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    Convidados, Geral

    Estrangeiro vê retorno compensar risco Brasil.

    8 de abril de 2014

    E parte do capital que está entrando no País, vai para o mercado imobiliário!

    Estrangeiro vê retorno compensar risco no Brasil
    26 de março de 2014 | 14h28
    Fernando Dantas

    A reação tranquila dos mercados ao rebaixamento do rating pela Standard&Poor’s, na visão de diversos analistas, deveu-se a uma combinação de fatores: a mudança da perspectiva do rating para estável, a percepção atual de que o processo de normalização monetária nos Estados Unidos será bem gradual e a visão de investidores estrangeiros de que o retorno dos títulos de renda fixa brasileiro tornou-se atraente, quando comparado aos riscos. Esta última percepção está ligada à aposta de que a política econômica no Brasil parou de piorar, e pode até melhorar um pouco.

    “Os estrangeiros têm uma postura mais pragmática, e depois de assistirem a toda a reprecificação dos ativos brasileiros desde o ano passado, consideram que a relação risco/retornou ficou atrativa, isto é, que os riscos subiram mas os retornos subiram ainda mais”, diz Luiz Fernando Figueiredo, sócio fundador da Mauá Sekular Investimentos e ex-diretor do Banco Central (BC).

    Figueiredo nota que há um fluxo líquido expressivo de recursos externos entrando no Brasil, de cerca de US$ 3 bilhões na última semana, segundo seus números.

    “Isto não tem sido por causa da renda variável ou da conta corrente, o que há é um aumento de fluxo para títulos prefixados ou indexados à inflação”, acrescenta o economista.

    No caso da bolsa, ele nota que a situação é mais complicada, por causa do ritmo baixo da economia, os problemas da Petrobrás com o controle do preço dos combustíveis, o problema da Vale com a queda do preço do minério de ferro e, pairando sobre tudo isso, a ameaça de danos mais sérios no setor elétrico e até mesmo de racionamento.

    Ainda assim, Figueiredo nota que as empresas aumentaram seus programas de recompra de ações, sinalizando que veem suas ações como baratas. Nos Estados Unidos pós-crise, diz o diretor da Mauá Sekular, programas de recompra das empresas ajudaram o bom desempenho do S&P 500.

    Um ponto frisado por diversos analistas é o fato de que, depois do rebaixamento, a S&P tenha mudado a perspectiva do rating soberano brasileiro de negativa para estável. Este era o cenário considerado mais provável, no momento do rebaixamento, mas, ainda assim, a sua confirmação gerou algum alívio. Não era 100% descartada a hipótese de que a perspectiva negativa pudesse ser mantida mesmo no novo nível mais baixo de rating. Isto acenaria com a possibilidade de uma perda do grau de investimento em prazo relativamente curto, e certamente teria consequências muito mais drásticas para os mercados.

    Agora, de certa forma, a S&P deu tempo ao governo brasileiro para empreender mudanças de política econômica compatíveis com o calendário eleitoral. Assim, o simples cumprimento do que foi anunciado para este ano em termos fiscais – o superávit primário de 1,9% do PIB para o setor público consolidado – seria compatível com a estabilidade do rating BBB- ao longo de 2014. Mas o próximo passo, para estancar a queda da classificação e possivelmente preparar o terreno para o retorno ao movimento de melhora, teria necessariamente de incluir um ajuste mais duro da política econômica em 2015. Isto é algo que pode em teoria acontecer tanto com a vitória da presidente Dilma Rousseff quanto com a de algum dos candidatos de oposição.

    Um gestor de recursos que já esteve no governo observa que também ajuda o Brasil neste momento o fato de que, em que pesem os muito problemas do País, outras importantes economias emergentes, como Rússia e Turquia, parecem bem piores, e melhoram o perfil brasileiro comparativamente.

    Segundo Samuel Pessôa, sócio e economista-chefe da gestora Reliance, em São Paulo, “é possível que, com os últimos passos da política econômica no Brasil, o investidor externo esteja descartando cenários de deterioração muito drástica – apenas isto já poderia tornar atraente o investimento em renda fixa no Brasil”.

