Bolha imobiliária à brasileira, você acredita? Parte 14
Convidados, Geral

Bolha imobiliária à brasileira, você acredita? Parte 14

26 de setembro de 2013

Neste trabalho, falarei sobre a especulação imobiliária em São Paulo.

Para facilitar acesso a outros textos, seguem links com resumo e logo depois a PARTE 14.

Parte 1: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1123 – visão geral sobre conceito de bolha imobiliária ;

Parte 2: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1335  Bolhas imobiliárias – EUA, Espanha e Flats

Parte 3: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1337 Mercado imobiliário Brasil – 2.007 a 2.010

Parte 4: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1339 Mercado Imobiliário Brasil – 2.011 a 2.013

Parte 5: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1378 Reflexões sobre preços de imóveis

Parte 6: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1394 Bolha imobiliária + protestos

Parte 7: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1448 Preço de imóveis, valorização futura

Parte 8: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1506 Vendas imóveis em SP no 1T2013

Parte 9: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1534 Infográfico mercado imobiliário brasileiro

Parte 10: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1640 Infográfico Economia VS mercado imobiliário brasileiro

Parte 11: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1707 Infográfico subprime brasileiro

Parte 12: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1829 Imóveis usados São Paulo & FIPE ZAP

Parte 13: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2247 Subprime brasileiro fase II

Parte 14: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2287 Especulação imobiliária em São Paulo

Nova série de trabalhos: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2366 Desenhando a bolha imobiliária brasileira

PARTE 14:

Dando continuidade ao jogo dos 7 erros do mercado imobiliário brasileiro, falarei agora sobre o sétimo e último erro, mantendo o padrão apresentado anteriormente, primeiro mencionando o que o mercado imobiliário informa e depois, os fatos por trás das notícias.

CENA 7 – “Especulação imobiliária em São Paulo”

Imagem 7A – O que os representantes do segmento imobiliário dizem:

SECOVI SP divulgou que o crescimento de 46% das vendas de imóveis novos, em unidades no 1S2013 em São Paulo Capital, na comparação com mesmo período de 2.012, era a demonstração da recuperação. Informaram que previam que as vendas no 2S2013 seriam em volumes muito próximos ao 2S2012 e mesmo assim, teríamos crescimento de 30% em unidades no total do ano, o que era muito bom frente a cenário da economia.

No relatório de Julho/2013, justificaram a queda de 56% p/ Junho/2013 e de 0,9% p/ Julho/2012,  em unidades em São Paulo, como “sazonal”.  SECOVI SP informou que mercado imobiliário em São Paulo (Capital) está saudável, com estoque de imóveis sem vender dentro do nível histórico (18 mil unidades).

Imagem 7B – Os fatos por trás das notícias:

Vamos olhar o mix de vendas em São Paulo e também os dados mais recentes (Julho/2013):

Vendas imóveis novos 1S2013 e Julho2013

Vendas imóveis novos de Julho2011 a Julho2013 e conclusões V2

Sobre os dados acima:

Informações de vendas e comentário sobre “Ajuste Sazonal” constam nos links abaixo:

http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/balancomercado2-2013.pdf

http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/pmi-julho-2103.pdf

Comentário do Diretor do SECOVI sobre crise que justificou queda de Julho/2012, no link abaixo:

http://www.dm.com.br/texto/56480-venda-de-imoveis-novos-em-julho-cai-379-em-sp

Complementando informações acima:

Mix de vendas: uma mudança tão radical em prazo tão curto, sem dúvida é algo muito anormal. Se avaliarmos que logo após o “aumento de vendas” no 1S2013 já tivemos uma queda em Julho/2013 e a expectativa do segmento imobiliário é que vendas em unidades no 2S2013 fiquem próximas ao 2S2012, que foi péssimo, constatamos que a mudança de mix aumentando muito a participação de 1 dormitório em detrimento dos demais, foi apenas uma opção de “sobrevivência”.

Demanda: informações acima não permitem saber qual a participação dos especuladores, que carregam consigo os “estoques ocultos”, ou a visão de “falsa demanda”. Em função disto, vamos avaliar mais algumas informações:

Vendas e lançamentos últimos 10 anos

 Mapas de lançamentos 1S2013

Sobre os dados acima:

As informações sobre lançamentos e vendas acima (incluindo mapas) e comentário sobre “empreendedores e imóveis de 1 dormitório” foram extraídas do relatório do SECOVI abaixo:

http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/balancomercado2-2013.pdf

Seguem abaixo, os links sobre notícias da “revitalização do centro de São Paulo” por prefeitura e  venda de prédio c/ unidades entre 29 M2 e 41 M2 em 24 horas na Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo:

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/misto-de-parceria-promete-solucionar-o-centro-de-sao-paulo

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/imoveis/124537-venda-de-imoveis-cresce-com-estoque-e-lancamentos.shtml

11 pontos de alagamento na Barra Funda e “promessas da prefeitura” para melhorias:

http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1161356-regiao-tem-11-pontos-de-alagamento.shtml

Preços de imóveis na Barra Funda que variam de R$ 560 mil a R$ 1,9 milhão:

http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1161348-apartamentos-no-novo-bairro-custarao-de-r-560-mil-a-r-19-milhao.shtml

Explicando a especulação do 1S2013 em São Paulo

 

Risco e retorno da especulação em São Paulo

Outros links, com notícias mencionadas acima:

Queda elevada de preços em Natal porque melhorias em infra não aconteceram:

http://jornaldehoje.com.br/infraestrutura-ruim-derruba-valor-dos-imoveis-em-natal/

Queda elevada de preços no Noroeste de Brasilia porque melhorias em infra não aconteceram:

http://videos.r7.com/mercado-imobiliario-esta-em-baixa-no-df/idmedia/51e881010cf279513cafb732.html

Queda de 25% nos preços de imóveis novos em SJC por excesso de oferta:

http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/05/preco-dos-imoveis-cai-25-em-sao-jose-em-dois-anos-revela-creci.html

Bolha dos flats: ver “Bolha imobiliária à brasileira, você acredita? Parte 2”, neste blog.

Incompatibilidade entre preço e renda: ver “Terceiro erro do mercado imobiliário”, neste blog.

Queda de preços de imóveis usados em São Paulo: ver “Sexto erro do mercado imobiliário”, neste blog.

Complementando informações acima: tivemos ações simultâneas de prefeitura de São Paulo, construtoras e especuladores, que geraram especulação imobiliária no centro de São Paulo quanto a imóveis de 1 dormitório e também no empreendimento “Jardim das Perdizes” no 1S2013. Por outro lado, avaliando as consequências previstas, constantes nos diagramas mais acima, observamos uma relação de alto risco com expectativa de retorno negativo o que é algo absolutamente irracional e típico de uma bolha imobiliária. Considerando que tivemos este comportamento no 1S2013, mas logo depois disto, em Julho/2013, já tivemos queda muito relevante nas vendas, voltando ao mesmo patamar de Julho/2012 que foi péssimo (crise, segundo Diretor do SECOVI), temos todos os indícios de que esta ação especulativa não conseguiu se estender por mais tempo (talvez por falta de “investidores”), o que apenas piora a relação de risco e retorno desenhada acima. Outra consequência visível, são as centenas de anúncios do “Jardim das Perdizes” em apenas um site na Internet (consultar no site da OLX). Enquanto isto, o estoque de imóveis que não encontram comprador final, só aumenta…

Prováveis consequências para Construtoras: vamos agora ver como o resultado de São Paulo no 1S2013 teria se refletido para as construtoras, analisando mais algumas informações sobre o 1S2013:

Post 11 imagem 3 gráfico vendas liquidas de distratos

 

Post 11 imagem 4 EL PL construtoras

Sobre as informações acima: ver “Quinto erro do mercado imobiliário”, neste blog.

Complementando informações acima: como podemos observar, as vendas das construtoras não cresceram no total do Brasil, apesar do “assombroso” resultado de São Paulo no 1S2013, ou seja, enquanto o munícipio de São Paulo teve “aumento de vendas”, outros tiveram queda e no total, a queda foi maior que o crescimento. A piora também se observa pela análise da saúde das empresas em situação mais crítica, conforme podemos comprovar pelo gráfico sobre endividamento.

Sobre o estoque de imóveis sem vender:

O estoque informado pelo SECOVI SP, é apenas uma parte do que está sem vender. Agora, vamos relacionar os itens que são “estoques ocultos”, ou melhor, “estoques omitidos”:

a) O relatório do SECOVI não considera imóveis que tenham mais de 3 anos do  lançamento e que ainda não tenham sido vendidos. Como hoje temos atraso em grande parte das obras, o volume de imóveis sem vender que não é considerado pelo SECOVI, só do que se encontra nesta situação, é muito elevado ;

b) Imóveis vendidos para especuladores, que tem sido em grande quantidade, conforme demonstrado neste trabalho, também são parte do estoque que ainda não encontrou consumidores finais e também escapa deste cálculo do SECOVI ;

c) Para os distratos em imóveis em construção que tenham demorado mais de 3 anos entre lançamento e entrega, também não são contabilizados como estoques. Como observamos por gráficos mais acima, este volume de distratos também tem sido muito elevado.

Resumindo a análise quanto a imóveis sem vender em São Paulo, a quantidade é muito maior do que aquela informada pelo SECOVI e a omissão de volumes tão elevados de imóveis sem vender, traduz a estratégia de esconder isto o máximo que puderem, pois esta é uma das maiorias evidências da existência de uma bolha imobiliária. Considerar ainda o gráfico logo acima sobre vendas, lançamentos e estoques no Brasil, p/ 12 construtoras, onde observamos que nunca o estoque esteve tão elevado em relação a vendas, isto sem considerarmos ainda o que está em poder dos especuladores.

Conclusões:

1) Apesar da ação simultânea de Prefeitura de São Paulo, construtoras e especuladores, o “sucesso de vendas” do 1S2013 em São Paulo sequer foi o suficiente para gerar qualquer melhoria quanto aos resultados consolidados das construtoras no Brasil ;

2) O “pseudo-sucesso” da especulação praticada em larga escala, apenas aumentou sensivelmente o “estoque oculto” de imóveis sem vender para consumidor final, que está nas mãos dos especuladores, característica típica de uma bolha imobiliária. Além disto, tal ação foi absolutamente efêmera, pois já em Julho/2013 vimos uma queda nas vendas, isto na comparação com uma base péssima que foi Julho/2012 que vinha de forte queda para Julho/2011 ;

3) Quanto aos especuladores, é quase certo que obterão um retorno negativo quanto ao dinheiro aplicado, não só em virtude do altíssimo risco constatado pela mesma experiência especulativa em outras cidades, mas também pelo contexto do segmento imobiliário e a própria queda de vendas já no mês seguinte (está faltando folego até para a especulação pura…) ;

4) A bolha imobiliária em São Paulo está acuada! Nem mesmo apelando para focar vendas em especuladores para imóveis de 1 dormitório no centro ou imóveis do “Jardins das Perdizes” e nem mesmo com todo apoio da prefeitura fazendo publicidade sobre melhorias que incentivassem a especulação e mais toda a omissão e manipulação de informações pelo segmento imobiliário quanto a vendas, estoque de imóveis, etc., o segmento imobiliário tem conseguido uma recuperação, pois no 1S2013 o total do Brasil (abatido distratos) foi inferior ao 1S2012! Das 6 construtoras quase insolventes, em que uma tem quase 100% de Dívida sobre Patrimônio e as outras 5 tem bem mais que isto, 4 tiveram piora nos resultados no 1S2013! As “promoções” com descontos elevados, de 20%, 35%, 40%, etc., parecem nunca terminar, já tendo mais de um ano assim! Agora, em Julho/2013, tivemos quedas sensíveis de vendas em São Paulo, o que significa que no resultado do Brasil como um todo, a expectativa é que o resultado fique pior no 2S2013 do que foi no 1S2013, lembrando que 1S2013 já tinha sido pior que 1S2012 que por sua vez tinha sido muito pior que 1S2011. Como ficarão as construtoras em pior situação? Como ficarão os estoques totais de imóveis sem vender? Temos todas as indicações de que irão piorar.

170 Comments

  • Reply CA 14 de outubro de 2013 at 14:36

    EIS A CONFIRMAÇÃO!!!

    Folha de S Paulo, 13.10.13 – ” Apartamento de um dormitorio torna-se nicho de investidores….Nos apartamento que ficam em areas nobres, centros financeiros e que tem metro quadrado mais caro – acima de 10 mil, a presença de investidores chega a 80 por cento do total…O objetivo deles é ter renda mensal de pelo menos 0.6 por cento do imovel com aluguel.”

    • Reply CA 14 de outubro de 2013 at 15:13

      Os investidores em imóveis de 1 dormitório no centro e São Paulo, que chegam a 80% do total conforme notícia acima estão tentando fazer lavagem cerebral nos paulistanos e acho que vão tomar um grande prejuízo, como na bolha dos flats!

      13/10/2013 – 01h30 |ANAÏS FERNANDES
      DE SÃO PAULO
      Morar em um apartamento de um quarto, em geral, com sala, cozinha e tudo o mais conjugado, exige compatibilidade de estilos e decisões firmes para evitar desperdício de espaço.
      Xodós do mercado, imóveis de 1 quarto encolhem; organiza espaços é desafio
      Apartamento de um dormitório torna-se nicho de investidores
      O arquiteto José Ricardo Basiches destaca o perfil “descolado” desse tipo de unidade. “A linguagem é jovem e alia sofisticação e modernidade”, diz Basiches, do escritório responsável pelo interior de um edifício da construtora Vitacon com unidades de até 52 m².
      “O público que procura um imóvel assim é mais arrojado, porque sabe que terá o quarto grudado em uma sala, que é quase dentro da cozinha, e encara isso bem”, acrescenta a arquiteta Claudia Albertini.
      Para o executivo Airton Lozano, foi uma questão de adaptação. Em junho deste ano, ele saiu de um apartamento de 160 m² e foi para outro de 40 m², de um quarto.
      “Precisei voltar a ser solteiro e em um local menor”, conta ele, que se mudou para o imóvel na região da Vila Nova Conceição (zona sul) seis meses após a compra.
      Grande parte deste tempo foi para a reforma do espaço, que ganhou ar “clean”, com mescla de tons e o cuidado de não entulhar os cômodos –preparando-os para receber as filhas de Lozano.
      Editoria de arte/Folhapress
      “Um móvel cria uma divisão entre o quarto e a área para closet, com espaço para a filha. Assim, cada um pode manter sua intimidade”, diz Andrea Parreira, arquiteta responsável pelo projeto.
      RACIONALIDADE
      Com o metro quadrado tão valioso, é fundamental ser racional e criativo ao planejar um apartamento compacto.
      Recorrer à marcenaria é uma alternativa para “fazer tudo se encaixar”. “O interior é personalizado, cada canto é aproveitado para deixar a circulação livre”, diz a arquiteta Albertini.
      O truque dos móveis transformáveis e multifuncionais ajuda a liberar espaço e criar áreas de armazenamento.
      Nessa linha, o arquiteto Robert Robl aconselha recorrer a um sofá de até 90 cm de profundidade. Quando não der para ter um, a cama pode ser “maquiada” com capas e almofadas, ganhando cara de assento.
      Na área da cozinha, a tecnologia ajuda. Segundo Albertini, há fornos com função micro-ondas e depuradores de ar que se retraem quando não usados.
      A integração entre os ambientes também é essencial nesta configuração. “Não existe mais isso de compartimentar”, diz José Ricardo Basiches.
      Por isso, o piso deve ser de um único modelo para todo o apartamento e, preferencialmente, em cores claras, porque elas aumentam a sensação de amplitude.
      Paredes e estofados em tons neutros também ajudam a ampliar o espaço. “Mas é preciso tomar cuidado para não ficar tudo muito branco e perder o aconchego”, alerta Basiches.
      A dica é mesclar tons claros e introduzir cores mais fortes, que “aquecem o ambiente”. Para ter esse resultado de forma bem dosada, acessórios como almofadas e luminárias e estantes são opção.
      COLABOROU DANIEL VASQUES

      • Reply Vilmar 14 de outubro de 2013 at 15:14

        Querem vender cumbículos a preço de ouro, haja trouxa para pagar mais caro do que os especuladores já pagaram!!!

        • Reply CA 14 de outubro de 2013 at 16:19

          Pelo que a Folha de São Paulo divulgou mais pra cima, seriam investidores que compram para alugar, para obter 0,60% ao mês.

          Percentual muito baixo em relação ao risco, muito acima da média da cidade que é abaixo de 0,50% e com custo de oportunidade de aplicação financeira que seria muito mais vantajosa. Certamente apostam que imóvel ainda continuaria valorizando.

          Aposta completamente maluca, como na bolha dos flats, pois, como sabemos, não virão milhares de pessoas a mais só para alugar os imóveis deles…

          Sem nenhum histórico de crescimento, “da noite para o dia”, os investidores acreditam numa horda de novos locatários invadindo a cidade a procura de um minusculo imóvel de 1 dormitório, só porque estão usando expressões bonitas para definirem estes cubiculos.

          É o desespero de quem fugiu da bolha dos comerciais que estava mais visível e caiu na bolha dos “1 dormitório”. É como aqueles caras viciados em pirâmides financeiras que sairam da Telexfree e caíram no BBOM… Casos que só Freud explica…

          • Vilmar 14 de outubro de 2013 at 16:28

            Heheheh, freud foi “froids” !!
            Enfim, se o povo gosta de rasgar dinheiro, deixa rasgar, falta de aviso não é!

  • Reply Kleber Rebouças 9 de outubro de 2013 at 06:52

    Sabe o que é pior?

    Esses especuladores provavelmente são pessoas normais que por ver o amigo ganhando “muito” dinheiro com um imóvel decidiu também colocar suas economias na compra de um ap para “ganhar muito” dinheiro, e não para morar.

    Aí poderemos ver economia de famílias irem pelo ralo!

    • Reply CA 9 de outubro de 2013 at 10:27

      Kleber,

      Sim, tudo indica que temos vários casos assim.

      É aquela velha histórica de que “ganhos passados não garantem ganhos futuros”. Melhor seria dizer que, se subiu demais, a tendência é que depois venha a cair.

      Infelizmente muitas pessoas chegam atrasadas neste movimento especulativo e aumentam o tamanho do problema, primeiro para si mesmas e suas famílias, depois para a economia como um todo.

  • Reply CA 8 de outubro de 2013 at 17:34

    Não deve estar fácil de vender imóvel lá no velho oeste de Brasilia, digo, no setor Noroeste de Brasilia…

    Número de endividados em Brasília atinge 83,2% em setembro
    Cartão de crédito ainda é o principal fator de endividamento dos brasilienses

    Publicação: 03/10/2013 12:48 Atualização: 04/10/2013 15:45
    O número de famílias brasilienses endividadas passou de 84,3% em agosto para 83,2% em setembro, o que representa que 615.686 famílias do DF estão com contas a pagar. A informação faz parte dos dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta sexta-feira (4/10) pela Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomercio-DF).
    De acordo com o levantamento, a queda é ainda maior quando comparada com o mesmo período do ano passado. Em setembro de 2012, 87,3% dos moradores de Brasília tinham alguma dívida.

    Segundo a pesquisa, mais de oito mil pessoas deixaram de ser endividadas de agosto para setembro no DF. A pesquisa também mostra que o DF está bem abaixo da média nacional, que marcou 61,4% no mês passado.

    Ainda de acordo com o estudo, 76,1% dos entrevistados afirmaram que pouca parte do salário está comprometida com dívidas. Já 3,9% disseram estar mais ou menos endividados. Outros 3,1% dos entrevistados se declaram muito endividados. O levantamento aponta que o maior vilão dos consumidores de Brasília é o cartão de crédito.

    O estudo também demonstra que o maior vilão dos brasilienses continua sendo o cartão de crédito: 89,6% das pessoas que participaram da pesquisa disseram ter problemas para pagar a fatura do cartão. De acordo com a pesquisa, dentre as famílias com contas em atraso, 42,9% disseram ter condições de quitar suas dívidas totalmente e 53,7% afirmaram ter condições de quitar o montante parcialmente.

    O levantamento apontou que 89,6% dos endividados consideram a dívida com o cartão como principal tipo de dívida que possui. A pesquisa levou em consideração contas referentes a cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros. Os entrevistados eram moradores do município de Brasília. Os dados foram coletados nos últimos 10 dias do mês de agosto.

    “http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/10/03/interna_cidadesdf,391510/numero-de-endividados-em-brasilia-atinge-83-2-em-setembro.shtml

  • Reply Vilmar 8 de outubro de 2013 at 15:45

    08
    outubro 13:58
    Setor de Construção
    Moody’s: economia e endividamento pressionarão lucros das construtoras

    http://www.arenadopavini.com.br/artigos/noticias-do-dia-arena-especial/moodys-inflacao-pib-fraco-e-endividamento-farao-com-que-lucros-das-construtoras-fiquem-sob-pressao

    • Reply CA 8 de outubro de 2013 at 17:38

      Sobre o trecho:

      “Em algumas áreas do país onde a oferta supera a demanda, os preços poderiam se estabilizar ou até mesmo declinar”

      TRADUZINDO:

      “No Brasil como um todo, como a oferta supera demais a procura POR PARTE DOS CONSUMIDORES FINAIS (especulador não conta, é só um “atravessador”), teremos queda de preços…”

      IMPORTANTE:

      Olhando para o “ato falho” do pessoal da Goldman cometeu (comentei mais pra cima) e juntando com o que consta neste documento da Moody´s, o interessante é que, simultâneamente, estão começando a divulgar a “possibilidade” da queda de preços. Como eles só divulgariam isto depois de muito tempo que está acontecendo e porque não dá mais pra esconder, tirem suas conclusões…

  • Reply CA 8 de outubro de 2013 at 13:21

    Artigo interessante…

    http://www.infomoney.com.br/revista/edicao-46/noticia/2962867/como-investir-pais-pibinho

  • Reply CA 8 de outubro de 2013 at 12:28

    Folha de São Paulo – Brasil vai crescer menos da metade dos emergentes em 2014, diz FMI

    Pela segunda vez neste ano, o FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu a sua previsão de crescimento para o PIB brasileiro em 2014 e agora prevê que a economia nacional vai crescer menos da metade da média dos países emergentes.

    O Fundo estima agora expansão de 2,5% para a economia brasileira no ano que vem, 0,7 ponto percentual menos que na sua previsão anterior, de julho. Na sua primeira projeção, em janeiro, o organismo previa crescimento de 4% para o Brasil.

    Apesar da redução, o FMI está mais otimista com a economia brasileira que os analistas consultados pelo Banco Central para o seu relatório Focus, que apontavam alta de 2,2% para 2014.

    No caso dos emergentes, a previsão do Fundo é de avanço de 5,1%, ante uma estimativa anterior de 5,5%. Nenhum país (emergente ou desenvolvido) teve um corte maior que o Brasil nas projeções do organismo multilateral.

    Para 2013, o Fundo manteve a sua previsão de crescimento de 2,5% para o Brasil. Já os emergentes devem se expandir em 4,5% (0,5 ponto percentual menos que sua estimativa de julho), com fortes recuos nas projeções para Rússia, México e Índia. Em 2012, o PIB brasileiro avançou 0,9%, enquanto a média dos emergentes foi de alta de 4,9%.

    “A recuperação do Brasil vai continuar em ritmo moderado, ajudado pela depreciação no câmbio, por um ganho de força do consumo e por políticas que visam o aumento do investimento”, disse o Fundo em relatório nesta terça-feira (8).

    No entanto, o organismo afirma que a inflação alta (em 12 meses até agosto, o IPCA acumula alta de 6,1%) está afetando a renda real e pode “pesar no consumo”. Por isso, recomenda o aumento na taxa de juros.

    O Banco Central já elevou os juros quatro vezes neste ano, de 7,25% anuais para 9%. O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne novamente nesta semana e a expectativa do mercado é de novo aumento na taxa.

  • Reply CA 8 de outubro de 2013 at 12:22

    Focus vê sinal de freio na selic

    Quem enxergou no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na semana passada, sinais criptografados de uma irrefutável intenção do Copom de puxar a Selic para 10% este ano, ficou certamente frustrado com as projeções do Focus reveladas ontem, as primeiras deste a publicação do documento.

    As cem instituições pesquisadas pelo Banco Central para a elaboração do boletim não viram nada disso. Após submeter o RTI a um escrutínio técnico rigoroso, sem exegeses capciosas, elas mantiveram em 9,75% a taxa prevista para o encerramento do ano e do ciclo de contração monetária iniciado em abril, uma vez que projetam 9,75% também para dezembro de 2014. O Focus está dizendo o seguinte: amanhã, o Copom vai elevar a Selic de 9% para 9,5% e alterar o seu comunicado de forma a indicar uma alta final de 0,25 ponto na reunião de novembro, a última do ano.

    Essa visão dos economistas que alimentam a pesquisa de dados é compartilhada pelos tesoureiros e gestores que fazem negócios no mercado futuro de juros da BM&F. A estrutura a termo de juros também projeta taxa Selic de 9,75% no fim do ano. A taxa para a virada do ano sofreu um ajuste técnico avançando de 9,41% para 9,42%, enquanto as taxas mais longas refluíram. O contrato para janeiro de 2015 cedeu de 10,14% para 10,08%, enquanto o preferido dos fundos estrangeiros, com vencimento em janeiro de 2017, caiu de 11,28% para 11,25%. Os dois mercados formadores do DI não ajudaram os “comprados” em taxa. O dólar caiu e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano oscilaram abaixo do fechamento de sexta-feira. O juro do T-Note de 10 anos variou de 2,61% a 2,64%, sempre aquém dos 2,65% anteriores.

    O pregão de ontem do DI futuro foi apático. Os players que desde maio investem destemidamente na ponta pós-fixada – a que ganha se o BC subir a taxa básica acima do consenso estampado pelas taxas prefixadas -, perderam o viço. Não há nem interna nem externamente motivos para supor que a inflação poderá desgarrar-se a ponto de exigir doses suplementares de aperto monetário.

    Embora o Focus ainda não esteja, em relação ao IPCA, na tendência declinante perseguida pelo Copom, as projeções não inquietam. No divulgado ontem, enquanto o índice para 2013 permaneceu estável em 5,82%, mesmo patamar em que estava há quatro semanas, a expectativa para o ano que vem recuou levemente de 5,97% para 5,95%. Internamente, a economia desaquecida não chancela repasses de custos aos preços, apesar do pleno emprego. A taxa de desocupação, de 5,3% em agosto, está muito baixa, mas as condições do mercado de trabalho não estão mais eufóricas, e o medo do desemprego já aparece entre as principais preocupações da população. E o câmbio deixou de ser um fantasma capaz de assombrar as noites dos analistas escalados pelas instituições para projetar a inflação futura.

    A taxa de câmbio para o fim do ano estabilizou-se em R$ 2,30, enquanto a estimativa para o encerramento de 2014 está burocraticamente estacionada em R$ 2,40 há cinco semanas. Se houver revisão nessas expectativas, será para baixo. Isso porque, externamente, não há fatores de pressão de alta sobre o dólar. Pelo contrário, a estultícia fiscal americana não será resolvida a contento.

    O belicoso republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Representantes, em entrevista concedida domingo endureceu sua posição nas conversações em torno da elevação do teto da dívida ao condicionar a medida ao corte das despesas do governo com o programa de saúde, item considerado inegociável por Obama. Na melhor das hipóteses, se chegará uma solução emergencial até o dia 17, momento em que o caixa do Tesouro não será mais suficiente para cobrir todos os compromissos. Terá de decidir se corta o pagamento das aposentadorias ou dos juros da dívida.

    Um acordo tampão irá empurrar o problema para o fim do ano. Até lá, a nascente recuperação da economia pode sofrer uma interrupção precoce. E o Federal Reserve (Fed) terá de anunciar o engavetamento do seu projeto de regularização monetária.

    Nesta superquarta-feira – dia de Copom e de divulgação pelo IBGE do IPCA fechado de setembro, cujo acumulado em 12 meses deverá cair de 6,09% para a faixa de 5,80%, tornando mais atual e convincente um discurso “dovish” por parte do BC -, também ocorre a publicação da ata da última reunião de política monetária do Fed, aquela realizada em 18 de setembro que surpreendeu o mundo pela postergação indefinida dos cortes no volume mensal de compras de títulos. Os analistas estão ansiosos por ler alguma referência do Fed ao imbróglio fiscal, o grau dos seus efeitos maléficos sobre a economia e as reações a isso da autoridade.

    O mercado de câmbio não se ressente da sinalização do Focus e do DI de que a Selic vai parar de subir quando chegar a 9,75% em novembro, acumulando um aumento total de 2,5 pontos percentuais. A interrupção do ciclo de alta não servirá de desestímulo aos capitais estrangeiros de portfólio. Nominalmente, vis-à-vis o risco brasileiro, a taxa de 9,75% é das mais sedutoras do mundo. Sobretudo se prevalecer a percepção de que a variação cambial não sofrerá surtos de disparada. Frente ao viés internacional de debilidade do dólar, o ingresso poderá ser feito sem a necessidade do correspondente hedge cambial, o que aumenta o ganho dos investidores. Ontem, o dólar caiu 0,24% comparativamente a uma cesta mundial de moedas, segundo o índice DXY. Em relação ao real, a moeda cedeu 0,09%, cotada a R$ 2,2090.

    “h t t p : //brasileconomico.ig.com.br/noticias/focus-ve-sinal-de-freio-na-selic_136384.html

  • Reply CA 8 de outubro de 2013 at 12:17

    Para quem conhece São Paulo, área “super nobre”, de fato merece uma valorização que dure uns 10 anos pelo menos, o mesmo tempo da copa do Mundo (rs):

    “http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131007_itaquerao_lk.shtml

    • Reply CA 8 de outubro de 2013 at 12:19

      Ainda sobre o tema:

      A bolha da copa do mundo:

      “No Brasil há ainda um agravante maior que é a pífia adesão de residentes no Exterior, que, tirando a Argentina, que é aqui do lado, não atinge sequer 5%.

      Mais de 90% do montante é formado por brasileiros, a grande maioria solicitantes da região em que possui domicílio.”

      “http://blogdopaulinho.wordpress.com/2013/10/08/copa-do-mundo-no-brasil-e-retumbante-fracasso-turistico/

  • Reply CA 8 de outubro de 2013 at 11:57

    Enquanto isto, a “maquiagem” continua a pleno vapor (tirar “aspas” antes do link)…

    “http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-07/plataforma-exportada-que-puxou-superavit-brasileiro-nao-deixara-brasil-informou-petrobras

    • Reply Vilmar 8 de outubro de 2013 at 11:59

      kkkkk, eu vi esta ontem no globonews, jornal das 10, só que esqueci de postar, ótima, maquiagem rules!!!!

  • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 18:45

    Até o vice-presidente falando de bolha? Depois a presidente vai falar sobre saci-pererê e outras lendas nas quais eles não acreditam…

    Em visita a Portugal, Temer descarta risco de uma bolha imobiliária no Brasil

    Lisboa, 7 out (EFE).- O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira que o país não enfrenta o risco de uma bolha imobiliária apesar da alta dos preços no mercado brasileiro, durante visita oficial a Portugal. Temer considerou que o bom desempenho econômico do Brasil diminui o impacto possível desse cenário, apesar de alguns analistas alertarem sobre a alta da especulação no mercado imobiliário como consequência da organização dos Jogos Olímpicos em 2016 e da Copa do Mundo em 2014. “Não há risco de bolha imobiliária”, afirmou, antes de acompanhar o lançamento de um livro comemorativo sobre um ano de promoção cultural entre Portugal e Brasil. Em lugar de riscos, há sintomas positivos na economia, como uma baixa taxa de desemprego, “próxima ao pleno emprego”, que ficou em agosto em 5,3%, e uma inflação de 5,8 % para este ano, dois décimos a menos que o previsto para junho. “Como vai haver problema na economia se o desemprego está diminuindo? Temos as preocupações naturais de manter um bom governo no que se refere à economia”, defendeu. Segundo os últimos dados do Banco Central, a economia crescerá 2,5% este ano, dois décimos a menos que a estimativa de junho. Como parte de sua visita a Portugal, Temer se reuniu com o primeiro-ministro, o conservador Pedro Passos Coelho. Eles conversaram sobre o processo de privatizações de empresas públicas. Portugal tem pendente a venda da companhia pública CTT Correios e a companhia aérea TAP, entre outros projetos, como parte dos compromissos do programa do resgate da UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI), concedido em 2011. Temer afirmou que os Correios estão interessados na aquisição da portuguesa e é “muito provável” que empresas aéreas e fundos brasileiros entrem na concorrência pela TAP quando o processo for reaberto. O governo português paralisou esta operação ao rejeitar no fim de 2012 a venda da companhia aérea ao magnata brasileiro-colombiano German Efromovich, proprietário da colombiana Avianca e das equatorianas VIP e Aeroga. Também as brasileiras Eletrobras e Cemig mostraram interesse em participar do capital das estatais portuguesas de energia EDP e REN, também sem resultados. Temer assegurou que as empresas brasileiras têm interesse nos processos de privatização e continua havendo “uma grande interação” entre Brasil e Portugal nesse sentido. Como exemplo, citou a venda da rede de hospitais portugueses, HPP Saúde, ao grupo brasileiro Amil por 85,6 milhões de euros em março deste ano. O vice-presidente se referiu, além disso, à onda de protestos que explodiram em junho no Brasil,afirmando que, para ele, são parte do processo histórico de democratização do país. Os brasileiros exigem “uma democracia da eficiência” que seja refletida em melhores serviços públicos e em uma atuação política “eticamente incontestável”. Para Temer os protestos “não assustaram” o governo, mas intensificaram as medidas para impulsionar a ascensão social e os pactos em áreas como mobilidade urbana, educação e saúde. EFE sid/cd

    “http://noticias.r7.com/internacional/em-visita-a-portugal-temer-descarta-risco-de-uma-bolha-imobiliaria-no-brasil-07102013

    • Reply Vilmar 7 de outubro de 2013 at 21:48


      Com novas recomendações, 7 imobiliárias mostram forte volatilidade na Bovespa
      Enquanto Cyrela e Even avançam com recomendação de compra, Gafisa e PDG caem mais de 3% após banco reiterar venda; Rossi e MRV sobem mesmo “neutras”
      Por Marcos Mortari |16h16 | 07-10-2013 | Atualizada às 17h39

      SÃO PAULO – Um relatório de recomendação sobre ações do Goldman Sachs tem movimentado o desempenho dos papéis das imobiliárias listadas na Bovespa nesta segunda-feira (7). Algumas alterações de percepção dos analistas do banco quanto têm trazido forte volatilidade ao setor que já costuma ter grandes oscilações na bolsa.
      Do lado positivo, surfaram na onda da alteração de recomendação de “neutra” para “compra” as ações de Cyrela (CYRE3) e Even (EVEN3). “Nós acreditamos que a habilidade dessas empresas para direcionar vendas e sustentar lançamentos de projetos está subestimada. Para Cyrela e Even, nossas revisões de preços representam 32% e 43% respectivamente. Sua qualidade nas operações deveria seguir gerando retornos acima da média”, afirmam os analistas do Goldman. Com isso, os papéis de Cyrela e Even tiveram alta de 1,28% e 2,85%, nesta ordem, a R$ 16,61 e R$ 8,65.
      O oposto é visto nas ações de PDG Realty (PDGR3) e Gafisa (GFSA3), que registraram quedas significativas com a recomendação de “venda” reiterada sobre os papéis das duas imobiliárias. Os papéis da PDG caíram 3,36%, a R$ 2,30, enquanto as ações da Gafisa tiveram desvalorização de 4,05%, a R$ 3,55.

