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    Como sua família investe? Veja como identificar o perfil de cada um

    30 de novembro de 2015

    A família brasileira ganhou um novo perfil nos últimos tempos , ou melhor, rompeu com muitos perfis e padrões e ganhou novos integrantes, os avós são mais participativos e dispostos. A mulher está fora de casa durante todo o dia, mas  a casa não está fora dela, bem como ela contribui em torno de 40% com a renda familiar, segundo pesquisa do IBGE de outubro de 2014.

    O homem não é mais o único provedor da renda familiar e em diversos casos, os casais optam por não ter filhos. Muita coisa mudou, mas as despesas e gastos ficaram e estão cada vez maiores. Planejamento financeiro é importante, assim como educação financeira. Mas é preciso ir além e buscar formas de ampliar o rendimento sem contrair dívidas e de maneira bem estruturada. Com isso o orçamento consegue aquela folga, os sonhos em stand-by podem ser realizados e bens adquiridos.

    Quando todos os membros da família contribuem de alguma forma com a renda e possuem hábitos saudáveis quanto ao próprio capital se torna mais fácil a prosperidade individual e coletiva da família.

    NA CASA DA MÁRCIA É ASSIM. E COMO ANDA SEU PLANEJAMENTO?
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    Cada família tem suas dificuldades, alegrias e seu orçamento. Conheça a família da Márcia e quais as dicas para que eles prosperem com as finanças.

    Márcia (A mãe) – Márcia é decoradora e tem 35 anos de idade. Ela se divide entre seus projetos e a pequena loja de doces que comanda ao lado da irmã, Cristina. A loja é pequena mas auxilia na complementação da renda. As irmãs ainda não pensaram em uma forma de tornar o empreendimento escalável e replicável. Ana sempre se preocupou com o futuro dos dois filhos, Artur (10 anos) e Bárbara (6 anos). Há anos têm guardado dinheiro para os estudos dos filhos e outras despesas relacionadas a eles. E faz tempo que ela espera a tão sonhada viagem para a Europa, que ainda não coube no orçamento depois do nascimento da caçula Bárbara.

    Carlos (O pai) – Carlos tem 38 anos e é bem competitivo. Há dez anos ele trabalha como gerente comercial em uma seguradora. Carlos já abriu pequenos negócios que não deram certo, mas ele nunca desanimou e sempre está atrás de uma novidade, alguma nova oportunidade que pareça lucrativa. Gosta de proporcionar conforto à mulher e aos filhos, bem como sonha em trocar o carro, que não acomoda toda a família como antes dos pequenos nascerem. Carlos tem vontade de investir na Bolsa de Valores mas sem experiência, prefere não arriscar.

    Antônio (O avô) – Antônio, de 69 anos mora com o casal e com as crianças. Ele é aposentado e tem um depósito de material de construção que pretende fechar em breve, depois que começou a comprar e vender ações. O avô de Artur e Bárbara vive discutindo com o filho, depois que decidiu ir além da poupança e ampliar os rendimentos. Durante os anos, ele foi muito econômico e se  precaveu com um bom capital que ganhou com o depósito e o aluguel do antigo apartamento que morava com Ângela, sua falecida esposa.

    PERFIS DE INVESTIMENTO: DESCUBRA QUAL O SEU E DA SUA FAMÍLIA
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    PERFIL CONSERVADOR

    Como Márcia sempre foi mais econômica e conservadora decidiu procurar opções de investimento que lhe dessem maior segurança e, ao mesmo tempo, proporcionassem um bom rendimento para o dinheiro que guardou para os filhos e para a sua tão sonhada viagem. Dessa forma, ela dividiu o seu capital em algumas partes e a partir de cada objetivo optou por um investimento diferente.

    Para a educação dos filhos optou por uma opção de investimento do CDB, que possui maior prazo de carência e lhe ofereceria maior rentabilidade. Neste investimento ela deixaria o seu capital aplicado por 5 anos e no final desse tempo iria retirar o capital com dinheiro suficiente para pagar o ensino dos filhos.

    Para a sua viagem Márcia optou pelo título público (Tesouro direto – LFT) – um investimento que proporciona liquidez diária, ou seja, ela pode resgatar o capital investido a qualquer momento, sem que haja grande prejuízo a sua rentabilidade. Outro benefício do LFT é ter sua rentabilidade atrelada à taxa SELIC. Assim, mesmo com a alta taxa de juros, ela pode ter bons lucros.

    PERFIL MODERADO

    Como Carlos sempre está atrás de uma novidade e de oportunidades de rentabilizar o seu dinheiro, ficou extremamente curioso ao saber por um colega de trabalho que existia um portal na internet que fornecia aos clientes diversas oportunidades de investimento no mercado financeiro. Como teve experiências negativas com antigos negócios, ele optou por diversificar seus investimentos pelas operações de longo prazo com parte do seu capital e a outra parte, aplicou em títulos de renda fixa – LCI (que é isento de imposto de renda) e CDB (que pode ser utilizado como margem de garantia na Bolsa de Valores, onde ele começou a realizar  pequenas operações de curto prazo). Carlos vai aproveitar os pequenos investimentos na Bolsa para trocar o carro da família, já que as possibilidades de ganho são altas e valeria a pena correr o risco do investimento.

    PERFIL AGRESSIVO

    Quem diria, o mais velho seria o investidor mais agressivo. Antônio contrariou as recomendações do filho e resolveu ir além da poupança e investir na Bolsa de Valores. Como ele ganhou maior tempo para outras atividades, desde que aposentou, encontrou no mercado financeiro uma excelente oportunidade de rentabilizar o dinheiro acumulado durante a vida. Ele realiza investimentos tanto em ações, quanto no Mercado Futuro através de day-trade e curto prazo.