    Fernando Dantas é jornalista da Broadcast

    Até a próxima!

    Convidados, Geral

    Mitos e verdades da bolha imobiliária – Parte II

    31 de março de 2014

    Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

    SUB-TÍTULO: O BC, a bolha imobiliária e o jogo dos 7 erros.

    Como parte II do trabalho que apresenta os mitos e verdades da bolha imobiliária, apresentarei um comparativo entre o que consta em relatório recente do BC e uma série de fatos que o contradizem.

    No link logo abaixo, uma das muitas versões divulgadas quanto ao relatório do BC. Vamos fazer um “jogo dos 7 erros” com base nestas informações. Ao final, coloco links que contém todas as evidências para o que está colocado neste documento.

    http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,apesar-da-alta-no-preco-dos-imoveis-bc-nega-bolha-imobiliaria,180042,0.htm

    ERRO 1: “Mais de 90% das compras para moradia própria”: em São Paulo, segundo pesquisa da Lopes Inteligência imobiliária em 2.012, aproximadamente 40% das vendas de imóveis novos foram para investidores. Segundo pesquisa da Folha de São Paulo, as vendas de 1 dormitório no 1S13 em São Paulo chegaram a até 80% para investidores. Em Brasília, o efeito da especulação foi tão elevado, que levou a redução de preços de 35,5% segundo levantamento da Geoimoveis na comparação de 2.013 com 2.012, no caso de lançamentos (na própria notícia informado que a causa foi a especulação muito elevada). Em BH, tivemos aumento relevante na inadimplência dos condomínios, porque no caso de imóveis novos, tínhamos até 50% dos apartamentos inadimplentes, porque investidores que compraram na planta não conseguiram vender antes da entrega e nem tampouco pagar o condomínio (dado: 50% de imóveis novos na mão de investidores). No Paraná a oferta de aluguel de imóveis residenciais subiu 100%, tendo subido 90% no Rio Grande do Sul, 30% no Estado de São Paulo e 50% em Florianópolis, todos estes casos por aumento muito elevado na oferta que foi parar nas mãos dos investidores. Estas são apenas amostras que demonstram claramente que a venda de imóveis sem a finalidade de moradia para quem está comprando, como regra, é superior ao que foi informado pelo BC em seu relatório ;

    ERRO 2: “Preços subiram junto com a renda”: utilizando a cidade de São Paulo como exemplo e o PED do DIEESE que contém a informação sobre o crescimento da renda real na cidade (tabela 9 do PED)  comparado ao crescimento apresentado no índice FIPE ZAP, que é o preferido do segmento imobiliário, temos que os preços do M2 para venda e aluguel em São Paulo subiram algumas vezes a mais do que subiu a renda. Aqui, embora ambos tenham crescido (preço de M2 e renda), sem dúvida alguma o crescimento do preço dos imóveis foi completamente desproporcional em relação a renda, portanto não faz sentido dizer que preços dos imóveis subiram acompanhando o crescimento da renda. Para termos uma segunda comparação, podemos utilizar também o PNAD de 2.010 do IBGE versus os anúncios de imóveis do site www.imovelweb.com.br: se pegarmos o número de famílias que tem renda para comprar imóveis acima de R$ 500 mil em São Paulo e ao mesmo tempo ainda não possuem imóveis e compararmos com o número de anúncios de imóveis acima deste valor, observaremos que a oferta é o mais que o dobro em relação a esta demanda potencial, sendo que no caso de imóveis de 3 e 4 dormitórios, a oferta é o suficiente para mais de 10 anos de vendas para 3 dormitórios e mais de 12 anos de vendas no caso de 4 dormitórios (considerando as vendas de novos para compradores finais mais usados)! Tudo isto ocorre em função da total desproporcionalidade entre os preços dos imóveis e a renda das famílias ;