      Relatólio do Goldman Sachs impulsiona sobe e desce das imobiliárias na bolsa (Rodrigo Paiva)

      Quanto à Rossi Residencial (RSID3), o Goldman manteve sua recomendação “neutra”, apesar dos cancelamentos das vendas da companhia ainda “poderem ser menores”, e as ações da companhia subiram 0,63%, cotadas a R$ 3,20. Manutenção em recomendação “neutra” também foi vista nas ações de MRV (MRVE3) e Brookfield (BISA3). A primeira teve alta de 1,61%, a R$ 9,46, enquanto a segunda caiu 2,52%, a R$ 1,55.
      O banco ainda projeta alta nos preços residenciais para o futuro próximo, mas menor do que os ganhos acima da inflação anteriormente vistos até este ano. Com isso, empresas com margens menos elásticas seriam mais impactadas pela mudança de cenário. “Com nossas preocupações sobre a dinâmica do mercado, nós analisamos como preços mais baixos impactariam a receita. Nossa conclusão é que Cyrela e Even tenham resultados mais vigorosos, puxados por suas margens mais elevadas”, conclui o relatório do banco.

      Empresa Recomendação Preço-alvo em 12 meses Observação Desempenho da ação
      Cyrela de “neutra” para “compra” R$ 17,20 Boas margens – “Acreditamos que a alta qualidade das operações da companhia sustentarão mais elevados e sustentáveis retornos”. +1,28%, R$ 16,61

      Even de “neutra” para “compra” R$ 9,80 Fonte de oportunidade – “A empresa difere de seus pares enquanto não cresceu agressivamente entre 2007 e 2011 e não entrou em tantas parcerias como outras companhias do setor. Isso premitiu a Even a manter um melhor controle sobre suas operações”. +2,85%, R$ 8,65

      Rossi manutenção em “neutra” R$ 3,60 Sinais de “turnaround” – “Acreditamos que a Rossi gerará caixa nos próximos trimestres e, apesar de já ser esperado pelos investidores, isso serai uma troca por crescimento”. 0,63%, R$ 3,20

      MRV manutenção em “neutra” R$ 10,30 Aumentando lucratividade – “Projetamos que a companhia pode gerar retorno sobre o capital entre 13% e 15% em 2014 e 2015; também acreditamos em um aumento nas margens brutas depois de significativa baixa na pressão sobre a competitividade no segmento de baixa renda”. +1,61%, R$ 9,46

      Brookfield manutenção em “neutra” R$ 2,90 Ainda um passo atrás – “O fluxo de caixa será um importante driver para a ação, e, apesar de acreditarmos que a queima de caixa reduzirá na segunda metade de 2013, desenvolvimento é só esperado para melhorar em 2014”. -2,52%, R$ 1,55

      Gafisa manutenção em “venda” R$ 3,70 Ações caem com venda de subsidiária -“Nossas estimativas sobre os lançamentos, vendas e receitas decaem significativamente enquanto os resultados e Alphaville não se mostrarem tão consolidados como antes, mas seria considerado o investimento”. -4,05%, R$ 3,55

      PDG Realty manutenção em “venda” R$ 2,20 Mudanças significativas devem demorar – “O cancelamento de projetos pesou nos resultados, mas, ao nosso ver, o processo de recuperação está em andamento. A reviravolta não será um curto processo, tendo em vista os elevados níveis de endividamento, e, com a duração do ciclo dos negócios, acreditamos que dados de rentabilidade atraentes provavelmente serão objetivos apenas para o longo prazo”. -3,36%, R$ 2,30

      infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/2994166/com-novas-recomendacoes-imobiliarias-mostram-forte-volatilidade-bovespa

      • Reply CA 8 de outubro de 2013 at 12:13

        A notícia acima é muito interessante: note a forma sutil como a Goldman acaba cometendo um “ato falho”, pois primeiro diz que acredita na continuidade da subida dos preços, só que desacelerando e depois a frase abaixo:

        “Com nossas preocupações sobre a dinâmica do mercado, nós analisamos como preços mais baixos impactariam a receita. Nossa conclusão é que Cyrela e Even tenham resultados mais vigorosos, puxados por suas margens mais elevadas”,

        Discordo da avaliação neutra da MRV baseada em terem menos concorrentes no segmento economico, pois estes concorrentes “morreram” exatamente em função deste segmento e do seu nível de distratos!!! Detalhei isto na parte 13… Quanto a Cyrela, além deles terem aumentado estranhamente a participação no segmento economico, o que leva a mesmos problemas previstos para MRV, eles ainda tem alguns itens “estranhos” no press release deles, em especial do 1T2013 (falei sobre isto no “Segundo erro do mercado imobiliário”), não tenho confiança, enfim…

  • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 17:03

    Sobre o pleno emprego, uma das justificativas para explosão de preços dos imóveis…

    Brasil não vive situação de pleno emprego e sofre falta de mão de obra de baixa qualificação, diz Ipea
    Segundo Marcelo Neri, sobram vagas na agricultura, construção civil e no trabalho doméstico

    Nice de Paula

    Publicado:7/10/13 – 13h42

    Atualizado:7/10/13 – 14h45

    RIO – O mercado de trabalho brasileiro teve um desempenho surpreendente no ano passado, sobretudo diante do fraco crescimento da economia, mas o país não vive uma situação de pleno emprego e nem um “apagão” de mão de obra qualificada. Estas são as principais conclusões do estudo divulgado nesta segunda-feira pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, e pelo coordenador de Pesquisas de Trabalho de Renda do Ipea, Gabriel Ulyssea.

    – O mercado de trabalho em 2012 teve um desempenho surpreendente à luz do que aconteceu com a economia. Houve um crescimento de 6,5% da renda por pessoa em idade ativa no ano passado, muito acima do PIB e uma estabilização da desigualdade. E os dados também mostram que o grande apagão de mão de obra se dá nas ocupações pouco qualificadas, como por exemplo, agricultura, construção, civil, trabalho doméstico, então o grande apagão de mão de obra está na base da pirâmide educacional – afirmou Marcelo Neri.

    Os dados levantados pelos pesquisadores com base nos números da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílio mostram ao longo dos últimos dez anos mostram que essas são categorias que vem tendo os maiores ganhos de renda, por causa de reajustes salariais mais elevados e redução na oferta de mão de obra. Em 2012, os trabalhadores de salários mais altos tiveram ganhos ligeiramente mais altos, o que fez com que a desigualdade parasse de cair naquele ano.

    – Os dados do IBGE não mostram que há escassez de obra qualificada. É possível que existam indústrias ou ocupações pontuais que tenham sofrido falta de especialistas ou técnicos em algumas áreas, mas de maneira geral no mercado de trabalho há uma expansão de oferta de trabalhadores qualificados, com ensino superior incompleto ou completo queda de diferenciais de salários desses profissionais no mercado. Então, a quantidade aumentando e o preço caindo não é compatível com uma ideia de escassez – explicou Gabriel Ulyssea.

    Os pesquisadores também discordaram da ideia de que país estaria em pleno emprego, porque apesar da taxa de desemprego estar atingindo os menores percentuais da história, a participação também está muito baixa, ou seja, há uma grande parcela de pessoas em idade ativa que opta por não trabalhar, sobretudo entre as mulheres e jovens.

    – Apesar da taxa de desemprego muito baixa, o que poderia ser motivo de preocupação, entre aqueles em idades produtivas que poderiam estar no mercado de trabalho, aqueles que de fato o fazem ainda são um percentual baixo. A gente poderia ampliar essa participação, especialmente entre as mulheres e os jovens, de 15 a 24 anos, e com isso, diminuir a pressão sobre o mercado de trabalho – diz Ulyssea.

    Para o presidente do Ipea, os números levantados pelos IBGE não deixam dúvidas.

    – Os números não permitem falar de pleno emprego emprego, os números até 2012. Agora talvez os salários estejam aumentando, o que talvez seja um sinal de pleno emprego, mas os números não corroboram a ideia de apagão de mão de obra qualificada e nem de pleno emprego – analisa Neri.

    Leia mais sobre esse assunto em “http://oglobo.globo.com/economia/brasil-nao-vive-situacao-de-pleno-emprego-sofre-falta-de-mao-de-obra-de-baixa-qualificacao-diz-ipea-10278670#ixzz2h48CFP3W

  • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 14:54

    Hora do copom usar o viés?

    Os EUA são grandes demais para quebrar? Se a história se repete como tragédia, o Copom do Banco Central deveria acautelar-se nesta quarta-feira.

    A mais importante reunião deste ano do comitê ocorre uma semana antes do prazo final para um evento catastrófico: o calote americano. As circunstâncias lembram de uma forma sinistra o que aconteceu em setembro de 2008. No dia 10, a cinco dias da quebra do Lehman Brothers, o Copom elevou a Selic de 13% para 13,75%. Ninguém acreditava que o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, iria permitir a falência da instituição. O motivo era que o centenário Lehman era grande demais para quebrar.

    Depois de encontradas soluções para os casos críticos da Fannie Mac e Freddie Mac (resgatadas por fundos privados e públicos), do Bear Stearns (adquirido pelo JP Morgan) e do Merrill Lynch (comprado pelo Bank of América), havia confiança de que seria feito um resgate bem-sucedido do Lehman Brothers. Paulson deixou que o banco quebrasse, arrastando o mundo em uma recessão da qual ainda não se recuperou. A crise do subprime, que começou em março de 2007, foi crescendo a despeito das injeções de dinheiro do Federal Reserve (Fed) e da contínua redução das taxas de juros. Mas sempre havia a esperança de que iria terminar rapidamente, sem provocar um colapso. Trata-se da velha crença de que, no fim, tudo vai dar certo, tudo vai acabar bem. Não acabou.

    A história se repete, agora como farsa, com o impasse político em torno da questão fiscal e do endividamento. Como a que culminou em 2008, a crise de hoje não é nova, vem se arrastando desde que o presidente Barack Obama apresentou o seu programa de assistência médica, odiado patologicamente pela ala radical do Partido Republicano. As soluções encontradas são todas de curto prazo, empurrando o desastre para frente.

    No começo do ano passado, surgiu o temor do “abismo fiscal” (a mistura incongruente de elevação de gastos e isenção de tributos). O pior não aconteceu, mas as negociações resultaram, em março, no “sequestro fiscal”, os cortes automáticos de despesas, os principais responsáveis até hoje pela impossibilidade de o Fed normalizar as condições monetárias. Como não há acordo, os EUA estão agora no meio de um “shutdown”, a paralisação, por falta de dinheiro, de atividades não essenciais. Isso, no começo. Se o dinheiro não for liberado, outras atividades, numa escala progressiva, irão ser interrompidas até que as essenciais também parem.

    E, no dia 17, se o teto da dívida pública não for elevado dos atuais US$ 16,7 trilhões, o Tesouro ficará sem caixa para pagar os juros da dívida. E a maior nação do mundo, quem diria, vai passar o beiço. Mas o velho pensamento positivo diz que tudo vai acabar bem. O Copom deve confiar nisso e subir a Selic, como já comprometido, de 9% para 9,5%?

    Mesmo alguém do calibre do megainvestidor Warren Buffett não consegue se desvencilhar de todo da velha crença. Ele disse na semana passada: “Vamos chegar bem próximos da linha de extrema idiotice, mas não vamos cruzá-la”. Tudo indica que o veteraníssimo bilionário está certo, mais uma vez. Mas convém lembrar outro sábio, em outra área. Einstein dizia que há duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas acrescentava: “E eu não estou muito certo quanto à primeira”. Só a segunda explica o fato de um país detentor da moeda-padrão global, capaz de imprimir dinheiro (por ser reserva de valor) sem gerar inflação, está à beira de um default.

    O que significa o calote americano? Se o parâmetro é a crise de 2008, as soluções de mercado encontradas para os casos do Bear Stearns, do Merrill Lynch e do Wachovia estão para o shutdown assim como a quebra do Lehman Brothers está para o default. Este é um acontecimento, por seu trauma, impensável para o mundo, o financeiro e o real. Se um país não tem dinheiro para pagar a sua dívida, primeiro busca empréstimos no FMI e, se não forem suficientes, declara moratória e inicia renegociação com os credores.

    Enquanto isso, ninguém mais compra seus títulos. Os credores (a maior parte das reservas brasileiras de US$ 370 bilhões está em treasuries) irão suportar? Ou haverá ameaça de quebradeira? Haverá rejeição dos bônus americanos. E onde os investidores líquidos irão aplicar? Haja ouro. Se os EUA entrarem em moratória, a economia mundial irá frear bruscamente. No pior cenário possível, o mercado se prepara para o seguinte: desabamento do dólar, disparada dos juros das treasuries, corridas pânicas para saques em bancos e congelamento mundial do crédito. É irresistível pensar que isso não vai acontecer, que tudo no fim vai acabar bem.

    É o último item desse cenário cataclísmico o que pega em cheio o Brasil. A retração do crédito exigirá o retorno das medidas macroprudenciais de expansão de liquidez adotadas a partir do final de 2008. E corte da taxa Selic.

    O Copom capitaneado por Henrique Meirelles em 2008 foi severamente fustigado por economistas heterodoxos por ter mantido a Selic em 13,75% de setembro a dezembro e só ter iniciado o movimento de baixa em janeiro. Numa confissão de culpa tardia, no Copom de 21 de janeiro de 2009 a taxa caiu um ponto percentual de uma vez, para 12,75%, e foi baixando até chegar a 8,75% em julho. Mas o principal equívoco foi ter subido a taxa de 13% para 13,75% a cinco dias da quebra do Lehman Brothers, imbuído da certeza de que tudo iria acabar bem.

    O Copom atual tem de hoje até a tarde de quarta-feira para buscar informações sobre o andamento das negociações em torno da ampliação do teto da dívida e para refletir. Se nada for resolvido até lá, pode comprar um hedge: tomar uma decisão com viés. A prerrogativa do viés não é utilizada desde 19 de março de 2003. Trata-se do privilégio legal que autoriza o Copom a tomar uma decisão provisória. Ele define a taxa e aplica um viés, de baixa ou de alta. Se as condições mudarem, ele não precisará esperar até a próxima reunião formal (45 dias depois) para corrigir a rota da política monetária. Uma reunião extraordinária seria feita a qualquer tempo.

    No caso atual, se o comitê cumprir o combinado, elevando a Selic para 9,5%, poderia instituir um viés de baixa, a ser exercido caso os EUA entrem em default e paralisem o crédito global. Ou, então, manter a taxa nos atuais 9%, mas impondo um viés de alta, para a hipótese de os republicanos cederem e aprovarem um aumento do teto.

    Do ponto de vista da política monetária, a primeira hipótese pode ser a melhor. O mercado futuro de juros persistiria operando normalmente e, em caso de deflagração do evento catastrófico, já iniciaria a redução dos DIs antes mesmo da aplicação pelo BC do viés de baixa. Para efeito do jogo de ganha e perde do mercado, a segunda alternativa seria melhor. Passaria a apostar, exagerando, quando seria usado o viés de alta.

    Os mercados operaram sexta-feira no fio da navalha, torcendo para não escorregar. Semitravado, o dólar fechou em alta de 0,36%, a R$ 2,211. O juro para janeiro de 2015, o contrato mais líquido de um pregão sem liquidez, caiu de 10,17% para 10,14%.

    “h t t p : //brasileconomico.ig.com.br/noticias/hora-do-copom-usar-o-vies_136348.h t m l”

    • Reply Vilmar 7 de outubro de 2013 at 15:00

      Kkkk, mas é tenta futurologia demais…. a maior probabilidade é de que saia um acerto, alguém vai ceder, um default nos EUA faria tanto republicanos, como democratas e apolíticos perderem rios de dinheiro, logo agora que a economia começou recuperar-se e cogita-se cortar pacotes de incentivo como QE3.

      • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 16:58

        Concordo! É interessante observarmos que a esta altura do campeonato alguém estar buscando uma lógica “intrincada” para tentar justificar uma diminuição dos juros, é no mínimo estranho…

        Aliás, acho que a análise dele está limitada e tendenciosa:

        Estamos entre os “Five Fragiles”, isto significa que nossa exposição não é exclusiva para o cenário dos EUA reduzirem QE e subirem juros, também na situação oposta, não seríamos o mercado preferencial para o qual o dinheiro iria se direcionar fugindo dos EUA no caso de uma crise grave lá e ainda, sequer seríamos um mercado atraente para que o dinheiro fosse MANTIDO aqui. Devemos considerar que temos posição ruim neste momento, exatamente pelo exagero na política anti-ciclica, medidas heterodoxas e intervencionistas, com visibilidade 100% populista, este não é um cenário nada atraente para investidores internacionais em momento de crise. Aqui o autor viveu um “momento de faz de conta”, como se o Brasil estivesse exatamente na mesma situação de 2.008, quando na realidade, nossa situação é o contrário (nosso “tripé” da economia já foi embora há um bom tempo).

        Com a diminuição de juros proposta pelo autor, dentro do contexto mais realista, poderíamos secar ainda mais a manutenção de US$ aqui e termos efeito até contrário ao esperado para o resto do Mundo (aumento na cotação do US$ no Brasil?), o que nos obrigaria a manter os juros mais elevados, para não gerarmos hiper-inflação e outros problemas.

        Outro ponto: cobrir a falta de liquidez com redução de juros abrupta, em País que estimula o consumo irresponsável há anos, com endividamento recorde das familias, seria apagar incêndio com gasolina, mais uma vez…

        A “estórinha” de medidas “antí-ciclicas”, vulgo keiynesianas, usadas por anos e anos, se renovando os “motivos” após alguns anos, sem pensarem em nenhuma outra alternativa ao longo dos anos, é uma grande falácia, de quem está tentando prorrogar a explosão da bolha, que é inevitável. Na prática é o que os próprios EUA fizeram logo após a crise deles, só que o contexto deles é muito diferente…

        Qual seria a solução então? Fazer algo de que estão fugindo há muito tempo: enfrentar a crise de frente, aproveitando para reduzir gastos públicos e deixando a bolha imobiliária explodir, pelo menos poderão ter uma boa desculpa, dizendo que não é bolha e sim crise internacional…
        Isto seria mil vezes melhor do que continuar inflando-a até se tornar uma bomba nuclear.

        É óbvio que não poderemos esperar bom-senso do Governo brasileiro, em uma situação de crise e próximos das eleições, o mais provável é que aproveitassem para reduzir o juros mesmo, só que quando viesse, logo depois, a fuga de capitais, eles voltariam atrás e adotariam as outras medidas (aumentar de novo o juros), justificando para seus patrocinadores internos (dentre eles o principal, o segmento imobiliário) que “infelizmente não tiveram outra alternativa…”. Ainda assim, a crise seria feia de qualquer jeito, mas, quem sabe se por caminhos tortuosos, não seria melhor do que tentarem continuar inflando nossa bolha?

  • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 08:59

    A matéria abaixo tenta induzir as pessoas para que acreditem que a CEF passará a ser mais rigorosa na concessão de crédito, no entanto, conhecendo o Governo Federal, parece-me que a estratégia é criar um novo índice para tentar maquiar ainda mais a inadimplência…

    Caixa tenta reduzir atrasos no Minha Casa

    A Caixa Econômica Federal estuda como ajustar os modelos estatísticos de concessão de crédito imobiliário no âmbito do Minha Casa, Minha Vida – o programa habitacional do governo federal – para diminuir a inadimplência dessas operações. As possíveis mudanças incluem uma maior rigidez na seleção de tomadores e um aumento na exigência do pagamento de uma entrada para esses empréstimos, afirma o diretor executivo de habitação do banco público, Teotonio Rezende.

    Link (tirar “aspas” antes):

    “http://www.valor.com.br/financas/3295232/caixa-tenta-reduzir-atrasos-no-minha-casa

    • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 09:01

      Outra notícia relacionada, também divulgada pela Valor:

      Banco topa um pouco mais de risco no crédito imobiliário

      Desde agosto, o financiamento à aquisição da casa própria tornou-se a maior carteira de crédito à pessoa física e superou os empréstimos às famílias no sistema financeiro. A modalidade, hoje menina dos olhos dos bancos brasileiros, cresce mais do que a média do crédito total. Dados recentes divulgados pelo Banco Central mostram, porém, que as operações do segmento imobiliário têm mostrado, na média, um perfil mais arriscado, com prazos mais longos e menor exigência de entradas.

      Tirar “aspas” antes do link:

      “http://www.valor.com.br/financas/3295230/banco-topa-um-pouco-mais-de-risco-no-credito-imobiliario

      • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 09:39

        Este artigo é interessante para iniciarmos a semana e reflete bem as preocupações e falta de confiança nas promessas do Governo…

        Segue o link (tirar “aspas” antes):

        “http://g1.globo.com/platb/thaisheredia/

        Copom e EUA comandam as atenções

        seg, 07/10/13

        por Thais Herédia |

        categoria Banco Central, Copom, Dilma, Dívida pública, Estados Unidos, IBGE, Inflação, IPCA, Juro básico

        | tags Banco Central, Copom, crédito, dívida pública, EUA, IPCA, Selic

        Vamos começar a semana falando da que passou. A declaração da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo vai reduzir a concessão de crédito dada pelos bancos públicos foi a sinalização mais positiva da semana passada. Promessa é dívida, ou é dúvida?

        Para os investidores estrangeiros e também aqui no Brasil, a indicação surtiu algum efeito de alívio na perspectiva para as contas públicas e para o trabalho do Banco Central. No primeiro caso, toda vez que o Tesouro capitaliza um banco federal, ele gera um aumento da dívida pública bruta. A participação dos Tesouro nas instituições financeiras públicas, incluindo BNDES, já representa quase 10% do PIB. Essa relação era de 4,5% em 2009.

        A segunda onda de alívio pela declaração do governo chegou ao Banco Central. Com crédito subsidiado pelos bancos públicos a política monetária perde efeito, já que o movimento de alta na taxa de juros, como estamos vivenciando agora, não afeta os financiamentos dados por essas instituições com a mesma força que atinge os bancos privados. O excesso de crédito na praça foi responsável por manter a inflação em alta por mais tempo.

        Dito tudo isto, entramos na semana que começa. Na próxima quarta-feira (9), o Copom faz outra reunião que deve, mais uma vez, optar pela alta da taxa básica de juros. A Selic, hoje em 9%, deve subir para 9,5% – assim espera a grande maioria dos analistas e economistas. No mesmo dia o IBGE divulga o IPCA de setembro, que deve seguir menos pressionado por causa do arrefecimento recente na alta do dólar.

        A promessa feita pelo governo na semana passada está mais para dúvida do que para dívida. Ele vai mesmo fechar os guichês dos bancos públicos para novos financiamentos? E em que velocidade isso vai acontecer? O anúncio das autoridades não revelou planos ou calendário para a execução da promessa.

        Para uma outra dúvida o BC pode dar alguma dica: até quanto será preciso elevar os juros para controlar a inflação e colocar o IPCA (índice oficial do sistema de metas) de volta aos 4,5% ao ano? Tem analista que só acredita em reversão dos indicadores de preços se os juros chegarem a dois dígitos. O mercado espera que o comunicado que anuncia a nova taxa traga alguma pista sobre os próximos passos do Copom.

        Enquanto isso, lá no reino encantado do Tio Sam, continua a expectativa para um acordo político que reabra o governo dos Estados Unidos e, se o mundo der sorte, sinalize para um desfecho positivo para a aprovação de um novo teto para a dívida pública americana. Com mais dinheiro para gastar, os EUA podem seguir sustentando o planeta vendendo títulos públicos, dólares e fantasias.

        • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 10:29

          Acho que as projeções do Boletim FOCUS tem como base a manutenção de um ambiente estável e favorável, ou seja, consideram que os EUA não terão maiores problemas quanto a sua dívida, que China não fará nenhuma surpresa quanto a seu crescimento e bolha imobiliária e assim por diante…

          Para 2.013, pode até ser natural pensar assim, afinal já estamos em Outubro, no entanto, assumir estas premissas para 2.014 me parece temerário. De qualquer forma, normalmente o pessoal considera mesmo são as previsões de curto prazo, para o ano corrente, as demais estão muito longe, em especial em um País com Governo que tem altíssimo índice de intervencionismo e com um cenário externo ainda nebuloso.

          Minha opinião é que a redução do QE pelos EUA se inicia, ou em Dez/2012 como última ação de efeito do atual presidente do FED ou no 1T2014, como uma das primeiras ações do próximo. Claro que existem apostas, ou até mesmo “complôs” para que o próximo presidente do FED seja uma “pomba” que atenda a manutenção do QE, a conferir…

          Tirar “aspas” antes do link:

          “http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2013/10/mercado-estima-pib-maior-e-preve-nova-alta-de-juros-nesta-semana.html

          Mercado estima PIB maior e prevê nova alta de juros nesta semana

          Expectativa para o crescimento do PIB passou de 2,4% para 2,47%.
          Previsão para os juros é de nova alta de 0,5 ponto, para 9,5% ao ano.

          Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

          Os economistas do mercado financeiro elevaram, na semana passada, sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e mantiveram a estimativa de uma nova alta da taxa de juros ainda nesta semana, informou o Banco Central nesta segunda-feira (7) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento da autoridade monetária é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

          saiba maisBC reduz previsão de crescimento do PIB de 2013 para 2,5%
          Governo reduz previsão oficial de alta do PIB deste ano de 3% para 2,5%

          Atualmente, os juros básicos da economia estão em 9% ao ano após quatro elevações seguidas feitas pelo Banco Central. O mercado financeiro manteve a expectativa de que os juros avançarão para 9,5% ao ano na próxima quarta-feira (9), quando termina a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês. Para o fechamento de 2013 e de 2014, a estimativa dos analistas para os juros foi mantida em 9,75% ao ano – o que ainda pressupõe uma nova alta neste ano.

          Produto Interno Bruto
          Para o comportamento do PIB neste ano, o mercado financeiro elevou sua previsão de uma alta de 2,4% para 2,47% na semana passada, em linha com as estimativas tanto o Banco Central quanto o Ministério da Fazenda – que preveem uma expansão da economia da ordem de 2,5% neste ano.

          Para 2014, a estimativa dos analistas para o crescimento da economia permaneceu em 2,20%.

          Inflação
          Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

          Os analistas das instituições financeiras mantiveram sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano em 5,82% na semana passada. Já para 2014, a previsão dos economistas dos bancos recuou de de 5,97% para 5,95%.

          O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a inflação teria queda neste ano frente ao patamar registrado em 2012 (5,84%) e no ano de 2014. Embora ainda continue acreditando na desaceleração da inflação neste ano, o mercado prevê, entretanto, crescimento da inflação em 2014 – último do mandato da presidente Dilma Rousseff.

          Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
          Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2013 ficou estável em R$ 2,30 por dólar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar permaneceu em R$ 2,40.

          A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2013 foi mantida em R$ 2 bilhões na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit comercial recuou de US$ 10 bilhões para US$ 9,25 bilhões na última semana.

          Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.

          • Vilmar 7 de outubro de 2013 at 11:02

            Ótimo, explode selic, rumo a dois dígitos…pobre financiamento imobiliário, tsc, tsc.

  • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 08:54

    Enquanto uns desaceleram (dentre elas, empresa adquirida pela BTG, que gosta de negócios “confiáveis” como OGX…), outra acelera rumo a hipótecas no formato mais usado nos EUA (inclusive, no formato mais usado durante o subprime de lá)…

    Os 14 anos de experiência na rede de varejo Walmart ensinaram uma lição valiosa ao administrador de empresas gaúcho Luiz Cunha Albornoz: ter nas prateleiras o que o cliente deseja comprar. Por isso, há um ano, ele aceitou um convite de dois conhecidos de longa data, Marcelo Maisonnave e Guilherme Benchimol, fundadores da distribuidora de produtos financeiros XP Investimentos, para desenvolver uma área totalmente nova, a de empréstimos garantidos por imóveis. “Notamos uma demanda dos investidores por ativos imobiliários de boa qualidade”, diz Albornoz. “Por isso, nada mais lógico do que começarmos a originá-los aqui e a oferecê-los ao mercado.” Amorim (à esquerda) e Albornoz, da XP: demanda por papéis imobiliários justificou a entrada nesse mercado Uma das empresas independentes mais importantes na corretagem de ações e na distribuição de fundos, a XP agora vai iniciar um caminho totalmente novo, disputando um mercado até agora pouco explorado, o das hipotecas. A operação começou há seis meses e ainda é modesta em volumes, mas tem a ambição de concorrer com os gigantes do crédito imobiliário. Segundo André Amorim, sócio da XP, até agora foram concedidos R$ 20 milhões em empréstimos. Para ele, as perspectivas são de que no fim de 2014 a XP esteja originando R$ 50 milhões por mês. “O potencial é imenso, principalmente devido à isenção de Imposto de Renda nos rendimentos”, diz Amorim. Quando o negócio estiver azeitado, as hipotecas serão enfeixadas em títulos como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), papéis cuja emissão ganhou grande vigor nos últimos anos, mas que se desacelerou em 2012 (veja quadro ao final da reportagem). Esses títulos, corrigidos por índices de inflação, são muito procurados por investidores em busca de uma proteção patrimonial. Se a brandura do Leão é o principal atrativo para os investidores, a possibilidade de obter uma linha de crédito de longo prazo é o que deverá aguçar o apetite dos tomadores dos empréstimos. “Muitas vezes o cliente não tem um patrimônio financeiro, mas está terminando de quitar um imóvel de excelente qualidade”, diz Amorim. A XP entra no mercado em um momento de retomada dos negócios e após uma desaceleração da concorrência “Podemos usar esse imóvel como garantia e o cliente quita a dívida e ainda tem recursos para investir ou consumir.” Os créditos são longos, de dez anos. No primeiro momento, as taxas não são exatamente camaradas: o tomador terá de pagar 1,05% ao mês, ou 13,5% ao ano, mais a imprevisível variação do índice IGP-M. Para ter direito ao empréstimo, o cliente terá de ser proprietário de um imóvel – quitado ou financiado – em uma região onde o mercado imobiliário tenha um mínimo de liquidez. “Não vamos conceder empréstimos com base em imóveis localizados em cidades com menos de 50 mil habitantes, onde o mercado imobiliário é restrito”, diz Albornoz. “Acreditamos que haverá mais oportunidades nos grandes centros.” A iniciativa da XP ocorre em um momento no qual a concorrência se retrai. A principal empresa que concede empréstimos com base em garantias imobiliárias, a Brazilian Mortgage, vem diminuindo seu ímpeto de crescimento no mercado. Quem conhece bem os meandros da empresa diz que ela está tendo de lidar com a sempre trabalhosa fusão de culturas diferentes. A holding Brazilian Finance e Real Estate (BRFE), controladora da Brazilian Mortgage, foi adquirida pelo BTG Pactual, de André Esteves, por R$ 1,215 bilhão no apagar das luzes de 2011, no que foi a maior aquisição do sistema financeiro daquele ano. Com a compra, o BTG assumiu uma potência que possuía mais de 90% do mercado de securitização, de olho em um mercado que crescia exponencialmente. Naquele momento, a fusão da experiência da BRFE com o manancial praticamente inesgotável de capital do BTG Pactual parecia ser uma receita imbatível. O crédito imobiliário crescia aceleradamente e era questão de tempo para que os recursos cativos da caderneta de poupança se esgotassem. Mais do que isso, o crescimento promissor da economia permitia prever uma demanda sustentável por imóveis novos e usados. A solução lógica para destravar o fluxo financeiro entre tomadores de empréstimos e investidores eram as hipotecas. No entanto, dois fatores atrasaram esse movimento. A desaceleração da economia em 2012 reduziu o apetite dos bancos para emprestar. Além disso, o principal participante do mercado teve de lidar com uma complicada operação interna. A operação azeitada da BRFE foi sendo costurada com o problemático banco PanAmericano. Para acrescentar mais uma dificuldade, o PanAmericano tem a Caixa Econômica Federal como seu segundo maior acionista, e a emissão de títulos imobiliários concorre com os empréstimos para a casa própria, um dos principais negócios da Caixa. Isso representou um choque de culturas, que resultou na saída de executivos e está reduzindo a agilidade das operações. Procurado, o BTG Pactual não concedeu entrevista. Depois dessa pausa, diz Amorim, o mercado deverá voltar a se aquecer. Mesmo com a recente elevação dos juros, o fato de que a inflação deverá permanecer elevada, pelo menos por mais alguns meses, turbina a demanda por papéis indexados. Uma análise dos balanços do primeiro semestre do Banco do Brasil, presidido por Aldemir Bendine, e da Caixa, liderada por Jorge Hereda, mostra que ambos contabilizavam em seus livros um total de R$ 88,4 bilhões em títulos tanto imobiliários quanto do agronegócio, um crescimento de 150% em relação ao fim do segundo trimestre de 2012. Juntos, os bancos detêm quase a metade de todo o estoque de emissões. No crédito, o BB vem procurando diversificar sua carteira de empréstimos e aumentou em 78% seus empréstimos para a casa própria, que atingiram R$ 13,7 bilhões em julho, a carteira que mais cresce em termos percentuais na linha de ativos do banco. E como são os detentores das maiores carteiras de crédito rural e imobiliário, ainda têm espaço para expandir as captações. “Há muita demanda reprimida, emissões de papéis imobiliários de boa qualidade são disputadas pelos investidores”, diz Albornoz. “Esse é um mercado praticamente virgem.” > Siga a DINHEIRO no Twitter > Curta a DINHEIRO no Facebook

  • Reply CA 6 de outubro de 2013 at 22:11

    Olha só a comparação do extinto BNH com o MCMV…

    “http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2013/10/um-aviao-de-dinheiro-e-nao-deu-para-pagar-diz-protagonista-da-maior-crise-bancaria-no-rs-4291024.html

    Hoje, o Jornal Zero Hora de Porto Alegre publicou uma interessante entrevista com um dos sócios majoritários do Grupo Habitasul, cujo Banco foi liquidado na década de 80 com a quebra do BNH. Atentem o que ele fala sobre a MCMV:

    O que fez o sistema financeiro gaúcho quase quebrar em 1985?
    Em 1984 e 1985, o sistema financeiro da habitação foi enfraquecido. O Banco Nacional de Habitação (BNH) foi filho dileto da revolução e a primeira vítima da abertura. Foi liquidado em 1986, mas começaram a matá-lo em 1984.