    Idade não interfere, ou define se será feito um bom ou mau investimento, o que define é o quão paciente, persistente e disciplinado você será. Defina o capital a ser investido, o prazo de investimento, conheça suas limitações e escolha o melhor investimento para o seu perfil. Assim, você e sua família terão sucesso com as finanças.

    Renata Cota – Equipe Toro Radar

    Convidados

    Melhores investimentos, melhores rendimentos

    4 de novembro de 2015

    O cenário econômico em que o Brasil se encontra tende a gerar insegurança e resistência por parte dos brasileiros às possibilidades e oportunidades positivas da nossa economia. O rebaixamento do Brasil pela Fitch, a alta taxa de juros e inflação, bem como a instabilidade política do país realmente interfere na saúde da economia brasileira mas ainda assim o cenário pode ser muito mais positivo e atrativo para investimentos do que possamos imaginar.

    Entre as diversas possibilidades de usar o cenário econômico a seu favor, temos a aplicação em títulos do tesouro nacional, híbridos como a (NTN-B) onde o investidor recebe uma taxa de juros pré fixada juntamente com a inflação no período (permitindo com que você mantenha o seu poder de compra e ainda rentabilize o seu capital) e os títulos pós fixados (LFT) que têm seus rendimentos atrelados a taxa básica de juros.

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    A bolsa de valores está barata e conta com mais de cem empresas com valor menor do que seu valor patrimonial líquido. E ao contrário do que muitos dizem ou pensam esse é o momento certo de ganhar muito dinheiro com a Bolsa de Valores, isso, claro, se colocarmos como norteadores para o sucesso: ter disciplina, persistência e estratégia. Aprender a investir na Bolsa de Valores é a oportunidade de ampliar os rendimentos mesmo com a incerteza atrelada a economia do país.

    TAXA SELIC e as oportunidades de lucro

    Entre as possibilidades de ganho com a crise, a Taxa Selic – taxa é utilizada pelos bancos e por instituições financeiras como referência para concessão de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras – está com uma crescente de juros que pode significar uma grande oportunidade de investimento. Torna-se interessante para quem quer investir, escolher uma aplicação que acompanhe a taxa Selic.

    No mercado há diversos produtos de investimento que estão relacionados a Taxa Selic: LCI pós fixado, LCA pós fixado e os títulos do Tesouro Nacional (Tesouro SELIC-LFT) e CDB. Os dois últimos possuem características únicas e que podem tornar os rendimentos mais atrativos e rentáveis. Essas aplicações também podem ser utilizadas como Margem de Garantia para operações como Day trade e Mercado futuro.

    O tesouro SELIC é um título de rentabilidade atrelada a taxa de juros. Duas características tornam o investimento ainda mais interessante: ele permite que você tenha liquidez diária, desta forma sua rentabilidade não é prejudicada caso queira retirar o seu capital da aplicação e como sua tributação é conhecida evita possíveis surpresas ou mudanças. O CDB pós-fixado tem características similares ao Tesouro SELIC, como a liquidez diária e o conhecimento antecipado da tributação.

    Tesouro Nacional e CDB versus LCI e LCA

    As letras de crédito imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) também estão atreladas à Taxa SELIC mas são menos interessantes que o Tesouro SELIC e o CDB. Isso ocorre porque ambas as aplicações não possuem liquidez diária e há rumores de que em breve podem ser tributadas, o que iria interferir diretamente na rentabilidade da aplicação. Tanto a LCI quanto a LCA não podem ser usadas como margem de garantia para investir na Bolsa de valores, diferente do CDB e do Tesouro. A grande vantagem das Letras de Crédito está na não incidência do imposto de renda.

    E quais os melhores investimentos para 2016?

    Renda fixa e Renda Variável

    A rentabilidade está vinculada a um índice de mercado que pode ser SELIC ou CDB. Para aqueles que possuem receio de investir em operações de risco é um dos investimentos mais seguros. No próximo ano a renda fixa pós-fixada será uma boa alternativa para quem busca maiores recursos de liquidez e alocação de médio e longo prazo. Para os investimentos de 2016. .LCI, LCA, Tesouro Pós Fixado, Letras de câmbio, Tesouro IPCA e Debêntures Incentivadas são boas opções encontradas ainda em investimentos de renda fixa. Quanto à renda variável, investimentos de longo prazo, day-trade, e outras operações podem ser garantia de sucesso de investimento. para o próximo ano, bem como uma forma inteligente de driblar a crise, como já havia sido abordado no post do dia 28 de outubro. Conhecer as operações, entender qual é o seu perfil de investidor, criar uma boa estratégia e planejamento são essenciais para a saúde financeira do seu bolso.

    Equipe Toro Radar
    www.tororadar.com.br

    Convidados, Geral

    A bolha imobiliária no Brasil e a economia

    3 de novembro de 2015

    Revisitarei documento anterior sobre o assunto, que foi  publicado em julho/2013,atualizando. A versão anterior tem link ao final, no item “referências”, acesse para conferir o que já era previsto desde então.