    ERRO 3: “O excesso de demanda está sendo compensado pelo aumento de oferta”: temos super-oferta espalhada em todo o país e não uma “compensação” da oferta quanto ao excesso de demanda! Esta super-oferta é uma das características típicas de toda bolha imobiliária: em Salvador, estoque de imóveis equivalente a 25 meses de vendas, tão absurdo que paralisou construção civil e gerou aumento de quase 50% no desemprego da cidade, em Curitiba o estoque de imóveis novos equivale a 23 meses de vendas e mesmo com “descontos” de 30% em Fev/13 que subiram para 35% em Nov/13, estes estoques permaneceram intocados, temos ainda a situação de super-oferta explicada quanto a São Paulo no erro 2 logo acima, relatório de Dezembro/2013 do NRE-Poli-USP apresentando estoque muito elevado de imóveis em diversas outras cidades, além das próprias evidências que constam acima, no erro 1. Aliás, para começar, a qual excesso de demanda o BC se refere? Tivemos vendas falsas na planta que geram distratos de mínimo de 20% até mais de 60% no caso de novos (este volume de distratos consta nos relatórios oficiais das construtoras, para aquelas que divulgam, muitas omitem) o que auxiliou na formação dos super-estoques mencionados aqui, sem contar que as quedas na demanda, no total do Brasil, foram brutais nos anos de 2.012 e 2.013 na comparação com anos anteriores e ainda, um grande volume de vendas foi para investidores, que funcionam como “revendedores” destes estoques (ver erro 1), ou seja, o estoque apenas mudou de mão, em grande parte do que foi qualificado como “venda” ;

    ERRO 4: “Preços dos imóveis estão se estabilizando”: o IVG-R que é a base usada pelo BC, trabalha misturando dados do passado e do presente. Quando um imóvel foi negociado em 2.010 e entregue em 2.013 ou 2.014, ele carrega um valor de financiamento que é da época da negociação (anos atrás) reajustado por um índice (INCC) que não tem nenhuma relação com os preços de mercado do momento do financiamento (ato da entrega do imóvel), no entanto, o BC analisa isto fazendo de conta que é o preço presente e misturando no cálculo com aquelas vendas de imóveis prontos que estão sendo financiados, que de fato, são os preços presentes. Ver trabalho anterior sobre “Comprar imóvel em tempos de bolha imobiliária???” (link ao final) e comprove vários casos de preço na entrega do imóvel inferior a preço na planta, além de diversas pesquisas que constam nos erros acima demonstrando queda no preço real, em várias cidades. Criar uma média com base na mistura de preços do presente e do passado, como o IVG-R do BC faz, não leva a conclusão nenhuma ;

    ERRO 5: “Não temos evidências de bolha imobiliária no Brasil”: o que mais temos, são estas evidências, aliás, este documento informa diversas delas. Como dizer que um aumento de desemprego de quase 50% em Salvador, que saiu de 6,4% em Agosto/2012 para 9,4% em Agosto/2013, segundo o IBGE e que foi causado por super-oferta de imóveis novos, equivalente a 25 meses de vendas, que fez com que construção civil paralisasse, não é uma fortíssima evidência de nossa bolha imobiliária? Os motivos para a geração do desemprego foram idênticos ao que ocorreu nas explosões das bolhas imobiliárias dos EUA e Espanha, assim como a magnitude do aumento do desemprego, como ignorar isto? Como ignorar uma queda de 35,5% nos preços dos lançamentos de imóveis e de 30% nos preços dos imóveis entregues em Brasília, ambos em 2.013 na comparação com 2.012, se estes percentuais de queda demoraram anos para ocorrer durante a explosão da bolha imobiliária na Espanha? Como ignorar que em São José dos Campos, após queda de 25% nos preços dos imóveis novos entregues, tivemos aumento de 300% na oferta de imóveis para alugar e após isto, tivemos ameaças de aumento relevante em demissões na construção civil na cidade, este último causado pelas fortes reduções em lançamentos, ou seja, seguindo exatamente o mesmo script de Salvador? Como ignorar estas e mais diversas informações, das mais diferentes fontes, que guardam grande relação com os efeitos da bolha imobiliária em outros países? ;

