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    Convidados, Geral

    Desenhando a bolha imobiliária brasileira

    8 de outubro de 2013

    Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

    O objetivo deste trabalho é o de “desenhar” a bolha imobiliária brasileira, no sentido de detalhá-la, apresentando algumas evidências relacionadas à mesma, iniciando pela cidade de São Paulo, por ser o mercado individualmente mais relevante para o segmento imobiliário no Brasil e também por estar sendo usado em “artigos” nos jornais, como “demonstração de recuperação”. Na sequencia, ainda dentro deste trabalho, apresentarei dados consolidados do Brasil e evidências de situações anormais causadas pela bolha imobiliária nas mais diversas cidades e regiões do País.

    DESENHANDO A BOLHA IMOBILIÁRIA BRASILEIRA:

    Estarei abordando temas como subprime brasileiro, discrepância entre renda e preços dos imóveis, super-estoques, quedas em vendas e em preços de imóveis e outros diretamente relacionados.

    Como base, utilizarei o material apresentado no “Bolha imobiliária à brasileira, você acredita?”, da parte 9 a 14, aproveitando para atualizar e complementar algumas informações e análises.

    Ao final deste trabalho, constarão todas as referências e ainda, complementos, com diversas outras ocorrências que tem relação com a bolha imobiliária brasileira. Objetivo de não incluí-las diretamente no estudo e coloca-las dentro do item “Referências”, é que complementem o volume de evidências apresentadas, sem tornar o “desenho” mais poluído. Para aqueles que não tem acompanhado este assunto, recomendo sua leitura, pois dá uma clara visão de quão espalhada já está a nossa bolha imobiliária brasileira.

    Segue o estudo:

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    REFERÊNCIAS:

    Tópicos anteriores que serviram de referência para este trabalho (Bolha imobiliária à brasileira, você acredita?):

    Parte 9: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1534 Infográfico mercado imobiliário brasileiro

    Parte 10: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1640 Infográfico Economia VS mercado imobiliário brasileiro

    Parte 11: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1707 Infográfico subprime brasileiro

    Parte 12: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1829 Imóveis usados São Paulo & FIPE ZAP

    Parte 13: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2247 Subprime brasileiro fase II

    Parte 14: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2287 Especulação imobiliária em São Paulo

    Notícias sobre quedas em preços de imóveis no Brasil:

    Em São José dos Campos, o exagero na oferta de imóveis e principalmente nos preços, fez com que o preço do imóvel novo caísse 25% e ficasse inferior aos preços de 2.010. Isto gerou revolta para quem comprou “na planta” e pagou muito mais caro, que só percebeu que preço caiu tarde demais… Como mesmo assim os “investidores” não conseguiam vender, a disponibilidade de imóveis para aluguel aumentou 300% nos últimos 24 meses, ou seja, hoje tem 4 vezes a quantidade de imóveis para alugar que tinha até 2 anos atrás… Não precisa de mágica para saber que a única consequência possível desta situação absurda, é preços caírem ainda mais, tanto para venda, quanto aluguel. Seguem os links com as notícias:

    http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/05/preco-dos-imoveis-cai-25-em-sao-jose-em-dois-anos-revela-creci.html

    http://www.aconvap.com.br/noticias/sao-jose-tem-aumento-de-300-na-oferta-de-locacao/3599.html

    Em Natal, também teve queda de 25% nos preços dos imóveis novos, fazendo com que os mesmos voltassem a patamar anterior a 2.010 (idem a São José dos Campos) e gerando revolta nos compradores que “investiram” na planta e ficaram com prejuízo. A “justificativa” para quedas nos preços, é que as melhoras em infra-estrutura não ocorreram (especularam o preço com base em melhorias que não ocorreram, falsas promessas)…

    http://jornaldehoje.com.br/infraestrutura-ruim-derruba-valor-dos-imoveis-em-natal/

    Queda elevada de preços no Noroeste de Brasilia porque melhorias em infra não aconteceram:

    http://videos.r7.com/mercado-imobiliario-esta-em-baixa-no-df/idmedia/51e881010cf279513cafb732.html

    Segue notícia sobre queda de 15% nos preços de imóveis em Goiânia, após fortes quedas em vendas:

    http://www.opopular.com.br/editorias/economia/queda-nas-vendas-faz-pre%C3%A7os-de-im%C3%B3veis-recuarem-1.307413

    Abaixo, notícia sobre a terceira queda consecutiva de preços de imóveis em Recife:

    http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2013/04/03/internas_economia,432110/precos-dos-imoveis-no-recife-apresentam-terceira-queda-consecutiva.shtml

    Notícia sobre quedas de preços em 7 capitais durante o segundo semestre de 2.012:

    http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1228412-mercado-imobiliario-tem-retracao-nas-principais-cidades-do-pais-em-2012.shtml

