Golpes e picaretagens na bolsa de valores: Pump and Dump
Geral

Golpes e picaretagens na bolsa de valores: Pump and Dump

20 de abril de 2016

Você sabe o que é o golpe de pump and dump na bolsa de valores?
Esta expressão em inglês quer dizer algo como “inflar e largar”. Geralmente é aplicado em ações de baixa liquidez e com o preço muito baixo, de preferência aquelas ações cotadas em centavos (penny stocks).

Para realizar esta picaretagem uma pessoa ou um grupo de pessoas compra grandes quantidades de alguma ação de baixo valor e baixa liquidez e espalha boatos para o papel subir, geralmente em fóruns de mercado financeiro, antro de picaretas na internet.

O golpe é muito conhecido na bolsa de valores, mas assim como as pirâmides, sempre tem um monte de “pato” que ainda cai nele e isto não é exclusividade do Brasil, existe em todo mundo. Quem geralmente ganha nestes tipos de trades são apenas os primeiros a entrar, ou seja, quem começou ou entrou de gaiato bem no começo da inflada do preço dos ativos. Os últimos sempre acabam morrendo com o “mico” na mão e pagam a conta. Como diz o ditado, o último que sair que apague a luz.

Tome muito cuidado com os boatos e fuja de fontes duvidosas de informação, além de observar gráficos de ações que tenham altas repentinas e ficaram vários períodos sem negociação ou com pouquíssimos negócios. Se mesmo assim você ainda desejar operar com este tipo de ação (mico), é bom montar uma boa estratégia, fazer simulações e nunca entrar com muito dinheiro, ou seja, apenas colocar aquilo que não irá mesmo lhe fazer falta caso a empresa seja bloqueada na bolsa e não possa desfazer sua posição. Alguns exemplos deste último caso citado são:
Milk – MILK11 (MILK33), Agrenco – AGEN11(AGEN33), Schlosser – SCLO4, etc.

micos-na-bolsa-de-valores-pump-and-dump-inflar-e-descartar

Nunca esqueça de verificar a saúde financeira da empresa, se ela ainda produz algo, se dá lucros, se está entregando os balanços em dia, verificar notificações na CVM e na BM&FBOVESPA, verificar se está em recuperação judicial, se já faliu, mas ainda tem um CNPJ e listagem na bolsa de valores ativo, entre outros detalhes.

Além do mais, sempre é importante desconfiar quando entrar em algum fórum, blog ou rede social e tiver um post/tópico prometendo que determinada ação “vai bombar”.

Leia também:

Vale a pena comprar ações que custam centavos?

Pump and dump: saiba o que é e como evitar esse tipo de “golpe” com ações – InfoMoney

Critérios de classificação das ações de 5ª linha (micos)

12 Comments

  • Reply Você sabe o que é Manipulação Semântica? 4 de fevereiro de 2020 at 21:11

    Você sabe o que é Manipulação Semântica?

    Uma das armas mais poderosas usada na guerra política é a manipulação semântica. Trata-se de uma estratégia manipulatória muito simples e eficaz. Ela consiste em mudar o sentido das palavras para que elas possam trazer ideias e sentimentos favoráveis às intenções do manipulador. Vamos aos exemplos.

    Um socialista quer que a palavra socialismo remeta a uma boa ideia e gere bons sentimentos em quem a ouve ou lê. Ele então equipara socialismo à “saber dividir suas coisas”. A partir daí, ele pode, por exemplo, olhar para o livro de Atos dos Apóstolos, na Bíblia, e dizer que os primeiros cristãos eram socialistas porque sabiam dividir as coisas. Percebe? Houve uma manipulação semântica. O termo socialismo não significa isso. Mas ao fazer as pessoas pensarem que significa, gera simpatia. Afinal, saber dividir as coisas, não ser egoísta, é algo bom.