    Quem tinha interesse em matá-lo?
    O sistema, principalmente as empresas independentes, se enfraqueceu porque o modelo de operação mudou, quando os conglomerados financeiros passaram a ser prestigiados. As empresas de crédito imobiliário regionais se enfraqueceram muito. No Rio Grande do Sul, o sistema financeiro sumiu com a crise – Sulbrasileiro, Maisonnave e nós do Habitasul. Entramos em regime de intervenção. Na verdade, solicitamos, porque não iríamos resistir à pressão. Estávamos nos associando ao Sulbrasileiro. A Habitasul tinha uma carteira muito grande de financiamentos com verbas do Fundo de Garantia, do BNH, sobretudo para financiamentos de interesse social. Justamente os mais atingidos pela crise, já que os mutuários perderam a condição de pagar. Mas o governo tem uma característica, desde o Getulio Vargas, de dar casa de presente para os mutuários.

    Como assim dar casa de presente?
    Se não dá toda, pelo menos boa parte. Vamos ver este filme de novo com o Minha Casa, Minha Vida. Costumo dizer aos mais jovens que este filme já vi em preto e branco, em tecnicolor, três dimensões, mas o filme é o mesmo. Aí o BC (Banco Central) aprovou a figura das repassadoras, era lógico, tínhamos quase 100 mil créditos sob gestão. É sólido porque tem a garantia do imóvel e tem um fluxo de caixa interessante, embora a margem (seja) pequena. A minha ideia até pegou, andou, mas aí a Caixa quis ficar com os créditos do sistema financeiro da habitação. No início, não queria, mas, quando viu que era um bom negócio, entrou.

    • Reply CA 6 de outubro de 2013 at 22:14

      Falando no MCMV, tem a questão da qualidade também…

      Condições de prédio da MRV param mudança de moradores – Parana Online

      Tirar “aspas” antes do link:

      “http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/698853/?noticia=CONDICOES+PRECARIAS+DE+PREDIO+DA+MRV+BRECAM+MUDANCA+DE+PROPRIETARIOS

      A fachada até impressiona quem passa rapidamente em frente ao Condomínio Spazzio Cantareira, na Rua Adir Pedroso, 570, Vila Iná, em São José dos Pinhais. Mas para aqueles que adquiriram o imóvel na planta, sete meses após a entrega dos primeiros apartamentos, a bela aparência já está esfarelando junto com o material usado na construção, que coleciona rachaduras e infiltrações nos oito blocos de 40 apartamentos.

      A situação mais alarmante fica no apartamento 103 do bloco 2. A água e esgoto que vêm dos apartamentos de cima desembocam na cozinha. O casal que adquiriu o imóvel, depois de longa espera, já que a construtora atrasou a entrega prometida para novembro, não consegue se mudar para lá devido às condições precárias do local. “Vi a futura vizinha na semana passada, chorando de desespero ao encontrar o apartamento novo daquele jeito”, relata o síndico do condomínio, Orides Júnior.

      Gerenciador de problemas

      Desde que se mudou para o local, em março, e assumiu a missão de ser síndico, ele virou gerenciador de problemas. “Das mais de 200 famílias que se mudaram, acredito que somente 10% não enfrentaram algum tipo de problema no imóvel”, afirma. Ele diz que desde março tenta buscar na construtora MRV, responsável pela obra, que os defeitos sejam reparados, mas muito pouco se avançou. “Semanalmente administro casos de vazamento de gás, porque a estrutura que fizeram é incompatível com a demanda. Esse diagnóstico foi dado pela Ultragaz, empresa que queremos contratar, mas que se negou a disponibilizar o produto enquanto não houver estrutura decente”, comenta. Segundo ele, a alteração custa R$ 5 mil e os moradores já se conformaram em arcar com a obra, porém, ainda dependem da construtora para liberar o fornecedor atual, a Supergasbras, contratadopor comodato. “Nem o documento que autoriza a Supergasbras a retirar o material foi fornecido pela MRV. É muito descaso”, constata o síndico.

      Vícios

      O designer gráfico Edilson Cesar Bruschi desistiu do diálogo e recorreu à Justiça. “Azulejos quebrados, infiltrações por toda parte, fiação elétrica de péssima qualidade, nem parece que é apartamento novo. Imagine o que está por vir em termos de vícios de construção que aparecem mais tarde”, questiona. Outra moradora, a assistente administrativa Joice Lourenço de Lima, considera que teve sorte. “Por enquanto, o único problema que tive foi para puxar a antena, pois estava tudo entupido”.

      “Decoração” com entulhos

      cd2051013

      Mesmo quem apenas trabalha no condomínio sofre com as deficiências da obra. Um segurança que não quis ser identificado mostrou a guarita. O banheiro fica do lado do portão, impedindo qualquer visualização. Além disso, o motor do portão já pifou e ninguém resolveu a situação. Segundo o síndico, o fornecedor argumentou que foi mau uso. “Pedi um laudo, já que o uso se dava por controle remoto, mas já faz um mês que não temos nem portão eletrônico, muito menos o documento”. Para agravar ainda mais a insatisfação dos habitantes do Condomínio Spazio Cantareira, há pelo menos três pontos na área comum do condomínio “decorados” com entulhos de construção. “Transformaram isso daqui em lixão deles”, lamenta o síndico.

      Empresa se defende

      Em nota, a MRV explica que “o residencial foi vistoriado e recebido pelo síndico do empreendimento, que deu aceite em toda a área comum do condomínio” e ressalta que “os problemas que aconteceram após a entrega do residencial estão sendo sanados e todas as solicitações de reparos feitas pelos moradores estão sendo atendidas pela equipe de assistência técnica da construtora”. Sobre a posição da guarita, a MRV explica que foi construída “obedecendo ao projeto aprovado pela prefeitura”. A construtora também se comprometeu a entrar em contato com o síndico “para solucionar a pendência sobre a titularidade do gás e demais situações que os moradores julgarem necessárias”. Sobre o entulho, a MRV afirma ser “proveniente de obras realizadas por moradores, já que todo o entulho de obras da construtora é removido e enviado para local apropriado”.

      De acordo com a gerente do Departamento de Fiscalização (Defis) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Vanessa Moura, ainda não foi localizada nenhuma denúncia sobre o empreendimento no órgão. O Defis também informou que todos os procedimentos de Anotação de Responsabilidade Técnica (ARTs) foram realizados no Spazio Cantareira. Sobre a liberação da obra expedida pela prefeitura de São José dos Pinhais, a construtora explicou que o empreendimento recebeu o documento porque atestou que o projeto arquitetônico e urbanístico estava em conformidade com o que foi construído.

      • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 06:54

        Ainda falando do MCMV, não podemos esquecer das velhas estratégias para empurrar os resultados p/ debaixo do tapete, veja exemplo abaixo:

        “Fundo de Compensação de Variações Salariais
        Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
        O Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) foi criado por intermédio da Resolução nº 25, de 16 de junho de 1967, do Conselho de Administração do extinto Banco Nacional da Habitação (BNH), com o objetivo de garantir a quitação dos saldos remanescentes de financiamentos imobiliários concedidos aos mutuários finais do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). A gestão do FCVS está a cargo do Ministério da Fazenda (Lei nº 7.739, de 16.3.89 e Portaria Interministerial nº 197, de 8.11.89). A administração do FCVS esta a cargo da Caixa Econômica Federal (Portaria nº 48, de 11.05.88, do extinto Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente).1?
        “4. DÍVIDA DO FCVS
        Para fins de avaliação atuarial do FCVS, consideram-se a relação existente entre os direitos e as obrigações do Fundo, e, quando cabível, os efeitos da novação das dívidas do Fundo em virtude do estabelecido na Lei nº. 10.150/00.
        Cabe observar que nas premissas utilizadas na avaliação posicionada em 31/12/2009 foram incluídas as despesas do SH/SFH, em função da extinção da Apólice do SH/SFH pela MP nº. 478/09 e em obediência às disposições constantes no art. 2º do DL nº 2.406/1988, com redação dada pela citada MP.
        Dessa forma, a responsabilidade total do FCVS, fundo com garantia pública, é da ordem de R$ 170,3 bilhões, referentes 3.985.144 contratos, dos quais 1.612.334 já foram novados e 2.372.810 estão por novar. Já em termos de dívida quitada (pelo Tesouro Nacional com base nos dispositivos da Lei nº 10.150/200) e remanescente, os montantes são de R$ 82,7 bilhões e R$ 87,5 bilhões, respectivamente.
        Finalmente, o déficit técnico do FCVS, apurado pela referida avaliação atuarial de 31/12/2009, corresponde a R$ 84,5 bilhões.”
        “http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/divida_publica/downloads/FCVS_historico.pdf

  • Reply CA 6 de outubro de 2013 at 21:34

    Será que é esta renda fantástica, de menos de 1 salário mínimo, que é a base para os aumentos nos imóveis e preços, em sua esmagadora maioria superiores a R$ 400 mil? Vão financiar em mais de 100 anos?

    06/10/2013 – 03h00

    A FOLHA

    Retratinho do Brasil

    1. O “BRASIL MELHOROU” nos últimos 19 anos, blá-blá-blá. Mas o Brasil ainda é um país ruim, um dos dez mais desiguais e violentos do mundo, mal-educado e, na sua classe de renda, um dos mais perversos. Portanto, ao menos uma vez por ano, assim como a gente faz promessas no dia 31 de dezembro, vale lembrar algumas dessas perversidades. A recém-publicada Pnad, a grande pesquisa sobre as condições de vida no país, pode servir de Réveillon social.

    2. Mais de um terço dos brasileiros que trabalhava em 2012 ganhava menos de um salário mínimo.

    (…)

    Vinicius Torres Freire está na Folha desde 1991. Foi Secretário de Redação, editor de ‘Dinheiro’, ‘Opinião’, ‘Ciência’, ‘Educação’ e correspondente em Paris.

    Em sua coluna, aborda temas políticos e econômicos. Escreve às terças, quintas e domingos, no caderno ‘Mercado’.

    • Reply CA 7 de outubro de 2013 at 06:50

      Falando em preço dos imóveis versus renda da população, acho que vai ser fácil desovar o estoque abaixo, não vai?

      Limite do FGTS abrange 77% das ofertas em São Paulo; veja onde estão
      06/10/2013 – 01h30 | DANIEL VASQUES
      DE SÃO PAULO
      O número dos imóveis residenciais novos à venda na cidade de São Paulo dentro do teto do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) cresceu 35% com a correção do limite para R$ 750 mil.
      Agora 14.696 das 19.209 unidades em estoque na capital paulista fazem parte do novo teto –ante as 10.898 antes da correção, anunciada na segunda-feira.
      O SFH permite o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e oferece juros menores e limitados a 12% ao ano no financiamento para compra e construção do imóvel. Acima dele, os juros são livremente praticados pelo mercado.
      Com a correção, 76,5% do total lançado de janeiro de 2010 a setembro deste ano e AINDA não vendido na capital paulista fica abaixo do novo teto do SFH, segundo levantamento da Folha com base em dados da empresa de pesquisas Geoimovel Tecnologia Imobiliária.
      Na categoria, entram os imóveis prontos, em construção na planta.
      O limite, que era de R$ 500 mil, foi elevado em 50% em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, onde o preço dos imóveis é mais alto, o que atende ao pleito do mercado. Nos demais Estados, passou para R$ 650 mil.
      A última alta ocorrera em março de 2009, quando o valor foi de R$ 350 mil para R$ 500 mil em todo o país. O novo teto é válido para as operações realizadas a partir de 30 de setembro.
      Segundo a assessoria da Caixa, quem obteve um financiamento imobiliário de R$ 500 mil a R$ 750 mil anterior a essa data ficará fora das regras do SFH, mesmo em caso de portabilidade da dívida.
      ONDE ESTÃO
      A maioria dos imóveis à venda com preço de R$ 500 mil a R$ 750 mil São Paulo ficam em bairros de alto padrão ou perto do metrô em regiões próximas ao centro e têm pelo menos dois quartos.
      Os líderes em oferta são o Itaim Bibi (zona oeste), com um dos metros quadrados mais caros da cidade, Saúde (zona sul), Vila Andrade (zona oeste), Jabaquara (zona sul) e Mooca, na zona leste.
      Na faixa abaixo de R$ 500 mil, a Vila Andrade, na região do Morumbi (zona oeste), lidera com folga entre os bairros com mais estoque.
      A alta não deve fazer o consumidor comprar um imóvel por impulso. Se for uma unidade na planta, a valorização do bem poderá deixá-lo fora do teto na hora do financiamento, pois é preciso esperar a obra ficar pronta até iniciar o financiamento.
      Para ficar dentro do limite, uma dica é evitar imóveis com valor próximo de R$ 750 mil ou centrar a procura em outros já entregues.
      Para construtoras e imobiliárias, não haverá alta nos preços dos imóveis com a correção do limite, mas é importante ficar atento, afirmam associações de mutuários e profissionais do setor.

  • Reply CA 6 de outubro de 2013 at 21:30

    A bolha dos imóveis comerciais…

    Escritórios vazios

    Brasília apresenta hoje a maior taxa de vacância de edifícios corporativos de alto padrão do Brasil, de acordo com uma pesquisa inédita da consultoria Cushman & Wakefield.

    No segundo trimestre, o índice registrado na capital do funcionalismo público e do lobby, foi de 20,4%. Se comparado com os 4,5% do mesmo período de 2012, o crescimento é espantoso.

    O motivo é o grande número de edifícios comerciais que ficaram prontos desde então. No Rio de Janeiro, esta vacância é de 16% e em São Paulo, de 15,4%.
    Por Lauro Jardim

    “http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/brasil/saiba-qual-e-a-capital-brasileira-com-maior-indice-de-edificios-corporativos-de-alto-padrao-desocupados/

    • Reply Vilmar 6 de outubro de 2013 at 23:11

      FII under attack? Resrs.
      Esta cushman eu conheço, tive contato com sistema imobiliário deles em migração de sistema do santander real em 2008/2009, muito bom por sinal, completissimo para todas etapas financiamento imobiliário.

  • Reply CA 6 de outubro de 2013 at 12:20

    Mais uma…

    Tesouro pode ficar com ‘rombo’ do Minha Casa Melhor
    06 de outubro de 2013 | 9h 09
    Notícia
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    ADRIANA FERNANDES – Agencia Estado
    BRASÍLIA – O programa Minha Casa Melhor pode representar uma fatura dupla para o Tesouro Nacional. Além de ser obrigado a injetar mais recursos na Caixa Econômica Federal para financiar o programa e não pressionar o balanço do banco, o Tesouro terá de compensar um eventual “rombo” com as perdas provocadas pelo resultado negativo dos empréstimos.
    A estimativa de perdas com os empréstimos do Minha Casa Melhor é elevada, como mostram documentos obtidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, porque na abordagem ao beneficiário do programa a orientação é de que não sejam observadas a análise de risco, restrição cadastral e a capacidade de pagamento.
    Basta estar em dia com as prestações do financiamento da casa própria pelo programa Minha Casa, Minha Vida para ter acesso ao cartão com a linha de até R$ 5 mil e taxa de juros de 5% ao ano.
    A expectativa é que 3,7 milhões de famílias sejam beneficiadas pela linha, num total de R$ 18,7 bilhões de empréstimos liberados.
    Em 2013, segundo previsões iniciais, 670 mil contratos deverão ser assinados, a maior parte na faixa 1 (famílias com renda de até R$ 1,6 mil). Nessa faixa, a Caixa levou em consideração que 80% das famílias que têm um financiamento do Minha Casa, Minha Vida teriam interesse em adquirir o cartão para a compra dos produtos.
    O pagamento de dividendos da Caixa foi crucial para fechar as contas do governo federal nos últimos anos. Mas essa política de aportes do Tesouro aos bancos públicos, principalmente para a Caixa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também tem reforçado o aumento das desconfianças em relação à política fiscal brasileira.
    Os dois bancos foram usados em sucessivas operações para garantir o cumprimento das metas fiscais, por instrumentos que foram chamados de “contabilidade criativa”, e também para alavancar o crédito no País.
    Desde o início da crise financeira internacional, em 2008, o governo brasileiro já injetou cerca de R$ 400 bilhões nos bancos federais, o que elevou a dívida bruta – ponto que tem chamado atenção, sobretudo das agências internacionais de classificação de risco. Duas delas, a Standard & Poor”s e a Moody”s, já pioram a avaliação do Brasil por causa da política para os bancos públicos, além do baixo crescimento econômico do País.
    Por causa do aumento das críticas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem dado sinais de que vai diminuir os aportes para os bancos públicos.
    Mas, às vésperas de transferir mais um empréstimo para o BNDES, e depois do lançamento do Minha Casa Melhor, a promessa não tem sido apontada como crível pelos analistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

    • Reply CA 6 de outubro de 2013 at 12:24

      Complemento…

      Caixa ignorou alerta ao bancar Minha Casa Melhor
      06 de outubro de 2013 | 9h 01
      ADRIANA FERNANDES – Agencia Estado
      BRASÍLIA – A Caixa ignorou análises feitas pela própria área técnica ao bancar o programa Minha Casa Melhor, uma linha de crédito para a compra de móveis, computadores e eletrodomésticos. Da forma como foi feito, o programa, considerado uma vitrine eleitoral da presidente Dilma Rousseff, pode representar riscos para a saúde financeira do banco, segundo documentos obtidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
      Os documentos mostram que a possibilidade de calote nessa linha, que é direcionada para os mutuários do Minha Casa, Minha Vida, chega a 50,73% na faixa das famílias mais pobres da população, a 30,31% nas intermediárias e a 28,52% na faixa de maior renda atendida pelo programa. Com esses níveis potenciais de perda, apontam os documentos, a necessidade de compensação pelo Tesouro é de R$ 2,9 bilhões até 2016.
      Além do potencial eleitoral, o programa está alinhado com a estratégia do governo de estimular a economia via crédito para bens de consumo e tem ajudado a aumentar as vendas do varejo num momento de retomada lenta do crescimento do PIB. O Minha Casa Melhor deve ser ampliado para permitir também a compra de produtos como smartphones e tablets.
      O parecer técnico da Caixa, produzido poucas semanas antes do lançamento do programa, adverte que a decisão do Tesouro, prevista na então Medida Provisória 620, de dispensar a Caixa do recolhimento de parte dos dividendos para a cobertura do risco de crédito dos financiamento dos bens de consumo, faz, “contabilmente, com que a operação seja deficitária desde o começo”.
      “Na medida em que as operações fossem sendo realizadas, custos e despesas seriam acumulados, podendo ser caracterizada uma antecipação de subvenção, dado que lucros e dividendos ainda não foram pagos, nem sequer realizados”, afirma um dos documentos.
      Subsídio
      Segundo a nota técnica, assinada pelo superintendente Nacional de Contabilidade, Marcos Brasiliano Rosa, e pelos consultores do banco Dannyel Lopes de Assis e Eduardo Bromonschenkel, a falta dessa cobertura poderá ser questionada pelo Tribunal de Contas da União, por caracterizar que a Caixa está subsidiando um programa de governo, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O entendimento técnico é de que a proposta de dispensar o recolhimento de parte dos dividendos para cobrir o risco de crédito vai contra o estatuto da Caixa.
      Dessa forma, segundo fontes do governo, a equalização da perda do programa deveria ser compensada com outra modalidade de recursos, e não com os dividendos. “Logo, a proposta do Tesouro, ao estabelecer que a operação se inicie deficitária, vai contra o que rege o estatuto da Caixa”, diz a nota. De acordo com outro documento, a opção pela dispensa de recolhimento dos dividendos não é adequada para a Caixa “no atual momento de necessidade de capital”.
      A MP 620, já aprovada no Congresso, autorizou ainda o aporte de R$ 8 bilhões feito ao banco e destinado ao “funding” em si do financiamento, não podendo ser usado para cobrir perdas. Isso indicaria porque na época do lançamento do programa, em junho, o banco e o Ministério da Fazenda se recusaram a explicar como os subsídios do programa seriam bancados. Segundo fontes, ficou pendente de resposta a origem real dos recursos para pagar as perdas que, necessariamente, deverão sair dos cofres do Tesouro. O risco de o TCU questionar o programa já é dado como praticamente certo na área técnica
      Procurada, a Caixa informou que o programa foi formatado com respaldo do departamento jurídico. Segundo o banco, o risco de crédito e os custos operacionais estão cobertos pela União com a autorização dada pela MP 620 para dispensar o recolhimento de parte dos dividendos, respeitado, portanto, o seu estatuto. O banco diz que foram feitos estudos internos sobre possíveis níveis de inadimplência em todas as faixas, que permitiram a aprovação da operação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

      • Reply CA 6 de outubro de 2013 at 12:28

        Conclusão:

        Dinheiro do Tesouro direto para pessoas que vão comprar bens de consumo não essenciais e que não vão pagar. A conta fica na mão do contribuinte (mais impostos) e da sociedade (inflação).
        “Para toda pessoa que ganha sem trabalhar há uma pessoa trabalhando sem ganhar. “

        • Reply Vilmar 6 de outubro de 2013 at 15:54

          Definição perfeita, chega de bolsa esmolismo, República assistencialista e sindicalista.

          • CA 6 de outubro de 2013 at 21:56

            Enquanto isto, veja a estratégia patética do Governo para tentar enganar, fazendo de conta que está preocupado com o superávit…

            “http://veja.abril.com.br/noticia/economia/depositos-judiciais-reforcam-caixa-do-governo-federal

            “O governo federal corre atrás de reforço de caixa para evitar a deterioração das contas públicas e o consequente rebaixamento da nota de risco do Brasil pelas agências de classificação de risco. Com esse problema iminente, o governo encontrou mais uma de suas soluções mágicas para “tapear” o saco furado das contas públicas: os depósitos judiciais.”

  • Reply CA 6 de outubro de 2013 at 12:05

    Segue mais uma…

    A bolha imobiliária chegou aos cadernos de literatura. Vejam um dos parágrafos desta matéria sobre o novo livro do Rubem Fonseca:
    “E a mistura de referências eruditas e pop, e mesmo de autorreferências: ‘O matador de corretores’, por exemplo, pode ser lido como uma versão para o Rio de Janeiro em tempos de bolha imobiliária do célebre conto ‘Passeio noturno’, de ‘Feliz ano novo’, em que um homem descarrega suas frustrações atropelando transeuntes de madrugada.”
    “http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2013/10/05/rubem-fonseca-marca-50-anos-de-carreira-com-novo-livro-de-contos-511204.asp

  • Reply CA 5 de outubro de 2013 at 15:24

    Juros futuros fecham estáveis, à espera do Copom

    Valor OnLine

    Após dois pregões de giro elevado, o mercado de juros futuros trabalhou em ritmo lento hoje. A expectativa para a reunião do Copom ? aliada ao impasse político em torno do problema fiscal nos Estados Unidos ? deixou os investidores na defensiva. Em uma sessão de liquidez muito reduzida, as taxas dos principais contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) sofreram oscilações modestas.

    O contrato DI para janeiro de 2014 fechou com taxa de 9,396% (ante 9,38% ontem). O DI janeiro/2015 era negociado a 10,13% (ante 10,17%). Entre os longos, DI janeiro/2017 tinha taxa de 11,30% (ante 11,28% na quinta-feira).

    As declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, hoje em Portugal soaram como anticlímax. Na quarta-feira, o mercado depreendeu de fala de Tombini, em Londres, que o BC buscaria o centro da meta (4,5%) até meados de 2014. Ontem, Tombini trouxe um tom conciliador. Disse que houve progresso no combate à inflação e que o BC esperaria para definir seus próximos passos.

    Hoje, em encontro de BCs de países de língua portuguesa, saiu-se com um discurso protocolar: ‘A inflação está dentro do intervalo de tolerância, mas acima do centro da meta. Nessas circunstâncias, o Banco Central iniciou , em abril, o ajuste das condições monetárias, visando colocar a inflação em declínio [processo já em curso] e assegurar que a tendência persista até o próximo ano’.

    Sem nada de novo, as tesourarias não se animaram a especular. Espera-se o comunicado da decisão na próxima semana, que pode fornecer uma luz para solucionar duas dúvidas: a Selic chegará a um dígito este ano? O aperto monetário prossegue no início de 2014?

    De 40 economistas ouvidos pelo Valor, 27 apostam que a Selic não bate em 10% no fim do ano. Na BM&F, a aposta majoritária dos investidores é de que teremos juros de dois dígitos. Tudo depende do comunicado do Copom.

  • Reply CA 5 de outubro de 2013 at 15:04

    Artigo interessante sobre diferentes momentos e expectativas quanto a capacidade de reação da economia brasileira frente a uma nova crise internacional, que é possível, mesmo que não provável. Cada vez mais o Mantega vai ter que rezar pelos EUA não fazerem algo errado e junto com eles, o segmento imobiliário que está “na corda bamba”…

    “http://g1.globo.com/platb/thaisheredia/

    Os EUA e nós – o risco deles e o nosso

    sex, 04/10/13

    por Thais Herédia |

    categoria Banco Central, Estados Unidos

    O improvável não é impossível. A crise de governabilidade dos Estados Unidos está conseguindo piorar e aumentar a incerteza sobre um desfecho mais rápido para o impasse. Os americanos têm o cofre mais rico do mundo mas os políticos trocaram sua chave e estão tentados a jogá-la no rio Potomac.

    A semana termina com o país sob o “shutdown” do governo federal e com a ameaça de que o Congresso não chegue a um acordo para a aprovação do aumento do teto da dívida pública americana até o dia 17 deste mês. Sem esse acordo, o caixa dos EUA fecha para o pagamento dos juros da dívida – o que chamamos em bom português de calote.

    O Tesouro dos EUA não quis saber de refresco. Num relatório publicado nesta quinta-feira (03), chamou de “catastróficos” os efeitos desse evento inédito na história do país, podendo gerar “uma crise financeira e recessão que ecoariam os eventos de 2008 ou seriam ainda piores”.

    E o Brasil?

    Bem, o Brasil está lidando com seus próprios impasses, num contexto bem diferente de como estávamos na crise de 2008. Em abril daquele ano, a economia brasileira foi finalmente promovida ao “grau de investimento” pelas agências de risco, elevando o país a uma condição especial diante dos investidores. Viramos a “bola da vez” enquanto o resto do mundo se segurava pelas pontas.

    Agora, esse mesmo “grau de risco” está sendo revisado – para baixo. Duas das maiores agências de “rating” do mercado mudaram sua avaliação sobre o país e a ameaça de um rebaixamento paira no ar. O crescimento da economia patina, a inflação está mais alta, as condições das contas públicas se deterioraram, a confiança piorou e o investidor está muito mais inseguro.

    Se os EUA entrarem em colapso (o que ainda é bastante improvável, apesar de possível) o Brasil vai sentir bem mais do que a “marolinha” de 2008. O governo tenta aumentar a rede de segurança sob o país tentando convencer os investidores de que ainda vale muito a pena acreditar na potência brasileira.

    A margem de manobra está mais curta. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima semana e deve elevar os juros para 9,5% ao ano para controlar a inflação. O superávit primário – poupança para o pagamento do serviço da dívida pública – foi o menor para os meses de agosto há 17 anos. A balança comercial registra superávit ruim e enfraquece as contas externas brasileiras.

    A memória do trauma de 2008 na economia internacional ainda está muito fresca para aguentar uma nova trombada. Para nós, a memória do passado recente até que é boa. É a realidade atual que machuca e fragiliza o Brasil.

  • Reply CA 5 de outubro de 2013 at 14:55

    Um exemplo dos resultados para empresas públicas quando temos excesso de intervencionismo e de porque isto se reflete tão negativamente para investidores:

    “http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2013/06/vale-lidera-perda-em-valor-de-mercado-no-semestre-diz-consultoria.html

  • Reply CA 5 de outubro de 2013 at 14:48

    Esta notícia dá a dimensão da falta de dinheiro do Governo: até a restituição do imposto de renda, que seria para as pessoas gastarem e fazerem a economia andar, está “a conta gotas”…

    “http://g1.globo.com/economia/imposto-de-renda/2013/noticia/2013/10/31-milhoes-de-pessoas-menos-recebem-restituicao-do-ir-ate-outubro.html

  • Reply CA 5 de outubro de 2013 at 14:43

    Segue notícia interessante:

    “http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2013/10/captacao-da-poupanca-bate-recorde-para-setembro-e-na-parcial-do-ano.html

  • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 15:48

    Impressionante, não é?

    Se juntarmos as informações recentes, sobre o superávit, desempenho do segmento automotivo, redução do crescimento esperado para o PIB, endividamento das famílias batendo recorde, aumento relevante em número de falências solicitadas, diminuição do rating do Brasil pela Moody´s e depois pela mesma agência quanto a nossos bancos e Petrobrás, inflação dos supermercados em 19%, inadimplência da CEF no MCMV1 em 20%, inadimplência absurda quanto a IPVA em vários Estados, etc, etc, etc, chegaremos a conclusão que estamos no caminho para uma crise, de acordo com cenários esperados quando de uma bolha imobiliária.

    Agregarei mais notícias logo abaixo…

    • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 15:58

      Mais uma demonstração de como o Brasil tem sido visto lá fora (tirar “aspas” antes):

      “http://www.economist.com/news/leaders/21586833-stagnant-economy-bloated-state-and-mass-protests-mean-dilma-rousseff-must-change-course-has

      • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 16:12

        Mais um artigo relacionado com o assunto (tirar “aspas” antes do link):

        “http://www1.folha.uol.com.br/colunas/carodinheiro/2013/09/1345449-mercado-imobiliario-americano-afeta-economia-brasileira.shtml

        • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 16:35

          Se agora não está fácil, imagina depois…

          “As saídas de dólares do país superam as entradas, gerando saldo negativo do fluxo cambial em 2013 de US$ 335 milhões, até a última sexta-feira (27) de setembro.”

          Segue o link (tirar “aspas” antes):

          “http://www.dci.com.br/politica-economica/setembro-registra-fluxo-cambial-negativo-ate-o-dia-27-id366633.html

      • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 16:51

        Ainda sobre a “confiança” no Brasil e em suas principais empresas…

        Agência de risco rebaixa nota da Petrobras
        Moody’s rebaixou a nota de “A3? para “Baa1?, de qualidade alta para média.
        Agência diz que a motivação foi a alta alavancagem da empresa.

        A agência de risco Moody’s rebaixou a nota da Petrobras de “A3? para “Baa1?, tirando a empresa na escala de grau de investimento e baixo risco para a de qualidade média.
        A redução, segundo a Moody’s, reflete a alta alavancagem e a expectativa de que a empresa continue com fluxo de caixa negativo nos próximos anos , à medida que conduz seu programa de investimentos. A perspectiva permanece negativa.
        “Não vemos ímpeto para uma elevação de rating do curto para médio prazo. No longo prazo, o rating poderia ser elevado com a entrega de produção crescente e rentável e crescimento de reservas, com declínio no perfil de alavancagem, em conjunto com um rating mais elevado para os títulos da dívida do governo brasileiro”, diz a nota da Moody’s

        Link (tirar “aspas” antes):

        “http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/10/agencia-de-risco-rebaixa-nota-da-petrobras.html

      • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 16:56

        Aqui, rebaixamento do rating da dívida pública brasileira pela Moody´s, em função da nossa contabilidade criativa, que inclui relações “incestuosas” entre BNDES, Tesouro e CEF…

        “http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/10/4/cartao-amarelo

        Autor(es): Celso Ming

        O Estado de S. Paulo – 04/10/2013

        São cada vez mais insistentes os sinais da deterioração das contas públicas do governo Dilma. E essa condição está sendo percebida pelo credor do Brasil.

        Em junho, a Standard & Poor”s, uma das três maiores agências mundiais de classificação de risco, já havia colocado os títulos de dívida do Brasil em “perspectiva negativa”. Nesta quarta-feira foi a vez da Moody”s, outra dessas três, de advertir com uma “mudança de viés”, de positivo para neutro, da qualidade da dívida pública brasileira.

        Ainda não é o desastre que ocorreria se o nível de investimento da dívida brasileira fosse rebaixado para nível especulativo. É cartão amarelo. Mais uma advertência de que, mantido o atual ritmo de piora, mais cedo ou mais tarde isso pode ocorrer.

        As agências de classificação de risco encarregam-se de examinar para os credores a qualidade de um título que, em última análise, define a probabilidade de calote do devedor. É uma avaliação que, no caso das dívidas dos tesouros, implica uma apreciação das finanças públicas. O rebaixamento para o nível especulativo reduziria o mercado para os títulos brasileiros, na medida em que os investidores que, por lei ou por disposição estatutária, só podem manter em carteira títulos de baixo risco se desinteressariam dos títulos brasileiros. E a redução do mercado (menor procura) implicaria aumento dos juros e/ou do rendimento do título, portanto o encarecimento da dívida pública para o Tesouro, ou seja, em mais despesas públicas.

        A Moody”s justificou o rebaixamento da perspectiva da dívida brasileira com três considerações: (1) a proporção da dívida e do investimento em relação ao PIB está piorando; (2) o crescimento econômico do Brasil é baixo e continuará baixo; (3) a qualidade das estatísticas que dão conta do endividamento público está perdendo confiabilidade; e (4) o governo vai fazendo injeção direta de recursos do Tesouro nos bancos públicos. Também menciona que a dívida bruta está alta demais (60% do PIB), bem acima do que a de outros países que detêm o rating equivalente ao do Brasil.

        O Fundo Monetário Internacional também vem apontando discrepâncias metodológicas na contabilidade da dívida bruta, embora possa não estar falando o mesmo que a Moody”s.

        Tudo resumido, não é nada muito diferente do que já vinha sendo denunciado pelos analistas e até mesmo pelo Banco Central, antes do enquadramento de sua diretoria ao discurso do governo, cujas autoridades vêm negando essa deterioração.

        A piora das contas públicas brasileiras não é tudo. Não há nenhuma indicação de que a saúde fiscal possa melhorar. O crescimento econômico de 2013 ficará alguma coisa acima de 2,0% e o de 2014 não passará muito disso aí, conforme apontam as projeções do mercado divulgadas pelo Relatório Focus, do Banco Central. Isso significa que não se espera substancial melhora da arrecadação por conta do aumento da atividade econômica.