    Seguem abaixo 4 notícias sobre quedas de preços de imóveis em São Paulo, são situações diferentes umas das outras quanto a número de dormitórios, período, novo ou usado, etc. (tem muito mais que isto disponível na mídia, tem sido uma constante para São Paulo):

    http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/2013/05/1285907-preco-de-imovel-usado-de-um-dormitorio-cai-23-na-cidade-de-sp.shtml

    http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/2013/05/1276973-venda-preco-e-locacao-de-imoveis-usados-despencam-em-sp.shtml

    http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,preco-de-imovel-novo-recua-pela-1-vez-em-quatro-anos,152741,0.htm

    http://msn.revistaimoveis.zap.com.br/155982-precos-dos-imoveis-novos-caem-em-sao-paulo.html

    Notícias sobre reduções elevadas em vendas e super-estoque de imóveis sem vender:

    Notícia da Globo, dando conta que estoque de imóveis novos sem vender, simplesmente DOBROU em unidades em apenas 1 ano, com base em levantamento dos balanços de todas as construtoras com Ações na Bolsa. Detalhe: o prejuízo consolidado destas construtoras em 2.012 foi de mais de R$ 1 bilhão.

    http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/construtoras-tem-prejuizo-e-estoque-de-imoveis-sobe-43-em-2012.html

    Alphavile de SP: 40% dos imóveis comerciais estão vagos, sem locação! Veja link abaixo:

    http://folhadealphaville.uol.com.br/artigo/?id=17399

    Pelas amostras da reportagem abaixo, observe que número de imóveis disponíveis para alugar em Pernambuco, mais que dobrou em curto prazo, porque preço era inviável:

    http://m.jconline.ne10.uol.com.br/t320/noticia/economia/pernambuco/noticia/2013/04/28/81174

    O título da notícia do jornal de Londrina já diz tudo: “preço de imóveis atinge teto com estoque recorde”. Atinge teto = daí pra frente, só tende a diminuir o preço real negociado.

    http://www.jornaldelondrina.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1364606&tit=preco-de-imoveis-atinge-teto-com-estoque-recorde

    Reportagem da Gazeta do Povo de Curitiba, dando conta que estoque de imóveis sem vender aumentou demais e que precisam de 2 anos para “tentarem” voltar a equilibrar a oferta e procura:

    http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1347279

    Na Bahia, curiosamente, o estoque de imóveis sem vender é o dobro de Curitiba, mas a diferença na quantidade de pessoas não é tão grande, ou seja, esta pior que Curitiba… Note ainda, pela notícia anterior, que Curitiba estava em situação crítica quanto à sobra de imóveis sem vender, logo, no caso de Salvador…

    http://www.bahiaeconomica.com.br/noticia/51663,mercado-imobiliario-bahia-tem-20-mil-imoveis-novos-sem-comprador.html

    Queda de 75% nas vendas de imóveis em BH, no mês de Maio/2013, o pior resultado em toda a história de vendas de imóveis na cidade. De novo, só para variar, a causa é preço fora da realidade da renda…

    http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/venda-de-imoveis-na-capital-mineira-cai-75-em-maio-1.148301

    Notícia que contém a tabela com o estoque de imóveis sem vender nas Capitais brasileiras:

    http://www.bahiatodahora.com.br/destaques-esquerda/noticia_destaque2/queda-nas-vendas-leva-construtoras-a-reduzir-o-ritmo-em-salvador-situacao-e-preocupante

    Notícia sobre 5 construtoras que estão entre as 9 empresas com maior risco de insolvência (quebra) no Brasil:

    http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/9-empresas-listadas-com-maior-risco-de-liquidez-no-brasil

    Informações sobre o movimento especulativo na cidade de São Paulo:

    As informações sobre vendas de imóveis novos em São Paulo e comentário sobre “empreendedores e imóveis de 1 dormitório” foram extraídas do relatório do SECOVI abaixo:

    http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/balancomercado2-2013.pdf

    Seguem abaixo, os links sobre notícias da “revitalização do centro de São Paulo” por prefeitura e  venda de prédio c/ unidades entre 29 M2 e 41 M2 em 24 horas na Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo (típica ação combinada entre construtores e especuladores):

    http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/misto-de-parceria-promete-solucionar-o-centro-de-sao-paulo

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/imoveis/124537-venda-de-imoveis-cresce-com-estoque-e-lancamentos.shtml

    11 pontos de alagamento na Barra Funda e “promessas da prefeitura” para melhorias:

    http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1161356-regiao-tem-11-pontos-de-alagamento.shtml

    Outras referências utilizadas neste trabalho:

    Notícia sobre 20% de inadimplência do MCMV 1 na CEF:

    http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/divida-sufoca-familias-do-minha-casa-minha-vida

    Rebaixamento do rating da CEF pela Moody´s:

    http://brasileconomico.ig.com.br/noticias/moodys-rebaixa-ratings-da-caixa-bndes-e-bndespar_130046.html

    IBGE – renda familiar: acessar site do IBGE, página Banco de Dados, Cidade de São Paulo e depois Censo 2.010. Dados foram agrupados para viabilizar apresentação gráfica e compreensão.

