 15 milhões
Está à venda um dos lugares mais belos do interior goiano, visitado principalmente por causa das formações rochosas peculiares. Dois corretores de imóveis representam os donos da propriedade, que despertou o interesse de empresários brasileiros e até de um sheik”
“http://www.jornaldiadia.com.br/news/noticia.php?Id=7886
A existência de uma ‘bolha’ no mercado imobiliário brasileiro começou a tomar conta do debate depois do crescimento vertiginoso do setor nos últimos anos. O alerta foi lançado meses atrás por Robert Shiller, um dos vencedores do Prêmio Nobel de Economia neste ano, e logo encontrou defensores no país. Shiller aponta a possibilidade de o Brasil estar passando uma bolha imobiliária semelhante à vivida pelos Estados Unidos e que originou a crise econômica de 2008.
Os defensores dessa tese ressaltam que a alta exorbitante do preço dos imóveis nos últimos anos não se sustenta por muito mais tempo. Em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, os preços mais que dobraram no período. A facilidade de financiamento contribuiu para esse crescimento, mas também é apontada como outro viés responsável por uma possível alta de inadimplência. Com o início da entrega de muitos imóveis, o tomador do empréstimo começa a enfrentar outras despesas, reforçando a possibilidade de inadimplência.
Por outro lado, uma boa parte do mercado defende que o país tem um grande déficit habitacional. Esse grupo também aponta que a inadimplência no setor ainda é muito baixa, principalmente pela preocupação das famílias em perder a casa própria. O mercado aposta que o setor continuará crescendo, mas em menor ritmo e variação de preços.
O crescimento do mercado imobiliário no país nos últimos anos mostrou uma face perversa do setor, que aposta em grandes ganhos de investidores e no endividamento de uma grande parcela da população por longos anos. Para conquistar o sonho da casa própria, as famílias encaram dívidas por décadas, com preços questionáveis de imóveis. Um sistema mais harmonioso garantiria a eliminação dos intermediários nessa relação de compra e venda de imóveis. Ela é possível por meio da criação de cooperativas habitacionais, cada vez mais apontadas como solução para muitas famílias.
Uma das grandes vantagens dessas cooperativas é a economia em comparação com outros empreendimentos. A construção de moradia por uma cooperativa habitacional pode proporcionar a redução do custo final do imóvel em até 50%, além de outros benefícios. No cartório de imóveis, por exemplo, os custos podem ter redução de até 75%, que deve ser solicitada pela cooperativa no momento do arquivamento dos atos.
Nas cooperativas, os interessados são os próprios donos, também chamados de cooperados, e ditam o rumo do negócio de forma democrática. O cooperado deve ter um papel ativo nesses empreendimentos e precisa fiscalizar e agir como sócio. Um dos principais passos é a regularização da cooperativa. Em São Paulo, ela deve ser registrada na Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), e em instituições similares em outros estados.
O associado de uma cooperativa habitacional tem a certeza que está pagando o preço justo para conquistar o sonho da casa própria. Organizadas em cooperativas, as pessoas conseguem suprir suas reais necessidades, construindo uma sociedade mais justa, livre e fraterna.
*Edivaldo Del Grande é presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP).
“http://www.clubedospoupadores.com/imoveis/fipezap-e-confiavel-ou-nao.html
“http://www.clubedospoupadores.com/imoveis/financiar-imovel-ou-juntar-dinheiro-pagar-a-vista.html
E você, está otimista?
“http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imoveis/noticia/3056403/otimismo-comprador-imovel-volta-crescer-outubro
Nem um pouco.
Mais sobre os efeitos danosos da bolha na economia…
“http://oglobo.globo.com/rio/leblon-tem-aluguel-caro-lojas-com-dificuldade-em-manter-portas-abertas-10775448
“http://www.secovi.com.br/noticias/dia-2511-secovi-sp-elege-nova-diretoria/7111/
Como as emoções permeiam a bolha:
“http://www.boainformacao.com.br/2013/11/mantenha-a-calma-nao-ha-bolha-diz-outdoor-em-dubai/
“http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3056020/dilma-nega-crise-mas-pede-para-puxarem-freio-nos-gastos
A especulação em 2 Atos:
Ato Um: a Savassi passa um ano para uma reformazinha na sua praça, diminuindo o volume de vendas dos comerciantes:
“http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/03/27/internas_economia,285654/pesquisa-confirma-prejuizos-para-comercio-da-savassi-provocado-pelas-obras.shtml
Ato Dois: após a reforma, os proprietários pedem reajustes altíssimos de aluguel e vários cafés antigos da região abandonam o lugar:
“http://www.hojeemdia.com.br/minas/a-savassi-passa-o-ponto-1.6818
“http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?op=casa&id=32362
Setor imobiliário paranaense passa por período de readequação
[13-11-2013]
Desde 2012, construtoras e incorporadoras apertaram o cinto com relação ao volume de novos lançamentos, medida necessária para não prejudicar o prazo de entrega e equilibrar o quadro de oferta e procura. Para especialistas, esse movimento de contenção não significa que o segmento esteja perdendo força.
“Estamos assistindo a um comportamento natural do mercado, que está passando por um período de adequação de oferta. Isso demonstra amadurecimento e seriedade, trazendo mais segurança ao setor. Os preços deverão continuar subindo de forma alinhada com a variação de custos da construção civil e o imóvel vai continuar sendo uma excelente opção de investimento”, garante João Auada Junior, diretor de negócios da TECNISA, empresa responsável por empreendimentos modernos e inovadores em Curitiba, entre eles o The Five East Batel, o Centro Cívico, o Inspira Business e o HUB.
De acordo com Auada, na capital paranaense não aconteceu nada diferente do ocorrido no restante do país. Historicamente, a cidade apresentava um preço de imóveis muito defasado com relação a média de preços nas principais cidades brasileiras, levando ao consumidor a percepção de que os valores subiram de forma descontrolada. “Esta é uma visão equivocada, pois o que ocorreu foi um alinhamento de valores baseados em uma nova realidade de custos e renda”, lembra.
Segundo o diretor de negócios da Tecnisa, o custo da construção em Curitiba é equivalente ao de São Paulo. Nos últimos anos, o Produto Interno Bruto (PIB) paranaense cresceu mais do que a média nacional. Sem considerar o Distrito Federal, a cidade tem hoje o terceiro maior PIB entre as capitais, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro. “Nos últimos anos, a capital paranaense passou a receber novos projetos totalmente alinhados com a inserção da cidade como uma metrópole de destaque e que poderiam estar localizados em qualquer grande metrópole mundial”, detalha Auada.
Sem riscos de “bolha imobiliária”
A forte expansão da economia brasileira nos últimos anos, com baixas taxas de inflação e de juros, proporcionou um aumento no nível de investimento no país, com consequente aumento de renda da população. O Brasil ainda tem um déficit habitacional e, consequentemente, isso propicia a produção imobiliária. Existem cidades em que o equilíbrio de oferta e demanda permanece estável, e outras em que o volume de lançamentos cresceu mais que a capacidade de absorção do mercado, daí o temor da existência de uma “bolha imobiliária”, como ocorreu nos Estados Unidos em 2008.
Na ocasião, as empresas financeiras especializadas no mercado imobiliário, para aproveitar o bom momento do mercado, passaram a atender o segmento “subprime”. O cliente “subprime” é um cliente de renda muito baixa dos Estados Unidos, por vezes com histórico de inadimplência e com dificuldade de comprovar renda. Esse empréstimo tem, assim, uma qualidade mais baixa, ou seja, o risco de não ser pago é maior, mas oferece uma taxa de retorno mais alta, a fim de compensar esse risco.
“No Brasil, para oferecer segurança ao mercado, as condições de concessão de credito são muito mais rigorosas. Além disso, o aumento de custos não se deve simplesmente por movimentos de especulação de curto prazo, mas sim, por correção de valores de custos setoriais acompanhado de uma um aumento de renda e da elevação da taxa de emprego da população”, explica Auada.
Investimento imobiliário requer planejamento
Para quem está no mercado, não há dúvida de que investimento imobiliário sempre foi e continuará sendo uma opção segura e atraente. No mundo todo, ao longo da história, grandes fortunas foram construídas baseadas nos investimentos em imóveis. Em Curitiba, não é diferente. Existem várias famílias na cidade que utilizam o investimento imobiliário com importância significativa na composição do seu portfólio de investimentos.
Um ponto importante é definir que investimento imobiliário seguro deve ser analisado e medido a médio e longo prazo. A análise da valorização dos Imóveis precisa ser feita de acordo com o momento econômico do país. “Em momentos de forte expansão da economia, temos a geração de riqueza, que aumenta a demanda, e por consequência o valor dos imóveis acaba sofrendo grande valorização neste período”, detalha o especialista.
Vale ressaltar que o crescimento da economia de qualquer país acontece em ciclos, e nos momentos de menor variação, os imóveis têm uma valorização moderada, compatível com as variáveis econômicas do momento. Em períodos de alta inflação, por exemplo, o imóvel sempre é uma proteção para o valor do patrimônio, pois os preços acompanham os índices de atualização de custo do setor. Auada alerta, que para fazer um bom negócio, não basta somente encontrar o melhor preço por metro quadrado. “Empreendimentos com bons projetos, conceituação, estruturação modernas e eficientes e boa localização devem ser os pontos principais da análise dos investidores”, completa.
Microapartamento é 50% menor e 30% mais caro que 1 dormitório médio – Economia – iG “http://economia.ig.com.br/2013-11-13/microapartamento-e-50-menor-e-30-mais-caro-que-1-dormitorio-medio.htm
Colapso do Brasil marcado para 01/11/2014 | InfoMoney
“http://www.infomoney.com.br/blogs/foolish/post/3053756/colapso-brasil-marcado-para-2014
É profecia demais pro meu gosto, eheheheheeh.
Suspeito de fraude diz ao MP que pagava R$ 20 mil ao mês para Donato
Eduardo Barcellos fechou acordo de colaboração com Ministério Público.
Ex-secretário que pediu afastamento do cargo nega a acusação.
Do G1 São Paulo
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O ex-auditor fiscal Eduardo Horle Barcellos disse nesta terça-feira (12), em depoimento ao Ministério Público (MP), que deu R$ 20 mil por mês ao então vereador petista Antonio Donato entre dezembro de 2011 e setembro do ano passado, segundo revelou o Jornal Nacional. O dinheiro era obtido com cobrança de propina de empresas para dar descontos no Imposto sobre Serviços (ISS). Segundo depoimento, a expectativa do fiscal com o dinheiro entregue a Donato era garantir que, em uma eventual mudança de gestão, os auditores tivessem facilidades para permanecer no cargo.
Barcellos é investigado e chegou a ser preso por suspeita de integrar o esquema de desvio do ISS na Prefeitura de São Paulo. Ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança, Barcellos fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Nesta terça, Donato pediu afastamento do cargo de secretário de Governo da gestão Haddad e é alvo de uma sindicância.
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O promotor Roberto Bodini disse que o suspeito afirmou em depoimento não ter contado a Donato a origem do dinheiro, que era apresentado como uma “ajuda” de campanha. “Que era dinheiro de propina era, isso Eduardo Barcellos esclarece. Parte do dinheiro que ele recolhia de propina ele repassava ao Donato”, comentou Bodini.
“Ele esclareceu, é bom que se registre, que em momento algum disse ao vereador que aquele dinheiro era proveniente de propina e disse não ter cientificado o vereador que aquilo era, de fato, uma cobrança criminosa, mas vamos ficar com os números e cada um vai fazer sua avaliação”, disse o promotor.
A assessoria de imprensa de Donato declarou, por telefone, que as acusações sobre o repasse do dinheiro são mais uma tentativa de desviar o foco da investigação, que está centrada na gestão passada, de Gilberto Kassab (PSD), e de tentar atingir a atual administração na Prefeitura.
Barcellos prestou depoimento nesta terça por oito horas, acompanhado de advogados. Ele admitiu que recebia dinheiro de propina dentro da Prefeitura e depois dividia os valores com os colegas envolvidos no esquema.
Ele revelou ainda que o então auditor Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como chefe do esquema, também pagava valores mensais a Donato. Segundo Barcellos, ele e Ronilson tratavam os pagamentos como investimentos, pois queriam continuar em bons cargos na Prefeitura caso o PT vencesse as eleições.
Após Donato assumir a secretaria de Governo, Barcellos foi trabalhar na equipe do novo secretário e Rodrigues foi nomeado diretor de Finanças da SPTrans. O auditor repassou ao MP os números de telefone que alega ter usado para falar com Donato. O Ministério Público vai pedir a quebra do sigilo para apurar se as ligações foram realizadas.
Sindicância
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse nesta terça que a Controladoria-Geral do Município (CGM) instaurou sindicância para apurar se há irregularidade na relação entre Antonio Donato e os suspeitos de fraudes. Segundo Haddad, o ex-secretário já foi ouvido em depoimento voluntário. Nesta tarde, o prefeito aceitou o pedido de afastamento de Donato da secretaria de Governo.
Donato teve o nome citado ao menos cinco vezes na investigação do Ministério Público Estadual e da CGM sobre desvios no ISS. “Desde o primeiro dia de governo Donato se comportou de maneira irretocável”, afirmou Haddad nesta tarde, na sede da Prefeitura.
Existe um conjunto de conversas entre a própria quadrilha que mostra que querem me atingir para atingir o governo que os investigou. Então, eu prefiro me afastar para permitir que a investigação vá mais fundo ainda e prenda todos os envolvidos”
Antonio Donato,
ex-secretário de Governo
“Ele (Donato) entendeu que a sua permanência no governo, até pela função que ocupa, poderia prejudicar não apenas o andamento das atividades internas como prejudicar a sua própria atuação em defesa da sua honra”, disse.
“Sem a atuação do Donato, não teríamos chegado a esse resultado. Agora ele está sendo acusado”, completou Haddad.
Haddad afirmou ainda que Mauro Ricardo Costa, ex-secretário de Finanças de São Paulo durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD), será convidado a “esclarecer seu conhecimento sobre a atuação do grupo”.
Em nota, a administração municipal diz que Costa mantinha com “praticamente toda a estrutura do seu gabinete envolvida nas operações irregulares”.
Em outra nota, a Prefeitura comunicou o afastamento de Donato e falou em orquestração. “Ao identificar uma orquestração por parte dos servidores investigados para envolvê-lo de forma leviana e, assim, atrapalhar o curso das investigações, o secretário comunicou no final da manha de hoje ao prefeito Fernando Haddad o pedido de afastamento imediato – inclusive para evitar o risco de a quadrilha tentar atingir o governo do PT na cidade de São Paulo e prejudicar o andamento das investigações”, informou o texto.
Donato nega irregularidade
Em entrevista à TV Globo, Donato ressaltou que o esquema de fraude no ISS foi desmontado pela atual administração municipal. “Existe um conjunto de conversas entre a própria quadrilha que mostra que querem me atingir para atingir o governo que os investigou. Então, eu prefiro me afastar para permitir que a investigação vá mais fundo ainda e prenda todos os envolvidos”, afirmou Donato.
Vereador paulistano, Antonio Donato foi coordenador da campanha do prefeito Fernando Haddad (PT) no ano passado e comandou o processo de transição com o governo Gilberto Kassab (PSD). Depois, foi nomeado secretário de Governo.
Reportagem da edição desta terça do jornal “Folha de S.Paulo” aponta que Eduardo Horle Barcellos, um dos presos suspeitos dos desvios, foi transferido da Secretaria de Finanças para a pasta do Governo no começo do ano, a pedido do próprio Donato. De acordo com o jornal, à época já havia apuração em andamento sobre a fraude, com parecer sugerindo arquivamento. O auditor ficou na secretaria até abril, quando voltou para a secretaria de Finanças.
Controlador defende apuração
O controlador-geral do município, Mário Spinelli, afirmou que inicialmente o órgão não julgou necessária a abertura da sindicância. Segundo Spinelli, o avanço das investigações mostrou que “o melhor e mais adequado, tecnicamente, era instaurar a sindicância” para ouvir o secretário.
“O secretário procurou a Controladoria para prestar esse esclarecimento voluntariamente, e de posse desse depoimento nós entendemos que o mais adequado para o esclarecimento dos fatos era a instauração da sindicância”, disse Spinelli.
Questionado se a Controladoria investigaria a evolução patrimonial de Donato, Spinelli disse não se tratar de uma sindicância patrimonial, mas não descartou a hipótese. “É possível que, havendo indícios, essa checagem seja feita”, afirmou o controlador.
“Está todo mundo sujeito a mesma regra”, completou Haddad, que defendeu os benefícios a longo prazo das investigações que estão sendo feitas pela Controladoria. “Uma quadrilha como essa [a investigada por fraude ao ISS] vai pensar três vezes antes de se formar sabendo que existe um órgão de inteligência dentro da Prefeitura para combater a corrupção”, disse o prefeito.
Citações a Donato
Durante a investigação, o nome de Donato já havia sido citado ao menos cinco vezes. Reportagem do Fantástico de domingo (10) mostrou uma gravação na qual Ronilson Bezerra, apontado como o chefe da quadrilha, afirma que levará Donato para uma conversa. Bezerra dialoga com o ex-fiscal Luís Alexandre Magalhães, que desconfia que foi traído pela quadrilha e que poderá ser usado como bode expiatório.
Luís Alexandre é o fiscal apontado como quem teria doado R$ 200 mil à campanha de Donato, segundo escuta que registrou conversa entre Luís Alexandre e sua ex-namorada, Vanessa Alcântara.
Em outro momento, o nome do ex-secretário é citado no depoimento ao Ministério Público feito pela auditora fiscal Paula Sayuri Nagamati. Ela diz que dinheiro do esquema foi enviado para a campanha de Donato.
Além disso, Donato indicou o auditor Ronilson Bezerra Rodrigues, suspeito de chefiar o esquema, para diretoria de Finanças da SPTrans. Os investigados na fraude também foram flagrados dizendo que buscaram o secretário após descobrir que eram investigados, mas relataram que não tiveram apoio ou qualquer facilidade.
A quinta citação ao secretário foi o pedido de transferência do auditor fiscal Eduardo Horle Barcellos, também investigado, para sua equipe.
Entenda como funcionava a fraude
Segundo a investigação, o grupo fraudava o recolhimento do Imposto sobre Serviços (ISS). Ele é calculado sobre o custo total da obra e é condição para que o empreendedor imobiliário obtenha o “Habite-se”. O foco do desvio na arrecadação de tributos eram prédios residenciais e comerciais de alto padrão, com custo de construção superior a R$ 50 milhões. Toda a operação, segundo o MP, era comandada por servidores ligados à subsecretaria da Receita, da Secretaria de Finanças. O grupo pode ter desviado cerca de R$ 500 milhões da Prefeitura.
Foram detidos na quarta-feira (30) o ex-subsecretário da Receita Municipal Ronlison Bezerra Rodrigues (exonerado do cargo em 19 de dezembro de 2012), Eduardo Horle Barcellos, ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança (exonerado em 21 de janeiro de 2013), Carlos Di Lallo Leite do Amaral, ex-diretor da Divisão de Cadastro de Imóveis (exonerado em 05 de fevereiro de 2013) e o agente de fiscalização Luis Alexandre Cardoso Magalhães. O fiscal Magalhães fez acordo de delação premiada e foi libertado na segunda-feira (4).
Além dos quatro e de Fábio Camargo Remesso e o auditor fiscal Amilcar José Cançado Lemos são citados. Apesar da suspeita de envolvimento, nenhum dos dois foi detido. Remesso foi exonerado no sábado (2) . Ele era assessor da Coordenação de Articulação Política e Social, da Secretaria Municipal de Relações Governamentais. Já Lemos foi afastado e deve ser exonerado nesta terça-feira (5).
Além do processo criminal, todos investigados serão alvos de processo administrativo disciplinar. Uma comissão processante avalia se devem ser demitidos.
A Justiça determinou o bloqueio dos bens dos quatro suspeitos detidos inicialmente. Já foram localizados uma pousada de luxo em Visconde de Mauá, apartamento de alto padrão em Juiz de Fora (MG), barcos, automóveis de luxo. Há ainda indícios de contas ilegais em Nova York e Miami, além de imóveis em Londres.
Inadimplência e custo maior persistem em bancos médios
Por Carolina Mandl e Talita Moreira
Os balanços dos bancos médios voltaram a mostrar, no terceiro trimestre, números que refletem dificuldades com a persistente inadimplência e com os custos mais elevados de captação em um cenário de desaceleração econômica. Das seis instituições de capital aberto, só o ABC Brasil fechou o terceiro trimestre com lucro líquido maior que em igual período do ano passado. O Banco Pan conseguiu reduzir seu prejuízo, mas ainda opera no vermelho. Pine, Daycoval, Indusval e BicBanco mostraram recuos na última linha do balanço.
A inadimplência é um problema que parece já ter sido superado entre os grandes bancos de capital aberto. Ontem, o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, comemorou os resultados da mudança da política de risco do banco, que permitiu a redução nas provisões para devedores duvidosos e melhorou o resultado. “Ainda não colhemos todos os benefícios da mudança de política de risco. Vamos colher uma parte desses benefícios no ano que vem”, prometeu.
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1. Banco médio reduz ritmo e ainda tenta superar calotes
Nos bancos médios, dos seis que divulgaram seus números do terceiro trimestre até agora, metade mostrou recuo no indicador de atrasos acima de 90 dias. BicBanco, Indusval e Daycoval ainda apresentaram crescimento nos calotes entre a clientela formada por pequenas e médias empresas. “A inadimplência é algo forte e preocupante”, diz Manoel Felix Cintra Neto, presidente da ABBC, entidade que reúne os bancos médios brasileiros. “Mas não há diferença entre os clientes de bancos médios e grandes. O que muda é o grau de concentração da carteira”.
Bastante especializados, os médios se concentram em poucas linhas de crédito. O BicBanco, recém-comprado pelo China Construction Bank, só dá crédito a empresas de médio porte, um setor que tem sofrido com o nível mais fraco da atividade econômica.
Grandes empresas, responsáveis por créditos de tíquetes que alcançam centenas de milhões no ativo dos maiores bancos do país, têm sentido de forma mais leve o desaquecimento, preservando os balanços das instituições de maior porte. Uma recente guinada dos grandes bancos privados rumo ao financiamento imobiliário e ao crédito consignado também contribui para a redução da inadimplência em suas carteiras.
Banco médio reduz ritmo e ainda tenta superar calotes
Por Carolina Mandl e Talita Moreira
Em um ano que mais se parece com uma corrida de obstáculos, os bancos médios têm de enfrentar a persistente inadimplência, os custos mais elevados de captação e ainda um cenário de desaceleração econômica mais desfavorável para sua clientela.
Apesar dos esforços para superar as barreiras, os balanços dos bancos médios ainda mostram, no terceiro trimestre, números que refletem essas dificuldades.
De seis instituições de capital aberto, apenas o ABC Brasil fechou o trimestre de julho a setembro com lucro líquido maior que o de igual período do ano passado. O Banco Pan conseguiu reduzir seu prejuízo, mas ainda opera no vermelho. Pine, Daycoval, Indusval e BicBanco mostraram recuos na última linha do balanço que chegam a até 91,4%, caso deste último.
Mesmo a inadimplência, um episódio que parece já ter sido superado entre os grandes bancos de capital aberto, ainda não foi completamente deixada para trás pelas instituições de médio porte.
Dos seis bancos médios de capital aberto que já divulgaram os números do terceiro trimestre, metade mostrou recuo no indicador de atrasos acima de 90 dias. BicBanco, Indusval e Daycoval ainda tiveram crescimento nos calotes entre a clientela formada por pequenas e médias empresas.
“A inadimplência é algo forte e preocupante”, diz Manoel Felix Cintra Neto, presidente da ABBC, entidade que reúne os bancos médios brasileiros. “Mas não há diferença entre os clientes de bancos médios e grandes. O que muda é o grau de concentração da carteira.”
Bastante especializados, os bancos médios se concentram em poucas linhas de crédito. O BicBanco, recém-comprado pelo China Construction Bank (CCB), só concede crédito para empresas de médio porte. É um setor que tem sofrido com o nível mais fraco da atividade econômica.