    ERRO 6: “Não temos bolha porque não há hipotecas em cascata no formato dos EUA”: toda bolha imobiliária possui mecanismos diferentes, mas é possível fazer uma ótima analogia entre as bolhas imobiliárias dos EUA, Espanha e China, inclusive isto consta em trabalho anterior sobre “Mitos e verdades da bolha imobiliária no Brasil – parte I” que contém link ao final deste documento. Aqui, o equívoco é dizer que para ser bolha imobiliária, tem que ser idêntica a dos Estados Unidos, o que não é verdade e também pode ser comprovado na leitura de trabalho que publiquei imediatamente antes deste, que trata da comparação entre a bolha imobiliária chinesa e a brasileira, que também tem link em referências, mais abaixo. A explicação dos demais erros que consta neste documento, por si só, já traz uma série de evidências quanto a existência de bolha imobiliária no Brasil ;

    ERRO 7: “Nossos bancos são resistentes a possibilidade de uma bolha imobiliária”: vejam o estudo técnico sobre a CEF que consta no link de referências mais abaixo e considere ainda que este banco tem um nível de empréstimos concedidos equivalentes a 28 vezes o seu patrimônio, algumas vezes a média de outras instituições, já tendo seu rating rebaixado pela Moody´s e mais recentemente pela S&P, além de ter inadimplência de 20% no MCMV faixa 1 e principalmente, por ser um banco público, segue diretrizes do governo que não respeitam a natural lei de risco e retorno (ver Petrobrás, Eletrobrás, etc.), o que por si só, gera dúvida quanto a qualidade na aprovação do crédito. Qualquer solavanco quanto a inadimplência no crédito imobiliário teria impacto muito elevado para CEF, até porque ela concentra mais de 70% de todos os empréstimos imobiliários concedidos. Aqui o BC usa indicadores inadequados para medir a segurança dos bancos quanto ao empréstimo habitacional, indicadores que se tornam ainda mais frágeis em momento de bolha imobiliária, como foi muito bem explicado no artigo que anexei em referências (o aumento constante e relevante na base de crédito, reduz a inadimplência percentual, mas e quando há forte desaceleração como está ocorrendo agora com a CEF em função de problemas do Governo para cumprir superávit primário?). Para quem acredita que o Governo tem o “poder” de conter qualquer estrago na CEF, não se iluda, o superávit previsto pelo Brasil é muito difícil de ser atingido, aliás, suas premissas tem sido contrariadas até mesmo por relatórios mais recentes do BC.

    Conclusão:

    É importante entendermos, que é comum para um Banco Central negar a bolha imobiliária, isto aconteceu em larga escala nos EUA antes da explosão da bolha por lá. O mesmo se dá quanto a artigos de “especialistas” do mercado, alguns vinculados diretamente ao segmento imobiliário ou setor que tem benefícios com a extensão da bolha por mais tempo, no entanto, o fato é que quanto mais tempo a bolha durar e maiores forem os super-estoques gerados, piores serão as consequências para a sociedade e economia, basta ver o exemplo de Salvador que consta mais acima.

    Referências:

    Link que contém evidências quanto a super-oferta e quedas relevantes em preços reais de imóveis espalhados pelo Brasil, além de comparação com bolhas imobiliárias de EUA, Espanha e China:

    www.defendaseudinheiro.com.br/mitos-e-verdades-da-bolha-imobiliaria-parte-i

    Link com documento publicado logo antes deste e que contém uma comparação entre bolha imobiliária chinesa e brasileira:

    www.defendaseudinheiro.com.br/bolha-imobiliaria-chinesa-e-brasileira-alguma-semelhanca

