A história da bolha imobiliária brasileira PARTE 1

Ao contrário. Veja a matemática da bolha agora:

Falta de credibilidade do Governo (menos investimentos das empresas e menos consumo de muitas famílias que já sabem da situação atual da economia, ou seja, os que realmente ainda tinham este poder de consumo vão se conter)
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NECESSIDADE de ajuste fiscal: Governo será OBRIGADO a dar reajuste para combustíveis, retomar aumento de impostos (exemplo: CPMF) e não poderá pedalar tanto nos benefícios casuísticos para empresas por absoluta falta de fôlego fiscal, somando tudo, efeito contracionista para economia, novo desestímulo à compra de imóveis.
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Aumento da Inflação via US$ maior em virtude da falta de confiança no Governo e de controle frouxo da inflação que tem sido a pratica (nova redução em capacidade de consumo e aumento de dívidas e inadimplência das famílias, todos reduzindo ainda mais capacidade de compra de imóveis)
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Falta de esperança para construção civil, somado com MEGA estoques, SUPER aumento em DISTRATOS e DÍVIDAS impagáveis para algumas delas de grande porte, levando a reduções ainda mais elevadas em lançamentos e FORÇANDO descontos mais elevados e abrangentes nos preços, que serão cada vez mais difíceis de serem maquiados, mantendo também a rota de gerar aumento no desemprego o que só alimenta ainda mais a crise imobiliária, como já ocorreu em Salvador.
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Crise no segmento automobilístico se intensificando e gerando novos aumentos no desemprego, com efeito em cascata (sem luz no fim do túnel quanto a Argentina ou melhora no consumo interno, ao contrário). Similar, TALVEZ em menor escala para segmento industrial, depois repassando para outros segmentos relacionados, ou seja, não tem como escapar de aumento de desemprego ainda no primeiro semestre de 2.015.
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Explosão da bolha mais visível e abrangente, ainda no curto prazo (entre 6 meses e 1 ano).

Se mesmo o que consta acima ainda não for o suficiente para explodir a bolha de forma mais visível e abrangente no prazo acima, temos 3 fatores externos que reforçarão e muito a probabilidade de explodir de forma mais visível e abrangente em 2.015:

Rebaixamento do rating de crédito do Brasil no primeiro trimestre de 2.015: INVEVITÁVEL com este Governo. Alcançando novamente o nível “especulação”, teremos grande fuga de investidores, muitos OBRIGADOS a isto (fundos que não podem ter dinheiro em país com este rating), levando a explosão da inflação e/ou juros, amplificando tudo que consta acima
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Aumento de juros do FED previsto para junho/2015: idem a anterior quanto a fuga de US$ do país que iriam para os EUA, com mesmos efeitos do item anterior
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Desaceleração esperada da China em 2.015: redução de consumo de commodities que levará a novos efeitos de contração para nossa economia, de novo, amplificando o que consta acima.

Não encontrei nenhuma forma do Governo ou construtora conseguirem manter ou muito menos ampliar a bolha imobiliária frente a todos os fatos acima. As últimas tentativas do Governo não tiveram efeito NENHUM (aumento do limite de uso do FGTS para imóveis vendidos por até R$ 750 mil, chantagem com bancos retirando rendimento de dinheiro retido no BACEN e só permitindo uso se fosse para empréstimo imobiliário ou automobilístico, empréstimos milionários e com condições de pai para filho para PDG não quebrar que ocorreram via CEF e BB no último ano e que é difícil de ser mantido daqui pra frente em virtude da situação fiscal do Governo e maior visibilidade dos problemas, etc…).

E aí, qual o milagre para evitar tudo que consta acima? Cuidado: muitas pessoas costumam achar que o Governo é “todo-poderoso” e pode manipular o mercado por tempo indeterminado, isto é apenas mais uma UTOPIA, na prática é exatamente o contrário disto, é o “mercado” que obriga o Governo a adotar diversas medidas à contra-gosto…