Grandes empresas, responsáveis por créditos de tíquetes que alcançam centenas de milhões no ativo dos maiores bancos do país, têm sentido de forma mais leve o desaquecimento, preservando os balanços das instituições de maior porte. Uma recente guinada dos grandes bancos privados rumo ao financiamento imobiliário e ao crédito consignado também contribui para a redução da inadimplência de suas carteiras.
Na tentativa de melhorar seu desempenho, algumas instituições de médio porte buscam ajustar o foco em operações de crédito com menor risco. É o caso do Banco Indusval & Partners (BI&P), o que não impediu que o banco registrasse lucro menor e inadimplência mais alta no terceiro trimestre na comparação com igual período do ano passado.
“[O aumento da taxa de inadimplência] vem da carteira velha, que já está bem provisionada. O que está atrasado já está provisionado”, afirma Jair Ribeiro, co-presidente do BI&P. “Concluímos um ciclo do processo de transformação do banco.”
Não bastassem os índices de atrasos resilientes, a liquidação dos bancos BVA e Rural e a pressão dos investidores sobre o BicBanco também contribuiu para elevar os custos de captação das instituições de médio porte. Com isso, as margens financeiras líquidas de inadimplência ficaram menores para cinco dos seis bancos analisados, com exceção do BicBanco.
Nesse cenário, os bancos médios reduziram o apetite por operações de crédito. A carteira expandida dos seis bancos somava R$ 66,9 bilhões no fim de setembro, com alta de 9,7% em 12 meses e de apenas 0,9% na comparação com o fim de junho, conforme levantamento feito pelo Valor.
O portfólio dessas instituições cresceu menos que a média dos quatro maiores bancos com ações em bolsa. Juntos, Banco do Brasil (BB), Bradesco, Itaú Unibanco e Santander mostravam carteira ampliada de R$ 1,8 trilhão no fim do terceiro trimestre, com aumento de 14,6% frente a setembro de 2012. Ainda que se exclua da conta o BB, instituição que mais expandiu suas operações desde o ano passado, o crescimento dos grandes bancos foi de 10,6%.
O crescimento econômico menor que o esperado levou os bancos médios a uma expansão mais lenta no ritmo de empréstimos, afirma Thiago Souza, analista da XP Investimentos.
No relatório que acompanha as demonstrações financeiras, o BicBanco atribuiu a diminuição das operações de crédito à “aversão ao risco dado o ambiente de incertezas”. A carteira da instituição encolheu 6,4% no período de 12 meses encerrado em setembro, para R$ 12,9 bilhões.
O Banco Pan aponta um cenário de “desempenho ainda moderado da atividade econômica, gradual redução da inadimplência dos indivíduos e política monetária mais restritiva” para justificar a redução na originação de operações de crédito.
A instituição, controlada pela Caixa e pelo BTG Pactual, ainda atravessa um processo de reestruturação financeira. A carteira de crédito avançou 13,2% em bases anuais, para R$ 14,9 bilhões, mas o Pan reduziu o ritmo de originação de negócios no trimestre. Ao mesmo tempo, passou a dar mais ênfase a operações de crédito consignado, de risco menor que os empréstimos pessoais e o financiamento a veículos.
Agora os bancos começam a fazer suas projeções para 2014. “Pelo que mostra, não será um ano de forte crescimento”, diz Cintra Neto, da ABBC.
Alguns bancos, porém, já começam a enxergar algumas brechas para reverter o desempenho deste ano. “A concorrência está menor. Muitos bancos estão sem apetite. Isso cria oportunidades para quem tem espaço para emprestar”, diz Morris Dayan, diretor do Daycoval. De olho nisso, depois de dois anos sem expansão da carteira de empréstimos para médias empresas, o Daycoval voltou a crescer no segmento no terceiro trimestre.
Mais efeitos visíveis da bolha imobiliária dos imóveis comerciais: sobram lojas fechadas no Centro de BH – aumento de 29% na oferta em 1 ano..
Geórgea Choucair – Estado de Minas
Publicação: 13/11/2013 06:00 Atualização: 13/11/2013 06:46
Novo cenário toma conta do coração do centro comercial de Belo Horizonte. No lugar de vendedores anunciando promoções com megafones e microfones nas entradas das lojas, diversas portas estão fechadas com a placa de aluga-se. O inquilino não aparece. Em alguns casos, as portas estão há mais de um ano fechadas.
O quadro pode ser visto em ruas como Espírito Santo, Bahia, Tamoios e até mesmo – quem diria – na tradicional Avenida Afonso Pena, que é o sonho de consumo para centenas de comerciantes. O motivo? A desaceleração da economia e a especulação chinesa, segundo revelam os lojistas. Há cerca de um ano, o comércio de bolsas chinesas começou a tomar conta das lojas. Agora chegou a vez das bijuterias.
Só para se ter ideia, há casos de lojas de 120 metros quadrados no Centro da capital sendo alugada por R$ 26 mil. O preço do metro quadrado sairia por R$ 216,60. É mais do que o dobro do valor médio do metro quadrado de lojas no Bairro de Lourdes, região nobre da capital, onde o o preço sai por R$ 80.
“Os chineses estão pagando, em média, 40% a mais do que o valor de mercado pelo aluguel. Mas não há lojas para tantos chineses assim”, afirma Flávio Froes Assunção, presidente da Asssociação dos Comerciantes do Hipercentro, que conta com 200 lojistas. Os chineses, diz, estão inflacionando o mercado e os preços muito elevados acabam inviabilizando os negócios. “O aluguel das lojas está muito caro para a realidade do Centro”, diz.
A inflação em alta, o ano difícil do comércio e as obras na Região Central ajudam a dificultar as locações das lojas. No quarteirão da Rua Tamoios, entre a Rua da Bahia e a Avenida Afonso Pena, há três lojas para alugar. A área, que já foi uma das mais atrativas no comércio do Centro da capital, hoje conta com poucos resistentes.
Passado nobre
Para sobreviver, fizemos algumas inovações”, revela Welton de Matos, dono da Foto Zats, que está no quarteirão há 55 anos e é uma das referências em fotos 3×4. Ele afirma que a região do Shopping Cidade e dos centros de compras populares levaram parte da freguesia. “A área dos populares era atacadista no passado, de boemia. Mas o fluxo de pessoas aumentou muito por lá”, diz.
Outras redes que marcaram a história do quarteirão, como a Papelaria Rex e a Chocolates Kopenhagen, fazem parte do passado. “Os andarilhos se concentram embaixo do viaduto que vai para a Floresta. Isso atrapalha o comércio da região”, diz Matos. Nas sua vizinhança, duas lojas, nas quais funcionavam financeiras, estão sem alugar há cerca de cinco meses. Outra resistente do quarteirão, a Rei do Chocolate, enfrenta queda de vendas. “Nos últimos dois meses os negócios caíram em torno de 20%. E chega na segunda quinzena está todo mundo sem dinheiro”, diz o gerente Fernando Luis Silva, que está no local há 36 anos.
O desaquecimento na economia gerou no empresariado a necessidade de readequar o planejamento, afirma o vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI-MG), Fernando Júnior. “Alguns preferiram desocupar os imóveis”, diz. A valorização de preço, segundo ele, ocorreu não só no Centro como em toda a capital. “O empresário que não fizer um planejamento, não consegue pagar o aluguel”, diz. Ele ressalta que há uma queixa geral de desaceleração da economia e se a loja de rua não fizer uma requalificação de acordo com a nova tecnologia, a situação tende a ficar complicada.
Em alta
O valor do aluguel comercial registrou elevação de 0,49% em setembro e acumula alta de 9,33% nos últimos 12 meses, segundo a pesquisa da CMI-MG e o Sindicato da Habitação de Minas Gerais (Secovi-MG). Enquanto isso, a inflação do último ano registra alta de 5,76%, segundo a Fundação Ipead . No mês, os preços de aluguéis comerciais apresentaram as seguintes variações: andar corrido (0,23%), casas comerciais (0,62%), galpões (0,55%), lojas (0,54%) e salas (0,42%). A oferta de imóveis comerciais para locação apresentou elevação de 0,91% em setembro e aumento acumulado de 29,72% nos últimos 12
Itau sendo mais conservador e reduzindo sua exposição a riscos quanto a empréstimos…
Itau shifted loan strategy due to uncertain Brazil economy -CEO
Nov 12 (Reuters) – Itau Unibanco Holding SA started a “massive” reduction in the riskiness of its loans about two years ago, a change in strategy that was chiefly prompted by uncertainty about long-term Brazilian economic growth, Chief Executive Roberto Egydio Setubal said on Tuesday.
The bank, Brazil’s largest by market value, implemented the strategy believing that it “could deliver better results,” Setubal told investors at a shareholders’ event in Sao Paulo. The strategy included scaling back presence in risky lending segments, lowering the risk of its loan book and cutting expenses, he added on Tuesday.
“It’s a bank that’s less volatile, less vulnerable to the economy’s stops and gos, more solid,” Steubal said. “The change in the loan book profile is massive, if you compare it to the bank that we were two years ago.”
Blog expõe a espantosa “bolha Imobiliária” brasileira comparando nossos preços com os de outros países | Ricardo Setti – VEJA.com
“http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tema-livre/blog-expoe-a-espantosa-bolha-imobiliaria-brasileira-comparando-nossos-precos-com-os-de-outros-paises/
Imóvel no Brasil mais caro do que na Europa é normal, dizem especialistas – Isto É
Fonte: “http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/133789_IMOVEL+NO+BRASIL+MAIS+CARO+DO+QUE+NA+EUROPA+E+NORMAL+DIZEM+ESPECIALISTAS
Um blog sobre o mercado imobiliário chamou atenção nas redes sociais nessa segunda-feira 11. Comparando apartamentos e residências à venda no Brasil com outros no Exterior, como nos Estados Unidos e França, o site “Tem algo errado ou estamos ricos?” destaca os preços praticados no País para imóveis nem tão luxuosos como os vistos lá fora.
Utilizando anúncios de imobiliárias na internet, o criador compara, por exemplo, uma casa de quatro quartos e 280 m² em Dallas, no estado do Texas, nos EUA, com um imóvel de 260 m² localizado no bairro paulistano de Cidade Dutra, em São Paulo. Nos dois casos, com a conversão do dólar a R$ 2,30, o valor final é de R$ 540 mil.
De acordo com o vice-presidente de Marketing do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Élbio Fernández Mera, é impossível comparar imóveis tão diferentes e de localidades distintas. “Achei criativa a iniciativa, mas os valores estão relacionados com a demanda de cada local”, diz Mera. “Não faço ideia se esses lugares estão aquecidos como aqui.”
Professor da FGV e especialista no setor, Samy Dana concorda que não se tem como tomar o preço final como critério para comparação, mas crê que os valores praticados no Brasil estão fora da realidade do País. “Nos Estados Unidos, por exemplo, as pessoas precisam trabalhar menos horas para pagar essa quantia”, afirma Dana.
O que justifica essa alta, segundo o Sindicato da Habitação, são as facilidades para se comprar um imóvel: financiamentos com prazos a perder de vista e taxas de juros menores do que as praticadas no início dos anos 2000. “Jovens estão deixando de comprar carros para adquirirem o primeiro apartamento”, diz Mera, da Secovi-SP.
Ainda de acordo com o Dana, existe a crença e a prática do “tolo maior” no Brasil, aquele que pensa que o custo só pode aumentar. “A pessoa sabe que está pagando caro, mas teme que o valor cresça ainda mais lá na frente”, diz o especialista da FGV.
Apesar dos preços dos imóveis usados terem caído 14,88% em 2012, de acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo, para o especialista, uma “bolha imobiliária” é possível. “Ninguém sabe da existência de uma até ela estourar”, afirma Dana, da FGV. Para a Secovi-SP, a realidade é muito mais estruturada do que as especulações. “Não existe nada de bolha, mas novos consumidores que antes não podiam sonhar em compra uma casa”, diz Mera.
O Brasil Está Riquíssimo!!! Viva A Bolha Imobiliária!!!
‘http://blogdoportinho.wordpress.com/2013/11/12/o-brasil-esta-riquissimo-viva-a-bolha-imobiliaria/
Falando sobre o quanto estamos ricos…
“Dívida reduz percentual de consumidores que usarão 13º para comprar presentes” – “http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1369687-divida-reduz-numero-de-brasileiros-que-usarao-13-para-comprar-presentes.shtml
Mais um bem legal…
“http://estamosricos.blogspot.com.br/2013/11/dallas-x-sao-paulo.html
Matéria no Valor
‘http://www.valor.com.br/brasil/3335442/piora-solvencia-de-grandes-empresas#ixzz2kQpXYiJo
Solvência das Empresas Ameaçada
A OGX ingressou na Justiça no mês passado com o maior pedido de recuperação judicial desde a entrada em vigor da Lei de Falências, em 2005, mas este não foi um caso isolado entre as grandes empresas, de acordo com dados da Serasa Experian divulgados ontem. Entre agosto e outubro, foram 250 pedidos de recuperação judicial, uma alta de 33,7% em relação a igual período do ano passado.
Desse total, 34 pedidos partiram de empresas de grande porte, com faturamento superior a R$ 50 milhões, alta de 41,7% na mesma base de comparação. As grandes companhias também puxaram os pedidos de falência, com crescimento de 52,9% entre agosto e outubro, na comparação com igual período do ano anterior. No total, essas requisições subiram 1,5% no período, revertendo tendência de queda observada nos trimestres anteriores.
Para Luiz Rabi, economista da Serasa, parte da piora se deve aos dados de outubro, divulgados ontem pela instituição. No mês passado, os pedidos de recuperação judicial aumentaram 112% em relação a igual mês do ano anterior. Para Rabi, esse avanço deve ter sido pontual. “Em função da greve dos Correios e dos bancos, alguns pedidos podem ter ficado represados”, afirma Rabi, que prefere observar os dados do fim do ano para afirmar que houve deterioração forte da saúde financeira das companhias.
“De qualquer forma, recuperações judiciais e falências medem dificuldades financeiras, e uma das principais variáveis é a taxa de juros, que vem subindo desde abril”, diz. Com custo financeiro em alta e geração de caixa comprometida pelo crescimento mais lento, as empresas se veem em uma situação mais delicada.
Felipe Galea e Thomaz Sant’Ana, sócio e advogado da área no BM&A, respectivamente, avaliam que os dados mais recentes são “um sinal amarelo”. As dificuldades financeiras das empresas, afirmam, são um reflexo da situação econômica atual, em que o crescimento é pouco expressivo e o acesso ao crédito está mais restrito. Além disso, afirmam, a forte oscilação da taxa do câmbio nos últimos meses também dificulta a vida das empresas, especialmente daquelas que contraíram dívidas em moeda estrangeira.
Luis Alberto de Paiva, sócio-diretor da Corporate Consulting, conta que é procurado para prestar consultoria principalmente para empresas do setor industrial. Em sua avaliação, o câmbio pode ser uma pressão de custo adicional para as companhias do ramo, que no geral são as de maior porte e que apostaram na importação de insumos nos últimos anos.
Julio Mandel, do escritório Mandel Advocacia, também afirma que o número de consultas recebidas subiu nos últimos meses, mas avalia que embora a demanda continue centrada no setor industrial, os pedidos hoje são mais generalizados pelos setores da economia.
“Ouvir o secretário do Tesouro Nacional dizer que o mercado está especulando com a política fiscal é uma daquelas coisas que gelam a espinha, fazendo relembrar os períodos mais nefastos dos anos de 1980”, afirmou André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. “O mercado especula. Essa é a nossa função tanto quanto a da rendeira é rendar e a do pescador é pescar. Ver isso como ruim é tão contraproducente quanto exigir que um pescador pare de pescar porque mata os peixes”, emendou.
”
“http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/11/12/investidor-cobra-caro-do-pais
Emprego na indústria cai pela quinta vez em setembro, aponta IBGE
“http://www.valor.com.br/brasil/3335744/emprego-na-industria-cai-pela-quinta-vez-em-setembro-aponta-ibge#ixzz2kQgVpGPW
O número de empregados na indústria nacional diminuiu 0,4% em setembro em relação a agosto, na série com ajustes sazonais, apontou a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o quinto mês consecutivo de retração no emprego industrial, de acordo com o instituto.
Caminhos tortuosos:
Construtoras inventam uma série de justificativas p/ preços fora da realidade, obtendo subsídios do Governo que justifiquem p/ elas a redução do preço, buscando reequilibro do mercado.
Problema: já é tarde demais, super-estoque é absurdo, teriam que reduzir muito o preço e não farão isto, pelo jeito só vão piorar a situação ao tentarem empurrar com a barriga…
Burocracia deixa imóvel habitacional até 24% mais caro, diz entidade
“http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/11/burocracia-deixa-imovel-habitacional-ate-24-mais-caro-diz-entidade.html
Mais uma comparação entre imóveis do Brasil e de outros países:
“http://estamosricos.blogspot.com/2013/11/omaha-x-santarem.html
“noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/11/12/secovi-teria-deixado-vazar-informacoes-a-fiscais-de-iss.htm
‘http://blogdopaulinho.wordpress.com/2013/11/12/desespero-financeiro-da-wtorre-obriga-construtora-a-vender-participacao-em-shopping-de-sao-paulo/
Desespero financeiro da WTorre obriga construtora a vender participação em shopping de São Paulo
Uma sucessão de negócios ruins e dívidas galopantes com instituições financeiras estão obrigando a WTORRE, construtora da Arena Palestra, a se desdobrar para sobreviver.
Sem medir esforços, até com alguma irresponsabilidade, Walter Torre, proprietário da empresa, se meteu a construir empreendimentos lançando mão de empréstimos e emissão de debentures (caso do estádio palestrino), acreditando que, com a operação dos negócios, conseguiria pagar as pendências.
Não deu certo.
Hoje a dívida da WTORRE supera os R 5 bilhões, R$ 1,5 bilhão a mais do quem em 2012, período em que foi rebaixada pela agência de classificação de risco Fitch, referência no mercado.
No desespero, Torre colocou a venda os 50% que a construtora possui sobre o Shopping JK (o restante pertence ao grupo Iguatemi, do empresário Carlos Jereissati).
Pediu R$ 800 milhões, mas recebeu apenas uma oferta, do sócio Jereissati, no valor de R$ 400 milhões.
Montante que sequer chega a um terço do que é devido pela empresa em financiamentos realizados para erguer o empreendimento.
Não é por acaso, também, que conflitos começaram a acontecer no trato entre Palmeiras e WTORRE na gestão da ARENA, em contrato que oficialmente teria que durar 30 anos, com prazo sendo iniciado após a entrega das obras.
Eis o problema.
Todo o dinheiro investido pela construtora na obra é fruto de hábitos descritos no início da matéria, ou seja, empréstimos e emissão de debentures.
A grande questão é que o valor orçado ultrapassou o previsto, mais de R$ 450 milhões foram tomados das instituições financeiras e, com o estouro também do prazo de entrega da Arena, findou o período de pagamento das obrigações.
Resumindo, a WTORRE não tem dinheiro para finalizar a obra, muito menos pagar seus credores.
Por isso força a barra para que o Palmeiras rompa o contrato e a indenize pelo que diz ter gasto, com o clube depois tendo que correr atrás doutra construtora para fazer o estádio.
Alternativa que, talvez, seja até melhor do que conviver durante 30 anos com um parceiro que, comprovadamente, não é confiável nos negócios.
“http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/11/alimentos-sobem-e-inflacao-da-baixa-renda-acelera-em-outubro-diz-fgv.html”
Outra, com trecho em destaque:
Inflação para pobres sobe mais que o dobro entre setembro e outubro
Dados mostram que os alimentos foram os responsáveis pela alta, pois os preços saíram de uma deflação de 0,16% para alta de 1,13%
“http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2013/11/12/internas_economia,398304/inflacao-para-pobres-sobe-mais-que-o-dobro-entre-setembro-e-outubro.shtml
Com forte resultado e pouco endividada, o que a MRV fará com o caixa gerado? – InfoMoney
http://www.infomoney.com.br/mrvengenharia/noticia/3051518/com-forte-resultado-pouco-endividada-que-mrv-fara-com-caixa
Outra a este respeito.
Sobre os distratos, além de serem representativos (mais de R$ 260 milhões apenas em um trimestre), são usados também em esquema de “pirâmide”: geram vendas falsas, com isto aumento artificial de preços (base em procura aquecida que não existe), daí quando ocorrem o distrato alguns anos depois, repassam com o preço inflado artificialmente. Óbvio que, como qualquer pirâmede, tem seu tempo de vida limitado…
Fonte:
“http://economia.terra.com.br/lucro-da-mrv-recua-132-no-3-trimestre-e-fecha-em-r-131-i,a5457df4ace32410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
Lucro da MRV recua 13,2% no 3º trimestre e fecha em R$ 131 mi
Resultado ainda sofreu o impacto de unidades vendidas em 2011 a preços mais baixos
A MRV Engenharia e Participações viu seu lucro líquido cair 13,2% no terceiro trimestre na comparação anual conforme o esperado, e encerrou o período com geração de caixa de R$ 208 milhões. A construtora e incorporadora mineira informou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de R$ 131 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 151 milhões um ano antes.
O resultado ficou em linha com a média das projeções de analistas obtidas pela Reuters, de lucro líquido de R$ 132,7 milhões. Segundo o diretor-executivo de Finanças da MRV, Leonardo Corrêa, o resultado ainda sofreu o impacto de unidades vendidas em 2011 a preços mais baixos e pressões de custos que ainda se refletiram nestes resultados.
“A gente está em processo de recuperação de preços desde 2012, em que a gente vê paulatinamente o resultado cada vez melhor”, disse o executivo à Reuters. As margens da companhia ainda mostraram queda em relação ao terceiro trimestre de 2012, mas estáveis na comparação com o segundo trimestre.
A margem bruta foi de 26,6%, enquanto a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 18,3%, com quedas de 2,1 pontos e 4,2 pontos percentuais, respectivamente. “Os momentos de margens mais baixas estão começando a ficar para trás. A gente vai ver uma recuperação leve e gradual”, disse Corrêa.
A receita líquida da MRV foi de R$ 1,072 bilhão no trimestre, alta de 4,9% na comparação com o mesmo período de 2012. Já o Ebitda da companhia caiu 14,8% ano a ano, a R$ 196 milhões. Ao final de setembro, o estoque a valor de mercado da MRV era de R$ 4,08 bilhões, ante R$ 4,19 bilhões em junho.
“A gente está mantendo um estoque adequado para o volume de vendas e para o tamanho do mercado”, disse, adicionando que a companhia deve intensificar os lançamentos no quarto trimestre, na comparação com o terceiro. Entre julho e setembro, os lançamentos de imóveis caíram 25,5% na comparação anual, para R$ 788 milhões.
Já os cancelamentos de contratos (distratos) foram de R$ 265,5 milhões, queda de 9,6% em relação ao segundo trimestre. Segundo a MRV, 91,4% das unidades distratadas no ano até setembro foram revendidas neste período e com um ganho no preço médio de venda de 15,7%.
Assim, a geração de caixa da companhia no trimestre foi de 208 milhões de reais, chegando a R$ 386 milhões no acumulado do ano até setembro. Corrêa afirmou que a companhia deve ter uma geração de caixa nos mesmos níveis nos próximos trimestres. O destino deste dinheiro ainda será decidido pela companhia, e entre as alternativas estão o pagamento de mais dividendos, ou redução do endividamento, adicionou.
“http://noticias.band.uol.com.br/brasil/noticia/100000643863/marinha-acumula-quase-sete-mil-imoveis-no-pais.html
Mais um…
“http://estamosricos.blogspot.com.br/2013/11/chile-x-ba-x-rj.html
“Indústria da construção quer de Minha Casa Minha Vida 3 Segundo Paulo Simão, indústria quer sinais claros do lançamento da terceira fase do programa de habitação popular do governo. São Paulo – A indústria da construção quer sinais claros do lançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, programa de habitação popular do governo, disse nesta segunda-feira o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Simão.
Em conversa com jornalistas após encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ele acrescentou que o ciclo de construção é longo e que, por isso, as empresas precisam antever o cenário para fazerem investimentos adequados.
“Precisamos de sinal muito forte da presidente Dilma Rousseff que Minha Casa 3 está na forma”, afirmou Simão. Segundo o presidente da CBIC, o programa é hoje um projeto de governo, e deveria ser de Estado, para “garantir continuidade”.
Segundo Simão, também foram discutidas com o ministro a regularização da mão de obra terceirizada e a desburocratização do setor.