    Post 45 imagem 1 - resultados das construtoras até 2011Post 45 imagem 2 - empregos até 2011Post 45 imagem 3 - crédito imobiliário até 2011Post 45 imagem 4 - preços de imóveis renda aluguel e INCC até 2011Post 45 imagem 5 - rentabilidade do aluguel até 2011Post 45 imagem 6 - vendas estoques lançamentos e distratosPost 45 imagem 7 - prejuízo 2012 e endividamento 2015 das construtorasPost 45 imagem 8 - preço aluguel INCC e renda até 2015Post 45 imagem 9 - reduções de preços de imóveisPost 45 imagem 10 - desemprego até 2015Post 45 imagem 11 - dívida das famílias com o sistema financeiroPost 45 imagem 12 - inadimplência geral das famílias SERASAPost 45 imagem 13 - inflaçãoPost 45 imagem 14 - despesas das famíliasPost 45 imagem 15 - crédito imobiliário a partir de 2011Post 45 imagem 16 - tendência 2015 2016 parte 1Post 45 imagem 17 - tendência 2015 2016 parte 2Post 45 imagem 18 - tendência 2015 2016 parte 3

     

    Refêrencias:

    Tópico anterior, de julho/2013, que falava sobre mercado imobiliário e economia: http://defendaseudinheiro.com.br/artigo-quarto-erro-do-mercado-imobiliario

    As 12 construtoras utilizadas como referência neste tópico são: Cyrela, PDG, MRV, Tecnisa, Rossi, Helbor, Trisul, Even, EzTec, Brookfield, Gafisa e Viver.

    Demais referências foram todas mencionadas no decorrer do tópico.

    Até o próximo tópico!

    Convidados, Geral

    O oxigênio da bolha imobiliária brasileira, parte 1

    20 de maio de 2015

    Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

    Toda bolha imobiliária é inflada contando com juros básicos da economia em patamar baixo quando comparado a seu histórico para aquele país, crédito imobiliário farto, barato e por longo prazo, emprego e renda crescentes, simulação de demanda aquecida no presente em troca de super- estoque no futuro (vendas para aqueles que não terão condições de manter o pagamento ao longo dos anos e gerarão devoluções ou cancelamentos em volume anormal), volume anormal de especuladores e por fim, muita desinformação. Este conjunto de fatores, que podemos chamar de oxigênio da bolha imobiliária, leva os preços dos imóveis a crescerem muito acima do normal e rapidamente. A explosão ocorre quando, de forma natural e como consequência da própria bolha imobiliária, o oxigênio vai diminuindo. Vejamos como anda o oxigênio de nossa bolha imobiliária:

    JUROS BÁSICOS DA ECONOMIA EM PATAMAR BAIXO?

    Por que é requisito de toda bolha imobiliária os juros baixos na comparação com o histórico de juros daquele país? Porque eles estimulam por um lado que tenhamos crédito imobiliário “barato” (comparativamente a patamar anterior), que permite aumentos na demanda por imóveis e seus preços (mesmo com aumento nos preços totais, as parcelas cabem no orçamento das famílias), ao mesmo tempo que desestimula as pessoas de manterem aplicações financeiras, estimulando-as a investir em imóveis e atraindo grande número de especuladores (especialmente amadores que não tem nenhuma experiência neste segmento).

    Fazendo uma analogia com outras bolhas imobiliárias: nos EUA os juros sofreram redução relevante como uma reação do governo americano tentando estimular a economia após a crise das empresas na Internet (a crise das “.com”), na Espanha a causa de uma redução de juros mais relevante foi a adesão à zona do euro e na China no início foi uma iniciativa para tentar gerar um crescimento rápido na economia, seguido por uma consequência do QE americano que foi utilizado para injetar muito dinheiro na economia mundial (excesso de liquidez leva a redução de juros). Vejamos no Brasil os juros anuais versus inflação:

    Post 39 - imagem 1 - SELIC e IPCA

    Como podemos observar, a estratégia heterodoxa do Governo para tentar conter a inflação não conseguiu mais sobreviver e com isto, em 2.015 os juros ficaram no maior patamar desde 2.007. Mesmo assim, como a inflação foi contida de forma artificial por muito tempo, ela também está em patamar recorde para este período de 2.007 a 2.015 e com isto, a tendência é manter a SELIC em patamar recorde dos últimos anos pelo menos até meados de 2.016.

    Como a própria bolha imobiliária ajudou a chegarmos neste ponto? Além das ações heterodoxas do Governo para sustentar a bolha imobiliária terem aumentado a consequência negativa da inflação que vemos hoje, também tivemos o aumento desenfreado do preço do M2 comercial que foi repassado para preços de produtos e serviços colaborando muito para inflação e por fim, o aumento muito rápido nas construções gerando crescimento rápido no emprego, sem ganhos de produtividade, que também alimentou a inflação. A inflação elevada força aumento nos juros. Tudo exatamente como ocorreu em outras bolhas imobiliárias ao redor do Mundo, como parte dos mecanismos de auto-destruição de toda bolha.

    Concluímos que esta parte do oxigênio de nossa bolha está acabando rapidamente.

    CRÉDITO IMOBILIÁRIO BARATO E FARTO?

    Por que é requisito de toda bolha imobiliária o crédito imobiliário barato e farto, concedido em financiamentos com prazos muito longos de pagamento? Porque é este conjunto que garante que as parcelas do financiamento vão caber no orçamento das famílias, mesmo quando os preços dos imóveis aumentam muito e rapidamente, como ocorre em toda bolha imobiliária.

    Fazendo uma analogia com outras bolhas imobiliárias: nos EUA tivemos bancos que adotaram planos de concessão de crédito imobiliário com percentuais mínimos de juros e vinculando como garantia os imóveis que não paravam de ver os preços crescerem,  sendo que a Espanha adotou ação similar e ainda ampliou o prazo de financiamento. Na China como este esquema já era conhecido e sabia-se das péssimas consequências, adotaram empresas “sombra” para alavancar os empréstimos imobiliários e no Brasil, além do governo ampliar bastante o prazo de financiamento, a CEF ofereceu os menores juros e concentrou 70% do crédito imobiliário (manter uma participação exagerada de banco público foi a fórmula do Governo quando bancos privados não quiseram entrar em peso nesta exuberância irracional dos preços).

    Como foi a evolução do crédito imobiliário concedido nos últimos anos?