    Informação de que mais de 72% das famílias já possuem imóveis próprios vem de pesquisa do IBGE (PNAD) . Para facilitar a compreensão, segue link com reportagem que fala a este respeito: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2012-09-21/casa-propria-ja-nao-e-so-sonho-75-no-brasil-sao-donos-do-imovel-onde-vivem.html

    ZAP – preços de imóveis: consultar www.zap.com.br, selecionar o ícone de índice de preços FIPE ZAP, em seguida, efetuar consulta para cidade de São Paulo. Os dados deste trabalho foram consultados em 29/Setembro/2013, considerando a somatória apenas de “Apartamento padrão” e “Casa Padrão”, consultas feitas em outra data ou com parâmetros que não estes apresentarão diferenças.

    Preço do M2 do CRECI SP é resultado de pesquisa que já é realizada há muitos anos pelo CRECI SP, envolvendo mais de 400 imobiliárias da cidade de São Paulo. Este preço de M2 é o preço já negociado, ou preço final. A tabela utilizada acima, com a variação dos últimos 12 meses findos em junho de 2.013, consta na página 23 da pesquisa de Junho/2013 do CRECI SP, segue o link para acesso: http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_junho_2013.pdf

    As informações sobre volume de vendas de imóveis usados em São Paulo foram extraídas de relatórios do CRECI SP desde 2.008. Não capturei dados anteriores, pois em Janeiro/2008 existe observação sobre mudança nos critérios da pesquisa, informações anteriores não seriam comparáveis.  ATENÇÃO: a pesquisa do CRECI SP e as informações divulgadas em jornais, são relativas à variação de um mês para o mês seguinte. A melhor avaliação, que respeita sazonalidade e compara meses com mesmo comportamento, é a comparação entre um mês e o mesmo mês de ano anterior (exemplo: Junho/2013, comparar com Junho/2012), que foi a base para os resultados apresentados neste estudo.

    Vendas liquidas de distratos, lançamentos, estoques, endividamento liquido sobre patrimônio liquido e demais informações de 12 construtoras com Ações na BOVESPA: a fonte foram os balanços publicados pelas construtoras ao longo dos anos, que estão disponíveis nos sites das construtoras, em página de “Relação com Investidores (RI)”. As construtoras consideradas, foram as que tem maior foco no segmento residencial e que tem maior representatividade no segmento e/ou tiveram papel muito relevante no subprime brasileiro e portanto precisam ser evidenciadas. Lista de construtoras: Rossi, Brookfield, PDG, Viver, Gafisa, Tecnisa, Cyrella, MRV, EzTec, Hellbor, Trisul e Even.

    Convidados, Geral

    Bolha imobiliária à brasileira, você acredita? Parte 14

    26 de setembro de 2013

    Neste trabalho, falarei sobre a especulação imobiliária em São Paulo.

    Para facilitar acesso a outros textos, seguem links com resumo e logo depois a PARTE 14.

    Parte 1: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1123 – visão geral sobre conceito de bolha imobiliária ;

    Parte 2: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1335  Bolhas imobiliárias – EUA, Espanha e Flats

    Parte 3: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1337 Mercado imobiliário Brasil – 2.007 a 2.010

    Parte 4: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1339 Mercado Imobiliário Brasil – 2.011 a 2.013

    Parte 5: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1378 Reflexões sobre preços de imóveis

    Parte 6: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1394 Bolha imobiliária + protestos

    Parte 7: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1448 Preço de imóveis, valorização futura

    Parte 8: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1506 Vendas imóveis em SP no 1T2013

    Parte 9: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1534 Infográfico mercado imobiliário brasileiro

    Parte 10: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1640 Infográfico Economia VS mercado imobiliário brasileiro

    Parte 11: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1707 Infográfico subprime brasileiro

    Parte 12: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1829 Imóveis usados São Paulo & FIPE ZAP

    Parte 13: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2247 Subprime brasileiro fase II

    Parte 14: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2287 Especulação imobiliária em São Paulo

    Nova série de trabalhos: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2366 Desenhando a bolha imobiliária brasileira

    PARTE 14:

    Dando continuidade ao jogo dos 7 erros do mercado imobiliário brasileiro, falarei agora sobre o sétimo e último erro, mantendo o padrão apresentado anteriormente, primeiro mencionando o que o mercado imobiliário informa e depois, os fatos por trás das notícias.