    O resultado é impressionante. A pessoa que comprou o novo significado sempre que ouvir a palavra socialismo, vai pensar no sistema com bons olhos, pois pensará em “saber dividir as coisas”. E toda vez que alguém criticá-lo, considerará que tal pessoa é egoísta e mau caráter.

    Quando alguém mostrar a essa pessoa que socialismo não é “saber dividir”, mas sim um regime de governo centralizador que redistribui renda por meio da coação, ela tentará equiparar os dois sentidos. E quando mostrarem que os governos socialistas não foram (nem são) exemplos de virtude, a pessoa dirá que não se trata do verdadeiro socialismo. E continuará a defender outras tentativas de socialismo, mantendo a mesma ideia de que socialismo é “saber dividir”. Curiosamente, muitas vezes a própria pessoa que pensa isso não sabe dividir as coisas. Mas ela desfará essa contradição, terceirizando a responsabilidade para o governo.

    A palavra fundamentalismo é outro exemplo. Ela surgiu no início do século XX para se referir a cristãos tradicionais e criacionistas, que criam na literalidade dos primeiros capítulos de Gênesis, na inerrância das Escrituras Sagradas, nos milagres e nas doutrinas cristãs ortodoxas. Ou seja, eram fundamentalistas porque defendiam tudo o que foi, desde sempre, fundamento da religião cristã. Em oposição, estavam os cristãos liberais e evolucionistas, que vinham se afastando desses fundamentos. Adventistas estavam nesse grupo de fundamentalistas.

    Com o tempo, contudo, fundamentalista passou a ter o sentido de fanáticos. Uma vez que a palavra fanático também é usada para designar grupos religiosos violentos, então todos esses foram jogados no mesmo saco. Assim, semanticamente um adventista ou qualquer outro cristão criacionista e tradicional é fundamentalista tal como um homem-bomba islâmico.

    O efeito psicológico que isso causa é que qualquer cristão que siga os fundamentos bíblicos fielmente é quase tão intolerante como um homem-bomba e está seguindo pelo mesmo caminho. A guerra semântica é, por conseguinte, uma guerra de rótulos e uma guerra psicológica. Cole um bom rótulo no que você defende e um mal rótulo no que o outro defende, e os efeitos psicológicos desse trabalho garantirão pessoas do seu lado.

    O mesmo é feito quando se força o capitalismo a tornar-se sinônimo de consumismo, egoísmo e exploração; fé sinônimo de crença irracional; conservadorismo sinônimo de elitismo e defesa do status quo; feminismo sinônimo de “estar a favor da mulher” (o que implica semanticamente que quem não é feminista é contra a mulher).

    Alguns movimentos são engenhosos. Muitos grupos feministas transformaram as palavras vadia e p*ta em termos bons. Há a Marcha das Vadias, que procura defender que a mulher tem direito de ser vadia e isso não é demérito, mas uma opção normal, viável, que emana da liberdade feminina. Ao mesmo tempo, muitos grupos procuraram criar um eufemismo para as palavras prostituta e meretriz. Seriam ofensivas. A ideia seria substituir por “profissionais do sexo”.

    Pode parecer paradoxal, mas não é. Em ambos os casos, a intenção é tornar a promiscuidade algo bom, normal, aceitável. As meretrizes se tornam “profissionais”. E as mulheres “normais” podem ser vadias. Guerra semântica.

    O politicamente correto é um exemplo de guerra semântica. A partir dele proíbe-se culturalmente algumas palavras e expressões por, supostamente, ofenderem ou discriminarem certos grupos de pessoas. Já foi proibido, por exemplo, chamar pessoas de pretas. Era preciso chamar de negro. Depois negro deixou de ser o ideal e criou-se o afrodescendente. Nos EUA, há o afro-americano. Em relação aos homossexuais, tenta-se proibir culturalmente agora a palavra homossexualismo; o “ismo” supostamente traz a noção de doença. A palavra adotada, por enquanto, é homossexualidade.