    Link que contém evidências quanto aos distratos praticados pelo segmento imobiliário, explicando com Infográficos como funciona a bolha imobiliária brasileira:

    www.defendaseudinheiro.com.br/desmascarando-a-bolha-imobiliaria-no-brasil

    Link com 18 depoimentos de investidores que compraram na planta e ao revenderem imóvel, tiveram prejuízo, pois construtora vendia mais barato. Prova que INCC não tem relação com preço de venda:

    www.defendaseudinheiro.com.br/comprar-imovel-em-tempos-de-bolha-imobiliaria

    Link que contém análises interessantes quanto a carteira de crédito imobiliário da CEF e os critérios adotados quanto a inadimplência:

    http://www.brasil-economia-governo.org.br/wp-content/uploads/2014/03/a-carteira-de-credito-imobiliario-da-caixa-e-robusta.pdf

    Até o próximo tópico.

    Convidados, Geral

    A bolha imobiliária fura em 2.015?

    29 de março de 2014

     

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    A bolha imobiliária fura em 2.015?

    Achei muito interessante o artigo abaixo, feito pelo professor Sachsida, que trabalha no IPEA, segue o link:

    https://www1.fazenda.gov.br/resenhaeletronica/MostraMateria.asp?page=&cod=955011

    Creio que a conclusão dele se baseia exclusivamente em indicadores macroeconômicos, olhando para o Brasil como um todo, como se a nossa bolha tivesse um comportamento homogêneo entre as cidades.

    Quando olhamos para alguns aspectos específicos da bolha imobiliária brasileira, percebemos que a questão da explosão da bolha agrega algumas outras variáveis, tais como, o comportamento das construtoras nas cidades, o nível de especulação que foi maior em algumas localidades, o “timing” entre o maior volume de lançamentos e suas entregas localmente versus o natural resfriamento que ocorre logo após isto e assim por diante.

    Acredito que as diferenças entre as localidades e agentes envolvidos (especuladores, construtoras, etc.), mudam a velocidade de início da explosão da bolha em cada uma delas e até mesmo a intensidade. Não seria algo inédito, se olharmos para o que ocorreu na explosão da bolha imobiliária dos Estados Unidos, por exemplo.

    Em São Paulo e Rio de Janeiro, vemos que o mercado imobiliário ainda fala em aumentar ou no mínimo manter os lançamentos, apesar da clara presença de super-estoque nestas cidades (basta avaliar o volume de ofertas em sites especializados versus a demanda em 2.013, estoques equivalem a anos de vendas, ver link ao final que contém análise mais detalhada para São Paulo).

    Em contrapartida, temos cidades como Curitiba, de onde as construtoras de grande porte já saíram oferecendo elevados descontos de até 35%, após constatarem que o super-estoque (equivalente a 23 meses de vendas) inviabilizaria novos lançamentos, ou ainda, Brasília, onde os lançamentos em unidades caíram 50% em 2.013 na comparação com 2.012 e mesmo assim, terminaram o ano com estoque 30% maior que 2 anos antes, apesar da queda real nos preços de lançamentos de 35,5% (levantamento da Geoimoveis). Temos ainda Salvador, em que a redução brutal nos lançamentos, causada por super-estoque equivalente a 25 meses de vendas (levantamento Geoimoveis), paralisou a construção civil e gerou aumento de quase 50% no desemprego de Ago/12 para Ago/13 (desemprego saiu de 6,4% em Ago/12 para 9,4% em Ago/13, segundo o IBGE). Para finalizar os exemplos, temos o caso de São José dos Campos, que guarda certa similaridade com o caso de Salvador quanto as consequências esperadas, uma vez que tivemos uma queda nos preços dos imóveis entregues em 2.013 na ordem de 25%, o que levou os investidores a colocarem seus imóveis para alugar gerando aumento na oferta de aluguel na ordem de 300% e esta clara visão de super-oferta fez com que as construtoras reduzissem muito os lançamentos e já para 2.014, ameaçam com aumento relevante de desemprego da construção civil por lá.