    CENA 7 – “Especulação imobiliária em São Paulo”

    Imagem 7A – O que os representantes do segmento imobiliário dizem:

    SECOVI SP divulgou que o crescimento de 46% das vendas de imóveis novos, em unidades no 1S2013 em São Paulo Capital, na comparação com mesmo período de 2.012, era a demonstração da recuperação. Informaram que previam que as vendas no 2S2013 seriam em volumes muito próximos ao 2S2012 e mesmo assim, teríamos crescimento de 30% em unidades no total do ano, o que era muito bom frente a cenário da economia.

    No relatório de Julho/2013, justificaram a queda de 56% p/ Junho/2013 e de 0,9% p/ Julho/2012,  em unidades em São Paulo, como “sazonal”.  SECOVI SP informou que mercado imobiliário em São Paulo (Capital) está saudável, com estoque de imóveis sem vender dentro do nível histórico (18 mil unidades).

    Imagem 7B – Os fatos por trás das notícias:

    Vamos olhar o mix de vendas em São Paulo e também os dados mais recentes (Julho/2013):

    Vendas imóveis novos 1S2013 e Julho2013

    Vendas imóveis novos de Julho2011 a Julho2013 e conclusões V2

    Sobre os dados acima:

    Informações de vendas e comentário sobre “Ajuste Sazonal” constam nos links abaixo:

    http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/balancomercado2-2013.pdf

    http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/pmi-julho-2103.pdf

    Comentário do Diretor do SECOVI sobre crise que justificou queda de Julho/2012, no link abaixo:

    http://www.dm.com.br/texto/56480-venda-de-imoveis-novos-em-julho-cai-379-em-sp

    Complementando informações acima:

    Mix de vendas: uma mudança tão radical em prazo tão curto, sem dúvida é algo muito anormal. Se avaliarmos que logo após o “aumento de vendas” no 1S2013 já tivemos uma queda em Julho/2013 e a expectativa do segmento imobiliário é que vendas em unidades no 2S2013 fiquem próximas ao 2S2012, que foi péssimo, constatamos que a mudança de mix aumentando muito a participação de 1 dormitório em detrimento dos demais, foi apenas uma opção de “sobrevivência”.

    Demanda: informações acima não permitem saber qual a participação dos especuladores, que carregam consigo os “estoques ocultos”, ou a visão de “falsa demanda”. Em função disto, vamos avaliar mais algumas informações:

    Vendas e lançamentos últimos 10 anos

     Mapas de lançamentos 1S2013

    Sobre os dados acima:

    As informações sobre lançamentos e vendas acima (incluindo mapas) e comentário sobre “empreendedores e imóveis de 1 dormitório” foram extraídas do relatório do SECOVI abaixo:

    http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/balancomercado2-2013.pdf

    Seguem abaixo, os links sobre notícias da “revitalização do centro de São Paulo” por prefeitura e  venda de prédio c/ unidades entre 29 M2 e 41 M2 em 24 horas na Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo:

    http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/misto-de-parceria-promete-solucionar-o-centro-de-sao-paulo

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/imoveis/124537-venda-de-imoveis-cresce-com-estoque-e-lancamentos.shtml

    11 pontos de alagamento na Barra Funda e “promessas da prefeitura” para melhorias:

    http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1161356-regiao-tem-11-pontos-de-alagamento.shtml

    Preços de imóveis na Barra Funda que variam de R$ 560 mil a R$ 1,9 milhão:

    http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1161348-apartamentos-no-novo-bairro-custarao-de-r-560-mil-a-r-19-milhao.shtml

    Explicando a especulação do 1S2013 em São Paulo

     

    Risco e retorno da especulação em São Paulo

    Outros links, com notícias mencionadas acima:

    Queda elevada de preços em Natal porque melhorias em infra não aconteceram:

    http://jornaldehoje.com.br/infraestrutura-ruim-derruba-valor-dos-imoveis-em-natal/

    Queda elevada de preços no Noroeste de Brasilia porque melhorias em infra não aconteceram:

    http://videos.r7.com/mercado-imobiliario-esta-em-baixa-no-df/idmedia/51e881010cf279513cafb732.html

    Queda de 25% nos preços de imóveis novos em SJC por excesso de oferta:

    http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/05/preco-dos-imoveis-cai-25-em-sao-jose-em-dois-anos-revela-creci.html

    Bolha dos flats: ver “Bolha imobiliária à brasileira, você acredita? Parte 2”, neste blog.

    Incompatibilidade entre preço e renda: ver “Terceiro erro do mercado imobiliário”, neste blog.

    Queda de preços de imóveis usados em São Paulo: ver “Sexto erro do mercado imobiliário”, neste blog.