    Post 39 - imagem 2 - evolução do crédito imobiliário versus PIB

    Pelo que podemos observar pelas informações acima, nos últimos anos, dentro dos “altos e baixos” do crédito imobiliário concedido, a aceleração após a desaceleração tem sido cada vez menor. Tivemos a primeira queda em crédito concedido em unidades no ano de 2.012, sendo que este movimento de altas e baixas do crédito imobiliário, como era de se esperar, acompanha a evolução do PIB.

    Como está o ano de 2.015 até aqui?

    Post 39 - imagem 3 - evolução crédito imobiliário primeiro trimestre

    O gráfico acima demonstra que pela primeira vez desde 2.002 tivemos redução no crédito imobiliário concedido tanto em quantidade quanto em valores. Esta situação já era esperada, uma vez que como sabemos e foi demonstrado no gráfico anterior, o crédito imobiliário acompanha o crescimento da economia e em 2.015, temos tido redução do PIB.

    Quais as expectativas quanto ao crédito imobiliário para o restante do ano de 2.015?

    Boa parte do crédito imobiliário brasileiro é dependente de verba da poupança e do FGTS. No primeiro quadrimestre de 2.015, tivemos recorde histórico de saque da poupança no Brasil, o que combinado com a excessiva participação da CEF no crédito imobiliário fez com que a verba da poupança para a CEF fornecer crédito imobiliário ficasse escassa.

    Como consequência da situação acima, a CEF foi obrigada a adotar ações para conter o crédito imobiliário: a parcela financiável do imóvel caiu de 80% para 50% no caso de usados e de 90% para 80% no caso de novos, quando estamos falando no sistema SAC e imóveis que se enquadram no SFH, que é a grande maioria dos financiamentos concedidos, daqueles que não são Minha Casa Minha Vida. Antes mesmo destas ações, a CEF já havia aumentado os juros por duas vezes. Estas novas condições da CEF fazem com que a entrada não caiba no bolso de grande parte dos potenciais compradores e para piorar a situação, os demais bancos já seguiram a CEF aumentando os juros do crédito imobiliário.

    Como a própria bolha imobiliária ajudou a chegarmos neste ponto? Por um lado, tivemos o crescimento da inflação que teve forte influência da bolha imobiliária, conforme explicado em item anterior e que obrigou a aumento da SELIC, fazendo com que outros investimentos tivessem rendimento muito maior do que a poupança e ajudando no recorde de retiradas da poupança (pessoas tiram da poupança e fazem outras aplicações financeiras), por outro lado, tivemos ao mesmo tempo um excesso de participação da CEF no crédito imobiliário, o que drenou os seus recursos e também ocorreu em função da própria bolha e da necessidade de compensar os bancos privados que não entraram de cabeça nesta exuberância irracional dos imóveis. Além destes fatores, a crise econômica que teve forte colaboração da bolha imobiliária através da geração de uma inflação e juros mais altos, combinados com aumento no desemprego puxado pela construção civil agora em 2.014 / 2.015, queda no PIB trazida por estes efeitos e também pelo fechamento de lojas que não suportavam custo dos aluguéis, excessivo endividamento das famílias (em parte graças a aluguel ou parcela do financiamento imobiliário elevado), etc., fez com que cada vez mais famílias tenham que recorrer a saques de recursos da poupança e FGTS (desemprego), drenando os recursos disponíveis para subsidiar o crédito imobiliário barato e farto que é requisito de toda bolha imobiliária.

    A forte desaceleração do crédito imobiliário em 2.014, acompanhado da queda em 2.015 e do conjunto de ações recentes da CEF, vindo do principal banco fornecedor de crédito imobiliário e que foi seguida por demais bancos quanto a aumento de juros, é sem dúvida uma retirada radical nesta parte do oxigênio que alimenta a bolha imobiliária brasileira.

    EMPREGO E RENDA CRESCENTES?

    Por que é requisito de toda bolha imobiliária o emprego e renda crescentes? Porque eles garantem que as famílias estejam otimistas com relação ao futuro e assim dispostas a se arriscarem em financiamentos que são por prazo muito longo e com parcelas elevadas.

    Fazendo uma analogia com outras bolhas imobiliárias: nos EUA, Espanha e China, o aumento relevante nas construções fez com que os empregos e a renda crescessem de forma significativa durante o inflar da bolha imobiliária.

    No caso do Brasil, o inchaço dos empregos na construção civil não se deu apenas pelo volume recorde de lançamentos de imóveis residenciais e comerciais, mas também pelas obras da copa do Mundo e construções relacionadas à Petrobrás e segmento petrolífero. Nos últimos anos, temos visto que estes 3 mecanismos que impulsionaram os empregos de forma artificial e temporária estão desmoronando. Vejamos a evolução deste cenário:

    Post 39 - imagem 4 - CAGED construção civil e geral

    Pelo que constatamos acima, a participação do segmento imobiliário na geração de empregos formais dobrou no período de 2.006 a 2.009, ou seja, a construção civil foi o grande “motor” da geração de empregos neste período. Já a partir de 2.011, observamos uma queda relevante na geração de empregos formais, que se intensificou em 2.012 e que depois despencou a partir de 2.014 puxado pela construção civil, uma vez que os lançamentos de imóveis comerciais e residenciais já vinham em queda desde 2.012, a copa do Mundo se realizou na metade de 2.014 (grande maioria das obras previstas se concluiu antes disto) e por fim, tivemos a operação lava jato que a partir do segundo semestre de 2.014 paralisou grande número de obras relacionadas à corrupção da Petrobrás.

    Como está o ano de 2.015 quanto à geração de empregos formais, comparado a outros anos?