    Como colocar todas as cidades acima dentro do mesmo contexto e apostar em movimentos “simultâneos” para início de explosão da bolha imobiliária? Sem dúvida, o aumento de juro dos EUA previsto para ocorrer em 2.015, impulsionará muito o juros por aqui, aumentando a intensidade da explosão de nossa bolha imobiliária, mas será que não poderíamos dizer que a queda nos preços em Brasília de 35,5% quanto a lançamentos e 30% quanto a imóveis entregues em 2.013 na comparação com 2.012, que demorou anos para ocorrer no caso da bolha imobiliária espanhola, já não seria um “início” de explosão? O que dizer então do aumento de quase 50% no desemprego em Salvador, similar ao que ocorreu nos EUA e Espanha e tendo as mesmas causas, também não seria um início de explosão? Estas situações passaram desapercebidas, sem grande destaque dos jornais, o que é muito curioso, pois são fatos que cabalmente demonstram a nossa bolha imobiliária. Curiosamente ainda, os jornais preferiram dar destaque a relatórios de BC e “especialistas” vinculados diretamente ao segmento imobiliário ou outro segmento que tenha interesses diretos quanto a continuidade do “status quo”, artigos sem números, fatos ou dados, preferiram isto do que divulgar estes fatos que ocorreram em Brasília e Salvador, que são muito mais esclarecedores.

    Vamos continuar acompanhando, para vermos até quando as evidências poderão ser mascaradas, até quando continuarão a disfarçar situações tão graves quanto as que constam acima. O prazo de 2.015 previsto pelo professor Sachsida, seria só para termos a bolha explodindo de forma mais abrangente no Brasil e talvez reconhecida pela maioria, mas parece que algumas cidades mais apressadas, não querem esperar até lá…

    Para referências sobre tudo que consta acima e muito mais, acesse:

    www.defendaseudinheiro.com.br/mitos-e-verdades-da-bolha-imobiliaria-parte-i

    Até o próximo post.

    Convidados, Geral

    Bolha imobiliária chinesa e brasileira, alguma semelhança?

    28 de março de 2014

    Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

    Bolha imobiliária chinesa e brasileira, alguma semelhança?

    Vejam neste link, o artigo de ontem sobre a explosão da bolha imobiliária chinesa:

    http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imoveis/noticia/3254492/chineses-protestam-nas-ruas-contra-estouro-bolha-imobiliaria-pais

    Será que existe alguma semelhança entre as bolhas imobiliárias de China e Brasil?

    Na China, Governo se utilizando da grande liquidez internacional trazida pelo QE dos EUA (chegou em US$ 85 bilhões / mês), manteve seus juros o mais baixo possível, estimulando ao máximo o investimento em habitação, para o qual criou vários subsídios. Depois disto, o segmento imobiliário construiu muito e ainda criou uma mega especulação em torno do “déficit habitacional”, fazendo com que os preços inflassem e ficassem completamente fora da realidade de renda local. Durante o período de inflar o PIB se manteve alto, foram gerados muitos empregos ao redor da construção civil, o País aumentou muito seu consumo de commodities e muitos ficaram felizes com seu Governo local. Os preços fora da realidade de renda local, em conjunto com a redução de liquidez que se iniciou com a diminuição de US$ 10 bilhões / mês do QE dos EUA, fez com que as vendas despencassem e fossem formados SUPER-ESTOQUES, que pela lei de oferta e procura, farão com que os preços caiam muito também (já está acontecendo, ver informações do artigo acima). Os próximos passos, que são típicos de toda bolha, são o desaquecimento da economia (redução do PIB artificial que vinha sendo gerado), aliado a aumento de desemprego, que retroalimenta o super-estoque de imóveis sem vender, a queda de preços, etc. No caso particular da China, talvez o Governo lance o seu próprio QE, copiando o que os EUA fez, mas isto é só mais uma das formas de tentar adiar o inevitável, a conferir…