        Como nesta quinta-feira avisou o ex-ministro Delfim Netto, as condições financeiras da Previdência Social estão piorando. Também não se vê nenhum passo do governo em direção a acabar com a relação incestuosa entre o Tesouro, o BNDES e a Caixa Econômica Federal.

        Quem não anotou deve anotar: 2014 é ano eleitoral, o que historicamente tem levado prefeitos, governadores e governo federal a despejar ainda mais verbas públicas no mercado.

        CONFIRA:

        Acima, a variação das cotações do dólar no câmbio interno em setembro e nos primeiros dias de outubro.

        Recuo. O câmbio retornou ao patamar de R$ 2,20 por dólar. É uma queda de 9,8% a partir da cotação máxima de R$ 2,44, atingida dia 22 de agosto.

        Puxadores. Puxam o preço do dólar para baixo: o adiamento da reversão da política expansionista do Fed (o banco central norte-americano) e a falta de acordo entre governo e Congresso dos Estados Unidos sobre o teto da dívida.

        • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 16:59

          Mais uma para coleção, depois do rebaixamento da Petrobrás, da dívida brasileira, nesta os bancos…

          Moody’s reduz perspectiva de bancos brasileiros
          .
          .
          Decisão ocorre um dia após o rebaixamento da perspectiva da nota do governo do Brasil

          Marcelo Ribeiro Silva – Agência Estado

          “SÃO PAULO – A Moody”s anunciou nesta quinta-feira que revisou a perspectiva de rating de força financeira de banco autônomo de positiva para estável de três instituições financeiras brasileiras. Os bancos que tiveram a avaliação revisada foram o Bradesco, o Itaú Unibanco e Itaú BBA.
          A agência de classificação de risco também alterou de positiva para estável a perspectiva de rating de depósito de longo prazo em moeda local e de rating de dívida de oito bancos brasileiros: Bradesco, Itaú Unibanco, Itaú BBA, Itaú Unibanco Holding, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Safra e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).”

        • Reply CA 5 de outubro de 2013 at 15:20

          O mercado reage rápido a uma redução do rating, mas isto não é nada, comparado ao que vai acontecer quando o FED diminuir o QE…

          Aversão a risco após Moody’s faz dólar fechar em alta

          Valor OnLine

          O mau humor após a revisão do rating do Brasil e do rebaixamento da nota de risco de crédito da Petrobras predominou no mercado no último dia da semana levando o dólar a encerrar em alta de 0,36% a R$ 2,2110, em dia de volume financeiro baixo. Na semana, no entanto, a moeda americana encerrou em queda de 2,04%, acumulando ligeira desvalorização de 0,23% no mês. No ano, o dólar ainda sobe 8,22%.

          A saída mais acentuada de recursos no período da tarde levou a moeda americana a ampliar a alta perto do fechamento. O contrato futuro de dólar para novembro, no entanto, apresenta uma ligeira alta de 0,08%.

          Apesar disso, o fluxo no mercado de câmbio era positivo. Uma prova disso é o recuo de 6,25% do cupom cambial para dezembro, que representa a taxa de juros em dólar, que caía para 0,750%.

          Hoje o Banco Central rejeitou as propostas para o primeiro leilão de linha de dólar com compromisso de recompra, com vencimento previsto para 3 de dezembro deste ano. Já no segundo leilão, a taxa da operação de recompra saiu a R$ 2,345559, com vencimento previsto para 2 de julho de 2014. A operação total compreendia a colocação de até US$ 1 bilhão e faz parte do programa de intervenções diárias do BC, lançado em 22 de agosto.

          Segundo um operador de um banco estrangeiro, com o alívio da alta do dólar e a melhora do fluxo financeiro há uma demanda menor pela moeda americana principalmente para o curto prazo, havendo maior interesse, principalmente das empresas, por hedge com prazo mais longo. Desde o início do programa, o BC já vendeu US$ 6,685 bilhões por meio de linhas de dólar.

          O BC confirmou para segunda-feira a colocação de mais 10 mil contratos de swap cambial no mercado (que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro), que prevê a colocação de até US$ 500 milhões.

          No mercado externo, o dólar operava em queda frente às principais moedas emergentes diante do prolongamento da paralisação de alguns serviços federais nos Estados Unidos. O impasse em relação à aprovação do orçamento dos EUA para 2014 e das negociações em torno do aumento do teto da dívida americana aumentam as preocupações de que esses fatos poderão prejudicar a recuperação da economia americana e adiar a redução dos monetários por parte do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

          Com a queda do dólar para o patamar mais baixo em oito meses frente ao euro, alguns investidores vislumbraram uma oportunidade de compra da moeda americana, o que sustentava a alta do dólar frente à moeda da zona do euro. Dados mais fracos no Reino Unido também levavam a libra a operar em queda frente ao dólar.

          • CA 5 de outubro de 2013 at 17:18

            Mais um artigo interessante sobre a redução do rating pela Moody•s, veja a referência a CEF…

            A agência tem razão. Há muito artificialismo em tudo. O saldo de crédito concedido pelas instituições financeiras públicas disparou 28% nos últimos 12 meses até agosto. No mesmo período, o saldo dos bancos privados nacionais aumentou apenas 5,3% e o dos bancos estrangeiros subiu 7,3%. Há três problemas nessa diferença de ritmo. Primeiro, os bancos públicos estão sendo empurrados para emprestar mais. Segundo, eles receberam aportes diretos do Tesouro. Terceiro, a pouca transparência sobre os custos das operações de crédito com grandes empresas. Quando elas entram em dificuldades, como acontece com o Grupo X, o contribuinte não tem o conforto da informação exata sobre quanto o governo está perdendo.
            A Moody’s disse que alguns fatos que justificavam a perspectiva positiva do Brasil desapareceram. A taxa de investimento de 20,2%, em 2010, caiu para 17,6%, agora. Normalmente, países que têm a mesma nota que o Brasil têm taxas de investimento de 23,8%, em média. Na dívida bruta, os países com a mesma nota têm em média 45% do PIB e o Brasil está perto de 60%.
            A agência empilhou inegáveis indicadores. Goste-se delas ou não, os números estão de fato ficando mais feios. E uma mudança de nota — que pode acontecer no futuro — pioraria a situação do Brasil, da Petrobras e de outras empresas.

    • Reply Vilmar 5 de outubro de 2013 at 01:45

      Sim, impressionante mesmo a incompetência da atual gestão do Brasil!!!!

  • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 08:09

    A FOLHA
    04/10/2013 – 03h00
    Fragilidade externa do Brasil já está evidente, diz economista
    Um dos economistas mais conectados com o dia a dia das empresas, José Roberto Mendonça de Barros faz um alerta: o Brasil voltou a ser um país “frágil” por causa do expressivo deficit em conta-corrente. “É isso que pressiona o real e evidencia a nossa fragilidade externa.”
    Ele não prevê crise cambial, por causa das reservas internacionais, mas está preocupado com a mudança de percepção do mercado, que incluiu o Brasil no grupo “cinco países frágeis”, junto com Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia.
    Mendonça de Barros, que foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e hoje é sócio da MB Associados, lembra a frase do ex-ministro Mario Henrique Simonsen: “A inflação incomoda, mas o câmbio mata”.
    (…)

  • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 07:01

    Ao contrário, depois da notícia sobre o uso de FGTS p/ imóveis de até R$ 750 mil, as Ações até valorizaram no dia seguinte, o resultado acima ainda reflete esta melhoria…

    Já faz tempo que o índice IMOB está bem abaixo do IBOVESPA, por isto que falaram na redução de participação de 10% p/ 3%. O mercado financeiro já precificou faz tempo a bolha imobiliária, mas quando ela ficar realmente escancarada, dai veremos o “efeito OGX” em várias construtoras…

    • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 07:05

      A variação do dia foi só um ajuste após a euforia infundada e meramente especulativa em torno dos “R$ 750 mil”, não vi nenhuma bomba nova, ainda…

      • Reply Vilmar 4 de outubro de 2013 at 12:11

        E mais esta “euforia” agora, veja só:

         

        Edição do dia 04/10/2013
        04/10/2013 09h44 – Atualizado em 04/10/2013 09h44
        Valor dos imóveis na capital paulista sobe 10%, sem sinal de baixa
        Em cinco anos, os imóveis em São Paulo tiveram valorização de 185%.
        Lançamentos aumentaram quase 40% de janeiro a agosto deste ano.
        http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/10/valor-dos-imoveis-na-capital-paulista-sobe-10-sem-sinal-de-baixa.html

        • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 16:15

          Pois é, conforme o tópico, a prefeitura de São Paulo ajudou bastante na especulação imobiliária, tanto no Centro como na Barra Funda, mas parece que além deles esperarem um “retorno” antes das próximas eleições, eles também encontraram um outro “pote de ouro” no final do arco-iris, ver abaixo (tirar “aspas” antes):

          “http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,138-milhao-de-imoveis-paulistanos-vao-ter-o-maior-aumento-de-iptu-em-2014,1081750,0.htm

        • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 16:19

          Até a “cracolândia” ficou “super-valorizada”,afinal, como especulador não vai morar no lugar que compra, ele nunca se preocupa com “detalhes” sobre a vizinhança…

          Ver link abaixo (tirar “aspas” antes):

          “http://www.hojeemdia.com.br/noticias/preco-do-metro-quadrado-sobe-135-na-cracolandia-em-sp-1.177076

        • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 16:23

          E veja como é “lucrativo” comprar um imóvel para alugar…

          TR para 03/11/2013 = 0,0846

          Poupança = 0,5850
          Retorno Aluguel segundo Finge-Zap SP: 0,46
          Retorno Aluguel segundo Finge-Zap RJ: 0,38

          “http://www.fipe.org.br/web/indices/fipezap/reseases/Índice%20FipeZAP%20-%20Divulgação%20201309.pdf

          Gráfico 7
          Rentabilidade mensal do aluguel* em São Paulo e no Rio de Janeiro

        • Reply CA 4 de outubro de 2013 at 16:27

          Acho que a euforia deles é porque estão conseguindo produzir imóveis ainda menores, veja link abaixo (tirar “aspas” antes):

          “http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/10/04/inspirada-em-toquio-construtora-lanca-apartamento-de-19m-em-sao-paulo.htm

          OBS: o pessoal do SECOVI SP vai dizer que isto é para atender a demanda da população da cidade, tudo que as pessoas querem é poder morar num imóvel “confortável” como este…

  • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 18:44

    Queda nas vendas leva construtoras a reduzir o ritmo; em Salvador situação é preocupante – Bahia Toda Hora (tirar “aspas” antes do link):

    “Fonte: http://www.bahiatodahora.com.br/destaques-esquerda/noticia_destaque2/queda-nas-vendas-leva-construtoras-a-reduzir-o-ritmo-em-salvador-situacao-e-preocupante

    Com a queda nas vendas de imóveis novos nos últimos dois anos, as construtoras reduziram o número de lançamentos. Mesmo assim, sobram ofertas. Uma pesquisa feita pela Geoimovel/Jornal da Globo mostra que, em nove capitais e no Distrito Federal, o número de unidades recém-construídas e não vendidas – os chamados estoques imobiliários – cresceu muito nos últimos cinco anos.

    A situação é mais preocupante em Salvador onde existem 6.295 e Curitiba com 7.985 novos apartamentos em oferta. Na capital baiana, se a indústria da construção civil parasse de construir hoje, seriam necessários dois anos para vender o estoque. O cenário é idêntico em Curitiba.

    A alta dos estoques de imóveis levou algumas empresas a criar novas estratégias de comercialização. Um apartamento decorado a venda, por exemplo, pode ser de um empreendimento lançado há 10 meses.

    As unidades que não foram vendidas no prazo esperado pela construtora acabaram repassadas a uma imobiliária, que agora oferece os apartamentos com uma baixa no preço. O desconto pode chegar em alguns casos, em apartamento de alto padrão até 40%.

    “A oferta está grande e as incorporadoras têm interesse em acabar com seus estoques. Este é o momento para o consumidor pedir desconto, barganhar e fazer valer o seu dinheiro”, diz Celso Amaral, diretor da Geoimovel.

    Na cidade de São Paulo, por exemplo, em 2008, praticamente todos os imóveis lançados tiveram compradores. Neste ano, as vendas chegaram até agora a 68%. Resultado: há mais de 19 mil apartamentos novos esperando por compradores.

    Desemprego – Em um ano, a construção civil perdeu 27 mil postos de trabalho na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o que representou uma redução de 14% no volume total de empregos mantidos pela atividade.

    O setor, que empregava 192 mil pessoas em agosto de 2012, chegou ao mês passado com 165 mil postos de trabalho, de acordo com a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada na quinta-feira (26).

    A retração da atividade é apontada como a principal responsável para o aumento do desemprego em Salvador e região metropolitana. A taxa atingiu, em agosto passado, 9,4% da população economicamente ativa. No mesmo mês de 2012, o índice foi de 6,4%. Esta alta é considerada significativa pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), autor da pesquisa.

  • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 18:34

    Aumento do teto para financiamento com FGTS atinge só 0,3% dos cotistas

    O aumento do teto de financiamento imobiliário do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) pode provocar uma elevação entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão nos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ao longo de um ano, segundo fontes da área econômica. Esse impacto ocorreria caso todos os cotistas que tivessem renda suficiente para adquirir um imóvel de até R$ 750 mil resolvessem solicitar o resgate do dinheiro para realizar o sonho da casa própria.

    Leia mais em (tirar “aspas” antes):

    “http://www.valor.com.br/brasil/3290832/aumento-do-teto-para-financiamento-com-fgts-atinge-03-dos-cotistas#ixzz2gZ5UE19o

  • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 18:22

    Artigo interessante (tirar “aspas” antes do link):

    “http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/131877-os-frutos-do-descaso.shtml”

    Alexandre Schwartsman

    Os frutos do descaso

    Crescimento mais rápido da economia de 2003 a 2010 não poderia ser mantido sem causar desequilíbrios
    Deu muito o que falar a mais recente capa da “Economist”: depois da famosa foto do Cristo Redentor decolando como um foguete, símbolo de um país que parecia finalmente se reencontrar com o crescimento, agora se vê um projétil sem rumo, mais uma oportunidade perdida. Fã que sou da revista, desta vez vou discordar dela, embora não da mesma forma que o governo brasileiro, cuja incapacidade para entender críticas atinge níveis lendários.

    Não creio que o Brasil estivesse de fato decolando naquele momento; na verdade, nosso pífio desempenho nos últimos anos é um reencontro, mas com a dura realidade: o crescimento brasileiro, ainda que visivelmente mais rápido entre 2003 e 2010, nunca foi sustentável, no preciso sentido de poder ser mantido indefinidamente sem causar desequilíbrios, tanto internos quanto externos.

    De fato, ao decompor a expansão do PIB entre o aumento do emprego e a elevação do produto por trabalhador, não há como evitar uma triste conclusão: a maior parcela do nosso crescimento não resultou de fazermos mais coisas com os mesmo recursos, mas, sim, de empregarmos mais recursos para fazer as mesmas coisas.

    Soa um tanto abstrato, mas alguns números podem ajudar. Entre 2003 e 2013, o PIB cresceu, em média, 3,8% ao ano; destes, 2,3% resultaram do aumento do emprego e apenas 1,4% da maior produtividade. E o que é pior: nos últimos anos a contribuição da produtividade tem sido decrescente. Mesmo se desconsiderarmos as flutuações cíclicas, menos de 30% do crescimento do PIB dos últimos três ou quatro anos advém do aumento do produto por trabalhador. Trata-se de expansão baseada na força bruta.

    O esforço reformista no Brasil, que se manteve até o começo de 2006, trouxe frutos, mas estes parecem ter durado apenas até 2009, quando a contribuição do aumento da produtividade representou um impulso da ordem de 1,7% ao ano para o PIB (ante 2,4% ao ano advindos do emprego).

    Já nos últimos 12 trimestres até metade de 2013, a contribuição da produtividade se reduziu para 0,9% ao ano, enquanto a do emprego caiu para 2,2% ao ano.

    Não é preciso um salto de imaginação para entender os entraves a este processo. A população em idade ativa (PIA) cresce cerca de 1% ao ano, o que implica limites muito claros à continuidade de uma estratégia que se ampare principalmente no aumento do emprego para a expansão do produto. Funciona bem quando a taxa de desemprego é alta, como era no começo do século, mas não pode ser mantida indefinidamente.

    Já a produtividade, com boa vontade, tem crescido de 1% a 1,5% ao ano, o que significa que nossa velocidade de cruzeiro, dada a expansão da PIA, não pode ser muito diferente de 2% a 2,5% ao ano.

    O que a “Economist” entendeu como um fracasso, em face de um crescimento mais vigoroso durante alguns anos, é apenas o reconhecimento dos limites existentes ao aumento do produto.

    Como tenho insistido, não é esta a percepção que prevalece no governo (o que não chega a ser surpreendente, dada sua imunidade às críticas). Pelo contrário, todo arranjo de política econômica sugere que a visão oficial acerca da desaceleração é que se trata de fenômeno passageiro, resultado da crise externa, e que pode ser combatida com aumento do gasto e do crédito.

    O resultado é um descompasso crescente entre a demanda (anabolizada pelo governo) e a capacidade limitada de resposta do setor produtivo. Do lado dos produtos que não podem ser facilmente importados e exportados, isto implica pressões sobre preços, expressas na alta inflação de serviços. Já no que se refere aos produtos que podem ser comercializados, resulta em piora das contas externas, também visível nos números mais recentes.

    Concluindo, nossa chance já havia sido perdida antes de 2009, quando, embalados pelo aumento extraordinário dos preços de commodities, decretamos o fim prematuro do esforço reformista. Colhemos agora os frutos deste descaso.

    ALEXANDRE SCHWARTSMAN, 50, é doutor em economia pela Universidade da Califórnia (Berkeley), ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil, sócio-diretor da Schwartsman & Associados Consultoria Econômica e professor do Insper. Escreve às quartas nesta coluna.

  • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 18:16

    Esta reportagem é legal, demonstra porque a bolha imobiliária aqui foi mais intensa e os preços subiram muito mais em outros países, ver trecho em destaque abaixo (tirar “aspas” antes do link):

    “Brasil é único país em que Montblanc vende caneta de luxo em 10 prestações
    “http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/10/02/brasil-e-unico-pais-em-que-montblanc-vende-caneta-de-luxo-em-10-prestacoes.htm

    Os consumidores do mercado de luxo do Brasil estão no foco da grife europeia Montblanc. A empresa está inaugurando novas lojas e reduzindo as margens de lucro cobradas sobre seus produtos. O país também é o único em que a empresa oferece, aos clientes, a possibilidade de eles parcelarem suas compras em até dez vezes sem juros.

    “O parcelamento é uma estratégia usada exclusivamente no Brasil, porque essa é a regra do jogo aqui. Quem não oferecer parcelamento não vende nada, mesmo que seja um produto de luxo. Essa situação é única no mundo“, diz Alain dos Santos, diretor-geral da Montblanc Brasil.

  • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 18:14

    Quanto as expectativas relacionadas à Economia:

    “Intenção de compra no varejo no 4º tri tem pior resultado em 7 anos
    Segundo a pesquisa, somente 46,8% dos paulistanos pretendem adquirir um bem durável no 4º trimestre

    SÃO PAULO – O quarto trimestre deve apresentar fraco desempenho para as compras no varejo de acordo com levantamento do Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA) em parceria com a Felisoni Consultores Associados. Divulgada nesta terça-feira, a pesquisa mostrou que somente 46,8% dos paulistanos pretendem adquirir um bem durável entre os meses de outubro e dezembro deste ano. Segundo o levantamento, a expectativa de compra para o período, que inclui o Dia das Crianças e o Natal, é a mais baixa registrada no quarto trimestre dos últimos sete anos.

    O índice ficou 3,6 pontos porcentuais menor do que o registrado do terceiro trimestre de 2013 (50,4%) e 9,2 p.p. abaixo do quarto trimestre do ano passado (56%).

    De acordo com Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do Provar/FIA, um conjunto de fatores reduzirão as vendas de final de ano. “Trata-se de um conjunto de fatores combinados: a massa real de salários, o volume de crédito no mercado, a taxa de juros, inflação, o comprometimento de renda e a inadimplência têm afetado muito o ânimo de compra. Assim, a tendência é de forte desaceleração do consumo, mesmo com os incentivos de final do ano como datas sazonais e pagamento do 13º salário”, explicou.

    Apesar da desaceleração, as vendas no varejo devem fechar o ano com crescimento, ainda que com um ritmo menor. Em 2013 a expectativa é de um aumento de 4% em relação ao ano passado, queda de 3,8 pontos porcentuais em relação ao crescimento de 7,8% em 2012 ante 2011.

    A amostra, feita com 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compras e gastos em relação a diversas categorias, além da utilização do crédito nas compras de bens duráveis.”

    ESTADÃO

  • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 18:03

    14:48 FITCH REBAIXA RATING DA ROSSI PARA BBB+(BRA), COM PERSPECTIVA NEGATIVA

    São Paulo, 02/10/2013 – A agência de classificação de risco Fitch rebaixou hoje o rating nacional
    de longo prazo da incorporadora Rossi Residencial de A(bra) para BBB+(bra). Além disso, a
    perspectiva do rating caiu de estável para negativa.
    Segundo a Fitch explicou em comunicado divulgado há pouco, o rebaixamento do rating reflete o
    enfraquecimento dos indicadores de crédito da Rossi e as pressões de refinanciamento da dívida
    corporativa a curto prazo.
    A companhia possui R$ 2,1 bilhões de dívida com vencimento até dezembro de 2014, dos quais
    cerca de R$ 1,2 bilhão se refere à dívida corporativa, cujas taxas são mais elevadas do que nos
    empréstimos para financiamento à produção. Em 2015, as amortizações da dívida totalizam R$
    841 milhões, sendo R$ 315 milhões relacionados à dívida corporativa.
    Pelas contas da agência, o caixa não restrito da incorporadora, no montante de R$ 778 milhões,
    cobria em apenas 0,6 vez a dívida corporativa com vencimento até dezembro de 2014.
    A Fitch apontou também que o processo de repasse dos recebíveis da Rossi aos bancos, os
    atrasos nas obras e o maior volume de cancelamentos de vendas afetaram a geração de caixa
    da companhia, de modo que o fluxo de caixa das operações deve se tornar positivo somente em
    2014.
    Em paralelo, a alavancagem (relação entre dívida e patrimônio líquido) da Rossi ainda é
    considerada alta. No período de 12 meses encerrado em junho de 2013, a relação entre a dívida
    líquida ajustada e Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado,
    incluindo as despesas financeiras alocadas aos custos, foi de 22 vezes, bem acima da
    expectativa da Fitch e dos índices de 9,7 vezes e de 6,2 vezes reportados em 2012 e 2011,
    respectivamente.
    A agência não espera a redução da dívida ou que as margens operacionais da empresa se
    elevem significativamente neste ano, mas acredita que poderá ocorrer alguma melhora em 2014,
    conforme os projetos com margens menores sejam concluídos.
    Perspectivas
    A perspectiva negativa reflete os importantes desafios da Rossi em aumentar sua rentabilidade e
    reduzir o número de distratos e de estoques até o final de 2014, em um ambiente de demanda
    mais seletiva. Apesar de as margens operacionais terem mostrado alguma melhora no primeiro
    semestre de 2013, a companhia precisa demonstrar sua recuperação em bases mais
    2/Out/2013 14:48
    Pág. 2/2
    AE Broadcast – Proibida a reprodução sem prévia autorização
    Agência Estado – Av. Professor Celestino Bourroul, 68 CEP 02710-000-São Paulo-SP
    Central de Atendimento 0800 011 3000
    sustentáveis, argumentou a agência no comunicado.
    A Rossi também enfrenta o desafio de alongar o perfil de amortização de sua dívida e de
    preservar uma estrutura de capital mais conservadora. A Fitch incorporou na análise as tratativas
    em andamento para alongar parte da dívida com vencimento em 2014, o que minimiza, em parte,
    o risco de refinanciamento. A realização de venda de ativos, em volumes significativos, também
    poderá beneficiar a liquidez da companhia. Ontem, por exemplo, a Rossi anunciou a celebração
    de contrato para venda de sua participação no North Shopping Jóquei, em Fortaleza, por R$ 80
    milhões.
    A agência alerta, porém, que caso a empresa não obtenha sucesso na rolagem da dívida a curto
    prazo, o rating deverá ser novamente rebaixado.

    • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 18:07

      A Rossi, ao que tudo indica, está indo pelo mesmo caminho da PDG e Viver, se desfazendo dos Ativos e vendendo para concorrentes, para TENTAR sobreviver… Acho até que fizeram uma boa escolha sobre qual Ativo se livrar (participação em Shopping), afinal a bolha imobiliária dos imóveis comerciais é a que está mais escancarada e nem o pessoal do segmento imobiilário, com toda a sua capacidade de maquiar a realidade, tem conseguido disfarçar…

      Apesar da Rossi ter tido uma capitalização, reduzido muito seus custos e de não ter tido um resultado negativo no 2T2013, o endividamento ficou muito acima do target. Outro problema, como para demais que estão “super-endividadas”, é que a redução de estoques também foi pequena e a proporção de estoque sobre vendas ainda é muito elevada. Sobre o endividamento não chegar mais no target, colocaram a culpa na demora para obtenção de habite-se, mas na verdade, estão muito enrolados com os distratos (principalmente os de Brasilia) e mesmo dando descontos para reduzir distratos, minha perspectiva é que o resultado deles seja negativo neste 3T2013.

      A Rossi, assim como outras, na divulgação dos resultados do 2T2013, prometeu melhorar a relação de endividamento versus patrimônio a partir de 2.014, assim como ouvimos que o Governo auxiliaria o setor no ano que vem. Será que contam com aumento de prazo do financiamento para 40 anos ou outra medida apelativa para atrasar estouro da bolha?

      O grande problema, no caso da Rossi e outras que tem um endividamento monstruoso neste momento, é que, quando você tem dívidas maiores que todo o patrimônio e é obrigado a dar muitos descontos para se livrar dos encalhes e para piorar, não tem caixa para aumentar lançamentos, não vale a pena aumentar lançamentos porque não conseguira escoá-los e junto com tudo isto, tem alto volume de distratos e as expectativas mais REALISTAS são de redução de preços de imóveis no futuro, acaba não sobrando nenhuma esperança de recuperação.

      Apesar de bancos, construtoras, Governo, imobiliárias, especuladores, imprensa, etc., tentarem fazer barulho inventando estórinhas patéticas (vide o “Boom de vendas de 1 dormitório, a nova TENDÊNCIA de São Paulo”), a verdade está se escancarando cada vez mais, seja pelos resultados das construtoras, a visibilidade dos encalhes no País inteiro (ver tabela do tópico), o desespero visível de corretores, a apelação dos R$ 750 mil, a ameça dos 40 anos de financiamento e assim vai.

      Qualquer pessoa um pouco mais atenta vai começar a perceber que se eles estão em desespero, é porque o que eles estão divulgando não corresponde a realidade e daí quando forem buscar informações sobre a REALIDADE, a coisa vai “desandar” ainda mais. Aliás, as pessoas já estão buscando esta informação sobre a REALIDADE na Internet, é só ver o resultado do Google Trends para “bolha imobiliária” e o pico a partir de Set/2013.

      • Reply Vilmar 2 de outubro de 2013 at 18:51

        Será que o governo e criatividade das “destrutoras” conseguirão evitar uma quebradeira generalizada antes de outubro/2014, eleições???

        • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 19:03

          Boa pergunta!

          Eles já começaram a gastar cartuchos um ano antes, uma hora a munição acaba.

          Quebradeira generalizada não sei, mas que uma ou duas devem quebrar em menos de 1 ano, isto é altamente provável…

          • Vilmar 2 de outubro de 2013 at 19:07

            Vamos “torcer” rsrsr.
            Outro dia tínhamos falado da nova possível “bolha” a dos kitnets.
            Pior que já existe este novo boom, só que hoje em dia mudou de nome, e ficaram bem menores que aqueles “kitões” antigos de até 100 m2, hoje em dia eles se chama “studio”, são mero cumbículos a preço de ouro, “dando” bastante infra pro condômino(claro, isto via um condomínio bem caro).
            Me parece que os cartuchos acabaram mesmo. Eu não creio em “too big to fail” nas “destrutoras” brasileiras. Meu palpite.

  • Reply Vilmar 2 de outubro de 2013 at 10:52

    São Paulo ensaia um novo boom de venda de imóveis
    http://folha.com/no1350470
    via @folha_com

  • Reply Pedro 2 de outubro de 2013 at 07:51

    Como vc avalia a matéria sobre o suposto novo boom de SP vendendo apartamentos de 1q no lançamento?

    • Reply Vilmar 2 de outubro de 2013 at 10:42

      Isto já foi amplamente discutido por aqui, só ler comentários anteriores… em suma, desespero do setor, pois imóveis de tamanho maior por estar mais caros, muito mais caros, encalharam….então o novo apelo é este apartamentinhos em locais bem localizados por preço de ouro.
      Uma hora a farra acaba. Talvez ainda tenha o boom do kitnet, rsrsrsr.

    • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 17:55

      Pedro,

      Obrigado pela participação!

      Complementando a resposta do Vilmar, tem muito a ver com a especulação relacionada a “revitalização do centro de São Paulo”, ação orquestrada entre Prefeitura, Construtoras, Especuladores e Imprensa.

      Observe que o grande crescimento de vendas diz respeito a imóveis de 1 dormitório na região do centro expandido e em especial, no próprio centro, com aquelas ocorrências típicas de venda pré-combinada para especulador, com “venda integral” em menos de 24 horas… Propaganda da prefeitura sobre a “revitalização” ocorrendo de forma sincronizada…

      Outro ponto: investidores perderam a opção do imóvel comercial, onde a bolha imobiliária já está escancarada, daí eles optaram por focar na especulação com imóveis de 1 dormitório. Aliás, o próprio SECOVI admitiu isto em seu relatório oficial.

      Se olharmos os dados históricos, que constam no tópico, não faz nenhum sentido a dimensão do crescimento dos imóveis de 1 dormitório, mesmo pensando nos aumentos de pessoas sozinhas ou casais, segundo o PNAD, a variação foi mínima, esta é só uma “aposta maluca” feita no desespero e que significa que estão cavando um buraco cada vez mais fundo para se enterrarem…

      • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 17:58

        Corrigindo e complementando: não só especulando para vender mais caro antes da entrega, mas também comprando 1 dormitório e contando que vai alugar fácil no futuro, para universitário, pessoas vindas de outros Estados, etc.

        Ainda assim, aposta muito maluca e sem embasamento, neste ponto, similar a bolha dos flats. É só ver que tivemos exodo de São Paulo na última década, muito mais migrantes que vieram para cá no passado que decidiram voltar neste período do que novos migrantes chegando aqui (postei notícia mais para cima).

  • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 06:50

    Mais uma das milhares de ocorrências que demonstram que temos imóveis em excesso no mercado:

    Boa Vista tem mais de 10 mil casas vazias ou sem moradia permanente
    Foto: Arquivo/Folha
    Muitos imóveis fechados, sem morador, estão à venda em Boa Vista
    RIBAMAR ROCHA
    O chefe do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas em Roraima (IBGE), Vicente Joaquim, disse que em Boa Vista existem 2.300 casas em condições de moradia, mas não estão ocupadas por moradores permanentes. Os números são do Censo de 2010 e ele considera o número espantoso. Outro número que Joaquim considerou alto, em relação ao tamanho de Boa Vista, foi o de domicílios vagos, com 8.247 casas sem ocupação.
    “São moradias de pessoas que ocupam o local apenas aos finais de semana ou esporadicamente. Os donos devem morar em sítios, chácaras e fazendas e mantém uma casa mobiliada na cidade”, disse.
    Quanto aos imóveis vazios, ele observa que essas casas ou estão para alugar ou para vender. “Isso é espantoso quando você relaciona esses números com o déficit habitacional, que é uma realidade, mas, no entanto, o que nós temos em Boa Vista são moradias precárias na periferia da cidade. São pessoas de baixa renda que não podem pagar aluguel que o mercado exige ou que não podem entrar numa linha de financiamento por que não têm renda e moram como podem”, analisou.
    Ele afirmou que essas pessoas moram, muitas vezes, com duas ou três famílias num mesmo espaço pequeno e sem condições dignas de moradia.
    De acordo com o Censo de 2010, Boa Vista apresentou 85.762 domicílios particulares permanentes. Ou seja, casas em condições de moradia. Destes, 75.074 estavam ocupados e aproximadamente dez mil casas estavam vagas.
    Destes pouco mais de 75 mil domicílios ocupados, 53 mil eram próprios e 16 mil alugados. Além de 6.113 domicílios que eram cedidos – onde o morador não era o dono e nem pagavam aluguel.
    “Isso mostra que o mercado de aluguéis em Boa Vista é pequeno e pode evidenciar a correria do mercado imobiliário para construir casas para alugar. Isso é uma realidade estatística de indicador social em relação aos domicílios”, afirmou.
    Vicente Joaquim falou de outro indicador importante, que segundo ele, coloca em confronto o número de famílias em relação aos domicílios em todo Estado, já que a pesquisa não é feita por municípios.
    Em todo Estado são 134 mil domicílios, enquanto o número de famílias é de 148 mil. O que se observa é que existe uma média de 14 mil famílias a mais que o número de casas.
    “No entanto, estamos considerando também as famílias residentes na área rural e algumas comunidades indígenas. Isso implica dizer que se tivéssemos os números de Boa Vista isso seria em torno de seis mil famílias que convivem juntas, de duas, três ou mais famílias, em um mesmo domicílio”.
    Joaquim afirmou que o IBGE não tem pesquisa que aponte os motivos dessas famílias dividirem o mesmo domicílio, mas apontou que algumas situações são de cultura familiar, como os indígenas, por exemplo, mas também pode apresentar necessidade financeira.
    “Assim como também pode ser necessidade. As famílias não têm dinheiro para pagar aluguel e acabam morando juntas. Ou até tem onde morar, mas prefere alugar e morar com os pais”, disse.