    Post 39 - imagem 5 - CAGED primeiro bimestre

    E quanto à renda média real, como tem sido a evolução? Vejamos o mês de fevereiro:

    Post 39 - imagem 6 - evolução renda média fevereiro

    As informações acima demonstram que em 2.015, pela primeira vez desde 2.006, tivemos uma queda nos empregos formais no primeiro bimestre  que tenha ocorrido ao mesmo tempo para a construção civil e para o total geral do Brasil. Em função da desaceleração do emprego formal em 2.014 e de sua queda no início de 2.015, em ambos os casos puxados pela construção civil, tivemos a renda média da ocupação principal em fevereiro/15 com o seu pior resultado em 10 anos, na comparação anual (comparado a mesmo mês de ano anterior).

    Além disto, como referência, em março/2015 tivemos a maior queda na renda média da ocupação principal em 12 anos, quando comparada a evolução do mês de fevereiro para março e a maior queda em 11 anos quando comparada a evolução de março para mesmo mês de ano anterior.

    Como a própria bolha imobiliária ajudou a chegarmos nesta situação? A explosão das construções de imóveis residenciais e comerciais ocorreu de forma artificial e temporária, em função de uma combinação de vendas falsas na planta e mega especulação (serão explicados na parte 2), sendo que quando atingimos um nível anormal de distratos e de concorrência com especuladores, ambos no momento da entrega dos imóveis, passamos a ter super-estoques e as construtoras foram obrigadas a reduzirem seus lançamentos de forma relevante, o que passou a ocorrer a partir de 2.012. Claro que a combinação destes fatos com a copa do Mundo e os efeitos da operação lava jato amplificam os efeitos destrutivos sobre os empregos na construção civil a partir de 2.014. Já a queda na renda real que temos observado, é uma consequência da destruição destes empregos formais. Como ocorre em toda bolha imobiliária, os empregos na construção civil tem queda abrupta destruindo a euforia do pleno emprego gerada pela própria bolha imobiliária.

    Concluímos que esta parcela do oxigênio da bolha imobiliária também se tornou escassa.

    COMENTÁRIOS FINAIS SOBRE A PARTE 1:

    O processo adotado pelo Governo para evitar um rebaixamento no grau de investimento do Brasil, está sendo excessivamente gradual, para que o aumento do desemprego não seja por demais assustador e a reação popular e do “fogo amigo” (PT e aliados) não destruam todos os planos. Claro que com isto, o sonho do Governo é de  fazer com que a explosão de nossa bolha imobiliária seja “Soft”, mas está ficando cada vez mais óbvio para todos que isto não é viável. Por que podemos afirmar que as ações do Governo estão sendo excessivamente graduais?

    Se olharmos para a SELIC, deveria estar maior (com inflação menor que a de abril/15 tempos atrás, SELIC estava bem maior), da mesma forma, o juros do crédito imobiliário dos bancos públicos também está menor do que deveria. Olhando para meta da inflação, o Governo dobrou o prazo para atender o centro da meta (deveria ser dezembro/2015 e foi para dezembro/2016) e ainda assim, as apostas são que não conseguirão chegar ao centro da meta ao final de 2.016. A meta de superávit primário de 1,2% é muito modesta em relação a irresponsabilidade fiscal anterior. Graças as pedaladas e maquiagens dos últimos anos que estão gerando efeitos piores do que os previstos inicialmente, junto com a lentidão para aprovar medidas e a “timidez” destas medidas em relação ao tamanho do problema, o que temos hoje não alcançará a meta de 1,2%, ou o Governo reduz a meta e se torna mais gradualista, voltando a gerar insegurança para o mercado (menos provável), ou ele terá que lançar um novo pacote de medidas ainda em 2.015.

    O Governo está rezando para tudo dar certo e terem uma extrema sorte, até quanto a diversos eventos internacionais (crescimento da China não despencar, aumento do juros pelo FED americano não gerar fuga do US$ e disparada da inflação no Brasil, uma crise em economia emergente não contaminar a péssima percepção quanto ao Brasil, etc.), contando ainda com a “compreensão” e recuperação da confiança do mercado, para que no segundo semestre de 2.016 possa ser possível ver uma “luz no fim do túnel” que dê algum ânimo às pessoas e auxilie o partido do Governo nas eleições municipais, mas para isto, irão precisar de muita sorte.

    É por tudo que consta acima que a possibilidade do Governo fazer novas pedaladas ou maquiagens para auxiliar o segmento imobiliário está fora de cogitação, eles já estão no limite do gradualismo, não podem ceder em mais nada, não há mais como transferir dinheiro de Tesouro para CEF ou outras ações deste tipo, até para não abrir precedentes e perda de confiança em larga escala.

    Lembrando que neste contexto, como o próprio Levy destacou recentemente, é o “sistema” quem deverá servir de fonte do financiamento para o crédito imobiliário, em outras palavras, poupança e outras aplicações financeiras ou FGTS.

    A poupança, como sabemos, está tendo seu saldo consumido rapidamente, a crise e os saques da poupança por necessidade das famílias estão só no começo e mesmo que desviassem outras aplicações financeiras para subsidiar o crédito imobiliário (abrindo “buraco” no financiamento de outros segmentos), estas outras aplicações financeiras tem rendimento maior, portanto, os juros do crédito imobiliário teriam que aumentar ainda mais, o que não combina com preços super-inflados pela nossa bolha imobiliária (continuaria estrangulando a venda de imóveis).

    Quanto a possibilidade de utilizar uma parcela do compulsório da poupança para cobrir a ausência de recursos e a nova chantagem que o governo estuda, de pagar “juros negativos” para bancos que não estiveram utilizando 65% da poupança para o crédito imobiliário, é solução paliativa, de curta duração (máximo 6 meses, dependendo da evolução da crise e dos saques da poupança) e ainda contraditória em relação a meta de contenção da inflação, o que colaboraria para colocar os planos do Governo em descrédito, sendo que hoje a credibilidade alcançada já é frágil por todos os problemas enfrentados para implantação dos planos do ajuste fiscal e pelo seu excessivo gradualismo.