    No Brasil, Governo se utilizando da grande liquidez internacional trazida pelo QE dos EUA (chegou em US$ 85 bilhões / mês), combinado com o aumento do consumo de commodities da China em virtude da bolha deles que trouxe muito dinheiro para o Brasil sem nenhum esforço, manteve seus juros o mais baixo possível, estimulando ao máximo o investimento em habitação, para qual criou vários subsídios. Depois disto, o segmento imobiliário construiu muito e ainda criou uma mega especulação em torno do “déficit habitacional”, fazendo com que os preços inflassem e ficassem completamente fora da realidade de renda local. Durante o período de inflar o PIB se manteve alto (até 2.010, aliás 2.010 foi o pico da construção civil e do PIB no Brasil…), foram gerados muitos empregos ao redor da construção civil (chegamos ao pleno emprego), o País aumentou muito seu consumo (em especial quanto a futilidades com crédito farto e barato) e muitos ficaram felizes com seu Governo local (reeleição do PT para presidência e ganhando eleições para prefeito em importantes Capitais). Os preços COMPLETAMENTE fora da realidade de renda local (pior que na China) em conjunto com a redução de liquidez que se iniciou com a diminuição de US$ 10 bilhões / mês do QE dos EUA, fez com que as vendas despencassem e fossem formados SUPER-ESTOQUES, que pela lei de oferta e procura, farão com que os preços caiam muito também (em Brasília, queda de 35,5% nos preços dos imóveis lançados em 2.013 na comparação com 2.012 e mesmo com redução de 50% nos lançamentos em unidades, terminaram o ano com super-estoques, várias cidades indo pelo mesmo caminho). Os próximos passos, que são típicos de toda bolha, são o desaquecimento da economia (PIB já tem tido péssimo resultado), aliado a aumento de desemprego (em Salvador, desemprego aumentou quase 50% devido a paralisação da construção civil causada por SUPER-ESTOQUE de imóveis sem vender…), o que retroalimenta o super-estoque de imóveis sem vender, a queda de preços, etc. No caso particular do Brasil, já tivemos rebaixamento de rating pela S&P para o Brasil e também para a CEF, o que dificulta qualquer manobra apelativa para tentar postergar a explosão da bolha, que já está acontecendo localmente e passando “desapercebido” (ver casos de Salvador e Brasília acima).

    É, como diz o BC, não temos evidência de bolha imobiliária por aqui, não é mesmo (rs)?

    Para quem quiser ver evidências de tudo que consta acima quanto ao Brasil, com Infográficos e muito mais evidências, acesse: www.defendaseudinheiro.com.br/mitos-e-verdades-da-bolha-imobiliaria-parte-i

    Convidados, Geral

    Após boom, mercado imobiliário dá sinais de desaceleração de preços

    21 de março de 2014

    Vejam na matéria abaixo, como o conceito “Bolha Imobiliária” é (foi) usado sem conhecimento do conceito para o Brasil. “Política de Estoques”, “Estagnação de Preços” e “Readequação do Mercado”, estes sim são os fatores da nossa economia.

    Depois do forte aumento dos últimos anos, valor médio do metro quadrado deve se manter estável em 2014. Alguns economistas ainda temem bolha imobiliária.
    Nos últimos anos, o setor de construção civil não parou de crescer no Brasil. Prédios e mais prédios foram construídos no embalo do aumento de renda e da expansão do crédito. Mas, junto com o fenômeno, veio algo que chamou a atenção de consumidores e especialistas: o aumento vertiginoso dos preços dos imóveis.

    O aumento médio de 13,7% em 2013 e também em 2012, além de quase o dobro (26%) em 2011, de acordo com o Índice FipeZap, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, faz com que alguns economistas ainda cogitem a possibilidade de uma bolha imobiliária no país. Mas, para outros especialistas, depois da escalada de preços, o preço dos imóveis deve subir menos em 2014.

    “O mercado dá sinais de uma certa acomodação, até mesmo de estagnação nas regiões periféricas”, afirma Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec/RJ. “Entretanto, nas grandes capitais e cidades-sedes da Copa que sofreram obras de infraestrutura impactante, os bairros mais próximos dessas melhorias continuam muito valorizados.”

    O economista Júlio Gomes de Almeida, da Unicamp, afirma que, em regiões como o Rio de Janeiro, o aumento dos imóveis foi excessivo devido aos custos da compra de um terreno em lugar privilegiado, como na zona sul, que engloba bairros como Ipanema, Leblon e Copacabana.