No dia 11 de dezembro, a entidade apresentará um trabalho propondo soluções para melhorar o ambiente de negócios no país, considerado “muito ruim” por Simão. “Nove por cento do custo médio de uma obra, em valor de venda, é por excesso de burocracia”, disse. Fonte: “http://exame.abril.com.br/economia/noticias/industria-da-construcao-quer-de-minha-casa-minha-vida-3-2
“http://www.df.gov.br/noticias/item/10197-procon-autua-construtora-durante-opera%C3%A7%C3%A3o-jo%C3%A3o-de-barro.html
Procon autua construtora durante “Operação João de Barro”
Do Procon DF
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Procon autua construtora durante “Operação João de Barro”
Foto: Divulgação
Principal queixa dos consumidores é o descumprimento do prazo de entrega dos imóveis
BRASÍLIA (11/11/2013) – A primeira ação da “Operação João de Barro”, ocorrida na manhã de sábado (9/11), em Ceilândia, resultou na notificação da construtora Borges Landeiro, por descumprimento contratual.
A Escola do Consumidor, agentes da fiscalização e advogados do departamento jurídico da autarquia estiveram com o Procon Móvel nas imediações do empreendimento para registrar queixas de consumidores e prestar orientação. Foram realizados cerca de 50 atendimentos.
A principal queixa dos consumidores foi descumprimento do prazo de entrega dos imóveis, previsto para março de 2012 – aproximadamente de 1,2 mil famílias do DF encontram-se nesta situação.
“A ‘Operação João de Barro’ do Governo do Distrito Federal vem para proteger o consumidor dos abusos cometidos por construtoras. A casa própria é o desejo de todo brasileiro, e não vamos tolerar que o descompromisso de algumas empresas estrague esse sonho”, comentou Todi Moreno, diretor do Procon-DF.
A “Operação João de Barro” prosseguirá em outras regiões administrativas do DF no decorrer do ano para colher informações relacionadas a problemas com construtoras.
No acumulado do ano, o Procon-DF efetuou 1.151 atendimentos referentes a construtoras, e os principais problemas são o não cumprimento do contrato, dúvidas sobre cobrança, cobrança de taxa indevida, devolução de sinal, não entrega do contrato, rescisão do contrato por não entrega do imóvel, qualidade da construção, não entrega da escritura e propaganda enganosa.
Para o atendimento, o consumidor deve estar munido de cópias de carteira de identidade, CPF e comprovante da relação de consumo, como nota fiscal, boletos pagos, protocolo de reclamação e cópia do contrato de prestação de serviço, entre outros. Para reclamar por outra pessoa, é necessária procuração.
Será que com toda esta pujança, terão folego para sustentar a bolha?
Brasileiro poupa mais e comércio espera Natal tímido.
Lojistas trabalham com uma expectativa mais fraca para o fim de ano graças à alta do dólar e retomada da alta dos juros.
[…]
No comércio desde os 13 anos, quando trabalhava na feira com o pai, Gê afirma ter visto poucos Natais com o ritmo tão devagar. “Ano passado a gente atendia umas 15 pessoas por dia nessa época do ano. Ontem (dia 6), por exemplo, foram só quatro pessoas o dia inteiro”, lamenta. Se está ruim para as vendas, para ela a coisa também não vai bem. Comissionada, vai ter de apertar um pouco o cinto neste Natal. “A gente pensa positivo, mas não dá para negar que a coisa está mais devagar”, diz.
“http://brasileconomico.ig.com.br/noticias/brasileiro-poupa-mais-e-comercio-espera-natal-timido_137076.html
Mais uma comparação interessante:
“http://estamosricos.blogspot.com.br/2013/11/ap-chicago-x-sao-paulo.html
Sobre a Economia ajudando a sustentar os preços absurdos dos imóveis…
Pedidos de falência crescem 19% em outubro, indica Serasa Experian
“http://www.valor.com.br/brasil/3334402/pedidos-de-falencia-crescem-19-em-outubro-indica-serasa-experian
Os pedidos de falência aumentaram 16% em outubro, na comparação com setembro, e subiram 19% ante o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Serasa Experian.
Foram realizados, em todo o país, 181 pedidos de falência no mês passado, ante 156 em setembro. Em outubro de 2012, houve 152 requerimentos.
Dos 181 pedidos de falência, 94 foram feitos por micro e pequenas empresas, 39 por médias e 48 por grandes companhias.
O número de falências decretadas subiu para 74, de 66 em setembro. Em outubro do ano passado, foram 76.
De acordo com a Serasa Experian, o aumento dos juros tem elevado o custo financeiro das empresas, contribuindo para sua insolvência. O ambiente de baixo crescimento econômico também dificulta suas operações.
A Serasa informou ainda que foram feitos 104 pedidos de recuperação judicial no país em outubro, ante 75 em setembro e 49 em outubro do ano passado. As recuperações deferidas atingiram 59, ante 56 no mês anterior e 68 no mesmo período em 2012.
De acordo com a Serasa Experian as informações sobre falências e recuperações são obtidas a partir do levantamento mensal das estatísticas registradas mensalmente em sua base dados, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos Estados.
Sobre imóveis comerciais, onde a explosão da bolha é mais visível:
Parceria entre BR Malls e Simon fez água.
Tweet (0) Ana Luiza Leal
Um ano e meio atrás, a americana Simon Property Group, maior companhia imobiliária de capital aberto do mundo, anunciou que construiria 12 outlets de luxo no país até 2019 (os outlets são aqueles shoppings que vendem produtos de grife com desconto). A Simon fez uma joint venture com a gestora de shoppings BR Malls para levantar os empreendimentos, orçados em 1,5 bilhão de reais. Mas, de lá para cá, a parceria fez água. Atrapalhou a exigência da Simon de que os outlets daqui tivessem o mesmo padrão que os de fora — o projeto dos americanos custava cerca de 200 milhões de reais, o dobro do esperado para fechar as contas. A BR Malls não comenta. A Simon diz que está revisando os planos para o Brasil.
“http://exame.abril.com.br/blogs/primeiro-lugar/2013/11/11/parceria-entre-br-malls-e-simon-fez-agua/
E ainda tem gente que acha que vai faturar dezenas de milhares de reais, só alugando imóvel durante a copa…
Rio terá cinco mil novos quartos até a Copa de 2014
08/11/2013 17:52:00 » Autor: Flávia David / Fotos: Fernando Maia/Riotur e Beth Santos
A Prefeitura do Rio se prepara para receber os amantes do esporte na Copa do Mundo FIFA 2014 e investe na expansão da rede hoteleira com a construção e adaptação de pelo menos cinco mil novos quartos até 2014. Atualmente, a cidade oferece 34.130 quartos. Para a Copa do Mundo, espera-se alcançar a marca de 39,2 mil quartos, sendo 26,6 mil em hotéis e outros 12,6 mil distribuídos em apart-hotéis, albergues, pousadas e motéis.
Para 2016, a expectativa é de que a capacidade de hospedagem no Rio alcance a marca de 52,5 mil unidades (cerca de 18 mil quartos a mais em relação aos números atuais), sendo 39,8 mil em hotéis e 12,8 mil em aparts, motéis, albergues e pousadas. Isso, levando-se em consideração os empreendimentos em obras, em análise ou já licenciados pela Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU). Além disso, a expansão da rede hoteleira no Rio prevê a geração, nos próximos anos, de 14 mil postos de trabalho diretos, entre recepcionistas, camareiras, garçons e chefs de cozinha, e de 35 mil indiretos.
De acordo com a Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro (Rio Negócios), para se criar um ambiente favorável ao investimento no setor de hotelaria na cidade, a Prefeitura do Rio, em 2010, lançou um pacote de incentivos que potencializou a chegada de novos empreendimentos, como as redes Accor, Ramada, Marriott, BHG, Windsor, Hyatt, Hilton e Emiliano; uma estimativa de R$ 4 bilhões em investimentos.
Para fomentar ainda mais a expansão da rede hoteleira, este ano foi aprovado um pacote de incentivos para proprietários de motéis que desejassem convertê-los em empreendimentos hoteleiros. O pacote inclui redução de ISS, remissão de IPTU, isenção de IPTU durante as obras e redução de IPTU na operação para explorar da atividade hoteleira. A cidade conta hoje com 6.500 quartos de motel e, para a Copa do Mundo, espera-se que mil quartos sejam convertidos. Até os Jogos Olímpicos, a Rio Negócios prevê a conversão de mais de 3 mil quartos. Estas unidades poderão ser reconvertidas após dois anos das Olimpíadas 2016.
À frente da Rio Negócios, Marcelo Haddad analisou a expansão da rede hoteleira do Rio, destacando que esta transformação se deu em curto intervalo de tempo:
– O Rio vem passando por uma grande expansão e requalificação da sua oferta de quartos em um período de tempo curto. Isso é algo sem precedentes no mundo. Este processo, impulsionado pelos eventos internacionais e o dinamismo econômico da cidade nos últimos anos, foi potencializado com o pacote de incentivos lançado pela Prefeitura. Em cinco anos teremos aumentado em 60% a nossa rede de hospedagem. Até o ano que vem, durante a Copa do Mundo da FIFA, a cidade ganhará mais de cinco mil novos quartos, totalizando 39.200 unidades – afirmou Haddad, acrescentando que os volumes desta expansão são monitorados pela Agência, que também atua na captação de novos investidores e facilita sua instalação na cidade, conectando os players deste mercado e auxiliando no georreferenciamento dos projetos.
A prefeitura dividiu os hotéis da cidade em quatro regiões de influência: os bairros de Copacabana (que possui três estações de metrô), Barra da Tijuca (que futuramente terá dois sistemas BRT e uma estação de metrô), e Centro seguirão concentrando o maior número de unidades. A Barra terá participação relevante nesse processo, uma vez que o bairro e seus arredores contarão com 38 estabelecimentos novos e duas expansões. Em seguida, vêm Copacabana (que abrange toda a Zona Sul), com 33 novos hotéis e três expansões; Maracanã (que compreende o Centro, a região do Porto e Del Castilho), com 12 novos e duas ampliações; e Deodoro (com dois lançamentos na Ilha do Governador).
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Joaquim Lopes, vê no pacote de incentivos da Prefeitura do Rio a principal alavanca para a expansão da rede hoteleira da cidade. Segundo ele, a decisão promoveu mudanças e adaptações importantes no setor:
– Além de conceder incentivos fiscais para a construção de empreendimentos hoteleiros, a intervenção da prefeitura nos parâmetros urbanísticos da cidade foi responsável por mais de cem novos projetos licenciados ou em processo que nos permitiram, hoje, dizer que a carência na oferta de leitos na cidade é um desafio praticamente superado. Além disso, estima-se que cada novo quarto de hotel vai gerar cerca de quatro empregos, sendo um direto e três no setor de receptivo turístico – disse Lopes.
Seis novos hotéis na Lapa
De acordo com a Rio Negócios, a Lapa e adjacências, cujo número de frequentadores se torna cada vez maior, também terão sua rede hoteleira reformulada. Estão previstas até 2016 a implantação de seis novos hotéis nas ruas do Riachuelo, Gomes Freire e do Rezende.
Além disso, três motéis estão sendo convertidos (como é o caso do Hotel Fluminense e do SNOB) e três hotéis já existentes (Granada, Hotel Pouso Real e Rio’s Presidente) passam por obras de ampliação ou retrofit (modernização). Quando essas 12 unidades estiverem prontas, a região vai oferecer aos cariocas e visitantes um total de 1.616 novos quartos.
Assim como outras regiões da cidade, que passam por obras de reformulação, o bairro da Lapa está passando por restaurações que procuram manter intacto o seu conjunto arquitetônico, que inclui prédios do início do século. A região abriga monumentos centenários, como os Arcos da Lapa, o Passeio Público, a Escola Nacional de Música e a Igreja de N. Sra. da Lapa. A região encanta os seus visitantes por ser um espaço multicultural, que mistura vários tipos de arte e inúmeros estilos musicais.
Brookfield diz que foi vítima de extorsão de agentes públicos em SP.
Segundo empresa, os fatos que estão sendo apurados pelo MP não acarretarão efeitos relevantes sobre os seus negócios ou sobre a sua situação financeira ou patrimonial.
SÃO PAULO – A Brookfield (BISA3) esclareceu, por meio de comunicado ao mercado, em resposta à socilitação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), reitera que atende às solicitações do Ministério Público do Estado de São Paulo, a fim de colaborar com a investigação sobre irregularidades praticadas por fiscais de arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviços) na capital.
Diante disso, a empresa informou que no dia 1° de novembro um funcionário e um ex-diretor da companhia voluntariamente compareceram ao Ministério Público onde prestaram depoimento, na qualidade de testemunhas protegidas.
O comunicado faz referência à matéria publicada no InfoMoney, em que representantes da empresa teriam confirmado na sexta-feira que participaram do esquema de pagamento de propina descoberto pela prefeitura de São Paulo, que pode chegar até R$ 500 milhões. A participação da incorporadora, porém, é pequena, de R$ 4,12 milhões.
A Brookfield esclareceu que as informações levantadas até agora dispõe de evidências que comprovam recolhimento de ISS compatíveis com os critérios previstos na legislação aplicável, tendo sido vítima de extorsão, e que os fatos que estão sendo apurados pelo Ministério Público não acarretarão efeitos relevantes sobre os seus negócios ou sobre a sua situação financeira ou patrimonial.
A Brookfield disse ainda que por se tratar de uma investigação conduzida sob sigilo comprometeu-se perante o Ministério a manter a confidencialidade das informações prestadas.
Agora a moda é dizer que bolha imobiliária só tem nos outros lugares, aqui não!!! (rs)
Alagoas está fora da “Bolha Imobiliária” – Gazeta de Alagoas
Fonte: “http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/acervo.php?c=233605
O economista Breno Ferreira de Araújo diz que, em Alagoas, não há “bolha imobiliária” (excesso de imóveis e baixa demanda) por causa de duas razões bem simples: garantia do governo dos financiamentos já consolidados e demanda reprimida ainda elevada, principalmente nas regiões periféricas.
Somente de janeiro a outubro deste ano, a Caixa Econômica Federal liberou R$ 1.079.370.000,00 para financiar o sonho de milhares de alagoanos de conquistar sua casa própria, em bairros nobres e periféricos da capital e do interior. Deste total, R$ 567.293.300,00 foram destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida.
Nos últimos cinco anos, de acordo com dados da instituição, o aporte de recursos, conjugados a generosos subsídios, supera os R$ 5 bilhões e 940 milhões. Toda essa grana viabilizou mais de 92.650 residências, das quais 74.211 ao público do Minha Casa, Minha Vida, com renda de zero a três salários mínimos.
Minha Casa entrega só 132 unidades em 4 anos e meio
“http://www.dgabc.com.br/Noticia/493589/minha-casa-entrega-so-132-unidades-em-4-anos-e-meio?referencia=destaque-titulo-editoria
Lançado em abril de 2009 pelo governo federal, o programa Minha Casa, Minha Vida surgiu como solução para diminuir ou até zerar o deficit habitacional do Grande ABC, que é estimado em 88 mil moradias. Porém, passados quatro anos e meio do início da ação, somente 132 unidades habitacionais foram entregues para famílias de baixa renda na região por meio do programa.
Justamente estas únicas moradias finalizadas, no Conjunto Juquiá, em Santo André, foram liberadas para os moradores com um ano e meio de atraso. Outros 220 apartamentos do Conjunto Londrina, também no município, eram para ser entregues junto com as unidades do Juquiá, em novembro de 2011, mas ainda não foram inaugurados. A previsão é que as unidades sejam liberadas até o fim deste ano. Estão em fase de construção na cidade mais 880 imóveis do Conjunto Guaratinguetá, 140 do Alemanha e 200 do Olaria. A Prefeitura não informou a previsão de entrega das unidades.
São Bernardo firmou contrato com a Caixa Econômica Federal para a construção de 420 unidades na Rua Tiradentes, região do bairro Ferrazópolis. O empreendimento recebe investimento de R$ 40,3 milhões e está previsto para ser entregue em dezembro de 2014. São as únicas moradias do programa na cidade. Em Mauá, foram contratadas 1.836 unidades desde 2010. Dessas, são 696 no Jardim Oratório – único local onde as obras foram iniciadas –, 300 no Jardim Cerqueira Leite e outras 840 unidades no Jardim Feital. A previsão é que todas as moradias sejam entregues até 2015.
A Prefeitura de Diadema prevê entregar em breve 231 unidades do conjunto habitacional Gema e 40 do Residencial Vitória, nos bairros Campanário e Eldorado, respectivamente. No entanto, a administração municipal não informou a data para inauguração dos dois empreendimentos. Estão em execução outras 360 unidades no conjunto Mazzaferro, 200 no Portinari e 160 no Pau do Café, ambas na região do Jardim Casa Grande.
Área de 720 mil m² no Jardim Serrano, em Ribeirão Pires, receberá empreendimento habitacional do Minha Casa, Minha Vida para abrigar entre 500 e 900 famílias. Ainda não há definição sobre quantas unidades serão feitas no local. O projeto encontra-se em fase de licitação. A administração municipal não informou qual a previsão para início e término das obras.
A Prefeitura de São Caetano comunicou que está analisando áreas da cidade que podem ser destinadas a moradias populares dentro do programa habitacional do governo federal. Rio Grande da Serra foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos sobre o tema. As famílias com renda bruta mensal até R$ 1.600 são inscritas pela Prefeitura no Minha Casa, Minha Vida. A execução das obras dos empreendimentos é realizada por construtora contratada pela Caixa Econômica Federal, que se responsabiliza pela entrega dos imóveis concluídos e legalizados. A agência bancária declarou que os investimentos do Minha Casa, Minha Vida na região chegam a cerca de R$ 348 milhões.
A Caixa justifica o baixo número de moradias entregues pelo programa nas sete cidades com a alegação de que também foram entregues cerca de 5.000 unidades habitacionais por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) desde abril de 2009. A professora de Planejamento Urbano Metropolitano e Habitação da UFABC (Universidade Federal do ABC) Rosana Denaldi explica os motivos que emperram o programa na região. “Temos dois problemas: o alto preço e a escassez de terras. Esses são os principais empecilhos para evolução do programa nas regiões metropolitanas.”
Como tudo nestes governos 13, muito estardalhaço e pouco resultado.
Característica marcante de um Estado populista!!!
Comparação: Casa em Orlando x Fortaleza….
“http://estamosricos.blogspot.com.br/2013/11/orlando-x-fortaleza.html
kkkk, ótimo post em blog, orlando x fortaleza, um absurdo de caro está este nosso brasil …… tem que despencar ainda mais os preços, fora da realidade … a valorização não acompanhou a renda do brasileiro… surreal …
“http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/11/11/o-vilao-da-inflacao-e-tambem-o-da-estagnacao
O vilão da inflação é também o da estagnação
“http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/11/11/cidade-dos-extremos
“A propriedade da terra urbana é muito diluída. A especulação imobiliária domina o quadro técnico das prefeituras, com profissionais fazendo um código de obras e construções pensado para ser economicamente viável. Vi uma discussão na câmara técnica do carioca Israel Klabin – que queria o diálogo entre os bairros e os técnicos, engenheiros e arquitetos. Estávamos discutindo o gabarito da Rua das Laranjeiras. Defendíamos, digamos, prédios de 15 andares no máximo. Os outros queriam 25, argumentando: professor, 15 não é economicamente viável. Engenheiros da prefeitura para defender os interesses do mercado! Outro exemplo: antes, tínhamos o conjugado. Depois, foi estabelecido que a unidade mínima habitacional deveria ter 36 m2 e dois cômodos, uma sala e um quarto. Era o mínimo. De lá para cá, a especulação imobiliária inventou o “loft” – e parte da sociedade adorou, a prefeitura aprovou. O loft é um conjugado, um cubículo num cortiço metido. O segredo? Os especuladores encontram condições de, a partir da legislação, aumentar o gabarito ou a possibilidade de uso de uma rua. Assim, onde antes não podia ter restaurante ou prédio, agora, do dia para a noite, pode. O sujeito que tem sua casinha ou seu apartamento aplaude quando num passe de mágica a rua passa a valorizar o imóvel. O mercado imobiliário e a indústria da construção civil são predadores. É um retrato de Serra Pelada, sabe? Vão deixar para trás um deserto e uma miséria de cidade.
FGTS poderá ser usado em infraestrutura
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JULIO WIZIACK
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
O trabalhador poderá aplicar até 30% do saldo de seu FGTS em um fundo de infraestrutura que será criado pela Caixa Econômica Federal em janeiro.
A aplicação, que será semelhante ao investimento feito na Petrobras e na Vale no passado, é uma resposta às críticas sobre a correção das contas do FGTS, atualmente abaixo da inflação.
Fundo deve render mais que a inflação, mas não há garantia
O novo fundo só será criado porque houve um acordo entre a Caixa e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no fim de outubro. As discussões duraram cinco anos, porque a CVM tinha restrições ao risco do trabalhador.
A Folha apurou que o regulamento do novo fundo já está pronto.
Inicialmente, os trabalhadores poderão aportar conjuntamente até R$ 2 bilhões. Mas, caso haja grande procura, o conselho curador do FGTS poderá ampliar esse limite até R$ 6 bilhões.
O novo fundo será um “pedaço” do FI-FGTS, criado em 2008 com recursos do FGTS para investimentos em infraestrutura (tanto em ações como em dívidas das empresas do setor). Nesse fundo, o trabalhador não pode investir diretamente. Os recursos são do conjunto de saldos do FGTS.
Os R$ 2 bilhões serão retirados do FI-FGTS e convertidos em cotas do novo fundo.
Editoria de Arte/Folhapress
CONTROVÉRSIA
O impasse com a CVM ocorreu porque a Caixa pretendia converter só ações de empresas em cotas. O regulador recusou porque isso comprometeria o resgate.
Um trabalhador que fosse demitido poderia ter problema para sacar sua aplicação. Motivo: várias empresas investidas estão em fase pré-operacional, não têm ação na Bolsa, o que dificultaria a precificação e a liquidez das cotas do fundos.
A resistência acabou com uma solução apresentada pela Caixa. Em vez de ações, entrariam as dívidas das empresas que estão na carteira do FI-FGTS há mais de um ano. Entre esses papéis, estão debêntures, notas promissórias e outros instrumentos de dívida corporativa. É mais fácil atribuir preço a dívidas do que a ações fora da Bolsa.
Hoje, o saldo do FGTS é corrigido pela TR mais 3% ao ano -o que dá menos de 3,5% no total. A inflação projetada para 2013 é de 5,9%.
O novo fundo pode repetir o desempenho da carteira de dívida do FI-FGTS. Nos últimos cinco anos, a média de retorno anual foi de 12,5%, mas não há garantia de que isso se repetirá.
É SEGURO?
Existe risco. Na carteira do FI-FGTS, há dívidas de empresas em fase pré-operacional ou projetos que ainda não atingiram o pico do resultado.
A LLX, do empresário Eike Batista, é uma delas. O investimento só não deu prejuízo porque a empresa foi vendida, afastando o risco de calote para o FI-FGTS.
Em geral, os recursos vão para empresas com projetos que exigem fôlego até dar resultado. A Alupar é um dos casos bem-sucedidos. O FI-FGTS entrou como sócio, em 2009, e, em 2013, a companhia de transmissão de energia abriu o capital, atraindo R$ 851 milhões.
Para o trabalhador que decidir apostar no novo fundo, o risco será o de calote das empresas. É diferente do que ocorreu no passado com os investimentos em ações da Vale e Petrobras. O rendimento dependia do desempenho das companhias -e do valor das ações na Bolsa.
As dívidas têm juros negociados, o que torna mais previsível o retorno da aplicação.
A CVM confirmou que a negociação “evoluiu”, mas informou que, devido à complexidade, não pode prever o prazo da regulamentação.
A Caixa informou que “o prazo do lançamento do fundo será o menor possível”.