    Sobre o FGTS, além do Governo estar estudando se desvia R$ 10 bilhões do FGTS para o BNDES, da câmara dos deputados desejar dobrar o rendimento do FGTS (aumentaria em mais de 80% os juros das parcelas do crédito imobiliário vinculado ao FGTS, incluindo aí o Minha Casa Minha Vida) e de estarmos em um ano em que o desemprego formal está crescendo rapidamente e assim consumindo o saldo deste FGTS, a ideia sugerida pelo segmento imobiliário de aumentar o teto de financiamento de imóveis que se utilizam da verba do FGTS de R$ 190 mil para R$ 300 mil ou R$ 400 mil, não ajuda muito a manterem a bolha imobiliária, até porque menos de 20% dos imóveis tem anúncios abaixo deste preço nas grandes capitais, que são as cidades que concentram os maiores estoques em poder de construtoras e especuladores.

    Com as soluções paliativas que constam nos 2 parágrafos anteriores, o Governo está tentando dar mais uma pequena sobrevida para as construtoras, torcendo para que em 6 meses elas possam já ter desovado seus super-estoques, graças as restrições muito maiores impostas à usados, que redirecionaria parte dos clientes de usados para novos.

    Novamente, o que consta acima é uma aposta muito otimista do Governo em virtude dos seguintes motivos: a) Crise na economia tende a se agravar e termos cada vez menos pessoas e bancos aptos ou interessados no crédito imobiliário; b) Ao travar a venda de usados, muitos que venderiam estes imóveis para pagar um novo não poderão faze-lo ; c) Está sendo gerada muita insegurança para comprador de novo pelas mudanças na regra que ocorrem sem aviso prévio, o que intimida as pessoas a comprarem imóveis na planta sem terem ideia de como estará a situação daqui a 2 ou 3 anos ; d) A entrada necessária para novos também dobrou recentemente e aquelas vendas na planta com 10% de entrada tendem a não se concretizar, aumentando os distratos que já estavam em volume absurdo e crescentes ; e) A garantia dos bancos cairá automaticamente em função do imóvel ao ser financiado virar automaticamente um usado com preço que será muito menor, o que levará alguns bancos a preferirem levar os clientes para aplicações diferentes da poupança e assim reduzirem sua meta em termos nominais, ou mesmo aceitarem os “juros negativos”, mas não é provável que prefiram clientes ruins e alto risco de inadimplência. Estes fatores e outros não serão resolvidos por estas possíveis ações paliativas do Governo, ou seja, estas apelações terão impacto muito pequeno, no máximo servirão para amortecer a queda por poucos meses.

    Por tudo que consta acima, estas parcelas do oxigênio de nossa bolha imobiliária (SELIC baixa, crédito imobiliário farto e barato, emprego e renda crescentes) estão ficando escassas, desta forma, tanto segmento imobiliário quanto Governo e bancos, no máximo irão conseguir uma sobrevida de 6 meses, mas ainda assim, com um alto preço a ser pago de perda de credibilidade pelo Governo e risco de que estas alternativas apelativas sejam totalmente ineficazes para amortecer a queda.

    Na parte 2 deste trabalho (final), o foco será nos assuntos: simulação de demanda aquecida em troca de super-estoque futuro, especulação em volume anormal e desinformação.

    Referências:

    Tabela com a SELIC histórica: https://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS

    Tabela com o IPCA histórico:   http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/ipca-inpc_201503_1.shtm

    Evolução do crédito imobiliário – ABECIP/BACEN – recursos do SBPE: http://www.abecip.org.br/m22.asp?cod_pagina=680&submenu=sim&cod_pai=430

    Evolução do saldo líquido da poupança – ABECIP/BACEN: http://www.abecip.org.br/m22.asp?cod_pagina=648&submenu=sim&cod_pai=430

    Evolução do emprego formal / celetista – CAGED: http://www.cbicdados.com.br/menu/emprego/emprego-formal-caged

    Evolução do rendimento médio real efetivamente recebido – PME – IBGE: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/defaulttab_hist.shtm

    Reportagem: “Maior queda mensal no rendimento médio real em 12 anos”: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2015-04/rendimento-real-dos-trabalhadores-tem-maior-queda-mensal-em-12-anos

    Artigo: “Governo prepara pacote habitacional, mas inflação e ajuste limitam alcance”: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,governo-prepara-pacote-habitacional-mas-inflacao-e-ajuste-limitam-alcance,1687860

    Artigo: Governo não alcançará superávit primário de 1,2% do PIB, diz especialista: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2015/02/22/internas_economia,472171/governo-nao-alcancara-superavit-primario-de-1-2-do-pib-diz-especiali.shtml

    Até o próximo post!

    Geral

    2014: O ano que nos ensinou que nada é impossível…

    18 de dezembro de 2014

    2014: O ano que nos ensinou que nada é impossível...

    …um ano para ser esquecido!!!
    Soma-se a isto estagnação econômica, inflação alta, outro ano de forte queda na bolsa de valores, reeleição da presidenta, reeleição de vários governadores, senadores e deputados.

    O gigante que se levantou em 2013, adormeceu em 2014.
    Em 2015, aposto ainda que nada irá melhorar, quiçá deva piorar.

    Leia também estes posts que já apontavam esta trajetória de queda na economia:

    – A estagflação chegou ou está chegando ao Brasil?

    – Selic 10,00%: Inflação alta, crescimento baixo e alto endividamento!?

    Até o próximo post.

    Geral

    Investir através de cooperativa de crédito?

    13 de novembro de 2014

    Que tal investir através de uma cooperativa de crédito ganhando 100% da taxa básica de juros da economia, SELIC, e ainda quando precisar, ter disponível empréstimos com valores bem menores que os praticados pela maioria das instituições financeiras como bancos, por exemplo?