    Tirar “aspas” antes do link:
    “http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=159331

  • Reply CA 2 de outubro de 2013 at 06:46

    Este eh um exemplo típico de como a especulação pode se dar muito mal… Imóveis de mais de R$ milhões que poderão ter o novo Minhocao bem em frente:

    Obra do monotrilho de SP gera críticas; moradores temem degradação
    CÉSAR ROSATI
    EDUARDO GERAQUE
    DE SÃO PAULO
    O que antes era simulação de computador, agora virou realidade. O impacto visual das obras do monotrilho, que ocupa o horizonte das zonas leste e sul da cidade, incluindo áreas nobres, tem assustado os seus vizinhos.
    O governo trata a tecnologia –um trem com pneus que vai deslizar sobre trilhos de concreto a quase 20 metros de altura– como a nova era do sistema de transportes da Grande São Paulo.
    Mas a medida em que os imensos pilares avançam cresce também o número de paulistanos que desaprova o resultado urbanístico deles, comparando-o ao efeito produzido pelo Minhocão.
    O Metrô diz que não há motivo para preocupação e que a obra terá tratamento paisagístico com objetivo de formar um conjunto visual leve e com ares futuristas.
    Monotrilho ou novo Minhocão?
    Fabio Braga/Folhapress
    AnteriorPróxima
    Chamada de novo Minhocão, obra do monotrilho recebem críticas de moradores do Brooklin
    O monotrilho servirá primeiro aos moradores do zona leste, na avenida Luís Ignácio de Anhaia Mello, em janeiro.
    A chamada linha 15-prata vai começar a funcionar em um trecho curto, de 2,9 km, entre as regiões da Vila Prudente e do Oratório.
    Na zona sul, os trens começam a circular a partir do fim de 2014, se nada atrasar.
    A primeira fase da linha 17-ouro, de 7,7 km, vai ligar a marginal Pinheiros ao aeroporto de Congonhas.
    Os trilhos aéreos percorrerão o canteiro central da valorizada avenida Jornalista Roberto Marinho.
    Alguns moradores cogitam inclusive abandonar o lugar, alegando que o resultado final deverá ser diferente do apresentado em maquetes.
    A presidente da Associação de Amigos do Brooklin Novo, Cibele Sampaio, 70, é uma das críticas. “Está muito feio. Há a promessa de que seja feito um paisagismo, mas até agora nada”.
    No vizinho Campo Belo, o horizonte também tem mudado para pior, diz a maioria dos moradores ouvida pela reportagem.
    Lucilene Silva Souza, 42, classifica como “horrível” a linha 17-ouro. Segundo ela, que mora há 15 anos na região, o bairro não poderia ter uma paisagem como esta.
    “Quem vai querer pagar R$ 2 milhões [valor de alguns imóveis da região] em um apartamento de frente para o monotrilho. As obras mostram que será muito concreto e pouco verde”, disse.
    A invasão de privacidade também atormenta os vizinhos. Em ambas as obras, os passageiros vão poder observar áreas de lazer de condomínios. Segundo o Metrô, é considerado invasivo apenas um trem que passa a menos de 25 metros das janelas, e não da área de lazer.
    Quanto ao barulho, um alento. O equipamento da linha 15 é silencioso –ao menos o testado na pista da empresa Bombardier, no Canadá, em teste presenciado pela Folha em junho.
    Apesar das críticas serem predominantes, nem todos os moradores desaprovam o impacto visual do monotrilho. O presidente da Associação Pro Campo Belo, Oswaldo Caquetti, 70, é otimista.
    “A promessa é que o monotrilho se pareça com o que existe em Miami. As estações serão modernas, com elevadores. E embaixo haverá um monte de árvores. Não será um minhocão.”

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 18:28

    “http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,moodys-eleicoes-complicam-mudanca-em-bancos-publicos,166155,0.htm

    Moody’s: eleições complicam mudança em bancos públicos

    01 de outubro de 2013 | 14h 44

    Notícia

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    CYNTHIA DECLOEDT – Agencia Estado

    SÃO PAULO – A agência de classificação de risco Moody”s vê com restrição a capacidade de o governo brasileiro executar uma prometida migração do foco do crédito dos bancos públicos devido às eleições no ano que vem. “O discurso do governo é positivo, mas, na prática, efetuar essa mudança, pode se tornar complicada”, disse a analista sênior de crédito da Moody”s, Ceres Lisboa.

    Ceres explicou que os bancos públicos têm direcionado crédito para segmentos que não atraem o interesse, nesse momento, dos privados, como crédito pessoal, financiamento de veículos e para pequenas e médias empresas. Nesse sentido, a especialista sugeriu que o governo deva enfrentar dificuldade em migrar o foco das instituições financeiras estatais, justamente pelo risco de gerar uma lacuna em segmentos da sociedade que possam resultar em críticas próximo às eleições.

    A analista destacou ainda que o mecanismo adotado pelo governo de contrair dívida e repassar os recursos para os bancos públicos, também na forma de dívida, causa desconforto para a agência e justifica o rebaixamento dado recentemente à Caixa Econômica Federal e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    “Esses recursos tomados pelo governo entraram nos bancos públicos como instrumento de dívida, o que tornou a estrutura de capital dos mesmos mais vulnerável”, disse. Ela ressaltou o fato de as instituições estatais continuarem contribuindo com o governo de forma importante, com a distribuição de dividendos. “Portanto, é uma troca de riscos e essa circularidade preocupa”, afirmou.

    Ceres participou da 15ª Conferência Anual Moody”s América Latina nesta terça-feira, 01.

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 18:23

    Confiança da construção recua 4,6% no trimestre até setembro, diz FGV

    De 700 empresas consultadas, 24,6% avaliaram situação atual como boa.
    De 11 segmentos, seis apresentaram melhora na comparação tri anual.

    Da Reuters

    Comente agora

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 4,6% no trimestre encerrado em setembro na comparação com um ano antes, de acordo com a Sondagem Conjuntural da Construção divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (25). No trimestre até agosto, o índice havia recuado 4,7% na mesma comparação.

    “O resultado geral da pesquisa sinaliza um ritmo de atividade econômica moderado para o setor no terceiro trimestre de 2013?, apontou a FGV.

    O índice médio dos três meses até setembro ficou em 115,9 pontos, contra 121,5 pontos no mesmo período do ano anterior. No trimestre encerrado em agosto, o Índice de Confiança da Construção havia ficado em 116,2 pontos.

    O Índice da Situação Atual (ISA-CST) apresentou queda de 6,7%, contra variação negativa de 8,5% em agosto.

    Das 700 empresas consultadas, 24,6% avaliaram a situação atual como boa no trimestre até setembro, contra 27,2% no mesmo período do ano anterior. Já 17,3% das empresas consideraram que a situação está ruim, ante 10,1% em setembro de 2012.

    Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 2,8%, ante queda de 1,4% no mês anterior.

    A proporção de empresas prevendo melhora da situação no trimestre encerrado em setembro chegou a 37,7%, contra 40,9% no mesmo período em 2012.

    Dos 11 segmentos pesquisados, seis apresentaram melhora na comparação trimestral anual, sendo que o destaque foi Preparação do Terreno, com queda de 4,9% em setembro após recuo de 7% em agosto.

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 18:22

    Custo da construção sobe para 0,43% em setembro, diz FGV

    No ano, índice acumula variação de 7,18% e, em 12 meses, de 7,99%.
    Índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu para 0,91%.

    Do G1, em São Paulo

    1 comentário

    O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) subiu para 0,43% em setembro, acima do resultado de agosto, de 0,31%, divulga nesta quarta-feira (25) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

    No ano, o índice acumula variação de 7,18% e, nos últimos 12 meses, a taxa registrada é de 7,99%.

    O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu para 0,91%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,63%.

    O índice referente à mão de obra não variou, em setembro. No mês anterior, a taxa foi de 0,03%. A desaceleração foi consequência do fim dos reajustes salariais ocorrido em várias capitais.

    Materiais, Equipamentos e Serviços

    No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos registrou variação de 1,14%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,63%. Os quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, passando de 0,83% para 1,06%.

    A parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de 0,59% em agosto, para 0,04% em setembro. Neste grupo, vale destacar a desaceleração do subgrupo projetos, cuja variação passou de 1,52% para 0,23%.

    Capitais
    Seis capitais apresentaram aceleração em suas taxas de variação Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

    Porto Alegre registrou desaceleração.

    O INCC-M é um dos três componentes que entram no cálculo do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M). Os demais componentes são o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 18:20

    Confiança da indústria tem queda de 1% em setembro, indica FGV

    Índice de confiança marcou 98 pontos, menor nível desde julho de 2009.
    Queda resulta de piora das avaliações sobre presente e futuro.

    Do G1, em São Paulo

    7 comentários

    O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1% em setembro em relação a agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (26).

    saiba maisIndústria está menos disposta a elevar investimentos, diz FGV

    O indicador atingiu 98 pontos, ante 99 pontos em agosto, que é o menor nível desde julho de 2009.

    A queda resulta de piora tanto das avaliações em relação ao momento presente quanto das expectativas para os meses seguintes. Os dados indicam que o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 0,6%, para 98,9 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) teve queda de 1,4%, para 97,1 pontos.

    “A permanência da confiança industrial em patamar historicamente baixo sinaliza ritmo de atividade ainda lento ao final do terceiro trimestre de 2013, considerando-se indicadores livres de influência sazonal”, destaca a FGV.

    O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) permaneceu em 84,2% em setembro, o mesmo registrado em agosto.

    A indústria brasileira vem enfrentando uma gangorra neste ano. A queda de 2% da produção em julho ante o mês anterior levou a atividade econômica brasileira a iniciar o terceiro trimestre com contração de 0,33% em julho, de acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, destaca a agência Reuters.

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 18:19

    Venda de materiais de construção cai em setembro

    MARCO QUINTANA/JC
    No acumulado do ano, o desempenho do setor ainda está 2,2% superior ao ano passado

    No acumulado do ano, o desempenho do setor ainda está 2,2% superior ao ano passado

    O varejo de material de construção apresentou queda de 4,4% em setembro na comparação com agosto, segundo pesquisa mensal divulgada nesta terça-feira (1) pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).

    “Os lojistas acreditavam que iriam recuperar parte da queda de vendas do mês passado já em setembro, mas isso não aconteceu. Ainda assim, o desempenho no mês de setembro foi melhor do que o do mesmo período do ano passado, quando a retração foi de 7%”, afirmou o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

    No acumulado do ano, o desempenho do setor ainda está 2,2% superior ao ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão é de 2,7%.

    De acordo com a pesquisa, os segmentos que apresentaram variação negativa no mês foram aço, revestimentos cerâmicos e telhas e caixas d’água de fibrocimento. Entre os segmentos que apresentaram resultados positivos estão portas e janelas de alumínio, tintas, cimentos, fechaduras/ferragens, iluminação e louças sanitárias. Já metais teve desempenho estável na comparação com agosto.

    No desempenho por regiões, o Nordeste apresentou os melhores resultados em praticamente todos os segmentos avaliados. Já as regiões Sul e Sudeste apresentaram o maior otimismo com relação ao governo, o que refletiu no total Brasil. “Cerca de metade dos lojistas têm a intenção de fazer novos investimentos nos próximos 12 meses”, afirma Conz. “Os planos para contratação de funcionários, no entanto, são menores do que agosto em todas as regiões brasileiras, com exceção do Centro-Oeste.”

    O presidente da Anamaco afirmou ainda que os lojistas estão otimistas para outubro. “Por outro lado, isto irá pressionar o mês de outubro, que já entra com ótimas perspectivas de vendas, uma vez que, até o momento, não existem sinalizações sobre a prorrogação do IPI. Os consumidores tendem a antecipar suas compras antes do final de dezembro, já que retorno do imposto acarretará um aumento médio de 8% nos preços”, disse.

    De acordo com a Anamaco, a expectativa para 2013 é de que o varejo de material de construção tenha um desempenho 4,5% superior ao do ano passado, quando teve faturamento de R$ 55 bilhões.

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 17:30

    Segue artigo do blog da Miriam Leitão. Acho interessante porque ela explicita a total falta de credibilidade do Governo brasileiro em suas promessas e ações.

    A falta de credibilidade fará com que a fuga de capitais seja intensa, caso tenhamos uma entre diversas possibilidades nascidas no Exterior (redução de QE, redução de PIB na China, explosão da bolha imobiliária da China ou Inglaterra, etc, etc, etc). Isto tudo, sem considerar os fatores internos preocupantes (endividamento ainda em nível recorde, grandes empresas com saldos negativos de empregos, PIB do 3T2013 com previsões ruins, péssimo superávit primário, etc, etc, etc).

    Na hora que combinamos os ingredientes acima, vemos que realmente a economia brasileira anda na “corda bamba”, sorridente, mas muito próxima de se espatifar no chão, sem nenhuma rede de proteção…

    Tirar “aspas” antes do link:

    “http://oglobo.globo.com/economia/miriam/

    Juros em alta

    Não havia pior dia para se divulgar os dados fiscais de agosto. Ontem, o Banco Central também divulgou o Relatório Trimestral de Inflação. A nova tese do BC, que até agora ninguém entendeu, é que a política fiscal caminha para a “neutralidade”. É uma forma de dizer que os gastos vão parar de subir e de realimentar a inflação. Pois, em agosto, o governo teve déficit primário.

    O superávit primário vem minguando, mas agora foi pior: houve déficit primário. Não se sabe de onde o BC tirou a ideia de que os gastos do governo serão neutros porque, ao mesmo tempo, o Relatório de Inflação deixou a entender que os juros vão continuar subindo além do patamar atual de 9%. Diz o texto que mesmo que os juros subam para uma média de 9,89% ao ano, — cenário de mercado — nem mesmo no terceiro trimestre de 2015 o IPCA voltará para o centro da meta. Durante todo o governo Dilma e três trimestres do próximo período presidencial, a inflação não estará no centro da meta.

    A inflação em 12 meses está em 6,09%, o que é 0,85% mais alta do que estava em agosto de 2012. Parece pouca diferença, mas os preços que o governo controla estão em 1,27% (2,5 pontos percentuais abaixo do ano passado, na mesma época) e os preços livres estão em 7,64%. Alimentos e bebidas estão em alta de 10,45%. Conclusão: a inflação só não está maior porque o governo está reprimindo os preços de tarifas públicas.

    No relatório, a previsão de crescimento do PIB deste ano caiu de 2,7% para 2,5%. O herói do PIB foi a agropecuária que cresceu, 14,7%. O BC avisou que o PIB continuará em 2,5% nos primeiros dois trimestres do ano que vem. Ou seja, a economia, que estava começando a melhorar o ritmo, vai parar de acelerar, mas será um crescimento, segundo o BC, puxado menos pelo consumo e mais pelos investimentos e comércio exterior.

    Na entrevista coletiva após a divulgação do Relatório, o diretor do Banco Central Carlos Hamilton afirmou que ainda “há muito trabalho a ser feito pela política monetária”. O mercado entendeu que o relatório e essas palavras estão dizendo que a Selic poderá romper a barreira dos 10%. Mas será que o BC terá autonomia para subir juros em um ano eleitoral?

    Pela manhã, Hamilton disse que há condições para que a política fiscal deixe de ser expansionista e se torne neutra. Essa é a mesma tese que estava na última ata do Copom. Os números têm mostrado um cenário diferente. À tarde, o próprio Banco Central divulgou que no mês de agosto o setor público registrou déficit primário de R$ 432 milhões. No ano, a economia para pagamento de juros é de R$ 54 bilhões, ou 1,73% do PIB, resultado muito menor que os R$ 74 bi economizados no mesmo período do ano passado.

    O processo de desmonte da credibilidade fiscal do governo segue a pleno vapor. Segundo a consultoria Rosenberg Associados, de janeiro a agosto, as despesas primárias (que descontam o pagamento de juros) cresceram 5,8%. Houve alta de 14,5% nos gastos de custeio, de 6,5% nos gastos com previdência, e queda de 6,7% nos investimentos. O déficit nominal (medida que inclui o gasto com os juros) subiu a 3,17% em 12 meses até agosto, contra 2,47% do mesmo período do ano passado.

    Dos números do relatório, um impressiona particularmente: o superávit comercial em 12 meses está em US$ 2,5 bilhões; em agosto do ano passado o acumulado em 12 meses era quase dez vezes mais: US$ 23 bilhões. O déficit em transações correntes (conceito mais amplo de contas externas) está em US$ 57,8 bi em oito meses. No ano passado, era de US$ 31,5 bi. Isso não é o fim do mundo, mas a conclusão é que o governo Dilma coleciona números medíocres ou preocupantes na economia.

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 17:22

    Falando em “déficit habitacional”, ver notícia abaixo:

    “Cerca de 2,3 milhões de imigrantes vieram para SP entre 2000 e 2010, mas 1,8 milhão voltaram para casa”

    Tirar “aspas” antes do link abaixo:

    “http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/131585-fluxo-de-imigrantes-na-grande-sp-cai.shtml”

  • Reply Vilmar 1 de outubro de 2013 at 15:39

    Vocês não vão acreditar, mas hoje já comecei receber spam de propaganda para usar FGTS para comprar imóvel.

    • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 17:19

      Eu acredito!!!

      As imobiliárias e corretores já sabiam disto há algum tempo, já tinham até o texto pronto e validado, só aguardando se tornar oficial a medida.

      Aposta que já fizeram a “chantagem emocional” básica, dizendo que se não comprar agora, vai subir de preço, que “agora vai”…

      Veja notícia que postei um pouco mais pra cima, com declaração de representante do CRECI SP da região do ABC e também de importante representante do Imob desta região, ambos afirmando que impacto REAL deverá ser pequeno.

      O lance é o psicológico mesmo, vão fazer a cabeça das pessoas que imóvel é um negócio que SEMPRE valoriza, que o aumento do limite para uso do FGTS vai acordar da hibernação milhões de brasileiros que ganham mais de R$ 20 mil e que só estavam aguardando por isto para saírem desesperados para comprarem imóveis com módicas parcelinhas, ainda mais no Brasil que é um País diferente (o preço cresce mais do que em qualquer outro País que teve Bolha Imobiliária, até o índice de inadimplência do MCMV 1 é maior do que do subprime americano, mas aqui, sendo o país da jaboticaba, não tem bolha!!!).

      OUTRA CURIOSIDADE: fui no último fim de semana em estande de vendas de imóveis, para perguntar sobre um “na planta”. “Pérola” que ouvi da corretora: “…mas aqui na nossa cidade, todo mundo é rico, aqui todos tem plano médico, o hospital público é usado por pessoas de outra cidade…”. Achei melhor nem discutir, mas olha o nível dos corretores: se tem convênio médico, significa que ganha mais de R$ 12 mil e pode financiar imóvel de R$ 400 mil pra cima??? Onde trabalho e na maioria das empresas, todos tem convênio médico, mas imensa maioria ganha menos de 3 salários mínimos e aí, podem comprar os imóveis de R$ 400 mil que estão vendendo? Seriam, todos eles pessoas de outras cidades (os fretados dizem que não…)? Realmente, em seu desespero o segmento imobiliário está cada vez mais hilário…

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 13:51

    Mais uma notícia sobre a Construção Civil:

    Construção civil deve acompanhar desempenho do PIB, diz sindicato
    01/10/2013 – 12h03 | DA REUTERS

    A indústria da construção civil no Brasil deve crescer em linha com o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e no próximo, afirmou o presidente Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo), Sergio Watanabe, nesta terça-feira.

    Segundo ele, o setor deverá encerrar 2013 com crescimento de 2% ante igual período do ano passado. Para o ano que vem, a expectativa é de um crescimento em torno de 3%, “em linha com o PIB”.

    Watanabe acrescentou que a elevação da produtividade é o maior desafio do setor, devendo nortear o próximo ciclo de crescimento da indústria da construção civil.

    “Já vivemos situação de pleno emprego. Para crescermos a níveis vistos na década passada, será preciso aumentar a produtividade.”

    Em palestra na Amcham (Câmara Americana do Comércio), ele também afirmou que o país depende da “conquista da confiança do investidor estrangeiro e nacional para ter crescimento mais significativo”.

    “http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/2013/10/1350050-construcao-civil-deve-acompanhar-desempenho-do-pib-diz-sindicato.shtml

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 13:13

    É sobre a região do ABC em São Paulo, destaco dois parágrafos (para quem acha que é muito diferente nas Capitais e em outras cidades, engana-se):

    “MERCADO – Na região a nova regra não deve alterar muito o ritmo de vendas, isso porque entre as sete cidades a grande parcela de compradores é composta pela classe média, ou seja, pessoas que conseguem adquirir imóveis de valores entre R$ 350 mil e R$ 400 mil. “Os bens acima de R$ 500 mil são responsáveis por cerca de 10% d[/01.TXTNORMAL]o total de comercializações. O restante, são imóveis de menor valor”, afirma o presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci.

    O delegado regional do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Alvarino Lemes, afirma que a venda de imóveis usados com valor superior a meio milhão não ultrapassa os 20%. “As prestações são muito caras e não correspondem à realidade da maior parte dos trabalhadores da região.”

    SEGUE A NOTÍCIA COMPLETA E APÓS ELA, O LINK:

    Governo amplia teto do valor de imóvel financiado com FGTS

    Tauana Marin
    do Diário do Grande ABC

    Nario Barbosa/DGABC

    Aqueles que planejam comprar a casa própria com valor até R$ 750 mil por meio de financiamento, poderão utilizar os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Antes, o valor máximo do imóvel para que o comprador pudesse resgatar o fundo era de R$ 500 mil. A medida foi anunciada, ontem, pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), constituído pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

    O novo valor vale para os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, dadas as características do mercado imobiliário. Para os demais Estados, o limite deverá ser elevado para R$ 650 mil.

    De acordo com o CMN, o objetivo da alteração é atualizar os limites do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e aprimorar a regulamentação do mercado de crédito imobiliário.
    O presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) e colunista do Diário Claudio Conz, lembra que desde 2009 o governo não alterava o teto do valor do imóvel financiado com recursos do FGTS, quando o montante foi elevado de R$ 350 mil para R$ 500 mil. “É questão de corrigir um problema no mercado imobiliário. Os imóveis valorizaram. Nada mais justo do que os trabalhadores poderem resgatar um dinheiro que é deles por direito. Mas, vale lembrar que isso não significa que todo o montante será financiado. Cada instituição bancária tem suas regras. Essa mudança vale para que a pessoa possa usar o FGTS no momento da compra.”

    Segundo ele, a nova medida vai contribuir para as aquisições na faixa de R$ 600 mil, principalmente. “Até porque, os maiores contribuintes do fundo são aqueles que recebem acima de dez salários-mínimos (R$ 6.780). Nada mais justo do que esse contingente poder utilizar recursos próprios.” Conz estima deve levar cerca de 60 dias para que os bancos comecem a operar pela nova regra.

    MERCADO – Na região a nova regra não deve alterar muito o ritmo de vendas, isso porque entre as sete cidades a grande parcela de compradores é composta pela classe média, ou seja, pessoas que conseguem adquirir imóveis de valores entre R$ 350 mil e R$ 400 mil. “Os bens acima de R$ 500 mil são responsáveis por cerca de 10% d[/01.TXTNORMAL]o total de comercializações. O restante, são imóveis de menor valor”, afirma o presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci.

    O delegado regional do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Alvarino Lemes, afirma que a venda de imóveis usados com valor superior a meio milhão não ultrapassa os 20%. “As prestações são muito caras e não correspondem à realidade da maior parte dos trabalhadores da região.”

    Bigucci conta que unidades acima de R$ 500 mil na região são, geralmente, de três dormitórios e com área útil acima de 100 metros quadrados.

    “http://www.dgabc.com.br/Noticia/485443/governo-amplia-teto-do-valor-de-imovel-financiado-com-fgts?referencia=simples-titulo-home

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 13:07

    Segue matéria da Info. O título é interessante, mas a abordagem totalmente furada… Mais uma matéria patrocinada pelo IMOB, para dizer que as pobres construtoras tem custo muito alto, a prefeitura não ajuda, etc, etc, etc…

    “http://www.infomoney.com.br/blogs/blog-da-redacao/post/2985977/bolha-imobiliaria-nossos-governos-estao-fazendo-tudo-para-termos-uma

    • Reply Vilmar 1 de outubro de 2013 at 13:55

      Kkkk, que dó delas!!
      Ontem no JG um cara do secovi falou que não vai valorizar mais.
      Outro do zap disse que vai valorizar.

      • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 17:08

        Bom, para o FIPE ZAP vai valorizar “ad eternum”, até porque…

        …Pelo lado ZAP:

        Quanto maior o preço, menos vende, mais desespero, mais anúncios e mais faturamento para o ZAP!!!

        …Pelo lado FIPE:

        Núcleo Real Estate é 100% de executivos de construtoras, quanto mais os vendedores de usados aumentarem os preços, menos eles venderão e mais fácil será escoar o “pequeno estoque” de imóveis novos com “descontinhos” a partir de 20% até 40%, com direito a “bônus extra”: quem acreditar no FIPE ZAP nem vai pedir tanto desconto pra comprar um novo…

        FIPE ZAP é isso aí, “quase não tem viés…” (rs)

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 09:10

    Esta medida de “não se preocupar com superávit” é outro ato de desespero do Governo para tentar segurar a economia até as eleições. Tão apelativo quanto a ação relacionada ao FGTS.

    “Dúvida”: quando se está desesperado e dando tiro pra todo lado sem medir as consequencias, significa que é bom e portanto o melhor momento para apostar, seja no Governo, sejam nos imóveis???

    Tirar “aspas” antes do link:

    “http://veja.abril.com.br/noticia/economia/gustavo-franco-critica-bc-sobre-defesa-do-nao-cumprimento-da-meta-fiscal

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 09:02

    Segue um link para consultar “Bolha Imobiliária” versus as expressões equivalentes em outros países, via google trends.

    Neste mês de Setembro/2013, já passamos um pico que ocorreu na Espanha em 2.011. Considerando que temos dimensões e populações diferentes, ainda não significa super-visibilidade do tema, mas em termos de evolução, impressiona.

    Tirar “aspas” antes:

    “http://www.google.com/trends/explore#q=%22bolha%20imobiliaria%22%20%2B%22bolha%20imobili%C3%A1ria%22%20%2B%22bolha%20imobiliaria%20brasilia%22%20%2B%22bolha%20imobiliaria%20brasil%22%20%2B%22a%20bolha%20imobiliaria%22%20%2B%22bolha%20imobili%C3%A1ria%20brasil%22%2C%20%22burbuja%20inmobiliaria%22%20-lima%20-colombia%20-peru%20-bogota%20-argentina%20-Santiago%20-chile%20-buenos%20-aires%20-cuzco%20-peruanos%20-peruvianus%2C%20housing%20bubble%20market%20-Canada%20-Australia%20-london%20-toronto%20-vancouver%20-sidney%20-canada%20-canadian%20-Vancouver%20-kingdon%20-england%20%2B%22the%20housing%20bubble%22%2C%20housing%20bubble%20blog%20-Canada%20-toronto%20-vancouver%20-quebec%20-Australia%20-london%20-toronto%20-vancouver%20-sidney%20-canada%20-canadian%20-Vancouver%20-kingdon%20-england%20%2B%22the%20housing%20bubble%22&cmpt=q

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 08:53

    Outra notícia interessante (tirar “aspas” antes do link):

    “http://www.dgabc.com.br/Noticia/485215/bancos-elevam-juros-ate-19-vezes-mais-que-a-selic?referencia=minuto-a-minuto-topo

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 08:47

    Em Agosto/2013, só pequenas empresas admitiram mais do que demitiram… Ué, mas eu pensei que os grandes empresários brasileiros estavam todos confiantes?!

    Segue o link c/ notícia (tirar “aspas” antes):

    “http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2013/09/30/pequenos-negocios-geram-todos-os-novos-empregos-no-pais-em-agosto.htm

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 08:41

    Mais uma notícia sobre o orçamento americano, que afeta bolsas e cotação do US$ em todos os lugares do mundo. Acho que não vai dar em nada, os Republicanos chantageiam, obtém o que desejam e depois aprovam, após expor o presidente e o país.

    O Mantega reza todos os dias para os EUA continuarem com o QE, pelo menos até as eleições de 2.014. Cá pra nós, vai ser meio difícil de acontecer…

    O que muitos não vêem, é que a bolha imobiliária brasileira depende de muitas coisas para sobreviver, e grande parte delas, fora do controle do Governo brasileiro, não só no caso do QE dos EUA, mas o crescimento da China, a possível explosão da bolha imobiliária da China, as vezes até, o início de alguma guerra, etc., tudo isto adicionalmente aos fatores explosivos internos, ou seja, se tivermos queda no PIB no 3T2013 c/ piora no consumo, disparada de endividamento das familias, aumento perceptível do desemprego, inadimplência ou inflação, quebra de uma construtora, etc., qualquer um deles também poderá causar impactos imediatos que acelerem a explosão da bolha.

    Engraçado o pessoal se endividando por anos, adquirindo um bem quando seu preço está visivelmente acima do que vale e sem olhar sequer um palmo a frente do nariz…

    Segue o link sobre a notícia do orçamento dos EUA (tirar “aspas” antes):

    “http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/09/senado-dos-eua-derruba-plano-da-camara-para-adiar-reforma-da-saude.html

  • Reply CA 1 de outubro de 2013 at 06:47

    Ricardo,

    Talvez a grande aposta seja no psicológico da medida, vira uma nova forma dos corretores chantagearem compradores, dizendo que vai subir ainda mais.

    Faz sentido se considerarmos que o pessoal só vê se cabe na parcelinhace ninguém faz contas básicas antes de se endividar pelo resto da vida. Vamos ver os resultados depois…

  • Reply Ricardo 1 de outubro de 2013 at 01:46

    Governo eleva teto para compra de imovel com FGTS para 750k.
    Seguem enchendo a bolha, aceitando o lobby das construtoras, mas esqueceram de aumentar a renda da galera.

    • Reply Vilmar 1 de outubro de 2013 at 11:48

      Vamos ver se agora alguém compra o meu pelo preço do m2 do fipezap, rsrs.

  • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 22:33

    CPI das Construtoras vai ouvir Rossi e Tenda sobre atrasos e descumprimento de contratos:
    “http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Noticias&Noticia=141785&Categoria=RIO

    • Reply Vilmar 30 de setembro de 2013 at 22:45

      CPI é show, e agora José?

  • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 15:36

    Vejam abaixo os dados dos últimos PNADs e como “ajudaram” a diminuir o deficit habitacional:

    Situação dos domicílios brasileiros segundo condição de propriedade, percentuais de cada situação:

    2008
    Próprio 74,4
    Já quitado 70,1
    Em aquisição 4,3
    Alugado 16,6
    Cedido 8,4
    Outra 0,6

    2012
    Próprio 74,8
    Já quitado 69,9
    Em aquisição 4,9
    Alugado 17,7
    Cedido 7,1
    Outra 0,4

    • Reply Vilmar 30 de setembro de 2013 at 18:24

      Governo elevará teto para compra do imóvel com FGTS

      Na busca de estimular a economia e, principalmente, o setor de construção civil, o governo vai elevar de R$ 500 mil para R$ 750 mil o valor máximo dos imóveis que o trabalhador pode comprar utilizando seu saldo do FGTS, tanto à vista como financiado dentro do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que tem juros menores.

      http:/www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/09/1349600-governo-elevara-teto-para-compra-de-imovel-com-fgts-para-r-750-mi.shtml

      Agora vai diminuir o déficit da classe média alta =)! Kkk

      • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 19:20

        Esta é uma medida que já estava prevista faz tempo. Já tinha comentado sobre isto nos primeiros acessos que fiz no “Defenda seu dinheiro…”, acho que em Fev/13 ou Mar/13…

        Creio que fizeram no final do trimestre, porque este 3T2013 deve ter sido dos piores para o segmento imobiliário e como eles mandam no Governo…

        Mais uma medida de cunho social, com a finalidade de fazer com que a especulação alcance novos patamares e principalmente, que a bolha não exploda antes das eleições.

        Será que vão seguir a receita dos EUA ou da Espanha? Depois aumentarão prazo de financiamento para 40 anos (Espanha) ou continuarão incentivando a falsa demanda via crédito podre (EUA), para quem não pode pagar,talvez com meta de aumentar a pequena inadimplência da CEF no MCMV1, de 20% para 40%, quem sabe (se bem que os 20% já foram maiores que os 16% do subprime americano)?

        O interessante é observar que o desespero sem dúvida alcançou um novo patamar, por isto tiveram que gastar mais este “cartucho”. E vai ser muito fácil para isto dar certo, é só termos uma combinação dos seguintes fatores:

        => Pessoa que tenha tido salário superior a R$ 15 mil por pelo menos 10 anos acumulando FGTS sem nunca ter usado em imóveis, para que montante seja relevante (mais de R$ 150 mil) ;

        => Esta pessoa tem que ter também boas reservas de dinheiro, para complementar o que falta, se for um imóvel a mais que comprará, ou interesse de se endividar para adquirir um segundo imóvel, acreditando que o juros que pagará valerá a pena pois será recompensado por valorização maior do bem adquirido, apesar de termos todos os indicadores de que preços já estão muito elevados e sem este espaço para crescer ;

        => Se for upgrade, terá que achar outro comprador que obedeça as mesmas condições acima para vender o imóvel dela ;

        => Este comprador terá que acreditar que a desvalorização do FGTS será menor do que a dos imóveis, ou seja, acreditar que eternamente o Governo terá capacidade de manter crédito farto disponível, poderá sempre aumentar o limite do FGTS e o prazo de financiamento, mesmo que isto seja irracional, ou ser alguém que apesar de ter conseguido um rendimento que só 1% da população tem, não possui nenhum conhecimento em Economia, Finanças, etc…

        => Esta é a parte mais fácil: em São Paulo Capital, precisarão de só umas 80 ou 90 mil pessoas que sigam as condições acima, de forma a desovar o número de imóveis no FIPE ZAP que tem preço acima de R$ 600 mil.

        Tá fácil, não tá?

        • Reply Vilmar 30 de setembro de 2013 at 19:33

          Heheheeh, quem no Brasil ganha uns R$12 mil por mês para financiar um “apertamento” de R$ 750 mil?
          A minoria… e especulador não vai achar um trouxa mais trouxa do que ele para pagar mais caro na entrega das chaves… a casa caiu???

          • CA 30 de setembro de 2013 at 22:12

            Renda de R$ 12 mil, não é suficiente para financiar R$ 750 mil, a não ser que tenha uma entrada de pelo menos uns 50%.

            Veja abaixo:

            – Para financiar 400K necessário renda de 13.000,00 com taxa cef de 8% e relacionamento

            – Cerca de 5% das famílias no Brasil e um pouco mais no Sudeste fazem parte desse nicho de mercado

            – Se consideramos de forma conservadora que 75% deles já tem imóvel, conforme média nacional, a demanda potencial ativa é certamente bem menor.

            -Vale lembrar a faixa acima de 500K é a que possui maior estoque de usados encalhados, conforme já se demonstrou nesse blog. Se houver alguma abertura de demanda não vai ser suficiente nem para limpar o estoque altíssimo dessa faixa de preços. Não descarto subida pontual de preços, mas se acontecer, será especulativo, pois o potencial de demanda é mínimo frente a oferta.

          • CA 30 de setembro de 2013 at 22:43

            Vilmar,

            Acho que a grande jogada é destravar vendas que estavam acima de R$ 500 mil.