O mais legal das notícias publicadas é analisar o nível de eufemismo praticado e se divertir…
Na notícia abaixo, por exemplo: a bolha imobiliária nos imóveis comerciais é “GRITANTE”, ao ponto de muitos “investidores” terem fugido deste mercado e se “refugiado” em imóveis de 1 dormitório, no caso da região central de São Paulo, o que, conforme demonstrado acima, é outra roubada. Apesar disto, o termo que eles utilizam para uma super-ultra-mega oferta completamente desproporcional a demanda e que nunca terá demanda suficiente (leia-se: muitos shoppings terão que fechar) é “APROXIMANDO-SE da saturação”…
Segue a notícia:
Shopping de sobra
O Globo – 11/11/2013
“http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/11/11/shopping-de-sobra
Desde 2012, surgiram 49 novos shopping centers no Brasil, o que deixa o mercado próximo da saturação nesse segmento
José Isaac Peres, um dos pioneiros e ainda entre os líderes do setor, costuma dizer que tem certeza que os shopping centers estarão entre as coisas que continuarão a existir daqui a trinta, quarenta anos (uma outra, segundo ele, seria o celular). E não é só Peres que tem essa visão. Do ano passado para cá, mesmo com a economia brasileira caminhando devagar, surgiram nada menos que 49 novos empreendimentos, alguns deles não concluídos até o momento. O grupo Aliansce, também tradicional e um dos principais desse segmento, incorporou à sua rede 14 novos shopping centers: o mais recente foi inaugurado semana passada, em Maceió, no qual está associado à concorrente Multiplan, de Peres (foi a primeira vez, aliás, que o empresário investiu nessa região, confiante na experiência que o concorrente e agora também sócio Renato Rique tem na administração desses centros comerciais em capitais e grandes cidades nordestinas, como Salvador, por exemplo).
Além da Multiplan e da Aliansce, os grupos que mais se destacam no setor são o BR MaUs, o Iguatemi e o Ancar-Ivanhoe. No entanto, no meio desses 49, há muitos estreantes no ramo, como o grupo Cyrela, um dos pesos pesados do mercado imobiliário nacional, que já chega disposto a disputar espaço na área que concentra o maior número de shopping centers no Rio, a Barra da Tijuca e suas extensões. Mesmo os que já estão lá consolidados decidiram se renovar para enfrentar a chegada de mais um concorrente. O Via Parque (terceiro na cidade, atrás do Norte Shopping e do Barra Shopping), favorecido pelos corredores de transporte que a prefeitura promete inaugurar a partir do mês que vem na região, refez acessos e fachadas, investindo R$ 48 milhões.
Em algumas cidades médias do interior, como Campos dos Goytacazes, o mercado para shopping centers chega a crescer 20% ao ano. Ainda assim, na opinião de especialistas, com essa recente enxurrada de novos empreendimentos, é possível que o segmento tenha atingido um limite de expansão, e que agora ocorra um processo de fusões e incorporações.
FAVELAS ABRIGAM CASAS COM TRÊS QUARTOS OU MAIS
Por: Carol Scorce
“http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=55067
Pesquisa indica que perfil de comunidades reflete crescimento econômico
Ruas sinuosas, estreitas, mal iluminadas e minúsculas casas de madeirite. Talvez este cenário esteja no imaginário de muita gente quando o assunto são as comunidades das periferias, até pouco tempo chamadas apenas de favelas. Mas o perfil dessas comunidades mudou muito, reflexo do crescimento econômico do País e da ascensão de milhões de famílias para a chamada classe média.
De acordo com o Censo 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nos quatro municípios do ABCD que possuem favelas – Santo André, São Bernardo, Mauá e Diadema –, 92% da população dessas comunidades moram em casas de alvenaria, das quais 59% possuem três quartos ou mais. Nos bairros das quatro cidades fora das comunidades periféricas, a proporção de famílias que vivem em casas com três quartos é de 45%.
O comerciante Mauro Matos, 57 anos, vive (e bem) há 21 anos na Vila São Pedro, maior comunidade do ABCD em população e terceira maior do Estado. A casa de Matos tem três andares, sendo o último um espaço de lazer, com mesas de pingue-pongue, de sinuca e churrasqueira. São quatro quartos, três banheiros, móveis e eletrodomésticos de ponta.
Cruzeiros – Quando comprei essa casa só tinha um cômodo. Paguei em cruzeiros. Não tínhamos nada, nem geladeira, e ficamos morando aqui muito tempo assim. Com o tempo, o bazar (que funciona na garagem na casa) foi prosperando. Fomos melhorando a casa, comprei um carro, paguei o estudo dos meus filhos.”
Para Matos, a receita do bazar cresceu muito nos últimos dez anos, e foi então que ele aumentou a casa. “Não tenho do que reclamar. A parte ruim de viver aqui é que os serviços eram longe, como banco, posto de saúde, ônibus passava muito pouco, mas nos últimos anos isso também melhorou, então não temos por que sair daqui”, afirmou.
Data Favela destaca renda – Lançado nesta semana (04/11), o Data Favela, pesquisa do instituto Data Popular, mostrou como a alta da renda tem influenciado a vida e qualidade de vida dos moradores de comunidades de todo o País. A pesquisa aponta que, de 2003 a 2013, as comunidades deixaram de ter 65% da população na classe baixa para ter igual proporção na classe média.
O crescimento da renda dessa população se reflete no acesso a bens: 99% já têm geladeira, eletrodoméstico que é seguido por ferro de passar (91%), celular (85%), máquina de lavar (69%), chuveiro elétrico (61%), micro-ondas (55%), secador de cabelo ou chapinha (49%), computador (47%), TV de plasma, LCD ou LED (46%), freezer (38%), forno elétrico (17%) e aparelhos de ar condicionado (14%). Do total de lares, 28% já dispõem de TV por assinatura, 50% têm acesso à internet, 20% têm carro e 13%, moto.
O grande salto dos imóveis corporativos em Curitiba, onde a OFERTA cresceu 700%…
“http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1424276&tit=O-grande-salto-dos-imoveis-corporativos”
Vinicius Torres Freire
Um fracasso em dez motivos
Apesar de incentivar empresas com bilhões de reais, investimento micou nos anos Dilma
1. ONDE FOI PARAR? O governo Dilma Rousseff transferiu centenas de bilhões de reais para empresas. Fez isso de modo direto: baixou impostos e subsidiou empréstimos (por meio de bancos públicos, emprestou dinheiro a preço “abaixo do custo”). Fez isso de modo indireto: protegeu ainda mais empresas brasileiras da competição externa.
2. A dinheirama não foi parar no investimento. Ou, pelo menos, não teve o dom de incrementá-lo. A intenção declarada do governo Dilma era incentivar empresas a investir mais em novas instalações produtivas, novos negócios. Não rolou. O investimento como proporção do PIB caiu do primeiro trimestre do governo Dilma (2011) até o segundo trimestre deste ano de 2013, quando houve recuperação miudinha.
3. Onde foi parar tanto incentivo? Manutenção de margem de lucro de empresas, ameaçada pela concorrência estrangeira de produtos mais baratos, favorecida ainda pelo câmbio (dólar barato)? Foi repassado para preços de produtos? Bancou o custo do represamento de trabalhadores (evitar demissões), mantidos mesmo com capacidade ociosa na produção? Note-se que quase todas essas hipóteses são boazinhas.
4. Por falar em câmbio, note-se de passagem que o “preço do dólar” de fato ainda esteve barato nos anos do governo Dilma, o que em tese prejudica empresas nacionais (nem todas), acossadas pela concorrência externa. Mas a taxa de câmbio efetiva real melhora desde a metade de 2011.
5. A parte do dinheiro federal empregada em investimentos “em obras” ficou praticamente estagnada desde o início do governo Dilma (na conta que compara tais dinheiros com o tamanho da economia, do PIB). O governo até que tentou melhorar, mas deu de cara com a própria burocracia, com ministros incompetentes (nomeados porém por Dilma), com delongas derivadas dos escândalos do primeiro ano de governo (aquele da “faxina ética”) etc.
6. Por que o governo fechou a porta na própria cara, em matéria de investimento? Por que não consegue gastar nem o que se propõe? Um motivo é a barafunda de instituições de licenciamento, controle e fiscalização, as quais não se falam, têm responsabilidades sobrepostas, normas confusas e outras maluquices, como leis draconianas, que no entanto não impedem corrupções.
7. O que o governo Dilma fez a respeito desse manicômio legal-institucional? Nada, ou quase isso.
8. Por que Dilma não fez nada, ou quase isso? Só perguntando aos botões da presidente, como ela mesma gosta de dizer.
9. Hipóteses. Dilma não queria lidar com o Congresso, mandar-lhe leis, reformas, nada disso. Porque não gosta de lidar com o Congresso. Porque talvez achasse que, com alguns safanões e “vontade política” (dela), a coisa andasse. Porque não conhecia o tamanho do problema, apesar de estar no governo federal, lidando justamente com isso, desde 2003. Os botões da blusa de Dilma têm muito para explicar.
10. Dilma, enfim, não fez reforma quase alguma. Achava que o país estava “pronto para crescer”, bastando colocar mais lenha para esquentar a caldeira e acelerar a Maria-fumaça (mais incentivo e gasto público). Mas o trem não andou. Apenas ficou mais quente, desperdiçando energia: mais inflação, mais deficit externo
Interessante:
“http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1369310-volume-de-compras-encolhe-e-pesquisa-de-precos-aumenta.shtml
Professor da FGV fala sobre risco de bolha imobiliária no Brasil – R7
Link: “http://videos.r7.com/professor-da-fgv-fala-sobre-risco-de-bolha-imobiliaria-no-brasil/idmedia/527adb540cf24d848467352b.html
A insanidade vai longe: duas vagas de garagem no RJ “custam” R$ 1 milhão…
“http://oglobo.globo.com/economia/imoveis/vagas-que-valem-um-ape-10723445
Mais um capítulo…
Proposta barrada pela Justiça reduz IPTU para mais da metade da população de São Paulo
Projeto de Fernando Haddad concentra reajuste acima de 15% em 1,8 milhão que vivem em regiões centrais e pela primeira vez diferencia construções de mesmo tamanho em bairros mais e menos valorizados
por Rodrigo Gomes, da RBA publicado 09/11/2013 12:00
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ROGÉRIO CASSIMIRO/FOLHAPRESS
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O reajuste agora se dará não apenas por conta do imóvel, mas pela região em que está construído
São Paulo – Barrado pela Justiça, o reajuste do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) beneficiaria com redução do tributo 3,4 milhões de pessoas na capital paulista. Com o projeto, aprovado na Câmara Municipal no último dia 29 e sancionado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), 25 dos 96 distritos teriam redução entre 0,6% e 12,1% em 2014, a maior parte deles nas zonas leste e sul da cidade, onde a infraestrutura urbana é precária e os bairros apresentam os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).
Outros 3,6 milhões de moradores da capital teriam reajuste de no máximo 5,7%, abaixo da estimativa de inflação oficial, em torno de 6%. Como o projeto aprovado na Câmara previa que não haveria atualização monetária pela inflação, esta parcela não teria novos reajustes até a próxima revisão da Planta Genérica de Valores, que serve de parâmetro para o cálculo do IPTU.
Nos demais casos, 1,4 milhão de habitantes, em 14 distritos, teriam reajuste entre 5% e 10%. Outros 740 mil teriam IPTU entre 10% e 15% mais caro. E 1,8 milhões, que vivem na região central da cidade, teriam aumento acima de 15%.
Os distritos de Parque do Carmo (-12,10%), Cidade Líder (-11,50%), Anhanguera (-10,00%), Vila Jacuí (-9,70%) e São Miguel (-9,10%) apresentam os maiores valores de redução no imposto. Na outra ponta estão Alto de Pinheiros (19,80%), Vila Mariana (19,80%), Sé (19,80%), República (19,70%), Jardim Paulista (19,50%) e Moema (19,50%), distritos mais ricos e centrais da cidade, que terão os reajustes maiores.
O projeto também prevê a ampliação da isenção do imposto para imóveis com valores venais até R$ 160 mil. Atualmente este valor é de até R$ 90 mil. Além disso, imóveis entre R$ 120 mil e R$ 320 mil de valor venal teriam uma escala de descontos decrescentes. Esse valores são individuais sobre os imóveis, pois consideram o tipo de construção em que a pessoa vive — casa ou prédio, número de cômodos, área edificada. Logo, um imóvel pequeno em uma região valorizada pode ter um reajuste inferior à média local.
Outra inovação do projeto é a aplicação de valores diferenciados para construções semelhantes em cada uma das três zonas fiscais. Uma casa de quatro cômodos no bairro do Campo Belo, área nobre da cidade onde o metro quadrado custa R$ 8,5 mil, em média, não vai mais ter o mesmo valor para o cálculo do IPTU que uma casa de igual tamanho na Vila São José, a 20 quilômetro do centro da capital. Antes elas eram taxadas da mesma forma.
Os aposentados também receberam uma escala maior de isenções, com três faixas de descontos. Aposentados que recebem até três salários mínimos continuam isentos. Os que recebem entre três e quatro teriam descontos de 50%. E os que recebem de quatro a cinco mínimos teriam abatimentos de 30% no tributo devido.
Na quinta-feira (7), Haddad sancionou uma lei que isenta de IPTU os terrenos destinados ao Minha Casa, Minha Vida e ao Programa de Arrendamento Residencial, adquiridos pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e pelo Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). Atualmente, há 1.502 unidades habitacionais concluídas na cidade e outras 11 mil em obras. Segundo o prefeito, a medida pretende incentivar a construção de habitações de interesse social para a população de baixa renda.
A Revisão da Planta Genérica atualiza os valores venais dos imóveis (VVI), bastante inferiores aos valores de mercado, com base na valorização imobiliária e em outros critérios de desenvolvimento ou degradação de uma região, em um determinado período. No caso atual, os valores estão reajustados com ano-base em 2009, quando a planta vigente foi sancionada pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD, 2006-2012). Na época, o reajuste do IPTU chegou a 80% em alguns casos, com tetos anuais de 30% para residenciais e 45% para comerciais.
De janeiro de 2009 a outubro deste ano, houve valorização de 169,5% no mercado imobiliário na cidade de São Paulo, segundo o índice da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a ZAP Imóveis. O reajuste médio na cidade chega a 10,7% para imóveis residenciais — com teto de até 20% de reajuste para 2014 e 10% nos anos seguintes — e 31% para comerciais — com teto de até 35% de reajuste para 2014 e 20% nos anos seguintes.
Em 2017 haverá nova revisão, que deve considerar os mesmo critérios, podendo haver redução para quem hoje teve aumento e vice-versa.
O IPTU não tem destinação específica — a arrecadação vai para o Tesouro Municipal, que pode ser utilizado no financiamento de obras, pagamento de dívidas ou remuneração de servidores —, portanto, a redução dele nos bairros periféricos não causaria, necessariamente, uma queda do investimento na região.
Batalha Judicial
A prefeitura entrou ontem (8) com recurso contra a liminar que suspendeu o reajuste do IPTU, concedida na última terça-feira (5). Na véspera a prefeitura teve negado um pedido de agravo, quando se solicita a reconsideração da decisão ao próprio juiz que a proferiu. A ação que pediu a suspensão foi impetrada pelo promotor de Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Estado de São Paulo, Maurício Ribeiro Lopes, que entendeu que houve desrespeito à participação popular e ao regimento interno da Câmara, na votação do dia 29.
O promotor questionou a realização da votação na noite da terça-feira (29), quando havia o anúncio dela para o dia 30, inclusive com a realização de uma audiência pública na Comissão de Política Urbana da Câmara na manhã do mesmo dia. O projeto não estava na ordem do dia da sessão extraordinária em que foi votado. O Diário Oficial do Município do dia 30 foi publicado com o Projeto de Lei 711, de 2013 — o reajuste do IPTU, na pauta de votações de uma das sessões extraordinárias daquela tarde.
O texto chegou a ser sancionado pelo prefeito no mesmo dia (5) em que a liminar foi concedida, mas a Justiça entendeu que a ilegalidade ocorrida na votação afeta todo o processo, e suspendeu também a sanção.
Haddad afirmou que há uma campanha de desinformação e terrorismo sobre o IPTU. “O povo vai compreender na hora que chegar o carnê (do IPTU) o senso de justiça do projeto que foi aprovado pela Câmara, apesar da desinformação, do terrorismo que foi feito esse tempo todo. Mas a consistência do projeto se impõe, porque nós temos um rumo para a cidade”, disse.
Entidades do setor empresarial também ameaçam ir à Justiça contra o reajuste do IPTU, mas aguardam resultado da briga entre executivo e Ministério Público. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Federação do Comércio (Fecomercio) e o Sebrae afirmam que o reajuste é abusivo e vai causar a saída de empresas da cidade. Associações de moradores de bairros nobres, como a AME Jardins, também ameaçam recorrer aos tribunais.
“http://www.redebrasilatual.com.br/politica` /2013/11/proposta-barrada-pela-justica-reduz-iptu-para-mais-da-metade-da-populacao-de-sao-paulo-1159.html
O desespero para vender salas comerciais já está tão grande, que não precisa mais nem comprovar renda, o esquema do subprime está descarado, se depois distratar, não tem problema, o importante é fazer de conta que está vendendo…
“http://lancamentos.vivanuncios.com/empreendimentos+sao-paulo-capital/helbor-offices-salas-comerciais-/69301192
“Outra vantagem da Helbor não precisa comprovar renda e um preço assim você não acha em nenhum lugar rentabilidade de 100% no dinheiro investido
Helbor Offices Salas comerciais “
kkkkkk, show, PTPRIME RSRSS
Rombo no governo da presidente Dilma será de R$ 534 bilhões
Deficit nominal nos quatro anos de mandato da petista será 73,5% maior do que o registrado na primeira gestão de Lula
“http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/33,65,33,3/2013/11/09/internas_economia,397967/rombo-no-governo-da-presidente-dilma-sera-de-r-534-bilhoes.shtml
“http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imoveis/noticia/3048991/indice-que-reajusta-alugueis-recua-primeira-previa-novembro
Venezuela rules!!!
“http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2013/11/ibge-vai-maquiar-pibinho-do-pt.html
O IBGE alterou a metodologia de cálculo do setor de serviços, o que, segundo analistas, pode elevar entre 0,1 e 0,3 ponto percentual o resultado do PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país) ainda em 2013. Para este ano, a previsão média do mercado era de crescimento de 2,5%, sem contar com essa revisão.
A mudança constará do resultado do PIB do terceiro trimestre, que sai em 3 de dezembro. Na mesma data, o IBGE revisará os dados desde o início de 2012. Além da revisão de serviços, o IBGE trará para o PIB do terceiro trimestre dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2012 e da PAM (Pesquisa Agrícola Municipal), que também terão impacto significativo.
Responsável por quase 58,5% do PIB do país, o setor de serviços é um dos mais difíceis de mensurar. O cálculo é feito por meio de projeções e da incorporação de dados provenientes de pesquisas anuais, como a Pnad e a PAS (Pesquisa Anual de Serviços), que funcionam mais como um retrato do setor do que um indicador conjuntural.(Folha de São Paulo)
Uma mínima ameaça de recuperação dos EUA faz US$ subir, BOVESPA cair, etc. Imagine quando acontecer o início da retirada do QE então? Com isto, juros subiriam ainda mais, com todas as consequências destrutivas para o segmento imobiliário e sua enorme bolha…
Dólar fecha em alta e termina a semana com valorização de 2,7%
Moeda americana subiu 0,51%, a R$ 2,3185.
Dados positivos sobre criação de empregos nos EUA influenciaram.
Do G1, em São Paulo
O dólar fechou em alta ante o real nesta sexta-feira (8) e encerrou a semana com valorização de 2,71%.
saiba maisAcompanhe mais cotaçãoes do mercado financeiro
A moeda americana subiu 0,51%, a R$ 2,3185, após atingir R$ 2,3465 na máxima e R$ 2,2949 na mínima do dia. Veja cotação
No mês, há alta de 3,77% e no ano, de 13,39%.
“Nossa moeda está com volatilidade bem maior do que as outras”, disse à Reuters o operador de um grande banco nacional. “O dólar chegou a subir bastante e agora assentou, mas o mercado continua operando principalmente de olho nos dados do mercado de trabalho dos EUA”.
Pela manhã, dados melhores do que o esperado sobre o emprego nos Estados Unidos levaram o dólar registrar forte alta ante o real. A criação de empregos nos EUA acelerou inesperadamente em outubro, apesar da paralisação temporária do governo. Os empregadores abriram 204 mil novas vagas no mês passado, bem acima de expectativa de pesquisa da Reuters de criação de 125 mil postos de trabalho.
“Os índices norte-americanos estão dando o tom do mercado”, afirmou à Reuters o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. “O pessoal estava esperando a divulgação do ‘payroll’ para tomar suas decisões e, agora que ele saiu melhor que o esperado, voltaram as perspectivas de que o Fed irá antecipar a redução dos estímulos para dezembro”, acrescentou.
Os dados do mercado de trabalho são uma das principais variáveis econômicas que o Fed analisa para direcionar seus próximos passos de política monetária. Hoje, ele injeta US$ 85 bilhões por mês para estimular na economia norte-americana, e parte destes recursos costuma migrar para países emergentes, em busca de rendimentos maiores.
Com os sinais de recuperação da maior economia do mundo, crescem as apostas de que o banco central do país vai começar a retirar seus estímulos em breve, o que diminuirá a liquidez nos mercados.
Apesar da forte alta registrada pelo dólar recentemente, especialistas ainda não acreditam que o Banco Central brasileiro possa ampliar a sua atuação no mercado de câmbio para evitar pressão inflacionária.
“Se o BC entrasse de novo no mercado seria bom, mas acho difícil ele fazer isso, até porque ele já oferta os leilões diários”, afirmou à Reuters o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold. “O dólar muito alto é inflacionário, o que prejudica o Brasil, por isso acho que o BC deveria entrar”.
Nesta manhã, o BC realizou mais um leilão de linha previsto em seu cronograma de atuações diárias, com a venda de até US$ 1 bilhão com taxa de recompra de R$ 2,347416 em 4 de fevereiro de 2014.
08/11/2013 11h47 – Atualizado em 08/11/2013 14h56
Bovespa opera em queda nesta sexta influenciada por EUA
Após três quedas seguidas, bolsa opera em queda.
Dados positivos sobre criação de emprego nos EUA influenciaram mercado.
Do G1, em São Paulo
Depois de três quedas seguidas, a BM&FBovespa opera com desvalorização nesta sexta-feira (8). A bolsa abriu sem direção definida, mas passou a cair no fim da manhã após a divulgação dos dados sobre o emprego nos EUA.
Por volta das 15h (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 1%, para 52.212 pontos. Veja cotação
A taxa de desemprego nos Estados Unidos registrou leve alta em outubro, para 7,3%, após ficar em 7,2% no mês anterior, conforme divulgou nesta sexta-feira (8) o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
A criação de empregos nos Estados Unidos acelerou inesperadamente em outubro apesar da paralisação temporária do governo, sugerindo que o impasse orçamentário teve um impacto mais limitado na economia do que se temia inicialmente.
Os empregadores abriram 204 mil novas vagas no mês passado, informou o Departamento de Trabalho.
O número é importante porque pode dar mais pistas sobre a grande dúvida dos mercados neste ano: quando o Federal Reserve (Fed, banco central americano) dará início à redução de suas compras de ativos, perspectiva que vem afetando os negócios desde o fim de maio.
Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de 1,21%, aos 52.740 pontos. Na semana, até o último fechamento, a bolsa tem queda acumulada de 2,36% e, no mês, de 2,79%. No ano, há desvalorização de 13,47%.
Pesaram sobre o principal índice do mercado acionário brasileiro o receio de uma redução da nota de risco do Brasil, o que puxaria para baixo as ações da Vale — mesmo com o lucro do terceiro trimestre tendo mais que dobrado.
Também influenciaram o índice temores sobre o futuro do programa de estímulos monetários nos Estados Unidos e a situação fiscal brasileira se sobrepondo à reação positiva dos mercados ao corte de juros do Banco Central Europeu.
Este QE3, no máximo até fev/2014 deve começar ser cortado… lá vai vencer de novo o acordo do teto da dívida, e mais pressão no obama e democratas para corte de gastos por parte dos radiciais republicanos, leia-se tea party.
Mais uma a este respeito:
Efeito Borboleta
Ouvir o texto
A notícia do dia ontem foi bombástica. Devido à apreensão dos investidores sobre o futuro do programa de estímulo à economia norte-americana, o dólar alcançou sua maior alta desde o dia 5 de setembro: R$ 2,30. Ainda que possam parecer longínquas, as consequências desta série de picos no valor da moeda americana trouxeram e devem continuar trazendo reflexos imediatos e bem reais na vida dos brasileiros.