    Esse tipo de policiamento se estende às piadas, aos temas abordados por filmes e às críticas aceitáveis. Qualquer ponto de um discurso pode ser taxado de ofensivo ou não inclusivo. Trata-se de um controle de linguagem. E quem controla a linguagem, pode mudar e manipular os termos, interpretar como quer os discursos e, desta forma, apontar como racista, discriminadora, homofóbico, etc. quem não segue a cartilha de termos e temas permitidos.

    Homofobia é outra palavra alvo de manipulação. Seu sentido é de aversão aos homossexuais. Ela tem sido usada, contudo, tanto para designar agressores de homossexuais, quanto quem simplesmente não concorda com a prática. Qual o efeito psicológico? Quem não concorda é quase um agressor e está caminhando para isso. De quebra, isso leva a outra manipulação semântica. Respeitar passa a ser sinônimo de concordar e achar correto.

    Três palavras muito usadas na guerra semântica são fascista, nazista e democracia. Fascista e nazista viraram xingamentos. O adversário, não importa o que defenda, é rotulado com um desses termos para que todos pensem que suas ideias são inadmissíveis, não podem sequer serem discutidas. É uma forma inteligente de ser intolerante com alguém, mas com aparência de bom moço. Afinal, não se pode tolerar fascismo e nazismo.

    Curiosamente, é comum que quem chama os adversários de fascista e nazista, aja e pense como um fascista, saindo em grupos na rua para defender o partido com violência e sustentando a ideia de um Estado forte e controlador; e como um nazista, sendo antipático a judeus. E muitas vezes o alvo da ofensa é favorável a um Estado mais enxuto, simpático aos judeus e pacífico.

    Já democracia se tornou um sinônimo de algo bom para o povo. E quem define o que é bom para o povo? Os “representantes” do povo, que formam um partido. Assim, mesmo que o povo não escolha algo, se seus representantes escolhem, é bom pra todos. E sendo eles legítimos representantes, se eles escolhem, todos escolheram. Com essa manipulação, qualquer ditadura pode ser chamada de democracia. Não por acaso, diversos regimes socialistas se intitularam (e se intitulam) democráticos ao longo do tempo.

    As palavras puritano e moralista sofreram manipulação também. Puritano é quem procura ser puro. Moralista é quem procura ser moral. Embora isso possa ser um erro espiritual quando colocado como alvo no lugar de Cristo, em vez de consequência de seguir a Cristo, não é necessariamente algo ruim. Ser puro e moral são virtudes. Mas os manipuladores chamarão de puritano e moralista todos os hipócritas. E chamarão todos os que levam à sério a Bíblia e a santificação de moralistas e puritanos. Assim, servir a Deus passa a ser coisa de hipócrita.

    Legalista e perfeccionista serão usadas para esses fins. O simples cristão obediente será jogado no mesmo saco de quem crê na perfeição absoluta e na salvação pelas obras da lei. A própria palavra legalista talvez seja um exemplo antigo de manipulação, pois em outros contextos, como no do direito, legalista é simplesmente quem segue a lei. E isso não é ruim (conquanto que não se encare a lei como salvífica, no caso espiritual). Em Salmos 119:4, lemos: “Tu [Senhor] ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca“. Obedecer a Deus é bíblico.

    Com esses exemplos, fica claro o que é guerra semântica. É uma batalha travada por manipuladores no intuito de mudar o sentido das palavras para benefício próprio. Isso ocorre o tempo todo e por essa manipulação, nos tornamos, na visão do povo, intolerantes, hipócritas e maus, enquanto os manipuladores ficam com a aparência de bons moços. Que fiquemos espertos a essa estratégia e saibamos fazer uso da verdade para barrar manipulações das palavras.