            Por exemplo:

            Um imóvel de 2 dormitórios em São Paulo, em vários bairros, já custa mais de R$ 500 mil.

            Se você observar pelos gráficos do tópico, caiu a participação de 2 dormitórios de mais de 52% para 41% em pouco mais de 1 ano.

            Eles estavam totalmente dependentes do 1 dormitório. Com esta jogada, o cara que não conseguia financiamento para comprar estes imóveis de 2 dormitórios, agora consegue. Esperança é que muitos vão poder comprar.

            Só que pela simulação que fiz mais acima, o cara tem que ganhar R$ 12 mil ou mais para com a entrada de 35% conseguir comprar.

            Ainda assim, não vai destravar o mercado, vai dar uma melhorada por algum tempo, criando uma “aura” de recuperação e agora vai.

            Os corretores vão aumentar a chantagem emocional dizendo que imóveis vão ficar mais caros, mais gente vai ficar com medo, recupera por algum tempo, até não ter mais como fazer a pirâmide crescer (não dá pra aumentar a base eternamente).

            Esta é a jogada, para ganhar tempo… Eles sabem que não vão liquidar os super-estoques, mas tudo que conseguirem desovar é lucro.

            Lembre-se do tópico, eu disse que eles estavam acuados, esta foi a saída que encontraram…

          • Vilmar 30 de setembro de 2013 at 22:46

            Sim, faz todo sentido, vamos acompanhar!

  • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 15:05

    “É o momento de investir em imóveis?”

    Comprar apartamento na planta para obter renda de aluguel ainda não é uma boa aplicação, já que os preços subiram muito nos últimos anos.

    Segue o link (tirar “aspas” antes):

    ”http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mauro-halfeld/2013/09/26/E-O-MOMENTO-DE-INVESTIR-EM-IMOVEIS.htm#ixzz2gO40cXIV

  • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 14:56

    Tá valendo tudo para tentar vender OS LANÇAMENTOS!!! Isto mesmo, não estou falando dos bons e velhos ENCALHES, que só na cidade de São Paulo somam mais de R$ 11 bilhões conforme reportagem mais acima, estou falando dos LANÇAMENTOS!!!

    Se está assim para vender os LANÇAMENTOS, imagine os ENCALHES!!! Isto porque reduziram DRÁSTICAMENTE os lançamentos desde 2.012!!! kkkkkkkkk

    Qualquer investidor sabe que quando você não consegue vender nem o lançamento, demora muito tempo oferecendo o mesmo produto sem comprador e parece que nunca vai conseguir “decolar” e ainda, você tem que oferecer um monte de coisas no stande para TENTAR atrair PRETENSOS compradores, é porque vai valorizar ainda mais, é um excelente investimento!!!

    Fico imaginando os caras que vão lá só pra filar uma bóia, ver um showzinho de graça e não tem a menor condição de comprar nada… Pelo menos quando você conversar com um corretor ele vai dizer, de forma convicta: o estande de vendas está sempre cheio!!!

    Poxa, como os especuladores são espertos, compram na planta, um imóvel com esta liquidez maravilhosa e ainda com certeza de valorização!!! Será que os especuladores também estão pensando em montar exposição com vídeos e material sobre os Beetles, feira de degustação com Chef internacional, dentre outros,copiando o que as construtoras estão fazendo agora, só para atrair PRETENSOS compradores na época da entrega do imóvel? É, está ficando cada vez melhor e mais cômico (rs)!!!

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Segue o link, tirar “aspas” antes:

    “http://economia.ig.com.br/2013-09-30/construtoras-usam-de-beatles-a-shopping-de-imoveis-para-desovar-lancamentos.html

  • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 11:56

    Segue abaixo, um documento que tem sido muito utilizado pelo segmento imobiliário para justificar que não temos bolha imobiliária no Brasil, como referência:

    “http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imoveis/noticia/2968246/nao-evidencias-bolha-imobiliaria-brasil-diz-estudo

    • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 12:07

      Para responder aos argumentos utilizados pelo segmento imobiliário, replico abaixo um artigo publicado no site bolhaimobiliaria.com, feito por um de seus leitores (para o link, tirar “aspas” do início):

      “http://www.bolhaimobiliaria.com/2013/09/20/a-comprovacao-da-bolha-imobiliaria-pelo-metodo-baincompany-thiago-fm/

      A comprovação da Bolha Imobiliária pelo método Bain&Company – Thiago FM

      Segundo a matéria do tópico anterior, ainda que os preços tenham subido para muito além da renda real, o valor relativo dos imóveis em relação a renda familiar média no Brasil seria considerado baixo, pois não ultrapassa o limite crítico de 8 vezes o valor do rendimento médio anual das famílias.

      Seguindo esse critério e as mesmas fontes citadas pelo estudo PNAD e ABECIP, que abarcam respectivamente os dados dos domicílios brasileiros e os valores de financiamento do sistema SBPE, o suposto cálculo foi, então, posto à prova.

      Conforme o trecho a seguir, obtemos a informação do rendimento familiar segundo a pesquisa nacional de domicílios:

      “O rendimento médio mensal real dos domicílios particulares permanentes com rendimento foi estimado em R$ 2.419,00 em 2011, representando um ganho real de 3,3% em relação ao de 2009 (R$ 2.341,00).”

      Financiamentos Imobiliários para Aquisição PF -concedidos de 10 a 12/2012 – SBPE

      Mês/ano Unidades Volume Mensal R$ Valor Médio

      10/12 24.287 4.214.247.220,00 174.340,00
      11/12 21.956 3.791.353.278,00 172.854,00
      12/12 23.342 4.092.032.334,00 176.207,00
      Média 23.198 4.032.544.277,33 174.467,00

      Fonte: BACEN/SFH

      Se considerarmos que o estudo da tal Bain & Company apontou um percentual LTV – ( Financiamento/ Valor do Imóvel) de aproximadamente 64% e o valor médio de financiamento pelo SPBE no último trimestre de 2012 foi de R$ 174.467,00, temos que:

      174.467,00 X 100 / 64 = 272.604,68

      Valor médio da unidade financiada no último trimestre de 2012 foi de R$ 272.604,68. Partindo do rendimento apurado conforme PNAD 2011, e atualizando o valor pela variação do IPCA de 2012, temos que o rendimento familiar mensal em 2012 era de aproximadamente R$ 2560,23

      R$ 2.560,23 X 12 meses = R$ 30.722,76 = Rendimento Familiar Anual Médio em 2012

      LOGO:

      Valor médio do Imóvel/ Valor do Rendimento Médio Familiar

      R$ 272.604,68 / 30722,76 = 8,87 vezes

      Relembrando o apontamento do estudo…

      …apesar da forte valorização dos preços dos imóveis, sobretudo quando comparados com o aumento da renda, a proporção do valor médio dos imóveis por salário médio anual no Brasil, continua abaixo do limite de 8 VEZES definido como crítico.

      CHECK MATE!

      Já atingimos o valor crítico considerando o imóvel efetivamente adquirido, que é muito inferior ao valor médio ofertado. Imaginem se calcularmos à razão dos preços anunciados, sobrevalorizados em mais de 100% em alguns casos?

      Como a tal empresa chegou a uma proporção muito inferior ao valor calculado?

      Existem duas possibilidades. Estão utilizando dados defasados ou estão considerando como média de valor os imóveis financiados pelo FGTS e MCMV que obviamente não deveriam ser considerados. A existência dos tetos de valor do imóvel, renda familiar e subsídios que complementam a própria renda, descaracterizam o cálculo cujas únicas variáveis são controladas e manipuladas.

      Está provado, portanto, pelos métodos propostos pelos que tentam negar a bolha, que o limiar já foi ultrapassado. A bolha existe e agora é uma certeza matemática.

      Links (tirar “aspas” antes):

      “http://hermanomota.com.br/2012/10/03/pnad-2011-crescimento-da-renda-foi-maior-nas-classes-de-rendimento-mais-baixas/

      “http://www.cbicdados.com.br/home/

      Calculo do limite de 8 vezes

      O limite de 8 vezes entre o valor médio do imóvel e o rendimento anual foi estipulado pelo estudo para caracterizar a situação crítica. Utilizando-se dessas informações, como pudemos ver o país já se encontraria na zona de risco. Porém, a situação brasileira é deveras mais crítica do que a apresentada no cálculo acima. Basta simular as condições acima num financiamento fictício pela CEF – que possui as taxas mais acessíveis e percebemos o tamanho da distorção:

      Valor do Imóvel R$ 272.604,00
      SAC
      Cota de financiamento
      64% Valor da Entrada
      R$ 94.528,24

      Prazo desejável
      420 meses

      Valor do financiamento
      R$ 178.075,76

      Renda familiar mensal exigida = R$ 5870 ou R$ 70440 anual

      Isso quer dizer que para financiar um imóvel na média, dentro das condições “arriscadas” estipuladas pela consultoria, seria necessária uma renda anual 129% superior à renda média atual das famílias brasileiras.

      OU

      quem sabe esse imóvel devesse cair 57% ???

      Somente custando R$ 117085, uma família que recebe um rendimento médio no Brasil de R$ 2560,00, conseguiria adquirir um imóvel com quota de 64% de financiamento ou R$ 74935,00 . Isso, é claro, considerando condições de juros melhores do que a média.

      SE ISSO NÃO É BOLHA, O QUE É???

  • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 10:58

    Nova REDUÇÃO na previsão do PIB para 2.013, desta vez pelo BC que aposta em crescimento de 2,5%. Para quem não lembra, a primeira previsão do Mantega foi de 4,5%.

    Segue o link (tirar “aspas” antes):
    “http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/09/bc-reduz-previsao-de-crescimento-do-pib-de-2013-para-25.html

  • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 10:54

    COMPLEMENTO DO TÓPICO SOBRE “SEXTO ERRO DO MERCADO IMOBILIÁRIO – IMÓVEIS USADOS EM SÃO PAULO E FIPE ZAP”

    Reitero minha análise de que os preços já tem caído para imóveis usados em São Paulo Capital há mais de 1 ano, no mínimo, no entanto, a queda de preços tem sido maquiada pelo FIPE ZAP e ainda foi relativamente pequena e insuficiente para levar a um equilibrio entre oferta e procura, ou seja, o estoque de imóveis usados cresce sem parar, as pessoas demoram cada vez mais para vender e tem que dar descontos cada vez maiores, sem contar que o aluguel sequer tem acompanhado inflação.

    SOBRE A PESQUISA DO CRECI SP:

    Esta pesquisa é feita há muitos anos, com mais de 400 imobiliárias da Cidade de São Paulo, com base no PREÇO REAL, FINAL, NEGOCIADO. Saiu a pesquisa referente a Julho/2013, portanto, acrescento algumas informações que considero interessante logo abaixo:

    SOBRE AS INFORMAÇÕES DE JULHO/2013:

    Preço médio do M2 de imóvel usado em São Paulo teve NOVA QUEDA, de 2,06% de Junho/2013 para Julho/2013.

    Vendas de imóveis usados também tiveram QUEDA de 1,01% na comparação considerando SAZONALIDADE que não é a que consta no relatório do CRECI SP (lá eles comparam meses seguidos), em outras palavras, vendas de Julho/2013 foram 1,01% inferiores a Julho/2012 (no relatório do CRECI SP, queda de mais de 14% de Junho/2013 para Julho/2013, mas não é a forma correta de avaliar, fazem isto porque ilude sobre crescimento na maior parte dos meses).

    RESULTADOS DOS ÚLTIMOS 13 MESES:

    Lembrando que no acumulado de Julho/2012 a Junho/2013 a QUEDA DE PREÇOS ACUMULADA do M2 para venda de usados já era de 11,26%, sendo que tínhamos 7 meses dos 12 em que ocorreram QUEDA DE PREÇOS. Com este resultado de Julho/2013, a REDUÇÃO ACUMULADA NOS PREÇOS aumenta e temos ainda, 8 meses dos últimos 13 apurados com QUEDA DE PREÇOS.

    Sobre as quantidades vendidas, nos últimos 13 meses tivemos 10 meses em que as VENDAS FORAM MENORES, na comparação considerando sazonalidade.

    REFERÊNCIAS:

    Para visualizarem os dados do CRECI SP referentes a Julho/2013, ver página 1 do anexo (tirar “aspas” antes):

    “http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_julho_2013.pdf

    Para visualizarem a queda acumulada de 11,26% no preço médio de M2 em São Paulo (Capital) para imóveis usados, no período de Julho/2012 a Junho/2013, acessar a página 23 do anexo abaixo (relatório do CRECI SP de Junho/2013 – tirar “aspas” antes):

    “http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_junho_2013.pdf

    Para quem, por acaso ainda não leu o “Sexto erro do mercado imobiliário”, nele constam as variações nas quantidades vendidas de Julho/2012 a Junho/2013, considerando Sazonalidade (comparação com mesmo mês de ano anterior) e ainda, os dados mencionados acima, comparação com FIPE ZAP, etc.

    Segue abaixo o link (tirar “aspas” antes):

    “http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1829

  • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 21:55

    Esta forma de utilizar o “reclameaqui” eh bem legal, dêem uma olhada na reputação das construtoras…

    Tirar “aspas” no início:

    “http://www.reclameaqui.com.br/busca/?cx=008144464031947637647%3A7airzwxfigw&cof=FORID%3A10&ie=UTF-8&q=CONSTRUTORA&id=&BuscaTipo=E&x=0&y=0&BuscaTip

  • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 21:40

    Será que finalmente vão desistir mesmo das empresas campeãs???

    Ver notícia abaixo (tirar “aspas” antes):

    “http://oglobo.globo.com/economia/aposta-em-campeoes-nacionais-afeta-as-contas-do-bndes-8647917

    A única empresa campeã foi aquela de um filho de um certo ex-presidente…

    • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 21:45

      Complementando esta notícia (tirar “aspas” antes do link):

      “http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,bndes-decide-abandonar-a-politica-de-criacao-de-campeas-nacionais,151356,0.htm

      • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 22:03

        Falando em empresas campeãs (tirar “aspas” antes):

        “http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/para-analistas-concordata-da-ogx-e-inevitavel

        Puxa, finalmente os “especialistas” vão acertar uma!!! Mas tambem, depois que fizeram até o enterro, dizer que morreu eh fácil!!!

  • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 11:26

    Enquanto isto, no MCMV…

    “http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,militancia-vira-criterio-para-receber-moradia-do-minha-casa-minha-vida,1079892,0.htm”
    Militância vira critério para receber moradia do Minha Casa Minha Vida
    Onze das 12 entidades com projetos aprovados pelo Ministério das Cidades são dirigidas por filiados ao PT; quem marca presença em protestos e até ocupações ganha prioridade na fila da casa própria em São Paulo
    28 de setembro de 2013 | 17h 47
    Adriana Ferraz e Diego Zanchetta, O Estado de S.Paulo
    Líderes comunitários filiados ao PT usam critérios políticos para gerir a maior parte dos R$ 238,2 milhões repassados pelo programa Minha Casa Minha Vida Entidades para a construção de casas populares na capital. Onze das 12 entidades que tiveram projetos aprovados pelo Ministério das Cidades são dirigidas por filiados ao partido. Suas associações privilegiam quem participa de atos e manifestações de sem-teto ao distribuir moradias, em vez de priorizar a renda na escolha. Entre gestores dos recursos, há funcionários da gestão de Fernando Haddad (PT), candidatos a cargos públicos pela sigla e até uma militante morta há dois anos.
    A partir de repasses diretos, as associações selecionadas pelo governo federal escolhem quem vai sair da fila da habitação em São Paulo. Os critérios não seguem apenas padrões de renda, mas de participação política. Quem marca presença em eventos públicos, como protestos e até ocupações, soma pontos e tem mais chance de receber a casa própria.
    Para receber o imóvel, os associados ainda precisam seguir regras adicionais às estabelecidas pelo programa federal, que prevê renda familiar máxima de R$ 1,6 mil, e prioridade a moradores de áreas de risco ou com deficiência física. A primeira exigência das entidades é o pagamento de mensalidade, além de taxa de adesão, que funciona como uma matrícula. Para entrar nos grupos, o passe vale até R$ 50.
    Quem paga em dia e frequenta reuniões, assembleias e os eventos agendados pelas entidades soma pontos e sai na frente. O sistema, no entanto, fere o princípio da isonomia, segundo o advogado Márcio Cammarosano, professor de Direito Público da PUC-SP. “Na minha avaliação, esse modelo de pontos ainda me parece inconstitucional, além de escandaloso e absolutamente descabido. Ele exclui as pessoas mais humildes, que não têm condições de pagar qualquer taxa ou mesmo de frequentar atos públicos”, afirma.
    50 mil pessoas. Os empreendimentos são projetados e construídos pelas associações, que hoje reúnem uma multidão de associados. São mais de 50 mil pessoas engajadas na luta pelo direito à moradia. Além das entidades dos petistas, há ainda uma outra dirigida por um filiado ao PCdoB.
    A força política dos movimentos de moradia, que só neste ano comandaram mais de 50 invasões na cidade, pressionam não só o governo federal, mas a Prefeitura. Em agosto, Haddad publicou um decreto no qual se comprometeu a permitir que entidades possam indicar parte das famílias que serão contempladas com moradias em sua gestão. A promessa de campanha é entregar 55 mil até 2016 – as lideranças querem opinar sobre 20 mil desse pacote.
    O cientista político Marco Antonio Teixeira, da FGV, ainda alerta para o um efeito colateral do esquema implementado na capital pelas entidades, que é a cooptação política dos associados, com fins eleitorais.
    “O governo deve imediatamente intervir nesse processo e rediscutir as regras. Isso remete ao coronelismo. Além disso, a busca pela casa própria não pode ser um jogo, onde quem tem mais pontos ganha.”
    Quem é quem. A maior parte das entidades é comandada por lideranças do PT com histórico de mais 20 anos de atuação na causa. É o caso de Vera Eunice Rodrigues, que ganhou cargo comissionado na Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) após receber 20.190 votos nas últimas eleições para vereador pelo partido.
    Verinha, como é conhecida, era presidente da Associação dos Trabalhadores Sem Teto da Zona Noroeste até março deste ano – em seu lugar entrou o também petista José de Abraão. A entidade soma 7 mil sócios e teve aval do Ministério das Cidades para comandar um repasse de R$ 21,8 milhões. A verba será usada para construir um dos três lotes do Conjunto Habitacional Alexius Jafet, que terá 1.104 unidades na zona norte.
    No ano passado, Verinha esteve à frente de invasões ocorridas em outubro em prédios da região central, ainda durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD), e em pleno período eleitoral. Em abril, foi para o governo Haddad, com salário de R$ 5.516,55. A Prefeitura afirma que ela está desvinculada do movimento e foi indicada por causa de sua experiência no setor.
    Outra entidade com projeto aprovado – no valor de R$ 14 milhões –, o Movimento de Moradia do Centro (MMC), tem como gestor Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, filiado ao PT há mais de 30 anos e atual candidato a presidente do diretório do centro. Com um discurso de críticas à gestão Kassab e de elogios a Haddad, ele também nega uso político da entidade. “Qualquer um pode se filiar a nós e conseguir moradia. Esse é o melhor programa já feito no mundo”, diz sobre o Minha Casa Minha Vida Entidades.
    Ministério diz que desconhece esquema de pontuação. O Ministério das Cidades afirmou desconhecer que a presença em atos públicos, como protestos e ocupações, renda pontos às pessoas que lutam por uma moradia na capital. A pasta informou apenas que as entidades podem criar regras adicionais às estabelecidas pelo Minha Casa Minha Vida, sem a necessidade de aprová-las no governo.
    Da mesma forma, o ministério disse que não pode interferir em regras internas dos movimentos de moradia e, por isso, não tem como impedir a cobrança de taxas e mensalidades.
    O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), não quis dar entrevista. Por meio de nota, sua assessoria ressaltou que as entidades não são selecionadas, mas habilitadas a receber verba mediante o cumprimento de uma série de atribuições, como dar apoio às famílias no desenvolvimento dos projetos, assim como na obtenção da documentação necessária. O processo não segue, segundo a pasta, critérios políticos. Além disso, as associações devem se submeter a uma prestação de contas, feita pela Caixa Econômica Federal, que financia as unidades.

    • Reply Vilmar 29 de setembro de 2013 at 18:34

      Vergonha petralhas!

      • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 21:36

        Pior eh que isso deve ser a ponta do icebergue!

        Finalidades do MCMV:

        Ajudar o PT a se reeleger doando imóveis com nosso dinheiro e assim comprando votos a preço altíssimo (20% de inadimplencia no MCMV1)
        Pagar a militantes do PT usando nosso dinheiro, c/ MCMV como moeda de troca
        Ajudar os principais patrocinadores de campanha para que façam especulação em todo o Pais, com uma intensidade e abrangência nunca antes vistos, quando possível c/ ajuda da prefeitura, como em São Paulo
        Criar uma nova “bolsa auxílio”, amarrando o povo por 35 anos, sob a ameaça velada de não ter continuidade se o PT não se reeleger

        Nossa, eh muita finalidade social em um projeto só!!!

        • Reply Vilmar 29 de setembro de 2013 at 23:11

          Kkkkk, bela teoria da conspiração e eu não duvido disto… estude foro de são paulo.

          • CA 30 de setembro de 2013 at 10:38

            É, pode ser até teoria da conspiração mesmo, mas a verdade é que os fatos estão aparecendo um atrás do outro.

            Há menos de uma semana foi a notícia sobre os 20% de inadimplência do MCMV1, depois esta sobre prioridade de MCMV para militantes do PT.

            Provavelmente o que está acontecendo, já é uma prévia das eleições, quando os adversários começam a caçar os podres e divulgar na mídia.

            O problema é que ainda falta muito tempo para eleição, então, se já está aparecendo tudo isto, imagina no ano que vem…

  • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 11:20

    Mais uma notícia sobre intervencionismo do Governo, depois não adianta fazer discurso no Exterior dizendo que respeita contratos…

    Petrobras descarta aumento dos combustíveis no curto prazo
    Graça Foster se reuniu nesta sexta-feira com Dilma e Lobão. Petrobras prevê 1º óleo de Sergipe em 2018 com 100 mil barris.
    27/09/2013 15h40 – Atualizado em 27/09/2013 16h51

    Graça Foster concedeu entrevista no Rio de Janeiro (Foto: Felipe Reis/Divulgação)
    Por Lilian Quaino
    Do G1, no Rio
    A presidente da Petrobras , Graça Foster, reiteirou nesta sexta-feira (27) que está descartado no curto prazo um aumento no preço dos combustíveis. Mais cedo, ela se reuniu em Brasília com a presidente Dilma Rousseff e o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão.
    “Não falamos sobre combustível, não tem previsão de aumento de combustível no curto prazo”, disse ela, sem divulgar o teor da reunião, alegando que era “uma agenda da presidente”.
    Graça não quis dizer o que ela considera “no curto prazo”.
    “Se eu falar em X semanas, o mercado precifica um valor e se não vem aquele percentual, acontece o que aconteceu o penúltimo reajuste, a gente espera um valor de ações e elas caem”, explicou.
    Graça Foster afirma que a Petrobras “trabalha pela convergência” de preços de modo a alinhar os preços a níveis internacionais.
    “Existe uma defasagem que voltou a crescer nos últimos 3 dias com o dólar na tarde desta sexta a R$ 2,26. Para o fechamento do trimestre em setembro, a gente torce para que o dólar volte a algo em torno de R$ 2 até segunda-feira (30). Sem reajuste, em maio, com a combinação do brent e do câmbio, o preço do diesel ficou mais caro no Brasil do que lá fora”, disse.
    A executiva não quis falar também de prognósticos em números da recente descoberta de petróleo em Sergipe. Ela disse que a Petrobras é cautelosa com essas expectativas, mas que se trata de “uma bela descoberta”.
    “É uma nova província petrolífera na Bacia Sergipe-Alagoas, uma atividade antiga que, em 2008, foi alvo de uma análise mais profunda. As descobertas são relevantes, a 100 quilômetros da costa”, disse ela, estimando o primeiro óleo para 2018, com 100 mil barris ao dia.
    Graça anunciou que duas refinarias no Nordeste podem ter sua implantação em 2015 e em maio de 2014 será divulgada a licitação para contratação de serviços para as refinarias.
    “Queremos parceiros relevantes com conhecimento em refino e que tragam recursos. A Petrobras tem o projeto dela no Maranhão e no Ceará, mas uma das empresas com quem trebalhamos tem o projeto dela também, isso é mais interessante ainda. Em fevereiro esse projeto vai estar na mesa da Petrobras para estudo, disse, afirmando que os projetos são simples.
    Mas o cenário atual da companhia é bom, segundo considerou.
    “Estamos numa fase boa de operação. O caixa está bem e a produção pode crescer em 2014. Fechamos o segundo trimestre com R$ 73 bilhões de caixa e não vamos precisar de captações este ano. Porém, estamos alertas, se vierem oportunidades no mercado de capitais. Nossa principal fonte de recursos é a geração de caixa”, afirmou.
    A presidente da companhia rressaltou que o programa de melhoria de eficiência tem dado bons resultdos. A otimização nas efinarias da Petrobras em cabotgem e logística feitas há cerca de um ano deram umganho de produção de mais 196 mil barris por dia de refino, explicou ela.
    Graça disse ainda que as paradas programas das plataformas, cumprindo o planejado, e àas vezes encurtando o prazo em um ou dois diaas, potencializaram a eficiência.
    “Se a plataforma opera com 85% de eficiência, depois da parada, quando volta, volta a maior, com 95% a 98% de eficiência. O ativo fica mais valioso e previsível e a gente toma menos sustos. A produção vai ficando alinhada”, afirmou, ressaltando que em alguns dias de setembro a companhia produziu acima da meta de 2 milhões de barris por dia.
    Graça disse que tem se dedicado às comemorações dos 60 anos da companhia, participando inclusive da elaboração da campanha publicitária.
    “Estou achando muito bacana isso de se envolver nessas das funções da sociedade, estar com agências, com os músicos compositores, se sentir parte do que está acontecendo. Aos 60 anos, a Petrobras é uma empresa jovem quando se compara com outras empresas de petróleo e onde a Petrobras chegou, é muito”, afirmou.

    • Reply Vilmar 29 de setembro de 2013 at 23:46

      Seguem sucateando uma gigante como a petrobrás, uma pena mesmo. Gestão socialista, não pode se esperar nada além disto.

      • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 10:35

        É isso aí! Sem contar o corporativismo explicito e pessoas que “dirigiam” sindicato, liderando times com 10 pessoas e viraram diretores de Petrobrás com centenas ou milhares de comandados, em áreas que nunca atuaram antes nem tem know-how…

  • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 11:07

    Mais uma notícia sobre incentivos setoriais do Governo, o que conforme comentado mais acima, traz prejuízos maiores a economia. Trata-se de medida “band-aid”, p / não deixar a economia degringolar demais antes das eleições.

    IPI de móveis e linha branca subirá abaixo do previsto em outubro
    Novas alíquotas serão válidas até 31 de dezembro. Ministério da Fazenda irá reavaliar questão ao final do período.
    27/09/2013 19h02 – Atualizado em 27/09/2013 20h12

    IPI linha branca (Foto: Editoria de Arte/G1)
    Por Darlan Alvarenga
    Do G1, em São Paulo
    O secretário de política econômica do Ministério da Fazenda , Márcio Holland, informou nesta sexta-feira (27) que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos produtos da linha branca e dos móveis, reduzido no ano passado, voltará a subir a partir de 1º de outubro, porém abaixo do previsto anteriormente.
    A previsão era que os produtos voltassem a ter as alíquotas originais a partir da próxima terça-feira . O governo, no entanto, vai “fatiar” essa alta, com uma elevação menor do IPI até 31 dezembro.
    “O governo observou que economia no segundo semestre está apresentando um bom comportamento. As vendas estão indo bem, a produção está indo bem e o nível utilização de capacidade instalada está regular”, disse Holland sobre a decisão de recomposição de parte das alíquotas, após participar de uma reunião entre o Ministério da Fazenda e representantes do setor varejista e de eletroeletrônicos.
    Segundo o secretário, uma nova alta das alíquotas a partir de 2014 ou a manutenção delas no patamar anunciado nesta sexta será “uma discussão posterior”.

    secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland
    Em junho, o governo federal anunciou um reajuste gradual das alíquotas do IPI de produtos da linha branca (com exceção de máquinas de lavar, que permanece em 10%) no decorrer deste ano, que retornariam ao patamar original a partir de outubro.
    Novas alíquotas
    No caso de geladeiras e refrigeradores, a alíquota era de 5% até o fim de janeiro, passou para 7,5% em fevereiro, 8,5% em julho e a programação é que ela seria elevada para 15% a partir de outubro. Entretanto, segundo informou o Ministério da Fazenda, ela será elevada para 10% até dezembro deste ano.
    Para os tanquinhos, o IPI estava em zero no ano passado, subiu para 3,5% em fevereiro e, em julho passou para 4,5%. A previsão era de retornasse a 10% a partir de terça-feira, mas ficará em 5% até o final do ano.
    Para as máquinas de lavar, a alíquota atual de 10% continuará sendo definitiva. Antes do início das reduções do IPI, a alíquota para os itens era de 20%.
    Já os fogões terão sua alíquota original, de 4%, retomada.
    Vale lembrar, porém, que o benefício só vale para os produtos com eficiência energética “A”.
    No caso dos móveis e painéis, a alíquota, que estava em zero até o fim de janeiro, subiu para 2,5% em fevereiro, 3% em julho e a previsão é que retornaria para 5% a partir de outubro. Entretanto, Holland informou que ela avançará para 3,5% entre outubro e dezembro.
    O governo não deu detalhes sobre como ficarão as alíquotas para luminárias e papel de parede, cujos benefícios também estão previstos para encerrar no final de setembro.

    Fabricantes dizem que novas alíquotas devem ser definitivas

    Lourival Kiçula, presidente da Eletros
    Segundo Lourival Kiçula, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), os presentes ao encontro receberam a indicação de que essas alíquotas para linha branca não deverão sofrer novas altas após o final do ano e ficarão “em definitivo”.
    Embora tenha recomendado que os consumidores aproveitem o último fim de semana de IPI menor para fazer as compras, Kicula considerou as alíquotas abaixo do original uma conquista importante. “Se o fogão é essencial e é 4%, não tinha sentido a lavadora e a máquina de lavar não ser tão essencial quanto”, disse.
    O setor negocia agora a inclusão de mais eletrodomésticos na lista do programa Minha Casa Melhor, que oferece crédito e condições de financiamento mais vantajosas para a compra de móveis e eletrodomésticos.
    “Estamos estudando a medida, mas ainda não há decisão da parte do governo”, disse Holland.

  • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 10:49

    Segue abaixo notícia sobre efeitos na bolha imobiliária espanhola, que começou a ser inflada por volta de 1.997, teve sua explosão e reconhecimento só por volta de 2.007 e até hoje percebemos os danos enormes causados a população.

    Serve para demonstrar que este eh um processo de prazo muito longo e de danos muito elevados:

    Recessão alimenta crise habitacional na Espanha

    País que viveu boom imobiliário vê crescer movimento organizado sem-teto
    Crise da hipotecas e desemprego agravam quadro; nova lei amplia direito de ocupadores, ameaçados de despejo
    RODRIGO VIZEU
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MÁLAGA (ESPANHA)
    Aos 21 anos, a espanhola María Rodriguez vive em um apartamento de dois quartos com o marido e dois filhos em Málaga, no turístico sul do país. O edifício se chama Buena Ventura: boa sorte, em espanhol. A vida dela, porém, tem sido de desventura.
    O prédio residencial em que sua família e outras 12 moram irregularmente desde fevereiro pertence a um banco. A ordem de despejo está prevista para ser executada pela polícia nesta quinta.
    A ocupação Buena Ventura é uma das “corralas” (referência a currais) que se espalham pela Espanha com a crise econômica.
    O fenômeno era até então estranho ao país, que já vê crescer um movimento sem-teto. A economia espanhola encolhe há dois anos.
    A proliferação das ocupações está ligada a dois fatores: a crise hipotecária local, que leva as famílias a perderem suas casas após não pagarem as dívidas, e ao desemprego de 26,3%. É a segunda maior taxa da União Europeia, atrás apenas da Grécia. Entre os jovens espanhóis, o índice ultrapassa 50%.
    É o caso de María. Filha de um funcionário público, ela não tem emprego. O marido, na economia informal, ganha cerca de € 240 (R$ 732) por mês. O sustento vem de seu pai, que ajuda outros cinco filhos, todos desempregados.
    Sem dinheiro para pagar os € 1.200 da matrícula anual da faculdade, María deixou o curso de economia. Sua vida agora é cuidar dos filhos e, como outros moradores do prédio, fazer bicos, como vender flores no centro.
    A ex-universitária diz sentir “ansiedade” ao ver que corre o risco de não conseguir ter o mesmo padrão de educação e de renda de seus pais.
    “Não posso nem me dar o capricho de comprar as coisas que quero e, às vezes, tampouco as que preciso.”
    Os moradores do Buena Ventura se dividem na limpeza e na manutenção do local. Um quadro na área comum divide as tarefas. Na entrada, a provocação: “boas práticas –não se abre para a polícia”.
    A ocupação à espanhola, no entanto, supera em condições a maioria de suas análogas brasileiras.
    O Buena Ventura é um edifício novo e bem conservado, com apartamentos espaçosos comparáveis a moradias de classe média no Brasil. Cada família tem seu apartamento e os cômodos são equipados com móveis doados por amigos e vizinhos ou feitos pelos próprios moradores.
    DESPEJO
    A maior preocupação é com a desapropriação do imóvel. Até agora, os moradores não conseguiram moradias com aluguel subsidiado pelo Estado. “Vou dormir sob a ponte? Não paro de pensar nisso”, diz Silvia Jimenez, 26, desempregada e também egressa de uma família com acesso à educação.
    Segundo levantamento de uma parlamentar da Andaluzia, região onde fica Málaga, foram executados quase 20 mil despejos em toda Espanha até junho, dos quais 7.300 foram ligados a dívidas hipotecárias. De acordo com dados oficiais, 13,6% dos imóveis espanhóis estavam desocupados em 2011.
    Com a piora do quadro, que levou até a suicídios de desalojados, o Parlamento andaluz aprovou na semana passada uma lei de despejos que amplia os direitos dos moradores endividados.
    O despejo do Buena Ventura, porém, não é um caso de hipoteca e continua marcado. Os moradores prometem “resistir, se necessário, com a própria vida”.

    • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 10:53

      Segue outra notícia relacionada ao tema:

      Moradores criam ‘banco do bem’ e rejeitam contas

      COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
      Com a crise, as iniciativas de desobediência civil na Espanha vão além das corralas.
      Em La Palmilla, um dos bairros mais pobres e violentos de Málaga, moradores tomaram a sede de uma antiga agência bancária e instituíram “O Banco Bom” (“Er Banco Güeno”, na gíria local).
      O lugar funciona como um restaurante comunitjiário que distribui cerca de 400 refeições gratuitas diárias feitas a partir de doações. Também é oferecido aconselhamento jurídico a famílias despejadas.
      Os ocupadores, apoiados por movimentos sociais e partidos de esquerda, acusam o banco Unicaja, dono do prédio, de ser um “símbolo do capital”. Apesar do discurso de autogestão, a iniciativa tem como chefe de fato Jesús Rodriguez, que já cumpriu pena por tráfico de drogas.
      Segundo ele, 3 em 4 moradores do bairro estariam sem emprego. A consultoria AIS estima que mais de 30% da população economicamente ativa de Málaga esteja parada. O sul da Espanha tem as piores taxas de desemprego. Para Rodriguez, “a única resistência possível são ações de desobediência civil”.
      Apoiados pelo “banco bom” evocando o contexto da crise, moradores se recusam a pagar contas de água e exigem uma tarifa especial para consumidores pobres. Também há no bairro movimentos que rejeitam pagar alugueis, mesmo os subsidiados.
      “Não entendo por que o governo pensa mais em eliminar a desobediência do que em buscar normas que favoreçam as pessoas”, reclama Rodriguez, réu em processo da Unicaja. Se condenado, ele promete se trancar, com vizinhos, no “banco bom”.

      • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 14:10

        Esta notícia fala sobre as preocupações quanto a bolha imobiliária na Inglaterra.

        É natural, quando temos uma enxurrada de US$ patrocinada pelos EUA ao longo dos anos, que sejam formadas bolhas especulativas em vários locais do mundo.

        Segue o link (tirar “aspas” do início) e logo depois a notícia na íntegra:

        “http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2013/09/27/interna_internacional,453918/temor-de-nova-bolha-imobiliaria-na-gra-bretanha.shtml

        Temor de nova bolha imobiliária na Grã-Bretanha

        AFP – Agence France-Presse

        Publicação: 27/09/2013 18:01 Atualização:

        Cinco anos depois de despencar devido à crise financeira de 2008, os preços dos bens imobiliários voltaram a seus níveis mais altos na Grã-Bretanha, gerando temor de uma nova bolha.

        Segundo o último índice publicado pelo escritório britânico de estatísticas, os preços aumentaram na Grã-Bretanha 3,3% em um ano – de julho de 2012 a julho de 2013-, atingindo seu pico em janeiro de 2008.

        Uma situação provocada, sobretudo, pela alta dos preços na capital (+9,7%), assediada por fortunas estrangeiras, diferente de lugares como Escócia, onde os preços caíram (-2%) e se mantêm abaixo dos níveis máximos de 2008, assim como em Gales e na Irlanda do Norte.

        O preço médio de uma casa em Londres é 438.000 libras (703.000 dólares), muito acima das 245.000 libras em toda Grã-Bretanha, 182.000 na Escócia ou 132.000 na Irlanda do Norte.

        Em um ambiente de recuperação econômica, os empréstimos imobiliários também alcançaram, em agosto, seu nível mais alto desde 2009, enquanto o número de agentes imobiliários nunca tinha sido tão alto.

        A empresa londrina de agências imobiliárias Foxtons protagonizou, na semana passada, uma entrada na bolsa espetacular.

        Há aqui todos os elementos para ressuscitar o espectro de uma nova bolha imobiliária, o processo de aumento excessivo dos preços pela especulação, que costuma acabar com uma queda descontrolada que arrasta toda a economia.

        Mais ainda considerando que o governo do conservador David Cameron, em busca de mecanismos para sustentar a economia, pôs em prática o “help to buy” (ajuda para comprar).

        Com este mecanismo, o Estado empresta aos compradores até 20% do preço de um bem imobiliário de até 600.000 libras (963.000 dólares).

        “A anos luz de uma bolha”, responde o governo

        Este dispositivo de ajuda aos compradores foi energicamente criticado pela oposição trabalhista. “É uma questão de economia básica, George”, disse nesta segunda-feira o responsável de questões econômicas do partido, Ed Balls, no congresso anual trabalhista, se dirigindo ao ministro das Finanças, George Osborne.

        “Se apoia a demanda imobiliária sem atuar sobre a oferta, o que ocorre é que os preços sobem e sobem”, criticou.

        O “Help to buy” não tem unanimidade nem no próprio governo, uma coalizão entre o partido conservador e liberal. O democrata-liberal Vince Cable, secretário de Estado de negócios e inovação, avisou que isso pode estar alimentando “uma nova bolha”, antes de ser contrariado pelo restante do executivo.

        “Estamos a anos luz de uma bolha imobiliária neste país”, disse em meados de setembro, Danny Alexander, vice-ministro do Tesouro.

        Contudo, mais além do debate político, o Banco da Inglaterra leva o tema muito a sério.

        A “velha dama” da rua Threadneedle, como a instituição é conhecida, “é totalmente consciente do risco de uma alta insustentável dos preços e dos créditos e acompanhará tudo isso de perto”, disse no final de agosto seu novo presidente, o canadense Mark Carney.

        Carney passou, ao mesmo tempo, uma mensagem de tranquilidade: “as concessões de crédito estão um pouco acima da metade de seu nível anterior à crise e as transações a um pouco mais de dois terços”.

        Apesar de não negarem o risco, os economistas não acreditam em um perigo iminente.

        “O risco aumenta”, em particular em Londres e no sudeste do país, “mas estamos bem longe de uma bolha imobiliária”, considerou Howard Archer, da consultoria IHS Global Insight, porque a alta dos preços se limitará “a curto prazo”, alimentado pela tímida recuperação econômica.

        Matthew Pointon, da Capital Economics, estima que “os temores de uma recuperação muito rápida do mercado imobiliário são exagerados” porque os bancos não mostram “o mesmo entusiasmo” que os compradores e estão dando empréstimos com muita cautela

        • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 14:48

          Falando ainda sobre bolhas imobiliárias em outros países, que cresceram de forma simultânea graças aos estímulos artificiais dos EUA (QE) não poderia deixar de mencionar a da China.

          Esta é das mais visíveis no mundo todo e se, por acaso, explodir de vez antes da bolha brasileira, certamente será um poderoso detonador desta, não só fazendo com que a bolha brasileira exploda de forma visível até mesmo a partir de outro planeta, mas também, intensificando seus efeitos para nossa economia, haja visto nossa dependência quanto a exportação de commodities para China, que teria fortíssima retração neste cenário e o impacto sobre a economia mundial como um todo.

          O pior cenário Externo é a combinação de uma recuperação econômica dos EUA, que levaria a redução do QE e aumento de juros por lá, com uma redução de atividade na China juntamente com a explosão da bolha imobiliária de lá.

          O mais “engraçado”, é que embora seja “liquido e certo” que teremos as duas ocorrências acima, mais cedo ou mais tarde, as pessoas gostam de fingir que isto não acontecerá. Este “viver na ilusão” é outra característica típica de uma bolha imobiliária.

          Segue abaixo o link (tirar “aspas” antes) e logo depois a notícia:

          “http://ogestorimobiliario.blogspot.com.br/2013/08/preco-da-terra-atinge-novas-alturas.html

          CHINA: BOLHA IMOBILIÁRIA INFLA COM O AUMENTO DO CUSTO DA TERRA

          A cidade de Erdos, na Mongólia Interior, China, tem preenchido seus imóveis muito lentamente, outrora conhecida como ‘cidade-fantasma’, agora é chamada
          ‘cidade-da-dívida’ (Ed Jones/AFP/Getty Images)

          Governos locais descapitalizados, empresas estatais cheias de dinheiro e políticas de crédito bancário muito frouxas estão alimentando a compra especulativa de terras na China, apesar do que todo mundo sabe: Essa bolha vai estourar.

          Esta situação torna-se mais perigosa com o desempenho geral da economia. O mercado espera que a taxa de crescimento do PIB da China caia em 2 a 3 pontos percentuais este ano. Com a desaceleração do crescimento, verificou-se o excesso de capacidade em muitas indústrias, cujos produtos não podem ser vendidos e a renda foi reduzida. As empresas não podem pagar seus empréstimos e as dívidas podres aumentaram nos bancos.

          Além disso, cada vez mais os governos locais estão afogados em dívidas. De acordo com uma análise do Semanário Xinmin de Shanghai, se os governos locais na China forem autorizados a falir, pelo menos 16 governos locais estão à beira do colapso.

          No entanto, neste contexto de contração e possível fracasso econômico, o montante total de vendas de terras durante o primeiro semestre deste ano já é igual ao valor total das vendas do ano passado.

          Aumento dos custos da terra

          A bolha imobiliária foi em grande parte alimentada pelo aumento do custo da terra. Com o aumento do custo de construção, os preços dos imóveis também têm subido cada vez mais. Os preços da terra respondem por cerca de 40% do preço dos imóveis.

          Os maiores beneficiários do aumento dos preços da terra são os governos locais da China em vários níveis. Desde 2007, a renda da transferência de terra foi incluída no orçamento dos governos locais. A renda da venda do direito de uso da terra por meio do governo abrir mão de sua reivindicação de posse tem constituído mais de 30% da receita fiscal local e a porcentagem tem aumentado a cada ano. Em alguns lugares, este percentual atingiu cerca de 50%.

          Dívida do governo local

          Em 2010, a dívida do governo local da China atingiu 10,7 trilhões de yuanes (US$ 1,74 trilhões), segundo a Secretaria Nacional de Auditoria, enquanto o ex-ministro das Finanças chinês Xiang Huaicheng estimou que a dívida era de 20 trilhões de yuanes. Em outras palavras, a dívida local equivale a 20-30% do PIB da China.

          O diretor do banco central chinês Zhou Xiaochuan apontou numa conferência em março deste ano que “cerca de 20% da dívida local é realmente muito perigosa, porque estes lugares não têm qualquer receita”.

          Muitos governos locais vêm assumindo novas dívidas para pagar dívidas antigas. Cerca de um terço da dívida local é usado para pagar dívidas antigas.

          Repórteres do Semanário Financeiro Nacional foram à cidade de Erdos, um projeto de construção elefante-branco na Mongólia Interior, para investigar e descobrir que as dívidas de Erdos chegam a 240-400 bilhões de yuanes (US$ 39-65 bilhões), mas suas receitas anuais são de apenas 37,5 bilhões de yuanes (US$ 6,1 bilhões).

          O governo local não apenas não pode pagar suas dívidas, mas também não é capaz de pagar os salários dos funcionários públicos. O distrito de Dongsheng de Erdos emprestou 1,5 bilhão de yuanes do Grupo Yitai no Ano Novo Chinês do ano passado para pagar os salários dos funcionários do governo. Erdos costumava ser chamada de ‘cidade-fantasma’ por algum tempo por causa de sua alta taxa de vacância, agora ela também é conhecida como ‘cidade da dívida’.

          Quando as condições econômicas são boas, os governos locais têm receita tributária ampla e obtêm grandes lucros, especialmente com a venda de terras. Nestes tempos, agências governamentais e funcionários são aumentados, levando a mais despesas.

          Numa desaceleração da economia, os governos locais sentem a pressão intensa, sendo subitamente confrontados com a redução da receita fiscal com que já se acostumaram.

          Nesta situação, a venda de terras se tornou a fonte mais prática e eficaz de geração de renda.

          Licitando o preço

          Uma razão para os preços da terra serem tão altos é que eles são controlados pelo Estado. A lei da China estipula que toda a terra é propriedade do Estado e o Estado tem o direito de decidir o seu valor. O valor da terra é, portanto, diretamente ligado à renda do governo local.

          O fortalecimento simultâneo do setor estatal e o enfraquecimento do setor privado também ajudaram a contribuir para o crescimento dos preços da terra.

          No passado, a iniciativa privada representava a maioria dos licitantes em leilões de terra. A situação mudou nos últimos anos e as empresas estatais, especialmente as grandes afiliadas diretas ao regime central do Partido Comunista Chinês, tornaram-se a maioria dos compradores.

          Essas grandes empresas estatais controladas pelo governo central são endinheiradas. Elas gozam dos lucros exorbitantes de empresas monopolistas, como petróleo e eletricidade. Apoiados pelo governo central, os gestores destas empresas abocanham a terra nas grandes cidades como se a terra fosse livre. Pequim, onde muitas empresas controladas pelo governo central estão sediadas, mostrou o maior aumento nos preços da terra.

          Além disso, o excesso de crédito oferecido por bancos da China, por meio de instrumentos financeiros de risco, agravou a bolha imobiliária da China. Desde o ano passado, investidores imobiliários têm levantado quantidades gigantescas de capital por meio de vários produtos financeiros, como empréstimos de crédito e fundos. Quando esse dinheiro foi injetado no mercado imobiliário, ele acelerou o inchamento da bolha e criou mais e mais “reis da terra”.

          Financiamento excessivo infla a bolha

          Um exemplo típico é o Grupo Thaihot, uma empresa baseada na província de Fujian, que se envolveu em financiamento agressivo na compra pródiga de terras no primeiro semestre de 2013.

          O Grupo Thaihot assegurou várias propostas de terra nas cidades de Shishi, Ningde e Changle na província de Fujian, nos distritos de Chaoyang, Tongzhou e Shijingshan de Pequim e no distrito de Zhabei de Shanghai.

          O preço por metro quadrado no distrito de Tongzhou de Pequim aumentou mais de 60% em um mês, de 11.300 yuanes (US$ 170 por metro quadrado) em abril para 19 mil yuanes (US$ 287 por m²) em maio.

          De acordo com as estatísticas reunidas pelo website financeiro chinês 21cbh.com, as despesas de compra de terrenos do Grupo Thaihot no primeiro semestre deste ano foram de 9,32 bilhões de yuanes (US$ 1,52 bilhões).

          Segundo relatos, o Grupo Thaihot financiou 4,654 bilhões de yuanes (US$ 758 milhões) por meio de quatro sociedades fiduciárias. Levando em conta os 5,079 milhões de yuanes (US$ 827 milhões) que ele emprestou no segundo semestre de 2012 de bancos, companhias de gestão imobiliária e sociedades fiduciárias, o Grupo Thaihot financiou 9,7 bilhões de yuanes (US$ 1,58 bilhões) em um ano.

          Considerando que as receitas anuais de 2012 foram de 2,6 bilhões de yuanes (US$ 423 milhões), o razão dívida-receita é enorme. A empresa também tem custos na forma de pagamentos de juros de 1 bilhão de yuanes (US$ 163 milhões) a cada ano. O grau de risco é evidente.

          Atualmente, muitas empresas imobiliárias estão reinvestindo seus lucros em compras de terras. Um grande número de empresas de outros setores também está buscando oportunidades de investimento no mercado imobiliário por meio de produtos financeiros oferecidos por instituições financeiras.

          A situação está se tornando cada vez mais perigosa. Quando ninguém comprar casas, o preço dos imóveis entrará em colapso, o que desencadeará uma grave crise financeira.

          Todo mundo sabe que é apenas uma questão de tempo até a bolha estourar. Quando a bolha imobiliária do Japão explodiu, isso colocou a economia do país num período de duas décadas de depressão, da qual o Japão ainda não se recuperou.

          A bolha imobiliária em Erdos já está estourando – os preços caíram em 70-80%. Quantas cidades na China se precipitarão numa crise semelhante? Será que o estouro da bolha se espalhará por todo o mercado imobiliário da China como a propagação de um vírus?

          Tianlun Jian, PhD, escreve regularmente sobre a economia chinesa (Chineseeconomictrend.blogspot.com)
          Fonte: Epoch Times

  • Reply CA 28 de setembro de 2013 at 20:21

    Creio que está notícia vale a pena para ser replicada aqui e tem relação direta com o tópico:

    Depois de presidente do CRECI SP ter tido que esperava vendas próximas do mesmo período de 2.012, para o segundo semestre de 2.013, temos indicadores quanto a expectativas da área de construção civil que estão ainda piores que os de 2.012.

    Lembrando que o segundo semestre de 2.012 foi catastrófico para a construção civil, com péssimos resultados.

    Segue o link (tirar “aspas” antes) e logo depois a notícia:

    “http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/2013/09/1347775-confianca-da-construcao-recua-46-no-tri-ate-setembro-aponta-fgv.shtml

    Confiança da construção cai 4,6% no trimestre até setembro
    26/09/2013 – 13h53 |DA REUTERS

    O Índice de Confiança da Construção recuou 4,6% no trimestre encerrado em setembro na comparação com um ano antes, de acordo com a Sondagem Conjuntural da Construção divulgada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quarta-feira (25).

    No trimestre até agosto, o índice havia recuado 4,7% na mesma comparação.

    “O resultado geral da pesquisa sinaliza um ritmo de atividade econômica moderado para o setor no terceiro trimestre de 2013”, apontou a FGV.

    O índice médio dos três meses até setembro ficou em 115,9 pontos, contra 121,5 pontos no mesmo período do ano anterior. No trimestre encerrado em agosto, o Índice de Confiança da Construção havia ficado em 116,2 pontos.

    O Índice da Situação Atual apresentou queda de 6,7%, contra variação negativa de 8,5% em agosto.

    Das 700 empresas consultadas, 24,6% avaliaram a situação atual como boa no trimestre até setembro, contra 27,2% no mesmo período do ano anterior. Já 17,3% das empresas consideraram que a situação está ruim, ante 10,1% em setembro de 2012.

    Por sua vez, o Índice de Expectativas caiu 2,8%, ante queda de 1,4% no mês anterior.

    A proporção de empresas prevendo melhora da situação no trimestre encerrado em setembro chegou a 37,7%, contra 40,9% no mesmo período em 2012.

    Dos 11 segmentos pesquisados, seis apresentaram melhora na comparação trimestral anual, sendo que o destaque foi Preparação do Terreno, com queda de 4,9% em setembro após recuo de 7% em agosto.

    A FGV informou ainda ontem que o Índice Nacional de Custo da Construção-M registrou alta de 0,43% em setembro, acelerando ante 0,31% no mês anterior.

  • Reply CA 28 de setembro de 2013 at 19:58

    Artigo interessante da Folha de São Paulo.

    Destaco o trecho abaixo. Agora imagine o que foi construído quanto a um bem muito mais caro e um endividamento muito mais longo, como o de imóveis…

    Segue o trecho:

    “A economia estagnou porque o boom de consumo chegou ao fim. Não existe mais no país um contingente tão grande de pessoas para serem inseridas no mercado de trabalho e no acesso ao crédito.

    E vale ressaltar que parcela significativa da nova classe média está fortemente endividada, tentando pagar o carro financiado a perder de vista. A bolha de inadimplência do setor automotivo, que foi inflada pelos incentivos fiscais do próprio governo, ainda pesa na economia.”

    Tirar “aspas” antes do link:

    “http://www1.folha.uol.com.br/colunas/raquellandim/2013/09/1348308-estagnados.shtml

    27/09/2013 – 10h17
    Estagnados
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    Ouvir o texto
    A desigualdade parou de diminuir no Brasil. É o que atesta a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada hoje pelo IBGE. A constatação é muito preocupante, mas infelizmente previsível, porque a economia brasileira está praticamente estagnada.

    O índice Gini ficou em 0,507 em 2012, o mesmo nível de 2011. Esse indicador mede o nível de concentração de renda – quanto mais perto de 1 mais desigual é o país.

    Isso aconteceu porque o rendimento médio dos 10% mais pobres do Brasil subiu 5,1%, enquanto os 1% mais ricos tiveram um salto de 12,8% na sua renda.

    Esse resultado pode significar o fim da “década inclusiva” quando 23,4 milhões de pessoas saíram da pobreza, graças a um crescimento de 91,2% dos salários dos 10% mais pobres entre 2001 e 2011.

    Esse salto foi provocado, principalmente, pela política de fortes reajustes do salário mínimo, pelos programas de transferência de renda como o Bolsa Família, e pela explosão do crédito.

    No fim do governo Lula, essa receituário de políticas garantiu um crescimento de 7,5% ao ano e a eleição de sua sucessora. Desde então o cenário mudou.

    Se for confirmada a previsão de aumento de 2% a 2,5% do PIB este ano, o Brasil vai amargar um crescimento médio de 2% nos três anos da presidente Dilma – um patamar medíocre para uma economia no nível de desenvolvimento da brasileira.

    A economia estagnou porque o boom de consumo chegou ao fim. Não existe mais no país um contingente tão grande de pessoas para serem inseridas no mercado de trabalho e no acesso ao crédito.

    E vale ressaltar que parcela significativa da nova classe média está fortemente endividada, tentando pagar o carro financiado a perder de vista. A bolha de inadimplência do setor automotivo, que foi inflada pelos incentivos fiscais do próprio governo, ainda pesa na economia.
    A única saída para o Brasil voltar a crescer com vigor é investir mais e melhorar a produtividade. Esse diagnóstico já é consenso até entre governo e oposição.

    A dificuldade é colocar isso em prática. A atual administração finalmente reconheceu a dificuldade crônica do setor público de tirar projetos do papel e partiu para um programa de concessões.

    Os técnicos de Dilma, no entanto, adotaram uma postura de confronto com o setor privado nas regras dos contratos, o que diminuiu o interesse pelos ativos.

    Tudo indica que o programa de concessões será menor do que o previsto e que os leilões vão atrasar ainda mais. Os efeitos das concessões para os investimentos brasileiros, portanto, só devem começar a serem sentidos no fim do ano que vem.

    Assim, não há sinais de que vamos sair desse “rame rame” de baixo crescimento em breve. É verdade que o país vive uma inédita situação de pleno emprego, mas não deveria se acomodar. Avançamos muito, mas ainda somos um dos países mais desiguais do mundo.

  • Reply CA 28 de setembro de 2013 at 19:33

    Mais uma notícia com avaliação do Brasil como um dos mais afetados pelas movimentações do FED. Achei particularmente interessante a última pergunta e resposta, que replico aqui:

    Cinco anos após o Lehman Brothers, qual é a maior lição desse período para a história?

    Governo, reguladores e políticos têm que ser cuidadosos quando existe muito crédito e um boom de ativos baseados em pesadas dívidas.

    Não podem dizer a si mesmos que dessa vez será diferente. Precisam reagir.

    Essa é a história de um grande fracasso regulatório e político, mais do que de um fracasso do sistema bancário.

    Políticos e reguladores deveriam ter intervindo muito antes, mas estavam conseguindo muitas doações [de campanha] e estavam convencidos de que faziam um bom trabalho.

    Infelizmente esse é um aspecto da natureza humana que não muda.

    TEXTO COMPLETO – PUBLICADO NA FOLHA DE SÃO PAULO DE HOJE:

    Para professor de Harvard, país vai enfrentar período de baixo crescimento
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    RAQUEL LANDIM
    DE SÃO PAULO

    Ouvir o texto
    Kenneth Rogoff, professor da Universidade de Harvard, está preocupado com a situação dos países emergentes, principalmente o Brasil.

    “As reformas pararam ou andaram para trás. Isso fez o Brasil mais vulnerável ao fim da expansão monetária nos EUA e à desaceleração na China”, disse à Folha.

    Ele não acredita em “quebra” dos mercados emergentes, mas prevê um longo período de crescimento baixo, o que vai dificultar a solução dos problemas sociais.

    Rogoff, que já foi economista-chefe do FMI, concorda com a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) de não interromper agora a política de despejar US$ 85 bilhões mensais no mercado.

    O economista está um pouco mais otimista com a Europa, que teria encontrado uma maneira de reduzir a dívida dos países da periferia do euro “por baixo da mesa”. A seguir, trechos da entrevista.

    *
    Folha – O Fed surpreendeu e manteve a política de injetar recursos para aquecer a economia americana. Na sua opinião, está correto?

    Kenneth Rogoff – Fiquei feliz em vê-los aguardar um pouco. A inflação está baixa e o próprio Fed reduziu suas expectativas para o crescimento. É muito difícil ver motivo para apertar a política monetária.

    Quando o Fed vai começar a reduzir os estímulos?

    As compras de títulos serão reduzidas neste ano, mas não acredito que o Fed vai elevar as taxas de juros no curto prazo.

    Os mercados estão exagerando o impacto da inevitável redução dos estímulos monetários nos EUA?

    Sim. As taxas de juros americanas subiram porque o crescimento global estabilizou, especialmente na Europa. A Europa não cresce forte, mas as pessoas estão menos receosas de que a economia europeia se desintegre. O mercado põe a culpa de tudo na expansão monetária.

    As moedas dos países emergentes vinham se desvalorizando, mas inverteram o sinal depois do Fed. Qual é a tendência do câmbio?

    Ainda não é possível ver uma tendência clara. Mas a desvalorização não era só por causa do fim da expansão monetária nos EUA. É também porque o crescimento da China desacelerou e porque alguns mercados, particularmente o Brasil e a Índia, não fizeram as reformas necessárias durante o período de rápido crescimento.

    Gostaria de chamar atenção para um ponto: a China não quebrou e nem houve um forte aumento de juros nos EUA. Mesmo assim, o Brasil e a Índia se machucaram, com queda no preço das ações e desvalorização do câmbio. Certamente isso é muito preocupante.

    Os mercados emergentes estão frágeis?

    É um problema crônico de fluxo de capitais. Quando o capital chega, o mercado exagera o quanto a economia está indo bem e, quando sai, exagera o quanto vai mal.

    Isso não é regra para todos os emergentes. Os que mais sofrem são aqueles que têm déficit em conta corrente, ou seja, precisam pegar dinheiro emprestado para se financiar, e aqueles que pararam suas reformas.

    É desses países que os investidores vão tirar seu dinheiro mais rápido.

    É o caso do Brasil?

    Sim. As reformas pararam ou estão andando para trás. Isso tornou o Brasil mais vulnerável ao fim da expansão monetária nos EUA e à desaceleração da China.

    No curto prazo, não acredito em quebra no Brasil ou na Índia. Esses países têm câmbio flexível e grandes reservas internacionais.

    Estou mais preocupado com um longo período de crescimento baixo, o que não é nada saudável. Com baixo crescimento, o Brasil não vai conseguir continuar resolvendo seus problemas.

    O fraco crescimento do Brasil e da Índia pode prejudicar a recuperação global?

    Se forem só os dois, não. É claro que um problema no Brasil pode impactar a América Latina. Mas não é a mesma coisa que a Europa, que é um terço da economia mundial, quebrar. Brasil e Índia são proporcionalmente menores. Mas é difícil prever a psicologia do mercado.

    A economia americana está se recuperando em um ritmo adequado?

    Gostaríamos que os EUA crescessem mais rápido. A política monetária fez um bom trabalho, mas a política fiscal foi menos estável.

    O governo deveria ter investido mais em infraestrutura e ter um plano para reduzir o déficit no longo prazo. Mas não fez nada disso.

    A política fiscal tem sido ineficiente e, ainda assim, os EUA mostram uma resiliência impressionante. Se fossem feitas as reformas fiscais, avançaríamos 4% ou até 5%.

    Mas 5% de crescimento é muito alto em uma economia madura como a dos EUA.

    Não seria uma tendência, mas algo pontual. Com uma taxa de desemprego tão alta, é possível alcançar crescimentos acima da média por alguns trimestres ou até no ano. Nossa recuperação tem sido muito lenta.

    Como o senhor vê a situação da Europa?

    A boa notícia é que os europeus parecem ter entrado em um acordo para reduzir as dívidas dos países da periferia do euro. É um passo vital, porque essas dívidas nunca serão pagas.
    É algo difícil politicamente na Alemanha ou na Holanda, mas eles parecem ter encontrado uma maneira de fazer isso silenciosamente e por baixo da mesa.

    O que preocupa é que precisam se mover radicalmente para a construção de instituições europeias com poder econômico e legitimidade política. O euro vai ficar instável até isso ser feito. E infelizmente o movimento nessa direção é muito lento.

    O que significa reduzir a dívida por baixo da mesa?

    Eles vão encontrar maneiras de aumentar os prazos e reduzir os juros das dívidas de Irlanda, Portugal e Grécia, aliando um pouco a pressão. É o mesmo que reduzir o valor da dívida. Ainda não estão fazendo isso, mas há um consenso nessa direção.

    O senhor e Carmen Reinhart (professora de Harvard) foram muito criticados por um erro num artigo acadêmico que dizia que dívidas elevadas reduzem o crescimento dos países. Essa conclusão é válida?

    Foi um erro pequeno, corrigido na sequência. Depois foram publicados dezenas de artigos dizendo a mesma coisa. E há décadas de trabalho antes de nós.

    Fizeram um uso completamente político [do erro]. Nosso trabalho provou ser extremamente robusto. Alta dívida prejudica o crescimento. Qualquer um que vive num país altamente endividado entende isso.

    Cinco anos após o Lehman Brothers, qual é a maior lição desse período para a história?

    Governo, reguladores e políticos têm que ser cuidadosos quando existe muito crédito e um boom de ativos baseados em pesadas dívidas.

    Não podem dizer a si mesmos que dessa vez será diferente. Precisam reagir.

    Essa é a história de um grande fracasso regulatório e político, mais do que de um fracasso do sistema bancário.

    Políticos e reguladores deveriam ter intervindo muito antes, mas estavam conseguindo muitas doações [de campanha] e estavam convencidos de que faziam um bom trabalho.

    Infelizmente esse é um aspecto da natureza humana que não muda.

  • Reply Marcelo 28 de setembro de 2013 at 08:15

    Quanto ao seu estudo faço as seguintes ponderações:
    – você mostra um gráfico com vendas totais do mês de julho de 2011, julho de 2012 e julho de 2013. Além dos números estarem incorretos nos meses de julho de 2011 e julho de 2012 (estão superestimados, pois os números corretos são, respectivamente, 2722 e 1689), na minha opinião é um equívoco pegar os dados do último mês disponível, pois analisando isoladamente um mês este estará longe de demonstrar uma tendência. Como exemplo, se pegarmos o mês de junho dos anos de 2011 a 2013 não teremos uma curva descendente como verificada no seu estudo (2716, 1846, 3872). Outro exemplo? Vamos para o mês de maio de 2011 a 2013: ao contrário do seu gráfico, teremos desta vez uma curva ascendente (2380, 2728 e 3278).
    O mais correto, na minha opinião era agregar as vendas totais acumuladas até o mês de julho de cada um dos 3 anos. Por essa ótica, também teremos uma curva diferente da sua (Vendas de 2011 a 2013′ respectivamente, de 14.402, 11.981, 19.174).

    • Reply CA 28 de setembro de 2013 at 10:57

      Muito obrigado por suas opiniões.

      Você tem razão quanto aos números de Julho/2011 a Julho/2013, embora isto não faça a menor diferença quanto às conclusões, pois o mais importante é que a queda foi de 37,9% de Julho/2011 para Julho/2012, tivemos outra queda de mais de 0,90% de Julho/2012 para Julho/2013 e de fato, o próprio diretor do SECOVI reconheceu que uma queda tão elevada de 2.011 para 2.012 se deveu a uma crise, ou seja, não afeta em absolutamente nada as análises relacionadas a estes números e a total discrepância nos comentários do diretor do SECOVI, que na primeira queda falou em crise e na segunda, que ficou pior que a primeira, em “sazonalidade”. Isto sim é uma situação grave, pois é uma desinformação deliberada para enganar as pessoas.

      De qualquer forma, agradeço que você procure e informe erros, mesmo que irrelevantes. Farei a correção para que outras pessoas não percam mais seu tempo com isto.

      Quanto à tendência de que o segundo semestre de 2.013 tenha volumes muito próximos do segundo semestre de 2.012, quem disse isto pela primeira vez não fui eu, mas o SECOVI SP em seu relatório oficial referente ao mês de Julho/2013. Veja abaixo a declaração do presidente do SECOVI SP no relatório de Julho/2013, coloco em negrito o trecho correspondente:

      “Ainda assim, os excelentes resultados observados no primeiro semestre e as perspectivas para a segunda metade do ano, de desempenho do mercado muito próximo ao de 2012, permitem apostar em um crescimento de 30% nas vendas para 2013”, afirma o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.

      O link em que consta esta previsão, feita pelo Presidente do SECOVI SP é (é o mesmo link que consta no tópico acima):

      http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/pmi-julho-2103.pdf

      Observe que o relatório do SECOVI SP é emitido bem após o fechamento do mês de Julho/2013 e eles possuem informações privilegiadas sobre o período posterior a Julho/2013, informações estas vindas das próprias construtoras e ainda não divulgadas para o mercado como um todo.

      Se você julga que a tendência para o 2S2013 é diferente daquela informada pelo presidente do SECOVI SP, ou que ainda era muito cedo para o SECOVI SP fazer estas previsões, mesmo com eles tendo todas as informações que agrupam de construtoras e mais tudo aquilo que ainda não divulgaram referente a dados posteriores a Julho/2013, por favor, compartilhe estas informações aqui, serão muito úteis.

      Sobre comparação de períodos, de Janeiro a Julho de 2.012 versus 2.013, poderia ter feito, no entanto, não localizei o relatório de Julho/2012, ao tentar acessar na base do SECOVI SP constava a informação que este relatório havia sido “apagado da base”. Busquei ainda informações sobre distribuição quanto a número de dormitórios por notícias na Internet e não localizei. Se você tiver estes dados e quiser compartilhar, serão bem vindos, no entanto, não perderei meu tempo ajustando isto, pelos motivos abaixo.

      Mesmo não tendo localizado os dados de Julho/2012 com abertura por números de dormitórios, apresentei dados acumulados de Janeiro a Junho de 2.012 para 2.013 e por lá já percebemos que os imóveis de 1 dormitório tiveram variação de 8% de participação para 24%, com todos os demais tendo queda para que isto acontecesse. Em outras palavras, uma variação absurda também e completamente compatível com análises e conclusões deste estudo.

      Além disto, demais gráficos e análises do trabalho demonstraram comparativos entre os períodos acumulados para os quais foram localizadas informações (Janeiro a Junho). Você observou a tabela do SECOVI SP que contém os dados do primeiro semestre de 2.004 a 2.013? Tabelas sobre lançamentos e vendas. São 10 anos de comparação sobre este período, é um tempo razoável para se comparar o período acumulado, não é?

      Ao comparar o período de Janeiro a Junho de 2.012 e 2.013, foi até mais benéfico para os representantes do segmento imobiliário do que se tivesse incluído Julho, afinal no mês de Julho houve queda, logo, os representantes deste segmento não deveriam ter o que reclamar…

      Sobre o crescimento no período acumulado de Janeiro a Julho, mencionado por você, foi totalmente baseado em especulação, com vendas não destinadas a consumidores finais, conforme demonstrado neste trabalho e que, pelas previsões do próprio SECOVI, não serão mantidas no 2S2013.