Quem tem viagem marcada para o exterior, por exemplo, deve tentar antecipar ao máximo a compra de dólares e assim poupar o próprio bolso da tendência de novas altas previstas daqui até janeiro, quando a aprovação do orçamento americano deverá entrar com força total na pauta novamente.
Para quem não tem viagem marcada e permanecerá no Brasil, haja bolso para bancar tanta inflação. A alta do dólar empurrou o preço dos alimentos para um reajuste de 1,03%, sendo que a carne foi o item de maior peso na inflação medida pelo IPCA (Índice de Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Ao todo o filé nosso de cada dia subiu 3,17%em outubro, já por influência do dólar e, por consequência do preço das rações. O tomate, que já foi o vilão dessa história meses atrás, volta ao topo dos alimentos mais caros, com uma variação impressionante de 18,65%.
No mercado financeiro, o clima esteve tão tenso com a possibilidade de corte no rating do crédito do país, que a analista Lisa Schineller, da Standard & Poor’s, se apressou em dar declarações de que é possível que se aguardem as eleições para presidente no país no ano que vem, para somente depois decidirem se cortam ou não o rating (capacidade do país de honrar seus compromissos).
O temor é de que a agência não espere tanto assim e a notícia espante os investimentos no país de uma hora para outra.
Por tudo isso, a alta do dólar não é notícia nada boa, por um lado. Por outro, o efeito cascata é velho conhecido dos brasileiros, para passar ileso nada melhor do que relembrar lições.
seque o link
“http://www`1.folha.uol.com.br/colunas/carodinheiro/2013/11/1368601-efeito-borboleta.`shtml`
“http://exame.abril.com.br/blogs/primeiro-lugar/2013/11/08/o-sonho-de-saul-klein-de-ter-o-seu-predio-proprio/
Com (muito) dinheiro no bolso desde que vendeu sua participação na Casas Bahia, Saul Klein está realizando o sonho de ter o próprio prédio. Ele comprou uma das torres do Parque da Cidade, projeto da Odebrecht Realizações Imobiliárias que ocupa uma área de 82 000 metros quadrados na Chácara Santo Antônio, bairro da zona sul de São Paulo. Saul pagou 550 milhões de reais pelo prédio de 26 andares. O término das obras está previsto para 2016. Klein está usando a tática daqueles investidores que compram um apartamento na planta para revendê-lo quando o prédio é entregue. A diferença, claro, é que seu objetivo é vender o prédio inteiro.
Sobre a evolução do endividamento, que afeta consumo e a economia como um todo:
“http://economia.terra.com.br/pesquisa-54-das-familias-paulistanas-estao-endividadas,0a8242a237232410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD
“http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2013/11/1367804-haddad-deve-lancar-propaganda-para-explicar-aumento-de-iptu.shtml
Destaco o trecho
“O prefeito Fernando Haddad (PT-SP) deve lançar uma campanha publicitária para “explicar” o aumento do IPTU. Quer massificar a ideia de que os mais pobres não pagarão imposto ou terão aumento irrisório no valor. “
Típico exemplo de populismo socialista!
Vale a pena conferir o vídeo a seguir:
Conforme dito no tópico e nas análises de relesses das construtoras mais acima, apesar dos super-estoques, elas não põem parar de lançar…
ESTOQUES EM ALTA
Um trimestre turbinado em lançamentos imobiliários
Novos projetos das incorporadoras, represados ao longo do ano, devem vir à tona agora na reta final de 2013
“http://www.valor.com.br/video/2812601752001/um-trimestre-turbinado-em-lancamentos-imobiliarios#ixzz2k4oBujBs
QUE FURIOSA HEIN…. estão fritos então???
Temos que esperar o DB/PL ficar insustentável, não arrumarem ninguém para os comprarem, assumir dívidas, e aí sim, começar não honrar empréstimos, podendo vir em seguida RJ ou liquidação financeira, falência, no popular!!
Procon Goiás registra desistência na compra de imóveis
O Procon Goiás realizou um levantamento, onde mostra que o sonho da casa própria acaba virando um pesadelo para um grande número de pessoas que não tem a cautela necessária para adquirir este tipo de imóvel. Mesmo tendo empresas que vendem imóveis com correção anual apenas pelo Índice Geral dos Preços (IGPM), há outras que incluem, ainda, juros de 12% ao ano no cálculo do reajuste.
Assim, no segundo ou terceiro ano, as prestações se tornam altas e impossíveis de pagar, explica o Procon. Em setembro deste anos, foram elaborados 279 cálculos para consumidores que estavam contestando a devolução de parte dos valores pagos diante da desistência da compra. Esse número subiu para 770 cálculos em outubro, um aumento de 176%.
Imóveis
O órgão estadual de defesa do consumidor orienta que o comprador, antes de assinar a proposta de compra e venda, preste atenção na cláusula que estabelece a forma de reajuste e, ainda, peça uma simulação da evolução das parcelas. Deste modo, a pessoa poderá avaliar se conseguirá ou não cumprir o contrato até o final.
Em caso de desistência, o Procon alerta que o consumidor perde parte do valor pago nas parcelas. Para conhecer as cláusulas contratuais, o consumidor deve ir a sede do órgão, localizado na Rua 8, nº 242, Edifício Torres, no centro de Goiânia.
“http://w ww.dm.com.br/texto/150843-procon-goias-registra-desistancia-na-compra-de-imaveis-
Absurdos Imobiliários: Ipanema e Leblon…
“http://blogdoportinho.wordpress.com/2013/10/16/absurdos-imobiliarios-ipanema-e-leblon/
Publicado em 16/10/2013. Arquivado em: Finanças |
Não, não leitor… Esse texto não vai fazer coro com aqueles que praguejam contra os preços inacreditáveis dos dois bairros mais caros do Brasil.
Não é esse o foco.
É só um ensaio para mostrar como a lógica do “morar bem” está subvertida nos dias de hoje, ao menos aqui na Zona Sul do RJ.
Passado e presente “Ipanemense”…
Vale ressaltar que morei quase 30 anos em Ipanema e ainda frequento toda semana o bairro, pois meu pai ainda mora lá.
Não peguei a Ipanema de Tom e Vinícius, como meu pai e meu tio-avô, mas consegui frequentar praias mais limpas, com lotação razoável e seguras para levar crianças (eu mesmo!). Bons tempos.
Quem me conhece sabe que trato aquele região do Rio (Leblon, Ipanema e Lagoa) como United Kingdom of Ipanema. Já dizia que a Praia de Ipanema era a melhor praia urbana do mundo 20 anos antes dela receber esse título. Sempre curti o bairro.
A lógica financeira distorcida…
O que me levou a esse ensaio foi a dúvida de um amigo que ainda mora por lá, num excelente 3 quartos com varanda na Barão da Torre.
Em conversa descompromissada, ele aventou a possibilidade de alugar o apto e pegar um mais barato em Botafogo ou Flamengo.
A minha intuição para inconsistências financeiras disparou na hora!
Sem contar elementos subjetivos, como apego ao lugar, receio de vender algo que não poderá recomprar e outras variações conservadoras, a ideia de alugar em Ipanema para ir para Botafogo é inadequada, financeiramente falando.
Uma “zapeada” mostra que o preço médio (não o preço alucinado de alguns vendedores!) para um apto como o dele gira na faixa de R$ 18.000 a R$ 20.000 o metro quadrado. Isso por ser relativamente novo, prédio recuado, varanda, de frente, localização excelente, garagem boa e fácil de entrar e sair (raríssimo no RJ) etc.
Se ele anunciasse por R$ 2,5 milhões, provavelmente seria vendido rapidamente, dada a quantidade de péssimos aptos disponíveis por preços próximos a esse em Ipanema.
Com esse valor, ele conseguiria comprar um 3 quartos com garagem e varanda em botafogo, flamengo ou laranjeiras, se procurar direito, por algo entre R$ 1,2 e 1,4 milhão. Também tem que procurar direito por lá, pois há vendedores alucinados, à espera de um otá… digo, otimista, em todo o RJ.
Como o apto dele já está todo depreciado, provavelmente teria um imposto de ganho de capital nulo ou muito pequeno.
Pois bem, ele poderia trocar de aptos, mesma qualidade, porém distantes cerca de 4 a 5 km um do outro, com sobra de R$ 1,2 milhão.
Se quiser permanecer no risco imobiliário, poderia colocar a “sobra” em fundos bem diversificados de aluguel corporativo como HGRE11, HGJH11, FFCI11, BRCR11 e vários outros, que hoje pagam incríveis 0,75% ao mês isento de IR. E se o aluguel desses imóveis aumenta, sua rentabilidade aumenta junto!
Well, seria o seguinte:
Trocar um 3 quartos com varanda por outro 3 quartos com varanda da mesma qualidade, porém a 5 Km de distância + R$ 1,2 milhão, que poderiam gerar cerca de R$ 9.000 de renda passiva TAMBÉM exposta ao risco do mercado imobiliário.
Já o aluguel…
Ele disse que havia sondado um corretor e o preço estimado seria de R$ 7,5 mil para alugar o dele em Ipanema e cerca de R$ 4,5 mil a R$ 5 mil para alugar em Botafogo.
Bom, considerando a vacância e o próprio Imposto de Renda da Pessoa Física, é capaz dos R$ 7,5 mil nem serem suficientes, no médio prazo, para cobrir o aluguel em Botafogo.
Mas Ipanema é melhor!
Bom, não vou entrar nesse mérito. A Ipanema da década de 1950 a 80 não é a mesma de hoje. Até 2008-2009 eu batia ponto na praia entre posto 8 e 9, mas as últimas experiências com a praia não foram lá muito animadoras.
Mas se a hipótese era de uma eventual vantagem financeira ao se mudar, pode-se afirmar que não há. Ao contrário, seria um período de destruição significativa de valor (considerando que os investimentos manterão o mesmo risco).
Por que isso acontece?
A resposta matemática é óbvia. O retorno do aluguel em Ipanema é mais baixo do que em Botafogo. Um está na faixa de 0,25% a 0,3% o outro fica entre 0,35% e 0,42%.
Isso porque o processo de compra e venda envolve mais variáveis do que o processo de aluguel. Aluguel é “encaixe” imediato na renda, enquanto comprar e vender envolve taxas de juros, valor de entrada etc.
Um imóvel pode sair de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões com base na queda dos juros e oferta de crédito, mas para um aluguel ir de R$ 5 mil a R$ 10 mil tem que ter mais famílias com “salários” que comportem o aumento.
Compensa trocar Ipanema por “Botafogo + 50% em dinheiro”?
Há o grupo dos “usuários” de Ipanema.
Esses podem ir á praia em dias de semana, correm todos os dias na orla, frequentam todos os restaurantes de lá, gostam de comprar um bom presunto de Parma (por R$ 350 o Kg) ou um peito de peru Sadia sem casca (por R$ 62,90 o kg) no supermercado Zona Sul, colocam os filhos em creches recheadas de filhos de globais e de executivos bem sucedidos (pagando 40% mais caro que em outros bairros…), passeiam naquelas calçadas superlargas e passam todos os dias na orla para curtir o por do sol.
Para esses, supondo que dinheiro não seja problema, Ipanema realmente é encantadora.
Agora, para quem vai à praia só em finais de semana, malha em academia, vai a bons restaurantes e boates no centro, em Santa Teresa, em Guaratiba, Botafogo, Lapa ou Copacabana, frequenta clubes sociais, passeia na lagoa e no aterro, prefere pegar o carro para fazer compras no Mundial ou Prezunic e economizar 40% do que pagaria em Ipanema, tem casa em Petrópolis, Búzios ou Vassouras, gosta de viajar o mundo etc. Qual o “ganho real” de se morar em Ipanema ou Leblon, que justificaria pagar de 100% a 200% mais caro do que em bairros, às vezes, a apenas 3 Km de distância?
Gosto? Paixão? São motivos válidos, porém, nos dias de hoje, podem ser destruidores de riqueza.
São imóveis com OS MESMOS aparelhos de lazer. Com a mesma comodidade da localização estratégica.
As revelações das garagens abertas de Ipanema…
Há pessoas com renda de R$ 40-50 mil por mês, com um belo Land Rover se esforçando para comprar um apartamento de 75 m2 na Garcia D´ávila?!?!?! Pelo mesmo valor que compraria um de 150 m2 no Flamengo!!!!
Lembro que fui ver um apartamento, em 2002, para comprar na Bulhões de Carvalho, perto da Gomes Carneiro. Medonho e xexelento. Pois não é que hoje esse prédio tem 2 Caminhonetes Volvo estacionados na garagem, além de uma Captiva e uma ASX!
A pergunta mais importante é: Onde é que estacionaram a racionalidade financeira?
Haja Paixão!
Não sei porque, mas quando vi o titulo da notícia abaixo, lembrei de uma certa empresa, cujo nome terminava com “X”, que quebrou recentemente e que tinha um dono que colocava toda a culpa em questões esotéricas também…
A promessa que destaco no texto abaixo do link, deve ter algum efeito sobre o crédito imobiliário… Isto é, depende se falou só para tentar evitar um rebaixamento do rating ou se vai ter que fazer mesmo para que este rebaixamento não aconteça, a conferir…
“http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1368406-mantega-ve-inferno-astral-na-area-fiscal.shtml
“O ministro repetiu ainda que o governo vai reduzir os créditos para os bancos públicos, como BNDES e Caixa, e vai rastrear e cortar despesas em todas as áreas. ”
Hahahah, Mantega virou piadista que nem o Eike, foi?
Os preços, no elevador
7 de novembro de 2013 | 20h00
Celso Ming
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Não é por que tenham sido esperadas que ventania e enchente se tornam menos destrutivas.
É o que ocorreu com a inflação de outubro. Não ficou abaixo do nível com que já se contava, mas nem por isso deixa de estar em expansão e semear preocupação. Até o Banco Central terá de reconhecer que a inflação segue muito espalhada e resistente. Muito espalhada, porque o índice de difusão, que mede o número de itens da cesta de consumo sob impacto da alta, subiu de 57,8% em setembro para 67,7% em outubro. Resistente, porque a puxada dos juros básicos (Selic), de 7,25% para 9,50% (ao ano) em seis meses, pouco impacto teve na derrubada da demanda e dos preços.
Mesmo com essa alta dos juros de 2,25 pontos porcentuais ao ano, o Banco Central não vem conquistando credibilidade suficiente com sua política monetária de modo a reduzir a expectativa de inflação. Os remarcadores de preços continuam esperando uma inflação próxima dos 6%, tanto para 2013 (5,85%) como para 2014 (5,92%), como aponta o próprio Banco Central (veja o Confira).
Desta vez, são três números dentre os divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE que produzem mais apreensão. O primeiro deles é a forte esticada nos preços dos alimentos e bebidas, de 1,03% apenas em outubro (fora de 0,14% em setembro).
O segundo é a continuidade da pressão de alta dos serviços, de 0,52% em outubro e de 8,74% em 12 meses, o que reflete procura elevada demais.
O terceiro número preocupante é o que aponta para o avanço dos preços administrados, aqueles controlados diretamente pelo governo. Em outubro, subiram apenas 0,14%; em 12 meses, 1,02%, muito abaixo da inflação. Esta observação precisa de uma explicação adicional para não ser mal compreendida. Podem dizer: esses reclamões acham ruim quando os preços sobem e acham ruim também quando os preços são mantidos lá embaixo, pela mão firme do governo.
Mas não é por aí. É que tarifas e preços artificialmente represados, como os dos combustíveis, dos transportes urbanos e da energia elétrica, cedo ou tarde acabarão por transbordar. Devem ser considerados inflação encomendada e isso é ruim, porque predispõe os agentes econômicos para remarcações antecipadas.
Não há muito o que acrescentar ao que já foi dito por todos esses meses a respeito das causas. Os preços movem-se no elevar em consequência da política de rendas (aumento do poder aquisitivo) do governo Dilma. Esta, por sua vez, tem a ver com a forte expansão das despesas públicas (política fiscal frouxa demais); com o crescimento dos salários acima do aumento da produtividade do setor produtivo, num ambiente de pleno-emprego; com o crédito bem mais acessível para o consumidor e, ainda, com a puxada das cotações do dólar no câmbio interno, que encareceu as importações.
Na falta de colaboração da política fiscal, se quiser mesmo conter a inflação, o Banco Central terá de continuar a puxar pelos juros, principalmente se as cotações do dólar no câmbio interno continuarem sua cavalgada (veja o Confira). Ficou muito difícil segurar a Selic abaixo dos dois dígitos (abaixo de 10% ao ano), até agora tabu do governo Dilma.
CONFIRA:
Aí está a evolução das expectativas de inflação pelo mercado, apesar de seis meses de alta dos juros básicos.
A locomotiva se move. A surpresa desta quinta-feira foi o crescimento do PIB dos Estados Unidos a um ritmo anual de 2,8%. As projeções giravam ao redor de 2,0%. Bastou isso para que essa notícia boa provocasse temor no mercado global: o avanço maior do que o esperado, sem piora das condições do mercado de trabalho, podem levar o Fed (o banco central dos Estados Unidos) a fechar a torneira de dólares. Nesse caso, os mercados poderão fugir do risco.
Mais uma estória sem fim…
MPE apura sonegação em 652 edifícios
Promotores tentam identificar incorporadoras responsáveis para cobrar imposto devido
08 de novembro de 2013 | 2h 02
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Artur Rodrigues, Bruno Ribeiro, Diego Zanchetta e Fabio Leite – O Estado de S.Paulo
O Ministério Público Estadual (MPE) e a Controladoria-Geral do Município (CGM) investigam a sonegação de Imposto sobre Serviços (ISS) de até 652 empreendimentos de luxo entregues na capital nos últimos três anos. As incorporadoras responsáveis pelas construções serão chamadas à Prefeitura para a realização de nova fiscalização. A fraude na arrecadação desfalcou os cofres públicos em R$ 500 milhões e três fiscais estão presos.
A lista de imóveis suspeitos contém centenas de Sociedades de Propósitos Específicos (SPEs) – empresas constituídas apenas para a realização de um único empreendimento. Elas ficam vinculadas, porém, ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de grandes incorporadoras. Agora, a investigação vai identificar as “empresas-mães” para verificar os dados e fazer as devidas cobranças. Os responsáveis pelas companhias também podem responder por crime de corrupção.
O Estado teve acesso à relação de todos os empreendimentos que são analisados pelo Procedimento Investigatório Criminal (PIC) 3/13, do Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec) do MPE.
A lista com os imóveis suspeitos foi elaborada com base em cruzamentos de dados. Primeiramente, os promotores identificaram todos os prédios fiscalizados pelos auditores Ronilson Bezerra Rodrigues, Eduardo Horle Barcellos, Carlos di Lallo Leite do Amaral e Luis Alexandre Cardoso Magalhães – os quatro fiscais presos na semana passada. Magalhães foi liberado porque aceitou fazer delação premiada.
Como a relação de imóveis era “infinita” e havia notícia de que o grupo preferia achacar incorporadores de empreendimentos de luxos, um “filtro” foi criado e a lista foi composta apenas com imóveis cujo imposto devido superasse o valor de R$ 2 milhões.
Posteriormente, uma nova seleção colocou na listagem os imóveis com desconte de ISS superior a 60% do valor devido – era para aplicar esse porcentual que os fiscais cobravam a propina, segundo a investigação.
A eventual dívida deverá ser quitada pelas empreiteiras, sem afetar os atuais moradores dos empreendimentos investigados. Anteontem, a Prefeitura criou um grupo de trabalho para analisar a documentação dos imóveis investigados e convocá-los para regularização.
Citações. Além dos empreendimentos colocados sob suspeita, a investigação também se baseou em depoimentos de empresários do setor. Os promotores fizeram uma pesquisa na internet sobre os grandes lançamentos imobiliários, confirmaram que eles tinham obtido grande desconto de ISS e convocaram seus representantes para saber a razão do benefício – isso sem ter certeza de que o desconto era decorrente de fraude ou era o valor justo.
Os descontos apurados na análise variou de 51,53% do imposto devido a até 109% do valor devido. “Nos causa estranheza essa divergência tão elevada”, escreveu o contador do Setor Técnico Científico do MPE que analisou as contas.
Os empreendimentos eram das empresas Sisan, R Yazbek, FCB Construções, Ilha de Capri (controlado pela Agra), Onoda, Marpasa, Brascan (comprada pela Brookfield) e Kalapalo (SPE da PDG), que foram procuradas pela promotoria. Nos depoimentos, nenhum executivo confirmou ter feito pagamento de propina. “Prestei depoimento como testemunha e colaborei”, disse o engenheiro Eduardo Velucci, da Sisan, ligada ao Grupo Silvio Santos.
Além dos empresários, a promotoria também interrogou despachantes especializados na obtenção do Habite-se (sem a quitação do ISS, ele não pode ser obtido). Os despachantes, que são autônomos, também negaram conhecer esquemas de corrupção. R Yazbek, Onoda e Marpasa não foram localizadas. A Sisan afirmou ao Estado não saber de propina. A PDG disse que não é investigada.
O promotor Roberto Bodini afirma que as empresas tiveram a chance de colaborar – como fez a Brookfield na semana passada, ao admitir que pagou R$ 4,1 milhões em propina, após inicialmente negar conhecimento sobre a fraude. As demais serão investigadas.
Ex-vice-governador do DF é suspeito de integrar esquema de alvarás
”http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/11/07/paulo-octavio-e-suspeito-de-integrar-esquema-de-alvaras.htm
O ex-vice-governador do Distrito Federal Paulo Octavio Pereira, é suspeito de participação em suposto esquema de concessão irregular de alvarás para empreendimentos imobiliários em Brasília. Durante a Operação Átrio, deflagrada nesta quinta-feira (7), a Polícia Civil fez buscas em dois escritórios e na casa do ex-vice-governador, um dos principais empreiteiros da capital federal. No fim da tarde, ele prestou depoimento e negou envolvimento em fraudes.
As investigações começaram em 2011, por iniciativa do Ministério Público do DF. Segundo a Polícia Civil, há indícios de que servidores públicos recebiam vantagens para liberar alvarás de grandes empreendimentos sem o cumprimento de exigências, como os estudos de impacto de vizinhança e de tráfego.
“A suspeita é de que criavam dificuldades para os empresários para depois ter as facilidades”, afirmou o diretor geral da Polícia Civil, delegado Jorge Xavier.
A Justiça autorizou a prisão temporária –até 5 dias– dos administradores de duas cidades-satélites do DF, espécies de subprefeitos: Carlos Sidney de Oliveira, de Águas Claras, foi detido pela manhã. Na casa dele, os policiais encontraram R$ 50 mil em dinheiro. Ouvido, o servidor disse que a quantia provém de seus rendimentos. Carlos Alberto Jales, gestor de Taguatinga, não foi localizado e era considerado foragido nesta quinta-feira.
EM SÃO PAULO
Construtoras são investigadas por suposto pagamento de propina a auditores fiscais em troca de redução do ISS para conseguir o Habite-se de empreendimentos
Leia mais sobre o caso
A Polícia Civil pretende apurar se um grupo de empresários pagou propina para liberar as licenças ou foi achacada. Os policiais explicaram que algumas construções obtinham licenças e autorizações em tempo recorde, não condizente com um processo normal. Além de Paulo Octavio e dos administradores, outras nove pessoas, entre empresários, comerciantes e funcionários de empresas, são investigados.
Entre os empreendimentos listados no inquérito, consta o JK Shopping & Tower, erguido em Taguatinga pelo grupo Paulo Octavio, pertencente ao ex-vice-governador, cuja inauguração está prevista para o próximo dia 16. A Justiça expediu mandado de condução coercitiva para Paulo Octavio prestar depoimento na Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco) do DF. Porém, o empresário não foi localizado em sua casa pelos policiais. À tarde, ele se apresentou acompanhado do advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
A Polícia Civil não detalhou a participação de cada investigado no suposto esquema, alegando prejuízo às investigações. “Ele (Paulo Octavio) foi ouvido na condição de suspeito”, limitou-se a dizer o delegado da Deco, Fábio Santos de Souza.