    Sim, isto é possível.

    Ainda mais agora que temos o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), que nada mais é do que uma forma de igualar as condições de competitividade com os bancos comerciais, protegendo depositantes e investidores dos bancos cooperativos e das cooperativas de crédito, além de contribuir com a manutenção da estabilidade do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), ampliando a credibilidade do sistema, conforme pode ser lido no site fgcoop.coop.br.
    logomarca da fgcoop
    Para quem não sabe o que é uma cooperativa de crédito, leia a seguir esta FAQ retirada do próprio site do Banco Central (BC):

    1. O que é uma cooperativa de crédito?
    A cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada por uma associação autônoma de pessoas unidas voluntariamente, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, sem fins lucrativos, constituída para prestar serviços a seus associados.

    O objetivo da constituição de uma cooperativa de crédito é prestar serviços financeiros de modo mais simples e vantajoso aos seus associados, possibilitando o acesso ao crédito e outros produtos financeiros (aplicações, investimentos, empréstimos, financiamentos, recebimento de contas, seguros, etc.).

    2. As cooperativas de crédito só podem ser formadas por empregados de empresas?
    Não. As cooperativas também podem ser formadas por pessoas de uma determinada profissão ou atividade; agricultores; pequenos e microempresários e microempreendedores. Além disso, existem cooperativas de crédito de livre admissão de associados, nas quais coexistem grupos de associados de diversas origens e atividades econômicas.

    3. Quais são as vantagens da constituição de uma cooperativa de crédito?
    As vantagens são:

    – A cooperativa pode ser dirigida e controlada pelos próprios associados;
    – A assembleia de associados é quem decide sobre o planejamento operacional da cooperativa;
    – A aplicação dos recursos de poupança é direcionada aos cooperados, contribuindo para o desenvolvimento do grupo e, também, para o desenvolvimento social do ambiente onde vivem;
    – O atendimento é personalizado;
    – O crédito pode ser concedido em prazos e condições mais adequados às características dos associados;
    – Os associados podem se beneficiar com o retorno de eventuais sobras ou excedentes.

    4. A cooperativa de crédito pode fornecer talão de cheque?
    Sim. O fornecimento de até dez folhas de cheques por mês é considerado serviço essencial a pessoas naturais que mantenham conta de depósito à vista na instituição e pode ser oferecido, desde que o correntista reúna os requisitos necessários à utilização de cheques, de acordo com a regulamentação em vigor e as condições pactuadas. Conforme estabelece a Resolução CMN 3.919, de 2010, a instituição não poderá cobrar tarifas pela prestação desse serviço.

    5. Posso obter um empréstimo em uma cooperativa de crédito?
    Sim. As cooperativas de crédito podem oferecer praticamente todos os serviços e produtos financeiros disponibilizados pelos bancos, desde que os clientes sejam seus associados. Para ser associado é necessária a integralização de uma cota do capital da cooperativa.

    6. Um associado de cooperativa de crédito que perdeu o vínculo empregatício pode permanecer na cooperativa?
    Não, se ele for associado de uma cooperativa que congregue somente funcionários de uma empresa ou grupo de empresas. Caso seja associado de uma cooperativa cujo vínculo não seja o empregador ou de uma cooperativa de livre admissão, não há necessidade de se desligar da cooperativa.

    A Lei 5.764, de 1971, em seu artigo 35 exige a exclusão de associados que deixem de atender aos requisitos estatutários de ingresso ou permanência na cooperativa. Assim, a administração da cooperativa está obrigada a providenciar a sua exclusão, nos termos legais.

    Adicionalmente, de acordo com o inciso III do artigo 21 da referida Lei, deve constar no estatuto social da cooperativa a forma de devolução do capital ao associado que se desliga.

    7. Uma pessoa jurídica pode participar de uma cooperativa de crédito?
    Sim. As pessoas jurídicas podem figurar como associadas nas cooperativas de crédito, desde que sejam observadas as regras de admissão específicas para cada tipo de cooperativa, com relação à origem e atividade econômica.

    8. As cooperativas de crédito podem admitir entes públicos como cooperados?
    Não. Conforme determina o artigo 4º, parágrafo único, da Lei Complementar 130, de 2009, não serão admitidos no quadro social da sociedade cooperativa de crédito a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios bem como suas respectivas autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.
    bcb.gov.br/?COOPERATIVASFAQ

    Enfim, para quem não sabia, serve no mínimo para conhecimento.

    Geral

    Selic 10,00%: Inflação alta, crescimento baixo e alto endividamento!?

    28 de novembro de 2013

    Com a taxa de juros agora nas alturas com a inflação que continua bem longe do centro da meta, crescimento baixo, alto endividamento e meta de superávit primário inalcançável:
    – Finalmente temos os ingredientes para uma recessão antes de outubro/2014, suposta reeleição de quem está no poder há quase 11 anos?

    Confiram:

    A oposição pira!

    Até o próximo post.

    Livraria

    Tesouro Direto: Títulos Públicos Sem Segredos

    30 de junho de 2013

    Títulos Públicos Sem Segredos – Guia para Investimentos no Tesouro Direto; Fábio Guelfi Pereira; Campus: é um excelente livro que contempla de forma simples e direta este tipo de investimento em renda fixa.
    Títulos Públicos Sem Segredos, Fábio Guelfi Pereira
    O livro mostra de forma clara ao investidor comum quais os principais aspectos que devem ser considerados em uma aplicação de renda fixa, no caso, títulos públicos, tesouro direto. Este livro tenta tornar mais inteligível o mercado de títulos públicos, o qual tem um número maior de cidadãos com acesso ao mesmo devido à difusão do programa Tesouro Direto.