  • Reply Vilmar 7 de março de 2017 at 16:28

    #CARD3 tinha subido 160% “sem motivo”, agora cai forte pelo mesmo motivo!!
    ahaahahah

  • Reply Vilmar 24 de outubro de 2016 at 19:58

    Telebras (TELB4, R$ 53,01, +165,05%)
    As ações da estatal Telebras tiveram mais um dia de disparada na Bolsa, acumulando ganhos de 307% em três pregões. O volume financeiro movimentado nesta sessão com os papéis foi de R$ 25,4 milhões, contra média diária de R$ 568 mil nos últimos 21 pregões. Na quinta, os papéis subiram 23% após o então presidente da República em exercício, deputado Rodrigo Maia, autorizar por meio de decreto aumento de R$ 854,4 milhões no capital social da companhia. O capital social atual da empresa é de R$ 263,1 milhões. Com o aumento, passará para R$ 1,1 bilhão. O decreto está publicado no Diário Oficial da União (DOU).

    O aumento ocorrerá mediante a incorporação de adiantamento para futuro aumento de capital, transferido pela União nos exercícios de 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015, no valor de R$ 846,7 milhões; saldo residual de capitalizações anteriores no valor de R$ 7,7 milhões; e atualização desses dois montantes pela taxa Selic. O decreto também autoriza a União a subscrever ações, mediante a utilização de créditos relativos aos seus investimentos na Telebras , na proporção de sua participação no capital social da companhia, depois da aprovação do aumento de capital pela assembleia geral de acionistas. Além disso, a União poderá subscrever ações, na proporção da participação dos acionistas minoritários, caso eles não exerçam seu direito de preferência dentro do prazo legal, depois da aprovação do aumento de capital pela assembleia geral de acionistas.
    http://m.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5663021/estatal-dispara-165-hoje-quadruplica-valor-sessoes-petrobras-ignora-petroleo

  • Reply Vilmar 30 de setembro de 2016 at 15:12

    E olha o golpeee…

    Vitalize.Me (VTLM3, R$ 1,65, +23,13%)
    Sem notícias no radar, as ações da small cap Vitalyze.Me dispararam 26% em 30 minutos, com forte volume financeiro. Com a forte movimentação em torno da ação, ela operava entre leilões na BM&FBovespa nesta tarde.
    http://infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5597317/small-cap-dispara-misteriosamente-minutos-smiles-sobe-com-recomendacao-compra

    • Reply Vilmar 3 de outubro de 2016 at 16:53

      Despencou:

      Sweet Cosmetics SA
      BVMF: VTLM3 – 3 de out 16:31 BRT
      1,55BRL Price decrease 0,19 (10,92%)

  • Reply vilmar 30 de agosto de 2016 at 17:54

    AtomPar
    Na segunda-feira, uma small cap fora do radar dos investidores chamou atenção na Bolsa ao disparar 35% e a explicação está na possível resolução de uma dos principais problemas da companhia. A Atompar (ATOM3) disparou 34,43%, fechando a R$ 2,85, com a informação de que o Santander pode deixar de “travar” sua saída da recuperação judicial.

    A questão começa quando a companhia entrou na Bolsa, que não foi por meio de um IPO, mas sim com a compra da Inepar Telecomunicações, que estava em recuperação judicial. Com isso, a companhia “herdou” os problemas da antiga empresa, e mesmo conseguindo diversos pareceres favoráveis, o Santander (um dos credores da Inepar) travou o processo após um juiz em segunda instância acatar o pedido do banco e evitar a evolução do processo para saída da recuperação judicial.

    Acontece que no último dia 26 de agosto, sexta-feira, o relator do caso, Enio Zuliani, publicou um despacho pedindo para que o Santander se pronuncie se concorda em desistir do recurso que trava o processo da Atompar em um prazo de 5 dias. Caso o banco aceite, a companhia estará livre da situação de recuperação judicial e poderá encaminhar seus planos para o mercado. Recentemente, durante a divulgação de seu balanço do segundo trimestre, a companhia culpou a si mesma pelos problemas com a recuperação judicial. “Quando compramos a Companhia, talvez nós não tenhamos imaginado que seria essa a parte mais difícil de todo o processo de construção do nosso negócio […] A culpa é nossa por não saber entender o quanto pode ser lento, ineficiente e errático um processo judicial”, disse a Atompar.