    Complementando informações acima: tivemos ações simultâneas de prefeitura de São Paulo, construtoras e especuladores, que geraram especulação imobiliária no centro de São Paulo quanto a imóveis de 1 dormitório e também no empreendimento “Jardim das Perdizes” no 1S2013. Por outro lado, avaliando as consequências previstas, constantes nos diagramas mais acima, observamos uma relação de alto risco com expectativa de retorno negativo o que é algo absolutamente irracional e típico de uma bolha imobiliária. Considerando que tivemos este comportamento no 1S2013, mas logo depois disto, em Julho/2013, já tivemos queda muito relevante nas vendas, voltando ao mesmo patamar de Julho/2012 que foi péssimo (crise, segundo Diretor do SECOVI), temos todos os indícios de que esta ação especulativa não conseguiu se estender por mais tempo (talvez por falta de “investidores”), o que apenas piora a relação de risco e retorno desenhada acima. Outra consequência visível, são as centenas de anúncios do “Jardim das Perdizes” em apenas um site na Internet (consultar no site da OLX). Enquanto isto, o estoque de imóveis que não encontram comprador final, só aumenta…

    Prováveis consequências para Construtoras: vamos agora ver como o resultado de São Paulo no 1S2013 teria se refletido para as construtoras, analisando mais algumas informações sobre o 1S2013:

    Post 11 imagem 3 gráfico vendas liquidas de distratos

     

    Post 11 imagem 4 EL PL construtoras

    Sobre as informações acima: ver “Quinto erro do mercado imobiliário”, neste blog.

    Complementando informações acima: como podemos observar, as vendas das construtoras não cresceram no total do Brasil, apesar do “assombroso” resultado de São Paulo no 1S2013, ou seja, enquanto o munícipio de São Paulo teve “aumento de vendas”, outros tiveram queda e no total, a queda foi maior que o crescimento. A piora também se observa pela análise da saúde das empresas em situação mais crítica, conforme podemos comprovar pelo gráfico sobre endividamento.

    Sobre o estoque de imóveis sem vender:

    O estoque informado pelo SECOVI SP, é apenas uma parte do que está sem vender. Agora, vamos relacionar os itens que são “estoques ocultos”, ou melhor, “estoques omitidos”:

    a) O relatório do SECOVI não considera imóveis que tenham mais de 3 anos do  lançamento e que ainda não tenham sido vendidos. Como hoje temos atraso em grande parte das obras, o volume de imóveis sem vender que não é considerado pelo SECOVI, só do que se encontra nesta situação, é muito elevado ;

    b) Imóveis vendidos para especuladores, que tem sido em grande quantidade, conforme demonstrado neste trabalho, também são parte do estoque que ainda não encontrou consumidores finais e também escapa deste cálculo do SECOVI ;

    c) Para os distratos em imóveis em construção que tenham demorado mais de 3 anos entre lançamento e entrega, também não são contabilizados como estoques. Como observamos por gráficos mais acima, este volume de distratos também tem sido muito elevado.

    Resumindo a análise quanto a imóveis sem vender em São Paulo, a quantidade é muito maior do que aquela informada pelo SECOVI e a omissão de volumes tão elevados de imóveis sem vender, traduz a estratégia de esconder isto o máximo que puderem, pois esta é uma das maiorias evidências da existência de uma bolha imobiliária. Considerar ainda o gráfico logo acima sobre vendas, lançamentos e estoques no Brasil, p/ 12 construtoras, onde observamos que nunca o estoque esteve tão elevado em relação a vendas, isto sem considerarmos ainda o que está em poder dos especuladores.

    Conclusões:

    1) Apesar da ação simultânea de Prefeitura de São Paulo, construtoras e especuladores, o “sucesso de vendas” do 1S2013 em São Paulo sequer foi o suficiente para gerar qualquer melhoria quanto aos resultados consolidados das construtoras no Brasil ;

    2) O “pseudo-sucesso” da especulação praticada em larga escala, apenas aumentou sensivelmente o “estoque oculto” de imóveis sem vender para consumidor final, que está nas mãos dos especuladores, característica típica de uma bolha imobiliária. Além disto, tal ação foi absolutamente efêmera, pois já em Julho/2013 vimos uma queda nas vendas, isto na comparação com uma base péssima que foi Julho/2012 que vinha de forte queda para Julho/2011 ;

    3) Quanto aos especuladores, é quase certo que obterão um retorno negativo quanto ao dinheiro aplicado, não só em virtude do altíssimo risco constatado pela mesma experiência especulativa em outras cidades, mas também pelo contexto do segmento imobiliário e a própria queda de vendas já no mês seguinte (está faltando folego até para a especulação pura…) ;