    “Mas há um processo especulativo forte em relação aos terrenos localizados nas áreas urbanas, fazendo com que os preços dos imóveis fiquem muito elevados”, explica o especialista.

    Ano atípico

    Segundo Braga, este ano deverá ser de maior cautela, já que 2013 não foi tão positivo para a economia brasileira. Além disso, por ser ano de eleições, o governo federal não deve mexer de forma brusca na economia. De acordo com o especialista, mesmo com os preços subindo menos, não deve ocorrer uma queda generalizada, já que o mercado segue aquecido por haver um deficit histórico de moradias no Brasil e também por causa do farto financiamento para as famílias brasileiras.

    De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), 2013 alcançou um novo recorde histórico, com 109,2 bilhões de reais em financiamentos. No período, 530 mil imóveis foram financiados. Para 2014, a expectativa é que as concessões alcancem 126 bilhões de reais, ou 15% a mais.

    Para o economista Celso Grisi, da Fundação Instituto de Administração (FIA), mesmo que os custos das construtoras com terrenos, salários, aluguel de equipamentos e importação de insumos continuem altos, os preços das unidades habitacionais não deverão subir mais do que o valor da inflação cerca de 6%. “As empresas vão ter que ganhar em produtividade para evitar a redução da margem de lucro”, afirma.

    Bolha imobiliária no Brasil?

    O aquecimento do mercado imobiliário em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, pode levar a uma sobrevalorização de preços e fazer com que uma possível bolha imobiliária estoure no Brasil, segundo alguns especialistas ouvidos pela DW.

    Para Samy Dana, economista da Fundação Getúlio Vargas, a bolha imobiliária já está formada, mesmo com a queda dos preços que continuam, em sua opinião, acima do valor razoável. Para ele, há um desequilíbrio na relação entre o custo do aluguel e do investimento num imóvel novo.

    O economista cita o exemplo de imóveis de 100 metros quadrados em São Paulo, que custam mais de 1 milhão de reais valor que hoje, investido na poupança que é atualmente considerada a pior aplicação pelo seu baixo rendimento faria com que o montante aumentasse 5 mil reais por mês.

    “Ninguém paga 5 mil reais para morar num imóvel de 100 metros quadrados. Isso significa que os preços estão muito altos para a população brasileira. Para haver equilíbrio, ou o aluguel sobe ou os preços dos imóveis diminuem. Como não há espaço para os aluguéis subirem, o valor dos imóveis deveria descer”, argumenta.

    Já Grisi avalia que não haverá bolha imobiliária, pois o ritmo de construção de imóveis diminuiu para se adequar à demanda. “Está claro que vamos ter um ritmo de vendas mais baixo. Os imóveis deverão ser reajustados de acordo com a inflação. É só uma preservação do patamar de preços, pois subir preços não vai dar.”

    Site:opovo.com.br

    Convidados, Geral

    Maior jornal do Brasil debate a existência de bolha imobiliária

    20 de março de 2014

    Vejam nos links:

    http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/03/1425835-ha-uma-bolha-imobiliaria-no-brasil-sim.shtml

    http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/03/1425837-ha-uma-bolha-imobiliaria-no-brasil-nao.shtml

    Chegamos a conclusão que, mesmo quem defendia a existência de Bolha antes já está mudando de opinião!

    Como eu disse em vários comentários: O mercado nacional se ajustará e seguiremos firmes!

    Até a próxima!

    Bob Carvalho

    Convidados, Geral

    Notícias e Comentários sobre o Mercado Imobiliário

    20 de março de 2014

    Bom dia.

    A partir de hoje, a convite do Editor, passarei a publicar notícias e comentários sobre o Mercado Imobiliário. Meu intuito é, não só esclarecer dúvidas e comentar sobre o momento atual do mercado nacional e dos EUA. Sempre numa linha de profissionalismo e transparência.
    Até a próxima!