Após o depoimento, Octavio negou qualquer irregularidade e disse que os trâmites para a concessão de licenças, autorizações e alvarás para os empreendimentos de suas empresas ficam a cargo de escritórios terceirizados. Ele disse estranhar que seu nome venha à tona na investigação quando seu nome reaparece na cena política.
Octavio era vice do ex-governador José Roberto Arruda, que renunciou em meio ao escândalo de corrupção investigado na Operação Caixa de Pandora, em 2010. Ele assumiu o governo por pouco tempo, mas renunciou alegando falta de condições políticas. Recentemente, aderiu ao PP, da base do governador Agnelo Queiroz (PT), e não descarta um projeto eleitoral para 2014.
Vale a pena acompanhar o link abaixo. Sinaliza expectativas quanto a juros, cada vez maior, em linha com a visão negativa e de risco de rebaixamento de crédito do Brasil, cada vez mais comentado aqui e lá fora (ver reportagens mais acima):
“http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos_novosite/consultatitulos.asp
“http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/07/30/cinco-sinais-de-que-o-imovel-pode-ser-uma-furada.htm
A reportagem acima não é grande coisa, muito mais interessante um comentário que consta lá:
“Lupi1977 3 meses atrás
A relação preço dos imóveis x renda média nacional está completamente desproporcional. A classe média só consegue comprar imóveis novos na planta, na maioria, porque consegue parcelar a entrada (que varia de 10% a 30% do total) em 30, 36 meses até que a obra fique pronta e só depois se preocupar com um financiamento monstro para quitar o restante. Trabalho com imóveis usados de padrão médio e baixo e os preços já estão caindo porque são muito poucos os compradores com dinheiro na mão e que possam arcar com financiamentos de 400, 500 mil fora a entrada de R$120, 130 mil. Onde trabalho, os proprietários que querem vender em menos de 18 meses seus imóveis estão baixando os preços em até 35% do pedido inicialmente. Não é achismo, estou vendo isso na prática.”
“http://www.valor.com.br/valor-investe/casa-das-caldeiras/3332436/gatilho-nos-eua-e-um-brasil-singular-pedem-sangue-frio#ixzz2k3F0cJK5
Gatilho nos EUA e um Brasil singular pedem sangue frio
Os investidores em Brasil têm hoje um tempo curto para rever posições e evitar perdas especialmente nos mercados de juro e câmbio. Assegurar um bom retorno pode ficar difícil. E isso nada tem a ver com a inflação. O risco imposto aqui é de um ativo frente a outros e sob uma interferência quase alienígena – os dados do mercado de trabalho americano. O mundo financeiro tende a atribuir a essas informações um poder extremo: sancionar expectativas de que a economia dos EUA passa ou não por uma recuperação consistente, após ter desmoronado com a crise de 2008 sem mais ter se erguido.
Às 11h30, de Brasília, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgará a taxa de desemprego e a criação de vagas em outubro. Analistas projetam desemprego entre 7,3% e 7,4%. As expectativas para a criação de novos postos de trabalho vão de 115 mil a 120 mil. Em setembro foram criados 148 mil. Resultados mais fracos serão interpretados como indicação de economia ainda frágil e despreparada para se livrar, ainda que aos poucos, da injeção mensal de US$ 85 bilhões para azeitar as engrenagens e pedalar. Dados mais fortes poderão acionar o abre alas do Federal Reserve (Fed, o BC americano) para a redução dos estímulos monetários. Fique esperto.
………
Ontem, espectador de uma Europa fraquinha a ponto de comover e incentivar o Banco Central Europeu (BCE) a cortar o juro básico pela metade, para 0,25% ao ano, o mercado americano se travestiu de perdedor. Descartou a queda de estímulos no curto prazo, abateu as ações e as taxas de juros, numa reação típica de quem supõe continuar nadando na dinheirama. No Brasil foi um Deus nos acuda.
O dólar e o juro dispararam em todas as modalidades de negociação. Péssimo sinal, esses dois ativos, que também correspondem a dois preços fundamentais da economia, não reagiam objetivamente a novas informações que pudessem alterar o cenário dado ou as expectativas.
Uma versão simplista do cenário dado, comporta o governo Dilma Rousseff fazendo um esforço para manter a inflação na trajetória de queda e recuperar a confiança dos agentes econômicos na execução de metas fiscais. Os resultados serão excepcionais? Possivelmente não. A inflação não será de 4,5%, mas ficará abaixo da variação alcançada em 2012. E será feita economia para pagar juros da dívida.
As expectativas não mudaram ontem ou há dois dias, justificando piruetas de juro e câmbio. As expectativas são bem conhecidas. Descrente, a maior parte do mercado financeiro não vê o governo executando a política fiscal devida e prometida. Para parte do mercado financeiro, a inflação ainda inspira encrenca. Mesmo em declínio em doze meses, o indicador, em aceleração mensal, acusa variações que poderão engordar até disparar o índice no ano seguinte.
Aliviando em nada a carga pesada, há quem dê como certo o rebaixamento da nota do Brasil por uma das agências de classificação de risco de crédito. E, aí sim, estaríamos num pesadelo de vários atos considerados definitivos:
Ato I – se o BC americano reduzir e parar de colocar dinheiro na sua economia, os juros vão explodir no mercado internacional.
Ato II – todo dinheiro do mundo irá correndo para os EUA, que mesmo quando está mal parece melhor que todo mundo.
Ato III – o Brasil, na penúria, não terá como financiar o déficit em conta corrente. E esse déficit que já é crescente há um tempo vai se somar ao déficit das contas públicas.
Estaremos, então, às portas do inferno. Exagero? Claro!
Essa combinação de fatos, intenções, expectativas e até torcida –somada à demanda por divisas para remessa de capital ao exterior—ajudou o dólar a ultrapassar R$ 2,30 ontem. E também empurrou os juros futuros a patamares próximos ou superiores aos vistos em meados de agosto de 2011, mês em que o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) optou pelo clássico cavalo de pau e, da noite para dia, inverteu de alta para queda a trajetória do ciclo monetário.
Portanto, fique atento porque indicadores e ativos replicam agora um comportamento observado em momentos de grandes mudanças econômicas ou financeiras no cenário internacional ou local. Elas estão acontecendo e em que dimensão? A eleição presidencial no Brasil é um fato. Mas agendado para daqui a quase doze meses. Você já escolheu seu candidato? Os partidos, formalmente, ainda não. A presidente Dilma Rousseff tem um ano de mandato pela frente? Você acredita que o Brasil se tornou uma sólida democracia com maturidade para honrar os mandatos dos presidentes. Responda as perguntas, faça as contas e, só depois, as apostas. Bom dia.
Video, em inglês, divulgado hoje no website da Bloomberg onde Nouriel Roubini, da Universidade de N.York, fala sobre a bolha imobiliária no Brasil, juntamente com diversos outros países. (aproximadamente logo após 1 minuto).
“http://www.bloomberg.com/video/roubini-significant-frothiness-in-the-tech-sector-_Jz4iFtIR46IOva9Arwm2g.html
ENTREVISTA MUITO INTERESSANTE!
“www.valor.com.br/financas/3330874/alta-excessiva-do-credito-e-risco-para-brasil#ixzz2jzZvph2O
Valor: O sr. tem sido pessimista sobre o Brasil há um bom tempo. Está mais ou menos pessimista do que em 2012, quando a Foreign Affairs publicou o artigo “Pessimista sobre o Brasil”?
Ruchir Sharma: O texto é um trecho do meu livro “Breakout nations”. O sentimento em relação ao Brasil se deteriorou desde que ele foi publicado no começo de 2012. Muita gente achou que o texto era controverso. Naquele momento, muitos investidores estrangeiros estavam otimistas em relação ao Brasil. Isso mudou, porque o sentimento em relação ao Brasil mudou. Os preços como os do mercado de ações e da moeda sofreram uma correção. À luz disso, estou menos pessimista, porque houve um ajuste. Mas, em termos de fundamentos, eu continuo a achar que o Brasil não será uma das economias de maior destaque nesta década. Os ventos favoráveis que ajudaram o país, como o boom de commodities, ficaram para trás, e não vejo sinal de que muitos dos problemas estruturais que afetam o Brasil tenham sido enfrentados.
Valor: Quais são os problemas que não foram enfrentadas?
Sharma: Um deles é que, nos últimos quatro ou cinco anos, a economia brasileira tem confiado crescentemente no aumento excessivo do crédito e nos estímulos do governo para conseguir algum nível de crescimento. Depois da China, o Brasil teve a maior alta do crescimento do crédito do que qualquer outro mercado emergente nos últimos cinco anos. Isso é uma grande preocupação. Quando uma economia depende demais da expansão do crédito para crescer, não é um bom sinal. São necessários aumentos de produtividade. Esse é o maior sinal de alerta em relação ao Brasil. Além disso, muito do crescimento do crédito tem ocorrido por causa da atuação dos bancos públicos. Não são bons sinais. Há ainda problemas como o fato de que há muito crescimento dos gastos em programas sociais e de bem estar, e não o suficiente em infraestrutura física, que continua fraca. No Brasil, a taxa de investimento na última década ficou estagnado na casa de 18% do PIB. Outras economias latino-americanas, como Colômbia, Peru e Chile, usaram o boom de commodities para aumentar o investimento. A taxa de investimento nesses países aumentou significativamente na última década, o que não ocorreu no Brasil. Além disso, em termos de comércio, o Brasil continua uma das economias menos abertas do mundo. A corrente de comércio como proporção do PIB é uma das menores entre os países emergentes. Todos esses pontos são bem conhecidos, mas ainda não foram enfrentados.
Valor: O governo diz que houve uma alta significativa da taxa de investimentos nos últimos dez anos.
Sharma: Foi uma alta muita modesta, e você está pegando o nível mais baixo do ciclo, de 2003 e 2004. O aumento do investimento em relação ao PIB foi muito baixo. Se você olhar outras economias da América Latina – esqueça a Ásia -, o aumento da taxa de investimento foi de 5 a 10 pontos percentuais (no Brasil, a taxa, que atingiu 15,3% do PIB em 2003, fechou ano passado em 18,2% do PIB). O Brasil é um dos países que menos gastam com infraestrutura física no mundo.
Valor: O sr está otimista em relação ao pacote de concessões em infraestrutura?
Sharma: Há algo positivo ocorrendo ali, mas é um processo que começa e para, começa e para. Estou cautelosamente otimista, mas nada que mude as minhas preocupações fundamentais.
Valor: O Brasil deve crescer 2,5% neste ano, com inflação próxima de 6% e um déficit em conta corrente em alta. O que isso diz sobre a economia brasileira?
Sharma: Isso diz que o nível da produtividade é baixo, o investimento é baixo e o intervencionismo do Estado é muito alto, o que faz a economia pouco competitiva. Além disso, a moeda continua mais cara do que barata, o que também é um vento contrário para a economia.
Valor: Muitos analistas criticam a política fiscal brasileira, pela queda no superávit primário e pelos empréstimos do Tesouro para os bancos públicos. O sr. está muito preocupado com a política fiscal?
Sharma: Eu não estou preocupado a ponto de achar que o Brasil vá entrar numa crise, mas a lenta deterioração das contas fiscais é um problema. É exatamente o inverso do que ocorreu na última década, quando havia a expectativa de que o Brasil teria a próxima melhora na sua nota de crédito. Agora, a expectativa é de quando ocorrerá uma piora. É uma lenta deterioração, mas não uma crise. Para mim, a maior preocupação, mais do que o que está ocorrendo nas contas do governo, é o que ocorre com o crescimento do crédito. O crescimento do crédito foi muito forte nos últimos cinco anos. O que o nosso trabalho mostra é que não é o nível do crédito, mas o ritmo de aumento o que mais importa. Isso me preocupa porque, mesmo para crescer a taxas baixas, de 2,5%, é necessário mais e mais dívidas. Essa é para mim a maior preocupação.
Valor: O real se depreciou com força depois que o Fed indicou em maio que poderia começar a reduzir o ritmo de compra de ativos ainda neste ano. Como o Fed não começou a diminuir as compras em setembro, a moeda se apreciou. Nos últimos dias, voltou a se desvalorizar, por causa dos números fiscais ruins e da alta do juros dos títulos do Tesouro americano. O real vai continuar a se depreciar?
Sharma: O real continua sobrevalorizado, de acordo com o nosso trabalho, e precisa se desvalorizar. A resposta curta é que eu ainda espero maior enfraquecimento da moeda. Quando se considera que o real foi a moeda que mais se valorizou entre todos os mercados emergentes na última década, que a inflação é mais alta no Brasil que nos outros mercados emergentes e que as moedas desses países se enfraqueceram de modo significativo nos últimos 12 a 18 meses, não acho que o real esteja muito competitivo. Ele tem que se desvalorizar mais.
Valor: O que o Brasil deve fazer para se preparar para um cenário de redução de compra de ativos pelo Fed e de crescimento menos exuberante na China?
Sharma: O Brasil precisa se tornar mais competitivo de novo. Isso inclui aumentar a produtividade e enfrentar a questão do gasto público. É necessário fazer alguma coisa para reduzir o gasto público e aumentar a abertura da economia. Os problemas são bem conhecidos. Os gastos públicos são muito elevados como proporção do PIB, os impostos são muito altos, o grau de abertura comercial é muito pequeno, a moeda continua bastante cara e o governo tem uma atitude muito intervencionista. O governo intervém muito na economia, fazendo os bancos públicos intervirem muito, por exemplo. O governo deve dar um passo atrás na intervenção. Acho que esses são alguns dos passos que o Brasil precisa tomar para voltar a ser competitivo e tentar crescer a um ritmo de 3,5% a 4%, que estaria em linha com os outros mercados emergentes. Atualmente, o crescimento do Brasil caiu para 2% a 2,5%, o que é decepcionante, porque não é diferente do ritmo de crescimento dos EUA. Por que as pessoas devem ir para o Brasil quando o ritmo de crescimento não é diferente do dos EUA, apesar de a renda per capita brasileira ser um quarto da americana?
Valor: O crescimento potencial brasileiro está entre 2% e 2,5%?
Sharma: Aparentemente sim.
Valor: É provável que o Fed comece a reduzir o ritmo de compra de ativos nos próximos meses. Como isso vai ocorrer e como o Brasil será afetado?
Sharma: Eu não acho que alguém tenha pistas claras de quando isso vai ocorrer e qual será o impacto. O que eu sei é que a boa coisa é que muita gente está bastante consciente sobre a redução do ritmo de compra de ativos, diferentemente do que ocorreu em julho e agosto. Com isso, a reação não deve ser tão ruim dessa vez. O maior risco para os mercados emergentes continua a ser que o ritmo de crescimento da China seja menor do que as pessoas pensam. O Brasil deve se acostumar com o fato de que a era de liquidez global barata acabou. A era de fortes preços de commodities, elevando o crescimento global, também acabou. Esses dois importantes ventos favoráveis se foram. O timing exato da redução de compra de ativos, quando vai ocorrer, como vai ocorrer, eu não sei. Se os juros aumentarem dramaticamente, o impacto obviamente será forte. Mas o risco já foi telegrafado. Eu estou menos preocupado com isso do que com as questões domésticas do Brasil e o risco de desaceleração mais forte da China.
Valor: Qual a sua expectativa para os preços de commodities?
Sharma: Na visão de longo prazo sobre os preços de commodities, o que frequentemente se diz é que há duas décadas de queda e uma de alta. Nós já tivemos uma década de alta, e há muita oferta a caminho no mundo. Acho que os preços de commodities em geral terão uma tendência de queda nesta década. Eu espero que o crescimento da China se desacelere nos próximos dois ou três anos para 5% a 6%. Com esse ritmo de crescimento, a demanda e o consumo de commodities vão cair mais. Acho que o superciclo de commodities terminou e que os preços têm maior perspectiva de cair.
Valor: Como será a desaceleração da China?
Sharma: A China é agora um país de renda média. As taxas de crescimento tendem a desacelerar, porque os setores de maior produtividade, como exportações e manufatura, parecem ter atingido um pico como proporção do PIB. Eu espero que o crescimento se desacelere para 5% a 6% nos próximos poucos anos. A China está num estágio em que o Japão estava nos anos 1970 e a Coreia do Sul e Taiwan nos anos 1980 e 1990. Todas essas economias se desaceleraram significativamente em níveis similares de renda per capita. Então não acho que deva ser uma grande surpresa. Eu sinto que as pessoas precisam de tempo para se ajustar a isso. Elas agora se ajustaram ao fato de que o crescimento potencial da China é de cerca de 7%. Ninguém fala mais de crescimento de dois dígitos, mas acho que pode haver um ajuste para baixo, para 5% a 6%. É uma desaceleração gradual. Não parece um pouso forçado porque o crescimento não recua de 12% a 13% para zero, mas há uma clara tendência de desaceleração.
Piora fiscal pode levar à redução de nota do país
Deterioração das contas públicas preocupa agências de classificação
Desaceleração prolongada da economia também é citada como fator de risco para a nota
ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO
A piora das contas do governo somada à desaceleração da economia preocupa as agências de classificação de risco e, caso não seja freada, poderá levar a uma redução da nota de crédito do país.
O chamado “rating” concedido aos governos é uma espécie de selo de qualidade que indica o risco de investir em uma economia.
O Brasil galgou posições na classificação das principais agências e atingiu o chamado grau de investimento, que sinaliza alta estabilidade econômica, após o crescimento maior atingido entre meados e o fim da década passada.
Agora, a combinação entre arrecadação fiscal menor e o aumento de gastos do governo tem levado a uma mudança na visão das agências:
“Nossas principais preocupações são a fraqueza econômica prolongada e o espaço fiscal limitado à luz do maior fardo da dívida pública e da falta de um colchão fiscal significativo para enfrentar choques”, disse Shelly Shetty, chefe da área de risco soberano da Fitch Ratings para América Latina, à Folha.
Um dos fatores analisados pelas agências é a capacidade que os governos têm para reagir a choques –como uma forte desaceleração econômica–, aumentando gastos.
No Brasil, esse espaço de reação tem sido reduzido.
Segundo Shetty, o governo precisa recuperar sua credibilidade, cumprindo as metas fiscais assumidas, antes do início do ciclo eleitoral.
A Standard & Poor’s (S&P), outra importante agência, também se preocupa com a piora dos dados fiscais (ver texto nesta página).
Nas duas agências, o Brasil é grau de investimento com um degrau de folga. Ou seja, se for rebaixado em um nível de nota, ainda manterá o grau de investimento.
Já na consultoria Economist Intelligence Unit (EIU) –que, desde junho, também atua como agência de risco–uma piora de avaliação pode levar o Brasil a perder o grau de investimento. Segundo Robert Wood, diretor-adjunto de risco, o país está no limite da zona de rebaixamento.
Em relatório recente, a agência afirma que um aumento da relação entre a dívida bruta do setor público e o PIB para acima de 60% tem o potencial de levar a uma redução da nota. Atualmente, essa relação é de 58,75%.
Embora os indicadores fiscais do Brasil sejam melhores que os de muitas nações desenvolvidas, o curto histórico de estabilidade econômica faz com que uma deterioração forte das contas públicas tenha impacto negativo rápido sobre outras variáveis.
Sinal disso tem sido o aumento dos juros nos mercados futuros, que é uma medida de quanto o investidor cobra para financiar o governo.
Procurada pela Folha, a Moody’s, outra agência grande, afirmou apenas que a perspectiva estável para a nota do país –que também é grau de investimento– reflete sua visão de médio prazo.
Mais uma notícia falando sobre queda de preços de alugueis…
Mercado imobiliário: preço dos aluguéis em queda – R7
Fonte: “http://videos.r7.com/mercado-imobiliario-preco-dos-alugueis-em-queda/idmedia/5278fac80cf2f5b38292c98a.htm
Vídeo interessante de argumentos que defendem a Bolha versus de quem diz que ela não existe:
Desafio: O fim da bolha imobiliária – Samy Dana (FGV) vs Claudio Bernardes (Secovi/SP)
Fonte: “http://tvig.ig.com.br/noticias/economia/desafio-o-fim-da-bolha-imobiliaria-527a8080d8c8cd26c10001e0.html
O programa “Desafio” traz dois convidados que são estimulados a defender seus pontos de vista sobre um tema polêmico sob o comando de um moderador.
Em 2011, o preço dos imóveis no país crescia a uma taxa de 30% em média. Já em 2013, o índice caiu para 13%. Há uma bolha imobiliária no país? E quais serão as consequências do seu estouro?
Nesta semana, o engenheiro Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, e Samy Dana, doutor em economia e professor da FGV, debatem a questão da bolha imobiliária.
O mediador do debate é o repórter de economia Vitor Sorano.
ansioso no aguardo de quebrar logo uma par delas, principalmente as grandes, quero ver o governo ter $$ pra socorrer, eheheh, fez o povão se endividar, comprando minha maloca minha dívida a preço de ouro, ae quero ver como vai fazer se vier desemprego em massa no setor de construção civil, responsável por boa parte da nova classe média da dilma … vai ser um zeus nos acuda… e não vai ter too big to fail aqui não…. o gov tá com dividas ate as tampas, vão quebrar mesmo!!!!
chega de crescimento desordenado, falsa demanda, especulação imobiliária desmedida… agora, pay the price!
Vilmar,
É verdade, a conta a ser paga já é grande e vai ficando cada vez maior. Quanto mais uma situação anomala se perpetua, piores as consequencias.
Neste sentido, não concordo com o que foi colocado recentemente pelo ex-presidente do BC (Henrique Meirelles), que disse que existe uma bolha imobiliária no Brasil, mas não teria mesmas consequencias que nos EUA.
Os efeitos que você mencionou acima, são inerentes a uma bolha imobiliária, tanto que em Salvador, que tem um estoque recorde no Brasil (tabela que consta no “Desenhando a bolha imobiliária brasileira”), tiveram um aumento recorde no desemprego e o maior no Brasil, segundo último levantamento do IBGE e isto não foi uma mera coincidência, é o efeito em cascata da explosão da bolha.
CA, outra coisa que eu tenho reparado, depois do evento não recorrente de venda de terrenos, que deu melhora no balanço, a Viver, VIVR3, segue o seu curso ladeira abaixo, queda de -59,38% em 2013. Né brinquedo não!
infomoney.com.br/viver-vivr3
Vilmar,
No caso da Viver, o EL/PL (endividamento liquido / patrimonio liquido) estava em 198% ao final do 2T2013, o maior indice dentre todas as construtoras. Isto significava que, mesmo que eles vendessem todo o patrimônio deles, incluindo imóveis, terrenos, etc., etc., etc., ainda assim, eles teríam uma dívida equivalente a todo o patrimônio que tinham vendido antes.
Uma situação como a que consta acima, só se resolve se eles fossem incorporados e alguém assumisse a dívida, se eles fecharem as portas ou se, milagrosamente, tivessemos uma explosão nunca vista antes na demanda por imóveis no Brasil e mesmo assim, talvez não tivessem crédito para aproveitar(quanto a este último, como sabemos, é mais fácil uma visita pessoal do ET de varginha à Viver despejando rios de dinheiro para eles…).
De uma certa forma, é similar aos picos que a OGX teve. Todo mundo sabe que vai morrer, mas uma “boa notícia” gera elevação na cotação, para que logo depois todos voltem a realidade.
Mesmo que a venda daquele mega-terreno tenha sido com um bom ágio, pelas informações deles no relatório do 2T2013 que analisei e pelas minhas contas, eles ainda ficariam com dívidas que equivaleriam a algo próximo a 150% do patrimonio, situação similar a da PDG neste 3T2013 (talvez a Viver deixasse de ser a favorita para ser a primeira a falir e fique com o segundo lugar, a verificar após divulgação do relatório do 3T2013, mas isto é algo que justifique aumento no valor da Ação???).
O único ganho real é que eles devem ter quitado dívidas corporativas com vencimento no curto prazo e daí ganharam uma sobrevida. Daí para subir o valor da Ação, é um dos non-sense típicos de Bolsas de Valores…
Entendi, grato pelo retorno, esta é uma séria candidata para pedir REJ, quiçá falência direto, rsrs.
Alguma explicação para a Trisul está performando tão bem na bolsa este ano, na contra-mão de outras “destrutoras” ?