    4) A bolha imobiliária em São Paulo está acuada! Nem mesmo apelando para focar vendas em especuladores para imóveis de 1 dormitório no centro ou imóveis do “Jardins das Perdizes” e nem mesmo com todo apoio da prefeitura fazendo publicidade sobre melhorias que incentivassem a especulação e mais toda a omissão e manipulação de informações pelo segmento imobiliário quanto a vendas, estoque de imóveis, etc., o segmento imobiliário tem conseguido uma recuperação, pois no 1S2013 o total do Brasil (abatido distratos) foi inferior ao 1S2012! Das 6 construtoras quase insolventes, em que uma tem quase 100% de Dívida sobre Patrimônio e as outras 5 tem bem mais que isto, 4 tiveram piora nos resultados no 1S2013! As “promoções” com descontos elevados, de 20%, 35%, 40%, etc., parecem nunca terminar, já tendo mais de um ano assim! Agora, em Julho/2013, tivemos quedas sensíveis de vendas em São Paulo, o que significa que no resultado do Brasil como um todo, a expectativa é que o resultado fique pior no 2S2013 do que foi no 1S2013, lembrando que 1S2013 já tinha sido pior que 1S2012 que por sua vez tinha sido muito pior que 1S2011. Como ficarão as construtoras em pior situação? Como ficarão os estoques totais de imóveis sem vender? Temos todas as indicações de que irão piorar.

    Convidados, Geral

    Bolha imobiliária à brasileira, você acredita? Parte 12

    6 de setembro de 2013

    Neste trabalho, falarei sobre imóveis usados em São Paulo e o FIPE ZAP.

    Para facilitar acesso a outros textos, seguem links com resumo e logo depois a PARTE 12.

    Parte 1: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1123 – visão geral sobre conceito de bolha imobiliária ;

    Parte 2: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1335  Bolhas imobiliárias – EUA, Espanha e Flats

    Parte 3: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1337 Mercado imobiliário Brasil – 2.007 a 2.010

    Parte 4: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1339 Mercado Imobiliário Brasil – 2.011 a 2.013

    Parte 5: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1378 Reflexões sobre preços de imóveis

    Parte 6: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1394 Bolha imobiliária + protestos

    Parte 7: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1448 Preço de imóveis, valorização futura

    Parte 8: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1506 Vendas imóveis em SP no 1T2013

    Parte 9: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1534 Infográfico mercado imobiliário brasileiro

    Parte 10: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1640 Infográfico Economia VS mercado imobiliário brasileiro

    Parte 11: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1707 Infográfico subprime brasileiro

    Parte 12: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=1829 Imóveis usados São Paulo & FIPE ZAP

    Parte 13: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2247 Subprime brasileiro fase II

    Parte 14: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2287 Especulação imobiliária em São Paulo

    Nova série de trabalhos: http://defendaseudinheiro.com.br/?p=2366 Desenhando a bolha imobiliária brasileira

    PARTE 12:

    Dando continuidade ao jogo dos 7 erros do mercado imobiliário brasileiro, falarei agora sobre o sexto erro, mantendo o padrão apresentado anteriormente, primeiro mencionando o que o mercado imobiliário informa e depois, os fatos por trás das notícias.

    CENA 6 – “Imóveis usados em São Paulo e o FIPE Zap”

    Imagem 6A – O que os representantes do segmento imobiliário dizem:

    Informações fornecidas pelo CRECI SP para os jornais e amplamente divulgadas: crescimento de vendas de imóveis usados na maior parte dos meses durante o primeiro semestre deste ano.

    Muita propaganda destacando, a cada divulgação do índice FIPE ZAP,  o crescimento dos preços dos imóveis e o quanto a aquisição de imóveis seria mais vantajosa do que qualquer alternativa de aplicação financeira.

    Imagem 6B – Os fatos por trás das notícias:

    Primeiro, vamos analisar as informações relacionadas a volume de vendas e preços de imóveis usados na Cidade de São Paulo. Abaixo, alguns dados compilados a partir de informações fornecidas por CRECI SP e FIPE ZAP.

    Post 12 imagem 1 usados São Paulo

    Sobre os dados acima:

    Preço do M2 do CRECI SP é resultado de pesquisa que já é realizada há muitos anos pelo CRECI SP, envolvendo mais de 400 imobiliárias da cidade de São Paulo. Este preço de M2 é o preço já negociado, ou preço final. A tabela utilizada acima, com a variação dos últimos 12 meses findos em junho de 2.013, consta na página 23 da pesquisa de Junho/2013 do CRECI SP, segue o link para acesso: http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_junho_2013.pdf

    As informações sobre volume de vendas foram extraídas de relatórios do CRECI SP desde 2.008. Não capturei dados anteriores, pois em Janeiro/2008 existe observação sobre mudança nos critérios da pesquisa, informações anteriores não seriam comparáveis.