    Esta obra traz as características dos títulos, a forma como eles são precificados, os riscos envolvidos nesta aplicação e as variáveis que alteram seu preço. Tudo isto serve para que o leitor seja capaz de fazer escolhas racionais e embasadas quando for optar por esta modalidade de investimento.

    Leia também:

    Até o próximo post.

    Geral

    PIB 1T2013 subiu só 0,60 %, e agora Tombini?

    29 de maio de 2013

    O Copom(Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou decide hoje o rumo da taxa básica de juros Selic, atualmente em 7,50% ao ano. A maioria dos analistas espera nova elevação em apenas 0,25%.
    Só que agora o Tombini e o seu BC da Dilma tem um certo entrave pela frente, o PIB do primeiro trimestre de 2013 subiu só 0,60%, enquanto que o BC esperava pelo menos 0,73% para dar algo em torno de 2,92% de crescimento da economia do país no final deste ano.
    A decisão do BC acontecerá novamente em meio a um temor de maior disparada da inflação e com dólar nas alturas, ele que não parou de subir este mês (maio/2013).
    E agora, quem salvará o Tombini, o Chapolim Colarado? Se sobe demais a Selic, arrefece a inflação, mas estagna a economia, se não sobe a Selic, aquece a inflação e libera a economia para crescer.
    Estagflação bate a porta?

    Veja também:

    A estagflação chegou ou está chegando ao Brasil?

    29/05/2013 às 09h07
    PIB do Brasil cresce 0,6% no 1º trimestre

    gráfico do pib brasileiro

     

    Até o próximo post.

    Filmes

    Dicas de filmes, documentários e vídeos – parte 9

    12 de maio de 2013

    Vamos para a parte 9 desta de série de posts onde compartilharmos dicas de filmes, vídeos e documentários ligados ao mercado financeiro, bolsa de valores, investimentos, finanças pessoais, macroeconomia, contábeis, questões político-econômicas, e assuntos relacionados.

    1. Grande demais para quebrar

      Muito bom o filme, elenco e roteiro.
      Foi menos entretenimento que WallStreet, O dinheiro nunca dorme, e menos documentário do que Trabalho Interno, mas o filme ficou muito interessante.
      O foco ficou mais na correria do Tesouro Americano e Fed para resgatar os grandes bancos e seguradoras.
      Bem, uma coisa deu certo, a economia norte-americana e mundial não entrou em depressão, o capitalismo continou de pé, e de fato, eles eram muito grandes para falir, principalmente a AIG !
      O Paul Giamati de Ben Bernanke ficou hilário demais lol risada, o ator que fez o Henry Paulson poderia ser mais jovem para se parecer mais com o original, mas ficou bom.
      A Nancy Pelose, chefe do congresso, ficou muito parecida também.
      Foi sensacional ver o sufoco do Tesouro, Fed e Casa Branca para sairem com o acordo para pegar os US$ 700 bi com autorização do congresso e do senado, sendo que o projeto que era pequeno inicialmente, virou um verdadeiro Frankeinstein, como se falou muito na época.

    2. Minha Terra, Minha Vida (1984)
      É um belo filme, um drama sobre uma família de fazendeiros, que após muitos anos vivendo de uma fazenda da família que passou de geração para geração se vê nas garras dos sistema financeiros graças ao crédito rural, no caso, era banco público, mas também os bancos privados e mistos fazem este tipo de financiamento.

      E aí, vem o lado negro, obscuro, dos bancos, a hora que executam as garantias por falta de pagamento, com vimos muito bem recentemente na crise do subprime.

      O problema é que no caso dos fazendeiros, eles especulam, prevêem, esperam, que a fazenda vai produzir o suficiente para poder pagar o empréstimo, e aí, as previsões não se concretizam, o clima não ajuda, uma doença mata grande parte dos animais, e sem grana para pagar, e após várias vezes renegociando a dívida, dançam, e perde suas terras, equipamentos, animais, etc., e pior, a única forma de sustento de toda a família.

      O capitalismo e/ou social capitalismo é muito bom com o fornecimento de crédito para permitir o maior crescimento das empresas, agronegócio, etc., porém, como os bancos são agiotas legalizados, ou sejam, cobram juros abusivos no limite da lei, muita gente sem planejamento financeiro ou com expectativa de lucros do negócio, emprego, etc. acabam fracassadas e caem nas teias do sistema.

      Infelizmente o socialismo e comunismo por ter vários espertos (chefes) no seu comando, eles querem viver como sheiks ou reis com os servos vivendo das esmolas do sistema, e eles cheio de serviçais para sustentá-los e trabalhar por eles, exatamente como fez a Igreja e os Reinados na Idade Média.

      E dado o completo fracasso do socialismo e comunismo, que se não tivesse a ganância humana seria o ideal, tudo é de todos, o que temos ainda de menos ruim, mesmo com todas falhas, é o capitalismo.

    3. O Informante

      Este filme tem tudo haver com o mercado financeiro, no que tange a informação.

      Sinopse:
      Em 1994, ex-executivo da indústria do tabaco deu entrevista bombástica ao programa jornalístico “60 Minutos”, da rede americana CBS.
      Dizia que os manda-chuvas da empresa em que trabalhou não apenas sabiam da capacidade viciadora da nicotina como também aplicavam aditivos químicos ao cigarro, para acentuar esta característica.
      Na hora H, porém, a CBS recuou e não transmitiu a entrevista, alegando que as consequências jurídicas poderiam ser fatais.
      Baseando-se nesta história real, O Informante narra a trajetória do ex-vice-presidente da Brown & Williamson Jeffrey Wigand (Russell Crowe) e do produtor Lowell Bergman (Al Pacino), que o convenceu a falar em público.
      http://www.adorocinema.com/filmes/filme-22767

    Até o próximo post.