Ela também vivia com atrasos em entrega de obras, até tenho uma amiga que penou para ter o seu apartamento entregue em Cotia/SP, além disto chovia de reclamações…de repente, parece que começaram acertar, sei lá…
TRIS3 – Ação ordinária – Trisul
TRIS3 +3,26%TRIS3 R$ 4,44 última atualização: 17:10
Gráfico
Indicadores
Min. 3,95
Dia +3,26%
Max. 4,44
Semana +3,26%
Abert. 4,20
Mês +0,91%
Fech. 4,30
2013 +55,36%
infomoney.com.br/trisul-tris3
Grato desde já.
Não sei, ainda não olhei os resultados deles, estava trabalhando nos dados de Even e PDG que estou postando mais acima…
Se tiver tempo depois dou uma olhada, nunca fui a fundo nos resultados da Trisul, mas sabemos que temos tido muitos repiques com Ações de Construtoras recentemente, talvez seja como o caso da Viver recentemente…
Entendi, pode ser algo não recorrente então!
Valeu;)
e vamos peder o rating de “investimenti greidi”:
Christian Cayre ?@chrinvestor 2h
Depois do alarme nas contas públicas, e o risco de rebaixamento, o Governo garante: “A política fiscal não mudará em 2014.” #nosense !!!
@infomoney 1 h
Quem pode ser o 1º BRIC a perder o grau de investimento? Para o FT, é o Brasil
http://tinyurl.com/jw4neqe
COMBUSTÍVEIS:
– Só aumentará em janeiro/2014, dia 1, para afetar o ipca de 2014 apenas, ahahaha , assim o governo vai ter 1 anos pra fazer maquiagens nos dados e inflação ano que vem!!!!!!
Maquiar a inflação, o superavit e o que mais conseguirem!
Estão mais perdidos que cachorro em dia de mudança, veja abaixo:
Dilma Rousseff está uma arara com a mais recente onda de esculhambação de sua política econômica, em particular a fiscal (isto é, que diz respeito a gasto do governo e impostos). As críticas não teriam fundamento, seriam um exagero injusto e mesmo uma traição.
Afinal, diz-se no Planalto, a poupança do governo neste ano será menor devido ao crescimento lerdo, “dado o contexto mundial”, e à grande redução de impostos, “reivindicação do empresariado”, que agora cuspiria no prato que comeu ao criticar as contas da administração Dilma.
A presidente mandou a elite da tropa defender as contas do governo do marolão de críticas que se levantou desde quinta-feira passada, quando saiu o mau resultado fiscal de setembro.
O ministro Guido Mantega (Fazenda), a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o secretário do Tesouro, Arno Augustin, deram então entrevistas aos principais jornais do país, publicadas ontem. Não colou.
Mantega, Gleisi e Augustin deram algum azar. Levaram um caldo da onda de alta do dólar, que vinha se formando nos últimos dias, com escassa relação com o país. Os juros no mercado americano voltaram a subir faz uns dez dias, assim como a conversa sobre a mudança na política monetária, o que costuma chutar o dólar para cima, por aqui.
Mantega, Gleisi e Augustin, no entanto, deram chance para o azar. Ruídos, contrastes e confrontos nas declarações de ministros e secretário parecem ter dado impulso adicional ao salto do dólar, entre outras manifestações reais e imediatas de insatisfação com o tom da conversa governista.
Mantega não disse nada de muito novo: que o governo vai ser mais comedido em gastos e endividamento. Augustin como que chamou o pessoal para a briga, acusando economistas e jornalistas de causar um marolão artificial de mau humor. Ficou mais difícil entender o que disse a ministra da Casa Civil, o que também não pegou bem.
Em entrevista a esta Folha, Gleisi Hoffmann disse que defende um “sistema de bandas” para o superavit primário, a meta de poupança do governo. Isto é, grosso modo, o governo pouparia mais em anos bons e gastaria mais em anos ruins para o crescimento econômico, dentro de certos limites.
Ou Gleisi choveu no molhado (o governo já adota uma espécie de banda) ou propôs política algo diferente daquela tocada pelo ministro da Fazenda. O “mercado” não gosta nem de uma coisa nem de outra; a confusão extra não serviu para aumentar a simpatia.
Não vai ser com essa conversa que o governo vai mudar os humores da praça do mercado, dos donos do dinheiro grosso, em suma. O “mercado” simplesmente acha que gasto extra do governo dá em mais inflação e deficit externo, o que vai dar em dólar mais caro, talvez ainda mais caro quando virar a biruta dos juros nos EUA. Vota com os pés, levando e trazendo dinheiro, tanto faz a mera palavra do Planalto.
De resto, não existe tal coisa como o “empresariado” que o governo pretendeu adular e por quem se sente agora “traído”, história quase incrível de ingenuidade juvenil ou amadorística. Há interesses e ideias conflitantes no “empresariado” e, enfim, empresários podem muito bem cavar benesses para si no governo e fazer troça da política econômica.
Por isto que devemos perder o rating, IG, logo mais em 2014!!!!
Como é que fica?
E a família lá em casa, sem arroz nem feijão, como é que fica? – perguntou Paulinho da Viola em Que trabalho é esse?, de 1982.
Um a um, os empresários e os administradores de qualquer patrimônio, se perguntam: “Se não acontecerá nada em 2014, como é que fica *2015*?”.
Este 2013 já NÃO TEM MAIS JEITO, já ficou e já MICOU. Se prevalecer a atual postura do governo Dilma, de não arregaçar as mangas e de não consertar o que tem de ser consertado na política econômica, por que não pretende criar marola em clima eleitoral, então o ajuste de contas vai pular 2014, também ano economicamente medíocre, e vai ATERRISAR em 2015, esse sim, um tempo de RANGER DE DENTES.
O governo Dilma se comporta como se tivesse sido surpreendido. Nenhum dos figurões de Brasília esperava pela trombada na área fiscal (receitas e despesas públicas), que parece consumada. E reagem como baratas tontas que tivessem levado esguichada de INSETICIDA.
… LEIAM TUDO:
“http://blogs.estadao.com.br/celso-ming/
Só uma pequena introdução sobre os resultados da Gafisa.
Ainda hoje devo comentar por aqui sobre Even e PDG, amanhã sobre a Gafisa…
“A companhia teve lucro líquido de 15,8 milhões de reais, ante resultado positivo de 4,8 milhões no terceiro trimestre do ano passado. ”
“A incorporadora fechou o trimestre com receita líquida de 628 milhões de reais, queda de 15,5 por cento sobre o mesmo período de 2012 Já o total de despesas, incluindo os segmentos Gafisa e Tenda, caiu 12,6 por cento sobre um ano antes, para 101,3 milhões de reais.
A Gafisa terminou setembro com dívida líquida e obrigações com investidores de 2,858 bilhões de reais, alta de 3,7 por cento sobre um ano antes. O caixa somou 781,6 milhões. Com isso, o índice de endividamento da empresa passou a 126 por cento ante 104,5 por cento no fim de setembro de 2012.“
Seguem informações do balanço da Gafisa do 3T2013, com foco nos itens que tem maior relação com a bolha imobiliária (Lançamentos, Vendas, Prejuízo Liquido, Endividamento, Estoques e Distratos), com análises ao final:
Observação inicial: todas as informações abaixo consideram o Grupo Gafisa como um todo, ou seja, a somatória das Unidades Gafisa, Tenda e Alphavile, para todos os períodos e itens mencionados.
Lançamentos: 2.041 unidades no 3T2013 contra 1.361 no 3T2012. Em R$, os lançamentos subiram de R$ 451.943 no 2T2012 para R$ 498.348 no 3T2013. Crescimento de 50% em unidades e 10% em valores, em virtude de mudança no mix (em 2.013 participação Tenda muito maior, em 2.012, não tivemos lançamentos da Tenda em virtude do altíssimo volume de distratos, como a Tenda é focada no segmento popular, o aumento de sua participação reduz sensivelmente o ticket médio de vendas / VGV de lançamentos) ;
Vendas liquidas (abatidos distratos): 1.902 unidades no 3T2013 contra 1.929 no 3T2012. Em R$, as vendas caíram de R$ 689.331 no 3T2012 para R$ 428.994 no 3T2013. Queda de 1,4% em unidades e 37,8% em R$. A discrepância entre quedas em unidades e R$ tem a mesma explicação que para lançamentos, ou seja, mudança de mix com participação muito maior da Tenda (ver item anterior) ;
Estoque total: O estoque a valor de mercado ficou estável, permanecendo em R$ 3,6 bilhões em valor de mercado. Em virtude da substancial mudança no mix de vendas implantada a partir de Janeiro/2013, com a retomada de lançamentos e vendas da Tenda que simplesmente não existiam em 2.012, considerarei como valor médio mensal de vendas, a somatória das vendas liquidas de distratos de Janeiro a Setembro de 2.013 dividida por 9 meses. Com esta métrica, temos que o estoque da Gafisa equivale a 27 meses de vendas ;
Distratos: no 3T2013 distratos no valor de R$ 271,1 milhões contra R$ 263,7 milhões no 3T2012, crescimento de 2,8%. Os distratos equivaleram a 38,71% das vendas brutas no período ;
Lucro Liquido: R$ 15,8 milhões de lucro liquido no 3T2013, contra R$ 4,8 milhões de lucro liquido no 3T2013 ;
Endividamento Liquido / Patrimônio Liquido: subiu de 96% no 2T2013 para 126% no 3T2013. Tal aumento se deveu a aquisição da parte faltante da unidade Alphavile (para depois poder efetivar venda dos 70% do total de Alphavile no 4T2013) e tem efeito transitório. A expectativa da Gafisa é que no 4T2013, após a efetivação da venda de 70% de Alphavile, o EL/PL fique em 55% ;
Análise quanto a informações acima:
Lançamentos e Vendas: a mudança de mix com maior participação Tenda fez com que o grande crescimento em unidades (50%) fosse pequeno em R$ (10%), enquanto para vendas, tivemos queda de apenas 1,4% em unidades, mas em R$, a queda foi de 37,8%. A Gafisa informou que em Outubro/2013 intensificou lançamentos e vendas, alcançando resultado bastante superior à média mensal do 3T2013 e afirmou que manterá seus lançamentos conforme o que acompanhar de receptividade do mercado, em posição aparentemente cautelosa.
Distratos: o aumento na comparação em R$ com mesmo período de ano anterior foi discreto, mas se avaliarmos pela ótica do percentual sobre as vendas brutas do período atual, que foi superior a 38%, vemos que estes distratos continuam tendo alto impacto nos resultados da Gafisa.
Estoques: o estoque equivalente a 27 meses de vendas é muito elevado e representa um alto risco para os resultados futuros. A Gafisa promete resolver a questão dos “estoques legados de safras ruins” até o final de 2.014 (ela se refere a empreendimentos com alto volume de distratos, as vendas falsas para quem não podia pagar no ato da entrega do imóvel, que serviram só para inflar artificialmente os preços dos imóveis). Como a Gafisa aumentou o volume de lançamentos já em Out/2013 e terá uma situação melhor de caixa / dívida no 4T2013 em virtude da entrada de R$ pela venda de 70% de Alphavile, é possível que ela continue a optar por aumentar o volume de lançamentos, com alto potencial para aumentar ainda mais estes estoques, principalmente em virtude do cenário para economia (aumento de juros) e mercado imobiliário (quedas sensíveis nas vendas), combinado com o ainda alto volume de distratos, levando-a a obrigatoriamente promover maiores descontos para que efetivamente possa chegar a um patamar mais razoável de estoques e assim obter resultados mais satisfatórios.
Resultados: a melhora na comparação com mesmo período de ano anterior ainda é insuficiente em relação ao porte da empresa e expectativas de Acionistas, talvez por isto, a Gafisa pretende se arriscar mais indo na contra-mão da maioria das empresas do segmento e aumentando o volume de lançamentos. Naturalmente isto também se deve ao fato dela estar prestes a equalizar melhor seu endividamento com a venda de 70% de Alphavile e ainda, com a entrada dos novos sócios, ter a necessidade de apresentar melhores resultados. É uma estratégia de alto risco, conforme explicado no item acima (Estoques).
Endividamento liquido sobre patrimônio liquido: meta é chegar a 55% no 4T2013 com venda da Unidade Alphavile, se atingir este objetivo, estará dentro de um patamar considerado bom pelo segmento (inferior a 60%).
Conclusão: embora a Gafisa tenha se posicionado de forma cautelosa, dizendo estar atenta a receptividade do mercado e que irá balizar seus lançamentos em função disto (para aumentar ou diminuir os lançamentos), na verdade, com um estoque correspondente a 27 meses de vendas e ainda assim, tendo aumentado os lançamentos no 3T2013 e já tendo declarado que aumentou ainda mais em Out/2013, demonstra na prática, que tem uma estratégia de risco, bem diferente de seu discurso. Se considerarmos que os distratos representaram mais de 38% da receita bruta de vendas no 3T2013, tal posicionamento prático de aumento de lançamentos busca na realidade um aumento de vendas (vender lançamento é mais fácil que encalhes) de forma a poder “mascarar” os efeitos destes distratos e assim, poder “agradar” mais aos atuais e novos Acionistas da empresa e ao mercado como um todo. Esta é uma estratégia de alto risco da Gafisa, se aproveitando da melhoria de caixa que será trazida pela venda de Alphavile no 4T2013, que ela estima, levará a relação de endividamento liquido / patrimônio liquido para um patamar de 55%, considerado bom para o segmento. Pela situação de oferta versus demanda de imóveis no Brasil como um todo, onde observamos uma super-oferta, combinada com situação da economia (aumento de juros e outros riscos), vemos que esta estratégia tende a levar a um aumento no desequilíbrio entre oferta e demanda, através do aumento nos estoques da Gafisa, o que caso venha a se concretizar, significará a necessidade de maiores descontos futuros em preços.
E tem gente que ainda acha que o Governo é “todo-poderoso”, pode evitar crises “fabricando dinheiro” e assim por diante…
“http://www.diariodopoder.com.br/noticias/cgu-esta-sem-dinheiro-para-pagar-agua-e-ar-condicionado/
A Controladoria-Geral da União (CGU) resolver mandar para casa os servidores que trabalhavam na Esplanada dos Ministérios quando ficou sem dinheiro para pagar as taxas de administração do edifício, responsável por manter os serviços de ar-condicionado, água, limpeza, segurança, entre outros.
De acordo com a assessoria da CGU, a inadimplência se deve aos cortes e gastos do governo. Alguns servidores foram transferidos para prédios em outro bairro de Brasília e “os demais estão, de fato, trabalhando no sistema de ‘home office’, com análise de processos”.
Em tratativas com o Ministério da Fazenda, a CGU conseguiu a liberação de R$ 12 milhões, mas ainda falta negociar como se dará a “utilização efetiva” do dinheiro.
“http://beneviani.blogspot.com.br/2013/11/raymundo-costa-uma-agenda-para-o.html
Raymundo Costa – Uma agenda para o segundo mandato
Valor Econômico – 05/11/2013
Assim como anteciparam a campanha sucessória, governo e PT também começaram a discutir uma agenda para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Não se trata propriamente do programa a ser discutido no horário eleitoral ou nos debates entre candidatos, mas aquele efetivamente a ser posto em prática, se Dilma se reeleger.
Nas palavras de um integrante do grupo precursor da campanha de Dilma, “nós temos que criar condições na sociedade para que a Dilma, assim como o Lula, possa fazer um segundo mandato melhor que o primeiro” – um governo capaz de avançar com as reformas estruturais, em especial com a reforma tributária, agenda insolúvel das últimas décadas.
Em especial porque é estreita a margem de manobra para a presidente manter ou ampliar os investimentos sociais, marcas dos governos do PT. A alternativa à vista é o aumento da arrecadação. Em duas palavras: aumento de impostos.
Mais imposto para manter o investimento social
Especialmente porque, ao invés de se discutir cortes para ampliar o investimento, e não só no social, o debate é sobre como aumentar a arrecadação. “Não há como dar conta da chamada voz das ruas com a estrutura tributária atual, que é uma estrutura injusta”, diz a fonte da campanha. “Agora, o governo não vai falar disso no horário eleitoral “, afirma. “O PT é quem tem que travar uma luta partidária, permanente, inclusive fora da campanha eleitoral para defender a necessidade da reforma tributária. Não é só o negócio da reforma fiscal”.
As diferenças no PT e parte do governo é quanto à forma. A esquerda acredita que as reformas necessárias não serão feitas sem quebrar o atual arco de alianças políticas do governo, inclusive com o maior partido aliado, o PMDB. O raciocínio parte do pressuposto segundo o qual acabou o tempo de bonança, em que todos ganharam, e que para avançar alguém terá que perder. Em resumo, não haverá mais como manter o padrão de consumo, a elevação do salário mínimo, a ascensão social, se não houver o acirramento da luta de classes.
A alternativa que a centro-esquerda considera viável é avançar nas mudanças estruturais com a atual aliança partidária. O problema, argumenta-se, é que “os neoliberais” incutiram na sociedade que imposto é uma coisa ruim. No entanto, vista de perto, “a maior carga tributária do mundo”, no fundo seria distribuída injustamente e altamente regressiva.
O exemplo preferido é o mesmo de todas as eleições: ao fim e ao cabo, a maior alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Física (27,5%) é a mesma que incide sobre salários da classe média e sobre rendimentos do empresário Antonio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim. Nas discussões sobre o futuro governo entra também o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um tributo forte para a arrecadação e altamente regressivo: o preço da manteiga é o mesmo para o assalariado e para o grande empresário.
A alíquota de 27,5% do IRPF foi criada em caráter provisório em 1999, para que o governo Fernando Henrique Cardoso equilibrasse suas contas. Deveria voltar aos 25% em 2004, já no governo Lula da Silva. Como é da tradição brasileira, com a rara exceção do imposto do cheque, ela se tornou permanente. O PT namora com a alíquota de 35%, entre outras medidas pensadas para aumentar a arrecadação, como a criação do imposto sobre grandes fortunas. Trata-se de uma tarefa árdua. Basta ver o que acontece em São Paulo.
Na capital do maior Estado da Federação vige uma lei segundo a qual, a partir de 2013, é preciso fazer a planta genérica de valores (simplificadamente, a atualização do valor venal dos imóveis, sobre o qual incide o percentual para cobrança do imposto). A atualização sobre o valor venal não significa que o imposto será cobrado sobre o valor real do imóvel. Mas o imposto sobe ainda que se mantenha a alíquota anterior.
É uma determinação legal. Fernando Haddad, prefeito do PT, tomou o cuidado de fazer três áreas fiscais, o que isentou quase toda a periferia. Sobre imóveis situados em regiões com maior infraestrutura, na zona central, por exemplo, paga-se mais do que sobre um localizado em Guaianazes, no extremo da zona leste. Ainda assim Haddad está em maus lençóis. Tanto que já articula para que a planta genérica seja atualizada a cada quatro e não mais a cada dois anos, como prevê e lei.
Esse é um exemplo das discussões antecipadas que se faz na órbita do grupo precursor da campanha de Dilma. Outro é a autonomia do Banco Central, cujos contornos apareceram semana passada, quando Lula estimulou alguns senadores a votar um projeto, em tramitação no Senado, que na realidade trata da “independência” do BC. A rigor, o BC já dispõe de certa autonomia, conforme se reconhece nessas discussões. “O que algumas vez se quer é trocar a autonomia pela independência”, diz a fonte do grupo que trata da reeleição da presidente Dilma.
O Banco Central, segundo a discussão em curso entre os que participam da elaboração da agenda do segundo mandato, tem que fazer a política monetária sem interferência do Executivo. Mas quem deve formular política econômica é “quem tem a delegação do voto popular, o Executivo e o Legislativo. Se não você vai diminuindo a política econômica por uma suposta isenção técnica que não existe. A técnica é um instrumento de implementação da política”.
Além da reforma tributária e a discussão sobre a autonomia do Banco Central, o PT pretende fazer uma discussão geral sobre um conjunto de propostas que passa pela reforma política e chega às agências reguladoras. As agências criadas no governo Fernando Henrique Cardoso “supostamente”, como se diz no PT, deveriam funcionar como órgãos neutros, preocupadas mais com os interesses dos usuários do que das empresas prestadoras do serviço. Hoje há dúvida se elas estão do lado do consumidor ou se foram capturadas pelas empresas. Pior ainda, do ponto de vista petista: estão querendo fazer políticas públicas. “Então tudo isso tem que ser revisto. Porque os caras vão pra lá, têm mandato, mas não têm essa neutralidade”.
Isto porque ainda nem temos um grande volume de imóveis indo para leilão…
CNJ abre processo disciplinar contra desembargador do Tribunal de Justiça do Rio
Ferdinaldo Nascimento é investigado por comprar apartamento em leilão público por valor inferior ao de mercado; reportagem do GLOBO mostrou irregularidades em varas empresariais do Rio
Leia mais sobre esse assunto em “http://oglobo.globo.com/pais/cnj-abre-processo-disciplinar-contra-desembargador-do-tribunal-de-justica-do-rio-10695359#ixzz2jp3tYz5A
Aqui cabe o título de um filme: “Never end story…”
Tribunal de Justiça impede aumento do IPTU em São Paulo
“http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/11/1367351-tribunal-de-justica-impede-aumento-do-iptu-em-sao-paulo.shtml
PDG tem prejuízo líquido de R$ 129,97 milhões no terceiro trimestre
“http://www.valor.com.br/empresas/3329082/pdg-tem-prejuizo-liquido-de-r-12997-milhoes-no-terceiro-trimestre
Mais notícias sobre a PDG e de quebra, sobre a BOVESPA e os bancos também…
Bolsa opera em queda de 1%; ações do PDG Realty e de bancos recuam
A Bovespa operava em queda nesta quarta-feira (6). Os investidores estavam atentos aos balanços empresariais divulgados na véspera e na manhã de hoje. A queda era puxada, principalmente, pelo desempenho negativo das ações da PDG Realty e de bancos. Por volta das 12h10, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, recuava 1,04%, a 53.270,08 pontos. No mesmo momento, as ações da PDG Realty (PDGR3) desvalorizavam 2,96%, a R$ 1,97. A empresa divulgou na véspera prejuízo de R$ 111,3 milhões. As ações de banco também colaboravam com o mau desempenho da Bolsa: Itaú (ITUB4) tinha desvalorização de 1,44%, a R$ 33,45; o Banco do Brasil (BBAS3) tinha queda de 1,43%, a R$ 29,04; Bradesco (BBDC4) caía 0,68%, a R$ 32,34.
“http : //economia.uol.com.br/ao-vivo/2013/11/06/direto-da-bolsa.htm#bovespa-opera-em-queda-de-1-acoes-do-pdg-realty-e-de-bancos-recuam-20131106121244
Seguem informações do balanço da PDG do 3T2013, com foco nos itens que tem maior relação com a bolha imobiliária (Lançamentos, Vendas, Prejuízo Liquido, Endividamento, Estoques e Distratos), com análises ao final:
Lançamentos: 281 unidades lançadas no 3T2013, contra 1.229 no 3T2012. Queda de 77,14% ;
Vendas liquidas (abatidos distratos): No 3T2013, R$ 276 milhões de vendas correspondente a 809 unidades vendidas. No 3T2012, R$ 712,6 milhões em vendas liquidas correspondentes a 1.956 unidades vendidas. A queda nas vendas foi de 58,64% em unidades e 61,24% em R$ ;
Estoque total: 4,64 bilhões de R$ em estoque a valor de mercado, equivalente a 24 meses de vendas (assumindo a média mensal dos últimos 12 meses divulgados, do 4T12 ao 3T13). Queda de 8,25% no estoque a valor de mercado, do 2T2013 p/ 3T2013. Esta queda ocorreu, principalmente, em virtude do cancelamento de 19 projetos, conforme programação divulgada no 2T2013 ;
Distratos: no 3T2013 distratos no valor de R$ 537 milhões, equivalente a 66% das vendas brutas. Os distratos aumentaram 44% em R$ na comparação com 2T2013, lembrando que no 2T2013 os distratos já haviam mais do que dobrado em relação ao 1T2013. Tal variação foi principalmente em virtude do cancelamento de empreendimentos no 2T2013 e 3T2013 ;
Prejuízo Liquido: R$ 111,3 milhões de prejuízo liquido no 3T2013, contra lucro liquido ajustado de R$ 32,1 milhões no 3T2012 ;
Divida Liquida / Patrimônio Liquido: subiu de 138% no 2T2013 para 149% no 3T2013 ;
Análise quanto a informações acima:
Lançamentos e Vendas: a queda nos lançamentos (aproximadamente 77%) traz impacto sobre vendas, pois, como sabemos, estoque encalhado é muito mais difícil de desovar. Adicionalmente, tivemos cancelamento de mais 19 empreendimentos, abatendo do total das vendas quanto a unidades já vendidas nestes empreendimentos e provavelmente, um índice adicional de distratos por outros motivos, ainda maior que no 2T2013, tudo isto, fazendo com que vendas tivessem queda de mais de 58% em unidades.