    ATENÇÃO: a pesquisa do CRECI SP e as informações divulgadas em jornais, são relativas à variação de um mês para o mês seguinte. A melhor avaliação, que respeita sazonalidade e compara meses com mesmo comportamento, é a comparação entre um mês e o mesmo mês de ano anterior (exemplo: Junho/2013, comparar com Junho/2012), que foi a base para os resultados apresentados neste estudo. Para maiores detalhes de como fazer este cálculo comparando mesmos meses de anos seguidos (sazonalidade) a partir dos relatórios do CRECI SP, ver tópico “Segundo erro do mercado imobiliário”.

    Informações do Zap imóveis foram extraídas com acesso ao “Índice FIPE Zap”, que tem link na página do Zap imóveis, replico aqui: http://www.zap.com.br/imoveis/fipe-zap/.

    Algumas análises quanto a estas informações:

    Volume de vendas (CRECI SP): tivemos reduções nas vendas, de 2.010 para 2.011, de 2.011 para 2.012 e também  de 2.012 para 2.013. Esta contínua redução nas vendas, significa que o prazo para venda de um imóvel está aumentando ao longo dos anos e estão sendo gerados estoques crescentes de imóveis sem vender.

    Preço do M2 (CRECI SP, Real = negociado): nos últimos 12 meses findos em Junho/2013 (última pesquisa publicada), a QUEDA no preço do M2 em São Paulo, foi de 11,26%. Isto significa que mesmo com o crescimento do preço do M2 no primeiro semestre de 2.013, este preço ainda não recuperou o patamar em que estava em Junho/2012. Outra característica, é que aumento de preço de imóveis usados ao longo dos últimos anos tem sido 100% especulativo, ou seja, não tem fundamento na lei de oferta e procura, uma vez que as vendas vem se reduzindo de forma sensível, até mesmo em função da fortíssima disparidade entre preço de imóvel e renda da população, conforme demonstrei em estudo anterior sobre o “Terceiro erro do mercado imobiliário”.

    FIPE ZAP – preço do M2 anunciado: pelo que podemos observar pelos dados acima, este índice não tem nenhuma serventia para análise da evolução dos preços, que seria seu objetivo, uma vez que não guarda nenhuma relação com a evolução do preço negociado / realizado. Isto fica muito claro ao olharmos para o preço real apurado pelo CRECI SP, que teve redução de 11,26% nos últimos 12 meses findos em Junho/2013, contra o FIPE ZAP que apontou crescimento de 13,91% para o mesmo período.

    Imóvel versus aplicações financeiras: conforme demonstrado acima, enquanto a inflação acumulada no período de Julho/2012 a Junho/2013 foi de 6,70% (IPCA = oficial), os imóveis tiveram REDUÇÃO de 11,26% no preço do M2, estando entre as piores opções para se aplicar dinheiro neste período. Além disto, observamos que o aluguel também teve valorização inferior a inflação (aluguel = 6,15% de variação de Julho/2012 a Junho/2013 contra inflação de 6,70%). Isto confirma informações em tópicos anteriores, de que não faz sentido pensar em imóvel residencial como investimento e neste momento em especial,  porque ele está no seu “topo de preços”.  Embora tenhamos tido quedas nos preços dos imóveis, conforme demonstrado acima, ainda assim os preços estão fora da realidade de renda e com forte rejeição que se manifesta pelas quedas constantes na demanda, ou seja, tendência é de se tornar um prejuízo ainda maior daqui pra frente.

    Demanda versus preço: nos últimos 12 meses, findos em Junho/2013, com base nos dados do CRECI SP levantados com mais de 400 imobiliárias em São Paulo, tivemos 7 meses em que preço do M2 variou negativamente e 9 meses em que o volume de vendas foi menor, na comparação com mesmo mês de ano anterior, respeitando sazonalidade. Isto significa que apesar da redução nos preços na ordem de 11,26% nos últimos 12 meses, este preço ainda tem afugentado compradores, ou seja, o preço ainda não foi reduzido o suficiente para gerar uma relação de maior equilíbrio entre oferta e demanda. Caso seja mantido o movimento especulativo, que visa aumentos de preços sem nenhum fundamento, a tendência é que o estoque de imóveis sem vender continue crescendo, como nos últimos anos.

    Vamos agora, observar algumas informações sobre oferta de imóveis em São Paulo – Capital, com base em dados extraídos a partir do site Zap imóveis. Aqui, colocarei o resultado da pesquisa anterior que fiz no Zap em 9/Julho/2013, que serviu de base para texto sobre “Terceiro erro do mercado imobiliário” e farei uma comparação com pesquisa feita em 4/Setembro/2013, para analisarmos como tem evoluído nestes últimos 2 meses.