      É uma péssima notícia para construtoras, especuladores, corretores e outros profissionais ligados a este meio e que tenham usado a especulação, tão prejudicial à Economia, ao País e a maior parte da população, como única forma de buscarem resultados que lhes beneficiasse. Acho ainda lamentável quando estas pessoas investem o seu tempo para este verdadeiro desserviço ao País, tentando defender e justificar o indefensável. É para isto que existem os blogs, para esclarecerem aquilo que os jornais não podem apresentar, afinal, o segmento imobiliário é o principal anunciante, não é mesmo?

      Fico feliz de observar que os blogs estão incomodando ao revelar o que está acontecendo e que cada vez mais, teremos profissionais do segmento tentando desesperadamente defender a especulação desenfreada, principalmente porque isto é mais um indicador de que esta situação absurda não é mais sustentável.

      Mais uma vez, muito obrigado por sua colaboração!

      • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 14:06

        Só para constar: feitos os ajustes acima, sobre o gráfico de Julho/2011 a Julho/2013, em 29/Set/2013 pela manhã.

        Também complementei o texto para que ficasse claro que a previsão de um volume muito próximo ao do 2S2012 para o 2S2013 foi uma afirmação da Diretoria do SECOVI SP, em seu último relatório de Julho/2013.

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 22:54

    Segue mais uma notícia sobre Economia, dando conta que o Governo continua sem cacife para bancar políticas de estimulo a consumo via subsídios setoriais:

    Contas do governo têm menor superávit para agosto em 17 anos
    Superávit primário somou R$ 87 milhões no mês, informou Tesouro.
    Na parcial do ano, economia feita para pagar juros da dívida caiu 28,2%.
    Alexandro Martello
    Do G1, em Brasília

    12 comentários
    As contas do governo central (União, Previdência Social e Banco Central) registraram um superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) de R$ 87 milhões em agosto deste ano, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta sexta-feira (27). Trata-se do menor esforço fiscal, para meses de agosto, desde o início da série histórica para este indicador, em 1997.
    saiba mais
    Arrecadação soma R$ 83,9 bilhões em agosto e bate recorde para o mês
    Governo reduz objetivo fiscal de superávit em 2014 para 2,1% do PIB
    No acumulado deste ano, até agosto, ainda segundo dados oficiais, houve uma queda no esforço fiscal de 28,2%, para R$ 38,47 bilhões, visto que, de janeiro a agosto do ano passado, o superávit somou R$ 53,58 bilhões. O recuo do superávit primário, neste ano, soma R$ 15,1 bilhões.
    Meta fiscal
    A meta de superávit primário do governo, para este ano, está fixada em R$ 108,1 bilhões. Para todo o setor público consolidado, o que inclui, também, os estados, municípios e empresas estatais, a meta para o ano de 2013 é de R$ 155,9 bilhões, o equivalente a cerca de 3,2% do PIB.
    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou, na revisão do orçamento deste ano, no mês passado, que o setor público poderá abater cerca de R$ 45 bilhões da meta global de R$ 155,9 bilhões por conta de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – possibilidade já autorizada pelo Congresso Nacional.
    Com isso, o superávit primário de todo o setor público poderia recuar para até cerca de R$ 111 bilhões neste ano – o equivalente a 2,3% do PIB. Para atingir esta meta, a equipe econômica anunciou, em julho, um bloqueio extra de R$ 10 bilhões em gastos na peça orçamentária deste ano, valor que se soma aos R$ 28 bilhões já cortados em maio de 2013.
    Refis da Crise
    O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, informou que podem ingressar nos próximos meses valores relativos à nova edição do Refis da Crise – incluído na MP 615, já aprovada pelo Congresso Nacional.
    “A maior parte dos casos em que se usa é para resolver contenciosos judiciais. No último periodo, houve poucas decisões. Agora vai ser a oportunidade disso ser pago. Não acho que haja nenhum desestimulo [para o pagamento de impostos normalmente pelas empresas]. É positivo para a economia”, declarou o secretário do Tesouro.
    Segundo ele, o Refis vetado pela presidente Dilma Rousseff em janeiro deste ano possuía um texto diferente. “Há uma avaliação nossa de que esse Refis que foi aprovado permitirá que um conjunto de contenciosos judiciais sejam resolvido administrativamente. Achamos que este é um momento oportuno”, declarou, acrescentando que é uma “boa forma” de resolver conflitos.
    Despesas crescem mais que receitas
    Os números do Tesouro Nacional mostram que as despesas continuam crescendo a um ritmo bem mais forte do que a arrecadação federal neste ano.
    Nos oito primeiros meses de 2013, a receita total (o que inclui dividendos de estatais) somou R$ 747 bilhões, com alta de 8,1%, ou R$ 55,8 bilhões, frente ao mesmo período do ano passado (R$ 691 bilhões).
    Ao mesmo tempo, as despesas totais do Tesouro Nacional somaram R$ 583 bilhões de janeiro a agosto deste ano, com uma alta maior frente a igual período do ano passado: de 12,5% – o equivalente a R$ 65 bilhões de expansão.
    Gastos com investimentos
    No caso dos investimentos, as despesas somaram R$ 42,1 bilhões de janeiro a agosto deste ano, informou o Tesouro Nacional, valor que representa estabilidade (queda marginal de 0,8%) frente a igual período de 2012.
    Sobre as despesas do PAC, que somaram R$ 29 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, houve alta de 6,2% sobre igual período do ano passado (R$ 27,3 bilhões), informou a Secretaria do Tesouro Nacional.

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 18:06

    A notícia abaixo já é um pouco mais antiga (quase duas semanas), mas como tem total relação com o tema do tópico, copio para quem ainda não a viu. Esta notícia fala sobre ENCALHE DE MAIS DE R$ 11 BILHÕES EM IMÓVEIS SEM VENDER EM SÃO PAULO.

    Sobre o FIPE ZAP e o preço de imóveis em São Paulo Capital mencionados no final da matéria, sugiro a leitura do “Sexto erro do mercado imobiliário”, onde demonstro que segundo pesquisa do CRECI SP com mais de 400 imobiliárias de São Paulo, com base no preço FINAL, NEGOCIADO, tivemos redução de 11,26% nos preços, enquanto no FIPE ZAP para o mesmo período, o preço ANUNCIADO subiu mais de 13%…

    Fonte: http://www.ecofinancas.com/noticias/cidade-sao-paulo-tem-r-11-6-bilhoes-imoveis-encalhados

    Os imóveis remanescentes -unidades que não são vendidas após 180 dias do lançamento -costumam ser a pedra no sapato das incorporadoras. Ao encontrar dificuldades para negociá-los, elas optam simplesmente por baixar o preço e direcionar a força de vendas para novos lançamentos. Um levantamento feito pela ImovelBid – plataforma de venda online que reúne ofertas de imóveis remanescentes -aponta que os imóveis remanescentes prontos na cidade de São Paulo representam um mercado de cerca de R$ 11,6 bilhões.

    “Unidades remanescentes significam dinheiro parado. Vender esse tipo de imóvel sempre foi um dos desafios do setor imobiliário, que carecia de uma solução consistente para isso, afirma Tonico Dias, diretor da ImovelBid. De olho nesse mercado, foi criado o site ImovelBid http://www.imovelbid.com.br – focado somente em ofertas imóveis remanescentes. Os preços das unidades chegam a ser até 38% menor do que o valor de lançamento. Até o momento, a ImovelBid já estabeleceu parceria com 10 incorporadoras, totalizando 70 oportunidades em imóveis remanescentes na cidade de São Paulo e região.

    Comprar um imóvel remanescente funciona como oportunidade para investidores, ou mesmo para quem procura um apartamento para morar, e deseja economizar. No site ImovelBid, por exemplo, um apartamento de 57m² no bairro Jardim Sul, região do Morumbi, pode ser adquirido por R$ 264 mil , valor 25% menor do que o original. Outro apartamento, em Santana, zona norte, pode hoje ser comprado por R$ 733 mil, valor 15% menor do que o preço original, de R$ 862 mil.

    As vendas de lançamentos e unidades remanescentes puxaram o crescimento do mercado imobiliário no primeiro semestre de 2013. De acordo com dados do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário) as vendas de imóveis novos em São Paulo-SP cresceram 46% comparadas ao primeiro semestre do ano passado. Ainda segundo o Sindicato, a previsão de crescimento de vendas para este ano subiu de 5% para 30%. A estimativa prevê que 35 mil unidades sejam negociadas até o fim do ano (a previsão inicial era de 28 mil). Em 2012, 27 mil unidades foram vendidas.

    Segundo o índice FipeZap, divulgado no início de setembro, a média do preço do m² na cidade de São Paulo é de R$ R$ 7.451. Nos últimos 12 meses, esse valor acumulou alta de 13,7%.

    • Reply Vilmar 27 de setembro de 2013 at 21:39

      A maioria dos brasileiros da classe média da “dirmanta” ganha menos que R$ 5 mil “real”…logo, quem vai poder financiar, mesmo compondo renda de cônjuges, amigos, sei lá qual tipo de relação, para comprar um “apertamentinho” de R$ 400 mil na Vila Prudente, 1 dormitório, que está nem no centro expandido, uns 30 min do centro SP/SP ? Ligou ontem de novo, uma corretora oferendo esta “galinha dos ovos de ouro” a um amigo meu do trampo.
      A renda do brasileiro definitivamente não acompanhou a valorização forçada dos imóveis. Uma hora vai corrigir, aliás, já está corrigindo, ainda que timidamente.

      • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 22:52

        Vilmar,

        É isso aí! São estes casos do dia-a-dia que comprovam os absurdos que os grandes números demonstram…

        Chega a ser surreal pensar em um apartamento de 1 dormitório por R$ 400 mil e ainda, afastado de tudo. Como podem existir pessoas que ainda acreditam que isto é razoável?

        Por mais que as pessoas tenham perdido a noção dos preços totais, porque simplesmente mergulharam de cabeça no conceito se cabe ou não na parcelinha, é impressionante ignorarem que valores desta ordem de grandeza, para este tipo de imóvel, não fazem o menor sentido!

        Isto me faz lembrar dos casos de imóveis de 2 dormitórios em zona nobre do RJ, mas usados e com 70 M2, apenas 1 vaga de garagem e com preço ofertado de R$ 1 milhão. Tem até caso de imóvel em favela, sem documentação por mais de R$ 700 mil.

        Estes casos, tanto o que você mencionou quanto aqueles do parágrafo acima, já justificam internação em hospital psiquiátrico!

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 18:00

    Esta notícia, também tem relação direta com o tópico, pois dá conta de grande aumento no estoque de imóveis sem vender nos últimos 5 anos, em linha com o que foi colocado no texto mais acima e tópicos anteriores:

    http://g1.globo.com/jornal-da-globo/videos/t/edicoes/v/numero-de-estoques-imobiliarios-aumentou-nos-ultimos-cinco-anos/2848698/

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 17:46

    Esta notícia tem relação direta com o tópico: mencionei aqui na parte 14, que em São José dos Campos tiveram forte redução nos preços de imóveis em função de sobreoferta (queda de 25% nos preços, em 2.013 retornando a patamar de 2.010). Pois bem, segue abaixo notícia recente destacando que isto está se refletindo agora na super-oferta de imóveis para alugar e obviamente na queda no preço de locação:

    http://www.ovale.com.br/regiao/mercado-tem-4-100-imoveis-a-espera-de-locac-o-em-s-o-jose-1.450663#commentsForm-1032074

    MERCADO TEM 4.100 IMÓVEIS À ESPERA DE LOCAÇÃO EM SÃO JOSÉ

    As imobiliárias de São José dos Campos têm 4.100 imóveis vagos e disponíveis para locação, o maior volume de ofertas desde 2005.
    (…)
    Em 21 anos de pesquisa, o total de casas e apartamentos vagos neste ano só perde para o índice de 2005, quando havia 4.200 imóveis disponíveis.
    Na comparação com 2012, o número de imóveis vagos neste ano cresceu 10,81% –3.700 para 4.100 ofertas.
    Segundo Marco Antonio Vasconcelos, vice-presidente da Asseivap, o mercado imobiliário já está com tendência de queda nos preços cobrados pelas locações.
    (…)
    SAIBA MAIS

    Imóveis
    São José tem 4.100 imóveis vagos e disponíveis para locação. Em 1993, a cidade oferecia 350 imóveis. O crescimento foi de 1.071% no período

    Cadastro
    A cidade tem registrado no Cadastro Imobiliário 210.907 imóveis, sendo 111.830 (53%) casas, 47.612 (23%) apartamentos, 32.543 (15%) terrenos e 18.922 (9%) comércios e indústrias

    Aluguel
    Do total de 210 mil imóveis, 63.272 pagam aluguel

    Preço
    O valor do aluguel subiu 10% no último ano, índice maior do que a inflação no período, de 6,09% (IPCA). O aluguel de uma mesma casa de dois dormitórios custa R$ 1.500 no centro e R$ 650 na zona leste

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 17:31

    Só para termos uma idéia de como caminhamos sobre “uma corda bamba” com relação ao US$ e seus impactos sobre nossa economia, vejam a notícia abaixo, um pouco mais recente que a anterior: nela atribui-se a alta do US$ a questão do teto da dívida americana que poderia ser alcançado já em Out/2013, o que forçaria antecipar o início da retirada gradual do QE.

    Estamos em uma tal situação, enquadrados entre os “Five Fragiles” da economia mundial, que eventuais “espirros de resfriado” nos EUA poderão se transformar em “pneumonia aguda” por aqui.

    Curioso termos tantas pessoas desinformadas e dentro deste contexto, contraindo dívidas elevadas por prazos extremamente longos, para adquirir bens que todos vêem que estão com preço muito superior ao seu valor e ao que é a realidade da renda no País… Realmente, algo muito inconsequente…

    Segue o link:

    http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2013/09/dolar-tem-terceiro-dia-de-alta-por-tensao-nos-estados-unidos.html

    • Reply CA 29 de setembro de 2013 at 11:13

      Mais uma notícia relacionada ao tema:

      Há chance de Fed reduzir estímulo este ano, diz presidente em Chicago
      Perspectiva econômica parece compatível para isso, disse Charles Evans. Porta-voz disse, ainda, que Fed pode ser flexível com objetivo de inflação.
      27/09/2013 08h35 – Atualizado em 27/09/2013 09h21
      Da Reuters
      O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos ) pode começar a reduzir suas compras de ativos neste ano baseado em estimativas econômicas, mas a decisão pode ser adiada para o próximo ano, avaliou nesta sexta-feira (27) Charles Evans, presidente do Fed de Chicago.O Fed compra títulos ao ritmo de US$ 85 bilhões de dólares por mês.
      “A perspectiva [econômica] me parece compatível com a redução do ritmo de compras”, disse Evans em uma conferência no banco central da Noruega, em Oslo.
      “Mas se vamos ou não ter confiança suficiente na reunião de outubro ou na reunião de dezembro, eu apenas não posso dizer isso com muita certeza. Acho que há uma chance decente disso. Mas pode demorar um pouco mais”, disse Evans.
      O porta-voz disse, ainda, que o Fed pode ser flexível com seu objetivo de inflação e existe o risco de ela ultrapassar a meta, mas esse não é um problema desde que o aumento dos preços continue abaixo de 3%.
      Evans disse que o banco deveria ter simetria em torno do seu objetivo de inflação de 2%, o que deveria ser visto como meta e não como teto.
      A atual política monetária do Fed “admite a possibilidade de ultrapassar nosso objetivo de inflação”, afirmou Evans. “Isso não é uma meta, mas poderia ser um aspecto, a fim de ter condições acomodadas que sustentem o emprego máximo, então isso é realmente muito útil”.
      “Nós podemos até fazer isso desde que a inflação fique abaixo de 3%, porque eu acho que a simetria em torno da meta da inflação é extremamente importante”, acrescentou.
      O objetivo do Fed para a inflação é de não mais de meio ponto percentual acima de sua meta de longo prazo de 2%.

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 17:24

    Sobre o US$, ele mantém sua inconstância. Na notícia mais abaixo, bastou uma menção a possível recuperação dos EUA e ele voltou a subir.

    Lembrando que em algum momento, entre o curto e médio prazo (de 3 meses a 1 ano), o US$ deverá voltar a subir de forma mais intensa, com a retirada gradual do QE pelo FED, daí teremos disparada da SELIC para conter US$ no País e evitar a disparada da inflação.

    O que acontecerá com imóveis neste contexto? Ninguém pensará em investir em imóveis, que por sinal já estão sobrando e em muita quantidade, tendo como opção investimentos conservadores com muito melhor lucratividade e liquidez.

    Em outras palavras, mais cedo ou mais tarde, a bolha imobiliária irá explodir, esta é apenas uma das vertentes que poderá levar a este desfecho…

    Segue o link da notícia sobre novo aumento do US$, com base em boatos sobre recuperação americana:

    http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2013/09/dolar-volta-subir-com-sinais-de-melhora-na-economia-dos-eua.html

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 17:18

    Agora, vejamos que curioso: bancos públicos vão puxar a alta do crédito neste ano…

    Ué, mas isto já não está acontecendo faz tempo? CEF e BB, sozinhos, já respondem por mais de 70% do crédito imobiliário concedido, fazendo o mesmo papeal que as empresas semi-estatais americanas (Freddie Mac e Fanny Mae, que concentraram boa parte dos créditos podres para viabilizarem o subprime, o que levou a uma mega-explosão da bolha imobiliária americana). Aliás, a lição está sendo bem copiada, afinal a CEF já tem 20% de inadimplência para o MCMV1 (mais até que os 16% de inadimplência do subprime americano)…

    Curioso que o segmento imobiliário defende que o crédito aqui é saudável. Então por que tamanha concentração nos bancos públicos?

    A resposta é simples: banco público vê voto e banco privado, analisa risco e retorno.

    Óbvio que todos os bancos hoje tem que defender a idéia de que não existe bolha imobiliária, afinal eles tem uma quantidade enorme de imóveis em nome deles e se o preço baixar demais, muitos clientes irão deixar de pagar as prestações e deixar o imóvel ser tomado pelo banco (o valor do saldo a pagar será maior que o preço de mercado do imóvel). É natural que os bancos, junto com governo e construtoras, neguem até a última a existência da bolha imobiliária brasileira.

    Aqui, observamos uma forte divergência entre o discurso e a ação: enquanto bancos privados falam em aumentar a participação no crédito imobiliário, tentando transmitir confiança neste segmento, na prática a participação deles tem sido cada vez menor…

    Segue abaixo o link:

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/09/bancos-publicos-puxam-alta-do-credito-em-2013-diz-banco-central.html

    • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 17:56

      Agora vejam só que contradição, uma notícia diz que os bancos públicos é que vão sustentar o crescimento do crédito neste ano e na outra, que o Governo ordenou aos bancos públicos que reduzam a concessão de crédito, em especial para algumas linhas específicas (não mencionado o crédito imobiliário).

      Creio que a explicação é: no primeiro caso (aumentar crédito com banco público), é o desejo do Governo para continuar maquiando a bolha imobiliária, tentando fazer com que ela não exploda antes das eleições, já neste segundo caso, é um jogo de cena do Governo para tentar tapear as instituições internacionais, para que não tenhamos nossa nota de crédito rebaixada e para que não aumente ainda mais a forte suspeita que todas já tem quanto a bolha imobiliária brasileira.

      Segue a notícia abaixo:

      http://www.valor.com.br/financas/3285622/governo-quer-o-recuo-de-banco-publico-no-credito#ixzz2g5oXWYvC

      27/09/2013 às 00h00
      Governo quer o recuo de banco público no crédito
      Compartilhar:
      Por Alex Ribeiro e Cristiano Romero | De Brasília e São Paulo
      Os bancos públicos receberam ordem da presidente Dilma Rousseff para conter seu avanço no mercado de crédito e evitar maior presença estatal no sistema financeiro. A Caixa Econômica Federal, que já vinha cortando a concessão de empréstimos a grandes corporações, poderá ser obrigada também a desacelerar a oferta de crédito a pessoas físicas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estuda reduzir linhas a grandes empresas e dirigir seus esforços para o financiamento das concessões.

      O governo avalia a redução ou o fim de algumas linhas criadas em 2008 e 2009, quando a economia brasileira teve forte contração como reflexo da crise mundial. A principal delas é o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que, desde meados de 2009, já emprestou R$ 237 bilhões – R$ 61 bilhões apenas neste ano -, a juros negativos (abaixo da inflação).

      ASSUNTOS RELACIONADOS
      Bancos públicos preparam recuo
      O diagnóstico do governo é que os bancos públicos tiveram papel anticíclico fundamental nos últimos anos, garantindo a oferta de crédito e ajudando a sustentar a demanda num período de retração dos bancos privados. Agora, quando crescem as críticas das agências de “rating” sobre os riscos fiscais da ação dos bancos públicos, seria a hora de caminhar para a “normalização”. Fontes ouvidas pelo Valor sustentam que o governo age para minimizar a chance de rebaixamento do risco soberano. No Ministério da Fazenda, a versão é que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

      O PSI está programado para acabar em 31 de dezembro. O BNDES não se opõe ao fim do programa ou a uma redução drástica nos valores e nos subsídios oferecidos. O Valor apurou que o governo deve manter o programa, mas sob condições mais estritas.

      A Caixa reduziu os empréstimos a grandes corporações, mas poderá ser obrigada a ir além. Uma fonte diz que, no leque de alternativas, há a possibilidade de tornar mais conservadores os modelos de risco de crédito, restringindo a oferta. Outra opção seria aumentar os juros e deslocar parte da demanda para os bancos privados. Já o Banco Brasil, com meta de expansão da carteira de 17% a 21%, não necessitaria rever muito sua estratégia. O BB tem contribuído na atração de bancos privados para consórcios que financiarão as concessões.

      • Reply CA 30 de setembro de 2013 at 11:33

        Bem, em linha com a notícia mais recente que consta acima, os bancos privados já estão se manifestando dizendo que não vão cobrir o “buraco” da redução de participação dos bancos públicos na concessão de crédito a pessoas físicas, ou seja, tem pessoas que vão ficar sem crédito mesmo.

        Se os bancos públicos REALMENTE passarem a ser mais criteriosos e sabendo que os bancos privados não serão loucos de assumirem riscos a esta altura, isto pode impulsionar ainda mais a EXPLOSÃO da bolha imobiliária.

        Destaco um dos trechos que achei curioso e depois o texto completo. Achei curioso porque destaca que o banco público cria uma “demanda que não existia”, de pessoas que não queriam comprar, ou seja, como no caso da bolha imobiliária brasileira, tentam criar uma demanda fictícia, de pessoas que não podem pagar pelo bem, o que ajuda a impulsionar as vendas fictícias, os preços fictícios e assim por diante… Agora, se de verdade os bancos públicos forem mais criteriosos…

        TRECHO:

        Em agosto, o estoque de crédito nos bancos públicos era de R$ 1,31 trilhão, enquanto o dos privados, tanto estrangeiros como nacionais, somava R$ 1,27 trilhão.
        “Em certo ponto, os bancos públicos acabaram criando uma demanda que não existia. Quando alongam prazo, dão carência ou reduzem taxas, colocam no mercado pessoas que não estavam em busca de crédito”, diz o vice-presidente de um banco de varejo.

        TEXTO COMPLETO:

        Espaço para banco privado é restrito

        Por Carolina Mandl e Felipe Marques

        Um eventual recuo dos bancos públicos daqui para a frente vai acabar deixando gente sem crédito. Na avaliação de três executivos de bancos privados ouvidos pelo Valor, embora pretendam retomar parte do espaço perdido no crédito a empresas, pouco deve mudar em sua baixa disposição de emprestar para pessoas com maior risco de inadimplência.
        “As métricas de risco dos bancos privados não vão se alterar. Por isso, a consequência da retração das instituições públicas é que algumas pessoas vão ficar sem crédito”, diz o executivo de um banco de varejo estrangeiro.
        Os bancos privados são pouco propensos a replicar algumas táticas que os públicos usaram para fisgar a clientela. No crédito a veículos, as instituições oficiais chegam a fazer operações de 60 meses sem entrada, por exemplo. Também permitem que o cliente faça uma pausa no pagamento do empréstimo por certo tempo.

        Em agosto, o estoque de crédito nos bancos públicos era de R$ 1,31 trilhão, enquanto o dos privados, tanto estrangeiros como nacionais, somava R$ 1,27 trilhão.
        “Em certo ponto, os bancos públicos acabaram criando uma demanda que não existia. Quando alongam prazo, dão carência ou reduzem taxas, colocam no mercado pessoas que não estavam em busca de crédito”, diz o vice-presidente de um banco de varejo.
        No crédito a empresas, porém, os bancos privados acreditam que é possível ganhar parte do terreno perdido. Isso porque os bancos públicos, principalmente a Caixa Econômica Federal, vinham ofertando a grandes companhias, com boa qualidade de crédito, taxas abaixo daquelas em que os privados aceitavam competir. “O mercado deve ficar mais seletivo em relação ao preço das operações, em busca de maior rentabilidade. Isso deve gerar equilíbrio maior entre bancos públicos e privados”, diz o diretor de um banco estrangeiro.
        Nas linhas de capital de giro, que representam quase 30% do crédito a empresas, houve uma acentuada diferença entre o crescimento de públicos e privados. O estoque total da linha cresceu 11% nos 12 meses encerrados em junho. Nesse período, os públicos avançaram 34,9% ante recuo de 2,8% dos demais. Em dezembro de 2012, enquanto os bancos públicos emprestavam na linha com juros de 13,6% ao ano e 44,3 meses de prazo, em média, os privados nacionais cobravam 17,4% para 29,3 meses.
        Já em relação ao BNDES, os banqueiros do setor privado dizem acreditar que uma eventual redução nos desembolsos para grandes empresas pode estimular a busca pelo mercado de capitais.
        Por enquanto, nenhum banqueiro sentiu, porém, mudanças radicais no comportamento dos pares públicos, que mostraram leve desaceleração em agosto. A taxa de avanço em 12 meses do estoque desses bancos passou de 28,6% em julho para 28,1% em agosto. Os privados nacionais aceleraram de 5,2% para 5,4% na mesma comparação, e os estrangeiros foram de 6,2% para 7,3%. Ainda assim, os públicos responderam por mais de 80% da expansão do crédito no mês.
        Se os bancos privados manifestam pouco apetite para assumir as rédeas deixadas pelos públicos, fica em xeque o avanço do crédito como um todo daqui para frente. “É difícil ver o crédito como fonte de aceleração do crescimento nos próximos meses”, afirma a equipe de analistas do Brasil Plural, em relatório.

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 17:00

    A notícia abaixo, complementa as duas anteriores: a taxa de juros bancários não para de crescer. Agora, se o endividamento é cada vez maior, se cada vez sobra menos dinheiro para as pessoas pela combinação de inflação com dívidas imobiliárias elevadas, como pagar o restante das contas com juros em elevação constante?

    Devemos lembrar do tópico anterior (parte 13): a CEF está “assimilando” perdas decorrentes de inadimplência de 20% no MCMV1. A continuar com esta permissividade, combinado com juros crescentes,inflação elevada, etc., será um grande motor para estimular que a inadimplência cresça, de forma rápida, espalhada e desenfreada, aí será tarde demais.

    Segue o link:

    http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2013/09/juro-bancario-de-pessoa-fisica-sobe-de-novo-e-e-o-mais-alto-em-15-meses.html

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 16:46

    Uma notícia interessante para ser analisada:

    Endividamento das familias sobe novamente e alcança novo recorde.

    A alegação na reportagem abaixo, é de que seria “positivo”, porque reflete um endividamento para “investimento” em imóvel. Na verdade, o aluguel que a pessoa pagava antes era muito mais barato do que o atual valor da parcelinha do imóvel, logo o que sobra de renda para as pessoas é muito menos.

    Este é um dos efeitos perniciosos de se concentrar incentivos em um setor: faz com que os outros setores sejam prejudicados e neste caso, que as familias fiquem com sua renda cada vez mais estrangulada. Isto, sem dúvida, prejudica a economia como um todo e é um dos fatores mais relevantes para que não estejamos mais observando o aumento do consumo, o que em cadeia, prejudica demais setores.

    Segue abaixo o link:

    http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2013/09/endividamento-das-familias-sobe-e-atinge-marca-de-45-novo-recorde.html

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 15:24

    Segue mais uma notícia interessante:

    “http://noticias.terra.com.br/brasil/numero-de-domicilios-no-pais-cresce-mais-do-que-a-populacao,fd32606afac51410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

    Só para lembrar, coloquei em uma das referências de tópico anterior, que não temos déficit habitacional no Brasil, de acordo com informações do IBGE, já desde 2.010 pelo menos.

    Adicionalmente a isto, eu já havia informado no “Terceiro erro do mercado imobiliário” que mais de 70% das familias possuem residência própria. Detalhe: se olharmos por segmentação de renda, quase 100% das familias na maior faixa de renda já possuem imóvel próprio e as que não tem, é por opção (exemplo: casa de Edmar Santos, que era dono do Banco Santos, estava em nome do banco, mas ele não era o caso de “déficit habitacional”).

    Para finalizar, como falei diversas vezes, déficit habitacional só faz sentido ser analisado, se existir uma oferta de imóveis com preço que possa ser pago por aqueles que não possuem imóvel. Hoje, a grande parte da oferta é para aqueles que não precisam de imóvel, óbvio que não tinha como acabar bem…

  • Reply Legião Bananense 27 de setembro de 2013 at 11:50

    CA, cara parabéns sensacional!

    O que esperamos realmente não são promoções, mas sim preços justos e sem estas falácias de “valorização”…como você informou já vem décadas a prefeitura falando sobre isso no centro de SP…todos mancomunados para especulação…a realidade é diferente né…

    “””a) O relatório do SECOVI não considera imóveis que tenham mais de 3 anos do lançamento e que ainda não tenham sido vendidos. Como hoje temos atraso em grande parte das obras, o volume de imóveis sem vender que não é considerado pelo SECOVI, só do que se encontra nesta situação, é muito elevado ; “””

    Nusss…porque a entidade omite esse dado ? Fico imaginando esse montante..

    • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 12:29

      Legião Bananense, obrigado pela participação!

      O pior é que tenho observado, para todos os lados em que olho, atrasos de mais de um ano nas obras e entregas. COMO REGRA, as entregas dos imóveis tem ocorrido mais de 3 anos depois dos lançamentos!!!

      A verdade é que SECOVI, CRECI e outros, tem tratado as informações de uma maneira muito “estranha”. A tabela de preços em que são medidas as quantidades de vendas do CRECI SP, até hoje considera abaixo de R$ 200 mil e acima de R$ 200 mil, sem segmentar o que vem acima de R$ 200 mil, sendo que, como sabemos, hoje mais de 98% dos imóveis são anunciados por preços superiores a R$ 200 mil!!!

      Isto sem contar o “engano” do CRECI SP divulgar variação de vendas sem considerar sazonalidade, o fato de tanto o CRECI quanto o SECOVI preferirem divulgar o FIPE ZAP com seus preços ANUNCIADOS no lugar de índice levantado pelo próprio CRECI SP junto a 400 imobiliárias com preço REAL, FINAL, NEGOCIADO e assim por diante.

      Se falaramos das construtoras e da omissão de informação sobre distratos, para maioria delas, vemos que o cenário só piora.

      As declarações do segmento também são “cômicas”: em Jul/2012 o Petrucci disse que foi crise, porque caiu mais de 37% na comparação com Jul/2011. Daí em Jul/2013 caiu mais um pouco em relação a Jul/2012 que era crise e isto foi “ajuste sazonal”???

      Temos coleções de informações desencontradas, sem sentido e o que conseguimos ver é só a ponta do icebergue…

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 10:31

    Pedro,

    Obrigado!!!

    Com certeza, o maior problema na análise dos “especialistas” não tem relação com falta de informações ou conhecimento, podemos provar porque os dados que usamos vem deles, hoje eles tem que fazer malabarismos para disfarçar o que está acontecendo!

  • Reply Pedro 27 de setembro de 2013 at 10:13

    Sensacional fechamento da série de matérias. Curiosamente, os estudos mais aprofundados do mercado encontram-se disponíveis não no ramo especializado, mas no ramo dito leigo. Parabéns.

  • Reply Luiz 27 de setembro de 2013 at 09:22

    Prezado CA, é o luiz da bolha
    Vc poderia dar uma olhada nos lugares onde a bolha explodiu de forma latente, me parece quem em BSB houve a mesma dinamica de fuga da especulação para os 1 dorm.
    Aqui em SP precisaria dar uma olhada no Brooklin, tem muito monstro vazio por lá.
    Na vila andrade, tbm conhecido como morumbi, vi um anuncio de cobertura de 140 m2 por 370 mil reais, aquele bairro sangra.
    Por fim seria interessante analisar o perfil de renda dos bairros em questão, muito inferior ao nivel de preços, indicando necessidade do rico estar saindo dos bairros tradicionais, mas aí a coisa fica maluca, pq a especulação está fazendo o preço nestes bairros ultrapassar o valor dos bairros consolidados.

    • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 10:02

      Luiz,

      Excelente, muito obrigado pelos seus comentários, como sempre, excelentes!

      A total incompatibilidade entre renda e preço dos imóveis, típica de uma bolha, leva a situações absurdas como as que você mencionou, não só se espalhando quanto a “dominação” dos imóveis de 1 dormitório, como também, gerando preços mais caros em regiões piores!!!

      Incrível se ainda existem pessoas que acham que Barra Funda se equivale ou equivalerá a Perdizes em função de apenas 1 empreendimento novo, que acham que o centro de São Paulo irá ter uma revitalização mirabolante em curtíssimo prazo, realizando o que não fez em décadas e assim por diante.

      Vou tentar achar algum material sobre BSB e outras localidades, conforme você sugeriu e também sobre estas distorções entre os bairros.

      De novo, valeu pela contribuição!!!

  • Reply CA 27 de setembro de 2013 at 07:00

    Parece que sim! Se eles pudessem venderiam imóveis virtuais, somente para “caber no bolso”…

    Lembrei-me do que você comentou sobre a Expomoney e depoimento dos “especialistas” do segmento imobiliário de que vendas de 1 e 2 dormitórios estavam “bombando” e que isto “sustentaria” o segmento por mais 5 anos: pra começar, até as vendas de 2 dormitórios tem caído e hoje, este novo mix de vendas já não consegue sustentar o setor, conforme os próprios dados do SECOVI mais acima já comprovam.

    De fato, a especulação imobiliária apelativa em São Paulo está acuada!

  • Reply Vilmar 27 de setembro de 2013 at 02:27

    Ótimo post! Vamos ver agora qual será a próxima mágica do setor… rumo à explosão dos kitnets??

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