Estoques: a redução de mais de 8% em valores de mercado, foi puxada fortemente pelo alto volume de cancelamentos de empreendimentos (19 cancelados neste trimestre), ou seja, não foi um processo saudável, pois não foi vinculado a nenhuma recuperação de vendas. Além disto, hoje o estoque corresponde a 2 anos de vendas, o que é um patamar ainda exageradamente elevado.
Resultado: apesar de todo o esforço para redução de custos, o prejuízo foi muito elevado e novamente, quase 3 vezes superior ao esperado pelo mercado, como já havia acontecido no trimestre anterior.
Endividamento liquido sobre patrimônio liquido: as dívidas aumentaram enquanto estoques diminuíram, prejudicando ainda mais este indicador, que já era extremamente negativo no período imediatamente anterior. Lembrando que o endividamento da PDG foi construído quando a empresa tinha um porte muito maior e agora que ela está reduzindo cada vez mais seus negócios, cancelando projetos em grande quantidade, esta dívida é impagável. Considerando-se ainda o cenário econômico atual e previsto para o curto prazo, o máximo que a PDG tem conseguido, com bom apoio do Governo e fortíssimas ações de redução de custos via cancelamento de empreendimentos, é uma sobrevida.
Conclusão: a PDG não tem mais nenhum folego para tentar intensificar lançamentos e muito menos acredita que isto seria viável para sua recuperação. Embora tenha feito rolagem de boa parte de suas dívidas e tenha conseguido condições excessivamente benéficas junto a CEF no 2T2013, além de ter cancelado 33 empreendimentos nos últimos 2 trimestres que tiveram resultados publicados (2T2013 e 3T2013), ela só está adiando o inevitável. O cancelamento de projetos e outras reduções de custos adotadas, podem até vir a gerar algum caixa em trimestre futuro, mas mesmo isto é muito improvável em função do cenário atual e previsto para mercado imobiliário e economia e ainda que isto venha a acontecer, não seria viável dentro da escala necessária para uma redução minimamente saudável de suas dívidas (caixa se puder vir a ser positivo, seria em escala muito pequena em relação ao tamanho da dívida, devido à redução drástica em sua operação nos últimos anos). Os estoques equivalentes a 2 anos de vendas, além de serem muito elevados, só se reduziram em virtude do cancelamento de muitos empreendimentos e para piorar, os distratos continuam em níveis muito elevados e se desconsiderarmos os cancelamentos de empreendimentos do 2T2013 e 3T2013, podemos observar que os distratos cresceram ainda mais neste 3T2013.
Recomendo assistirem este vídeo:
“http://g1.globo.com/globo-news/conta-corrente/videos/t/todos-os-videos/v/samy-dana-explica-o-que-esta-acontecendo-com-o-mercado-imobiliario-no-brasil/2936506/
Segue complemento importante:
“g1.globo.com/globo-news/conta-corrente/videos/t/todos-os-videos/v/especialista-da-dicas-para-melhor-investimento-para-quem-deseja-comprar-um-imovel/2936505/
O pessoal do FIPE Zap está apenas COMEÇANDO a “colocar o gato em cima do telhado”. Ver a última linha da notícia abaixo.
Provavelmente eles já temem a repercussão do fato, quando ficar claro para todos, de que o índice deles não tem nenhuma relação com preço real, foi apenas uma ferramenta para a mais pura especulação imobiliária.
Preço dos imóveis cai em 3 dos 10 bairros mais caros do Brasil em outubro – IG
Fonte: “http://economia.ig.com.br/financas/casapropria/2013-11-05/preco-dos-imoveis-cai-em-3-dos-10-bairros-mais-caros-do-brasil-em-outubro.html
Os imóveis de três dos dez bairros mais valorizados do Brasil estão – ligeiramente – mais baratos. Símbolos da disparada do preços no mercado de imóveis brasileiro, que levantou especulações sobre a existência de uma bolha imobiliária , Leblon e Jardim Botânico (no Rio) e Jardim Europa (em São Paulo), tiveram queda no valor do metro quadrado em outubro em relação a setembro, segundo o índice Fipezap, que apura o valor pedido por quem quer vender a propriedade.
O m² mais caro do Brasil continua a ser o do Leblon: R$ 21.886. Esse valor, entretanto, caiu 0,9% em outubro, e é o menor desde maio de 2013. No Jardim Botânico, o m² recuou 0,5%, para R$ 15.172. Em São Paulo, o preço no Jardim Europa caiu pela primeira vez desde abril, para R$ 10.768 – 1% do que o valor de maio.
“Nesses dois bairros [ Leblon e Jardim Botânico ], que vinham sofrendo uma valorização expressiva, há um ajuste de preço”, diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio, para quem a queda de preços na Zona Sul do Rio é pontual. “Acho que o preço vai se manter e crescer ao nível da inflação. Houve um ajuste nesse mês [ outubro ]”.
Pequenos, mas simbólicos
Pequenos e pontuais, os recuos indicam menos uma situação alarmante do que um cenário mais complexo para o mercado imobiliário, avalia Eduardo Zylbestajn, coordenador do indicador.
“Apesar de não serem quedas expressivas, mostram uma mudança de situação. O momento não é mais o mesmo que a gente viveu em que subia em todos os lugares”, afirma.
Nessa nova situação, ressalta o economista, os preços vão variar de forma mais diversificada, respeitando as características de cada local. No caso carioca, ao mesmo tempo em que caíram no Leblon e no Jardim Botânico – e, segundo o Secovi Rio, em Copacabana (-1,07%) –, os preços do m² subiram na Gávea (0,4%), na Lagoa (1,3%) e em Ipanema (0,9%), na mesma Zona Sul.
“Vai haver cada vez mais dinâmicas localizadas ditando o ritmo dos preços. E isso vale também para as cidades. E isso é o normal”, diz Zylberstajn, da Fipe. O atípico, diz ele, é um aumento indiscriminado.
Mais próximo da inflação
Os desempenhos municipais também ilustram essa diversidade. No acumulado de 12 meses encerrados em outubro, o m² em Curitiba valorizou 38,4%, quase o triplo da média do composto de 16 cidades avaliadas pelo Fipezap, de 13,4%. Já em Brasília, a alta foi de 4,7% – aproximadamente um terço da média.
O Rio teve um aumento acumulado mais próximo da média – 14,7% –, mas vem em trajetória de queda nos últimos três meses, enquanto a tendência nacional é de valorização. Em São Paulo, a valorização dos imóveis voltou a acelerar ligeiramente, para 13,4% em outubro ante 13,3% em setembro.
Embora distante dos recordes atingidos nos últimos anos – no Rio, a valorização chegou a 44% ao ano em junho de 2011 e em São Paulo, a 29% em julho do mesmo ano – esses indicadores ainda estão bastante acima da inflação acumulada no período.
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), estava em 8,08% em outubro – ante os 13,4% do Fipezap. A inflação oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 5,69% em setembro.
Para Zylberstajn, da Fipe, quem pensa em comprar imóvel para investir não deve contar com intervalos tão expressivos no futuro.
“Não recomendo que as pessoas contem com uma valorização acima da inflação para sempre.”
A Globo indo pelo mesmo caminho que o pessoal do FIPE Zap, ainda muito longe da realidade, mas começando a dar “dicas”, para que depois que tudo fique muito claro, eles não possam ser acusados de não terem avisado…
“http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/11/alugueis-e-precos-dos-imoveis-sobem-menos-em-capitais-de-todo-o-brasil.html
Só para polemizar:
InfoMoney 6 h
Preço do m² acumula alta de 11,3% no ano e atinge R$ 7.143
http://tinyurl.com/myfqltz
InfoMoney 38 min
Gafisa e PDG são as construtoras com mais reclamações no Procon; veja ranking
http://tinyurl.com/pxg7btc
kkkk
Como sempre, é o FIPE ZAP rumo ao infinito…
Esta é uma parte essencial da estratégia do segmento imobiliário: divulgar um indíce, 100% baseado em preço anunciado e portanto facilmente manipulável, que não tenha nenhuma relação com a realidade quanto a oferta e procura.
Aliás, é muito curioso divulgar-se um suposto crescimento de preço sem nenhuma justificativa baseada em oferta e procura!!! As pessoas aceitam isto e ainda acreditam?! Se considerarmos que aqui no Brasil, basta “caber na parcelinha” que o pessoal compra, tal comportamento não surpreende, mesmo para os ditos “investidores”.
Com estratégia acima, construtoras buscam desovar seus estoques para investidores oferecendo descontos e estes, acreditando no FIPE ZAP, apostam em lucro futuro que nunca virá (estes investidores não fazem nem ideia da atual situação quanto a oferta e procura?! Como investem assim as cegas???).
Muitos investidores se baseiam em experiências do passado, deles ou de colegas, que compraram, por exemplo, em 2.008, com grande lucro no repasse em 2.011 e simplesmente assumem que seria sempre assim, ou seja, outro erro crasso, de achar que o rendimento passado garantirá o futuro, o que no caso de imóveis que ficaram completamente incompatíveis quanto a renda dos consumidores, é exatamente o contrário!!!
De quebra, vendedores de usados tentam vender pelo preço que consta no FIPE ZAP, também não conseguem e ficam com seus imóveis encalhados, ajudando para que super-estoques continuem crescendo indefinidamente.
Situação totalmente anomala, mas que para pessoas que não se dão ao trabalho de analisar o mercado imobiliário, engana muito bem… As construtoras agradecem!!!
Não dá pra esconder de ninguém que tem algo errado em bancos públicos sustentarem,SOZINHOS, a grande parte do crédito no Brasil, principalmente o imobiliário… Não estamos sozinhos nesta…
“http://www.economist.com/news/finance-and-economics/21588133-politically-inspired-surge-lending-weakening-state-owned-banks-latin?zid=305&ah=417bd5664dc76da5d98af4f7a640fd8a
Orientações em tempos de bolha imobiliária?
“http://www.locacaoevenda.com.br/noticias/Seu-Imovel-Encalhou-e-Agora-2396
“http://jornalportalsul.com.br/para-ver-se-alguem-compra-o-encalhe-caro/
“http://www.jornaldelondrina.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1418142
“http://ecos-periferia.blogspot.com.br/2013/11/padre-critica-especulacao-imobiliaria.html
Menos dinheiro para o MCMV ano que vem? Difícil…
“http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-11-04/fim-da-multa-do-fgts-volta-a-preocupar-governo.html
Minha casa, minha vida em Nova York
Empresa de pesquisa de mercado diz que brasileiros são responsáveis por 10% das compras de imóveis em algumas imobiliárias americanas
“http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,minha-casa-minha-vida-em-nova-york,169261,0.htm
E em Floripa…
“http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2013/11/camara-de-vereadores-recebe-nesta-segunda-feira-projeto-que-preve-aumento-do-iptu-em-florianopolis-4322428.html
É, realmente deve ser um negócio “da China” ter um imóvel vazio devido a super-oferta com queda na deamnda e ver o IPTU disparando… Prazer este que poderá ser sentido em alguns locais do Brasil:
Recife:
‘http://rotadosertao.com/noticia/33901-no-recife-moradores-reclamam-de-aumento-de-ate-100-no-valor-do-iptu
Salvador:
‘http://www.bahiaeconomica.com.br/artigo/486,o-ganso-o-secretario-e-o-iptu.html
Rio de Janeiro:
‘http://www.ademi.org.br/article.php3?id_article=50863
Quanto a isto é muito simples: devolve o imóvel ou vende a preço de banana para se livrar das dívidas.
Cada vez mais construtoras envolvidas no escandalo:
“www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/11/1366525-prefeitura-quer-ouvir-15-construtoras-que-podem-ter-pago-propina-a-auditores.shtml
Até onde vai o non-sense? Cria-se um conceito do nada, para iludir e ainda vai se amplificando sem questionamentos?
“http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/11/classe-media-na-favela-sobe-de-33-para-65-em-10-anos-diz-pesquisa.html
Mais sobre economia e o cobertor curto do Governo. As explicações sobre o estouro no seguro desemprego também não convencem…
Seguro-desemprego tem salto em outubro e ameaça estourar orçamento do ano
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04/11/13 – 10:48
POR Dinheiro Público & Cia
Os gastos do governo com o seguro-desemprego tiveram um salto em outubro e estão perto de estourar o orçamento autorizado no ano para o programa.
Segundo dados recém-fechados, os pagamentos do seguro somaram R$ 2,6 bilhões no mês passado, R$ 1 bilhão acima do montante de setembro.
Mesmo com o bom desempenho do mercado de trabalho, os benefícios já somam R$ 23,1 bilhões em dez meses, praticamente toda verba originalmente prevista para o ano.
No mês passado, o governo elevou as verbas destinadas ao programa de R$ 23,2 bilhões para R$ 25 bilhões _mas mesmo a nova quantia tende a ser insuficiente.
Os resultados ajudam a entender por que o programa foi o principal alvo da reação improvisada da Fazenda à divulgação do deficit recorde nas contas do Tesouro Nacional em setembro.
Fala-se em impor mais cursos de qualificação aos trabalhadores que pedem o benefício, mas a medida é paliativa: o governo teme os efeitos políticos de endurecer as regras do programa perto do ano eleitoral.
Com apenas seis meses de trabalho com carteira assinada, o trabalhador demitido sem justa causa já tem direito ao seguro-desemprego.
Com o boa oferta de vagas, trabalhadores podem entrar em acordo com os empregadores para serem demitidos e receberem o benefício, voltando depois ao mercado formal.
Mais um artigo relacionado ao tema:
“http://noticias.r7.com/blogs/pense-nisso/o-fantasma-da-bolha-imobiliaria-ronda-sp-e-rio-20131102/
Comparação entre “bolha imobiliária”, “financiamento imobiliário” e “Comprar apartamento” no Google Trends. A “bolha imobiliáira” cada vez mais presente…
“http://ww w.google.com.br/trends/explore?q=bolha+imobiliaria#q=bolha%20imobiliaria%2C%20comprar%20apartamento%2C%20financiamento%20imobiliario&cmpt=q
Sobre a evolução da economia e o folego dos Governos para estímulos:
“http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/11/df-e-9-estados-tem-maior-dificuldade-para-pagar-precatorio-aponta-tesouro.html
Como estamos caminhando, quanto a inflação e juros, avaliar como ficará o custo de oportunidade comparado a imóveis…
“http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2013/11/mercado-financeiro-preve-mais-inflacao-para-2013.html
Sobre poupança, inovação e crescimento:
“http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,poupanca-inovacao-e-crescimento-,1092970,0.htm
“http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,petrobras-fechara-38-empresas-no-exterior-ate-2015,169199,0.htm
“http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1366536-para-investidores-chineses-o-brasil-nao-e-mais-a-terra-prometida.shtml
“http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/folha-online/dinheiro/2013/11/04/juros-devem-continuar-subindo-sinaliza-tombini.htm
Notícia sobre o resultado da Construtora Even no 3T2013, publicado ontem:
MARCELLE GUTIERREZ – Agencia Estado
SÃO PAULO – A Even Construtora e Incorporadora divulgou nesta segunda-feira, 04, seu balanço financeiro, que registrou lucro líquido ajustado de R$ 67,409 milhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado registra queda de 13,5% na comparação com o segundo trimestre deste ano.
De julho a setembro, o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 112,207 milhões, recuo de 15,1% ante o período de abril a junho. A margem Ebitda ajustada ficou em 19,8% ante 18,7% registrados no segundo trimestre.
No terceiro trimestre, a receita líquida de vendas e serviços chegou a R$ 566,644 milhões, o que representa uma baixa de 19,8% em relação ao segundo trimestre deste ano.”
Fonte:”http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios-geral,lucro-da-even-cai-135-no-terceiro-trimestre,169287,0.htm
Seguem informações do balanço da Even do 3T2013, com foco nos itens que tem maior relação com a bolha imobiliária (Lançamentos, Vendas, Resultado, Endividamento e Estoques), com análises ao final:
Lançamentos: 899 unidades lançadas no 3T2013 contra 1.868 no 3T2012. Queda de 51% ;
Vendas liquidas (abatidos distratos): No 3T2013, R$ 366 milhões de vendas correspondente a 787 unidades vendidas. No 3T2012, haviam sido R$ 407,4 milhões em vendas liquidas e 1.056 unidades vendidas. A queda nas vendas foi de 25,47% em unidades e 10% em R$ ;
Estoque total: R$ 1,9 bilhão em valor de mercado no 3T2013, equivalente a 12,2 meses de vendas (no 2T2013, estoques eram iguais em R$, mas correspondiam a 9,2 meses de vendas) ;
Distratos: a Even, como a maioria das construtoras, esconde esta informação. As vendas são informadas liquidas de distratos ;
Lucro Liquido: R$ 67,4 milhões de lucro liquido no 3T2013, contra R$ 65,6 milhões de lucro liquido comparado a 3T2012 ;
Divida Liquida / Patrimônio Liquido: 47,7%
Análise quanto a informações acima:
Lançamentos e Vendas: a queda relevante nos lançamentos (mais de 50%) traz impacto sobre vendas (queda de 25%), pois, como sabemos, estoque encalhado é muito mais difícil de desovar. Lembrando que a Even voltou a oferecer “descontos promocionais” de 40% durante o 3T2013 (Even day), com a finalidade de desovar este estoque encalhado. A opção da Even de reduzir lançamentos, mesmo sabendo que irá gerar redução em vendas, reflete sua falta de confiança neste mercado e na possibilidade de recuperação, sendo cautelosa quanto ao futuro.
Estoques: embora os estoques tenham se mantido no mesmo patamar do 2T2013 em valores de mercado, quanto ao prazo para desovar estes estoques, aumentou sensivelmente, saindo de 9,2 meses no 2T2013 para 12,2 meses no 3T2013. Isto demonstra que a “solução” de reduzir drasticamente os lançamentos não tem efetividade quanto à redução de estoques, o que coloca a Even, assim como diversas construtoras, em um grande dilema: se reduz lançamentos, reduz vendas também e não resolve o problema dos estoques, mesmo com “promoções” de 40% de desconto, por outro lado, se aumentar os lançamentos, o mais provável é que os estoques venham a subir. Isto se agrava fortemente devido ao super-estoque de imóveis sem vender em todas as praças, no total do mercado imobiliário, principalmente aquele estoque que está escondido com investidores, usados, etc., aliado aos distratos que se mantém em alto volume.
Resultados e endividamento liquido sobre patrimônio liquido (EL/PL): ainda em situação positiva se comparada a grupo de construtoras em situação mais crítica, no entanto, para continuar assim no curto prazo, dependerá da manutenção de lançamentos em um volume baixo como hoje e continuando a administrar o volume de distratos que mantém escondidos, o que tenderá a manter o estoque em um patamar ainda alto, mesmo com a continuidade na política de “descontos promocionais” em patamares mais elevados (40% como praticado até aqui). Até aqui, aparentemente tem conseguido compensar estes descontos com mudanças de mix para imóveis que tenham uma maior margem, adicionalmente atuando também na redução de custos e melhor gestão das obras.
Conclusão: a Even é mais conservadora em sua estratégia e tem, como as demais, focado na redução de lançamentos para reduzir estoques, no entanto, ainda sem sucesso, uma vez que estoques passaram de 9,2 meses para 12,2 meses de vendas. Por enquanto as quedas sensíveis em vendas ainda não tem gerado prejuízos, no entanto, ainda sofrem com impacto de distratos e a combinação destes fatores com a necessidade de altos descontos para desovar estoques encalhados e expectativas negativas para mercado imobiliário em função de aumento de juros, incompatibilidade entre renda e preços de imóveis, endividamento das famílias, inflação, gastos excessivos do governo versus riscos quanto a retirada de QE por EUA, etc., indicam que no médio prazo a tendência é que ela venha a enfrentar prejuízos e aumento de dívidas.
Conforme informei no texto do tópico, estarei recheando os comentários, no mínimo semanalmente e enquanto não lançar outro tópico, com notícias relacionadas a bolha imobiliária no Brasil e economia de forma geral. Segue a primeira:
Governo do Brasil ignora advertência de Shiller sobre bolha – Exame
Fonte: “http://exame.abril.com.br/economia/noticias/governo-do-brasil-ignora-advertencia-de-shiller-sobre-bolha?page=1
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, está ignorando as advertências sobre uma bolha imobiliária e impulsionando a demanda para ajudar as pessoas a comprarem mais casas enquanto os preços sobem.
O governo aumentou o limite de preços que as pessoas podem pagar por propriedades com o fundo de garantia por desemprego em 30 de setembro, depois que os empréstimos imobiliários dos bancos públicos mais do que quadruplicaram os dos bancos privados nos dois anos finalizados em junho, totalizando R$ 202 bilhões (US$ 90 bilhões), segundo dados do Banco Central.
O programa de construção de casas de Dilma impulsionou a demanda com o objetivo de estimular a economia antes das eleições presidenciais do ano que vem. Seis semanas antes de obter o Prêmio Nobel de Economia, Robert Shiller advertiu que essa demanda poderia estar potencializando uma bolha, já que os preços das propriedades crescem duas vezes mais rapidamente que a renda.
A dívida hipotecária como porcentagem da renda disponível das famílias chegou ao recorde de 15 por cento, quase o dobro do nível no começo do mandado de Dilma.
“É aí que está acontecendo algo no mercado de crédito e, como o governo está muito preocupado com o crescimento, eles não vão deter essa festa”, opina Tony Volpon, diretor de pesquisa para mercados emergentes da Nomura Holdings Inc., em entrevista por telefone de Nova York. “Haja ou não uma bolha, é um futuro problema. Eu não vejo um incentivo político” para reduzir os empréstimos hipotecários.
As maiores cidades
Os créditos para propriedades no Brasil continuam sendo uma parte relativamente pequena do PIB e do crédito total em comparação com outros mercados emergentes, e o crescimento tem sido rápido devido a uma base pequena, declarou aos jornalistas Túlio Maciel, diretor do departamento de pesquisa econômica do Banco Central, em 29 de outubro em Brasília.
Os preços das propriedades nas duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, aumentaram 188 por cento e 230 por cento respectivamente desde janeiro de 2008 – quase o dobro do ritmo de crescimento da renda, segundo o índice brasileiro de preços imobiliários da FIPE Zap, publicado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.
“Nos EUA praticamente nunca aconteceu que os preços das propriedades dobrassem em cinco anos”, declarou Shiller, professor na Universidade de Yale em New Haven, Connecticut, que previu a crise imobiliária dos EUA e ajudou a criar o índice S&P/Case-Shiller de preços de propriedades, durante um evento em Campos do Jordão em 31 de agosto.
“Na verdade, não sei se há uma bolha no Brasil, mas eu suspeito que sim e, talvez dizendo isso eu possa contribuir para esfriar esse entusiasmo”.
Empréstimos imobiliários
Os empréstimos imobiliários quase triplicaram, passando de 2,3 por cento a 6,8 por cento do PIB depois da crise financeira global. A Caixa Econômica Federal representa 70 por cento do total, segundo o FMI.
Em 30 de setembro, o Conselho Monetário Nacional, constituído por funcionários do Banco Central e do governo, elevou o valor máximo das propriedades que os trabalhadores podem adquirir utilizando o fundo de garantia, FGTS, em 50 por cento para R$ 750 mil para estados que representam 42 por cento da população do País. O limite para outros estados aumentou 30 por cento para R$ 650 mil.
A crescente anulação de contratos hipotecários é um sinal de que as companhias devem endurecer seus padrões creditícios para os compradores de renda baixa e média, pensa Cristiane Spercel, analista na Moody’s Investors Service.
“A atual tendência dos preços imobiliários é claramente insustentável”, afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil SA, em entrevista por telefone. “As famílias já estão muito endividadas e o ritmo de crescimento dos créditos, especialmente no mercado imobiliário, é muito alto. Seria prudente diminuir o ritmo dos empréstimos ao mercado imobiliário”.
Ótimo, mais um excelente post!