    Post 12 imagem 2 FIPE Zap

    Observação quanto a informações acima: a pesquisa realizada no Zap imóveis, levou em consideração a somatória dos anúncios para imóveis com qualquer número de dormitórios e outras características, nas 5 regiões da cidade de São Paulo (Centro, Norte, Sul, Leste e Oeste), no entanto, foram somados apenas os anúncios para “Apartamento padrão” e “Casa Padrão”. No caso da pesquisa de 4/Set/2013, se tivéssemos somado outros tipos de imóveis, o total de anúncios passaria de 160.000.

    Olhando para números acima, podemos perceber que há algo muito errado com as informações que constam no site Zap imóveis. Não é razoável imaginarmos que tínhamos um pouco mais de 44.700 imóveis ofertados para venda em São Paulo (Capital)  menos de 2 meses atrás e agora temos mais de 137.000 imóveis a venda.

    Quais as alternativas para interpretarmos as informações acima?

    a) Alguma manipulação direta na base de dados do Zap que teria gerado uma série de informações duplicadas, triplicadas, etc. ;

    b) Os clientes do Zap estariam registrando no sistema o mesmo anúncio várias vezes, de forma contínua ao longo dos meses, gerando estas variações anormais, talvez para manipular o índice de preços extraído a partir desta base, E/OU por desespero pelo tempo que passa sem vender e lançando de novo para ter uma data “mais recente no anúncio” ;

    c) Havia muito oferta não divulgada antes no site Zap, que passou a ser anunciada agora ;

    d) Uma combinação das alternativas anteriores (a+b, b+c, ou a+b+c), e/ou outras que não constem acima (exemplo: incorporação de dados de outros sites de vendas de imóveis?).

    Fiz alguns testes básicos, colocando algumas ruas sem saída (com menos imóveis) e verificando se dados apareciam duplicados (pela imagem ou algum código de identificação), depois acessei últimas páginas e calculei número de ofertas por página vezes número de páginas e resultados não demonstraram duplicidades ou inconsistências, no entanto, foram muito poucas amostras e avaliação muito superficial, por falta de alguma ferramenta ou método que pudesse validar melhor estes dados.

    Acredito que a explicação mais provável para dados dos gráficos baseados no Zap imóveis mais acima, seja a alternativa “d”. Como o índice FIPE ZAP de preços dos imóveis é obtido a partir desta mesma base de dados, tudo indica que temos aqui um princípio da área de TI que se aplica: “Garbage in, garbage out” (traduzindo: “lixo que entra, lixo que sai”), ou seja, é mais uma confirmação da falta de confiabilidade quanto ao índice FIPE ZAP.

    De qualquer forma, tentando extrair algo de útil destas informações do Zap imóveis, observamos que a distribuição de imóveis permanece completamente fora da realidade da renda para cidade, conforme detalhado no “Terceiro erro do mercado imobiliário” e que em qualquer cenário, o volume de imóveis usados sem vender é muito elevado e o prazo para vender um imóvel continua muito alto, tudo aquilo que os dados do CRECI SP já haviam apontado, conforme análises mais acima.

    Conclusões:

    1) Venda de imóveis usados em São Paulo tem caído de forma contínua e atípica ao longo dos anos e manteve este movimento de queda mesmo após as reduções de preços que ocorreram, gerando assim, um alto volume de imóveis usados “encalhados”. Os imóveis usados de São Paulo foram uma péssima alternativa financeira nos últimos 12 meses findos em Junho/2013, seja em relação à perda de 11,26% no preço do M2, seja pelo aluguel que teve “valorização” inferior a da inflação do período ;

    2) O índice FIPE Zap não tem nenhuma serventia para medir o preço médio dos imóveis, no máximo serve para iludir os proprietários de imóveis que com isto, aumentam os preços anunciados e o volume de anúncios feitos, mas sem nenhum resultado prático a não ser perda de tempo e dinheiro para pessoas que adotam este procedimento. Esta estratégia deve estar sendo muito útil para Construtoras, porque enquanto os vendedores insistem em fazerem anúncios com preços completamente fora da realidade e não vendem, as construtoras se esforçam para desovarem seus enormes estoques oferecendo descontos, já há mais de 1 ano (35% de desconto no Outlet Rossi, 40% de desconto no Even Day, descontos de até R$ 150 mil da PDG, que é um mínimo de 20% sobre preços praticados). Mesmo assim, o estoque de imóveis novos e a situação das construtoras não são nada saudáveis (ver tópico anterior sobre “Quinto erro do mercado imobiliário – subprime brasileiro”). Já para o Zap, este resultado sem dúvida tem sido muito útil, basta vermos a escalada na quantidade de anúncios feitos e, portanto, no faturamento da empresa. Para a FIPE, sugiro pesquisarem sobre o núcleo “Real Estate” da FIPE e verificarem qual o grau de relação deste com o segmento imobiliário.