  • Reply Vilmar 23 de junho de 2016 at 17:20

    Oi ON dispara 70% em 1 minuto e entra em leilão; siderúrgicas saltam até 9% – InfoMoney

    http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5212296/dispara-minuto-entra-leilao-siderurgicas-saltam-ate

  • Reply Vilmar 27 de maio de 2016 at 15:18

    #VAGR3 muito cuidado com este miquinho amestrado hein!!

    Vanguarda Agro (VAGR3, R$ 9,18, +7,24%)
    A companhia segue sua disparada de quarta-feira após notícia do jornal Valor Econômico afirmar que o novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, propôs medidas para acabar com as restrições de venda de terras para investidores internacionais. Em dois dias as ações acumulam ganhos de 14%.

    Segundo a equipe do BTG Pactual, players detentores de terras, caso da Vanguarda Agro são altamente impactados pois hoje eles têm sua capacidade de monetizar suas terras de forma bastante limitada. “Qualquer mudança nesse sentido é notícia positiva para os players de terras”, disseram em relatório.

    http://infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5039805/petrobras-cai-com-petroleo-sobe-acao-dispara-dias-com-ajuda

  • Reply Vilmar 18 de maio de 2016 at 17:49

    Positivo (POSI3, R$ 1,52, +2,70%)
    As ações da small cap Positivo dispararam até 27% nos últimos 3 pregões, reagindo à divulgação do balanço do 1° trimestre. Na máxima de hoje, os papéis subiram 14%, mas amenizaram o movimento nesta tarde e fecharam em alta de quase 3%.

    A companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 16,1 milhões no primeiro trimestre de 2016, ante prejuízo de R$ 10,2 milhões no mesmo período do ano passado. A receita líquida, por sua vez, somou R$ 375,6 milhões, queda de 16,9%. O Ebitda ajustado somou R$ 29,9 milhões, alta de 4,3% na comparação anual.
    Infomoney

  • Reply Vilmar 17 de maio de 2016 at 15:41

    Típica matéria para pegar trouxas, os vulgos incautos..eita Infomoney velha de guerra…. 🙁

    10h50 – Investidor ganha R$ 232 mil em apenas dois dias com ação “esquecida” pelo mercado
    Em uma janela de oportunidade, o investidor aproveitou uma OPA para conseguir lucrar o que esperava conseguir em um ano

    SÃO PAULO – Tornar-se um investidor de sucesso na Bolsa exige muito estudo e vivência no mercado. Mas às vezes uma pitada de sorte pode fazer toda a diferença entre um mau investimento e o “trade da vida”. E foi exatamente isso que fez Ruy Goulart ganhar R$ 232 mil em apenas dois dias com uma ação completamente ignorada pelo mercado. Em entrevista ao InfoMoney, ele contou como ele atingiu essa proeza e falou um pouco sobre seu apetite por small caps.

    Investidor não profissional, o administrador de 44 anos aproveitou uma janela de oportunidade com a OPA (Oferta Pública de Aquisição) da Vigor (VIGR3) para lucrar o que esperava conseguir em um ano. Embora uma marca muito famosa, a empresa não goza da mesma fama na Bovespa. Suas ações chegaram a ficar semanas sem realizar um único negócio, e a baixa liquidez fez com que o preço delas ficasse por 9 meses oscilando muito pouco numa faixa entre R$ 9,00 e R$ 10,00.

    Essa baixa liquidez era justificada pelo fato da Vigor ter apenas 0,22% de suas ações em circulação no mercado, fato este que fez a companhia informar o mercado desde 2014 que tinha interesse em sair da Bovespa, inclusive já tendo público um laudo feito pelo Credit Suisse informando quanto deveria valer as ações da Vigor.

    E foi daí que Ruy identificou a oportunidade: este relatório do Credit Suisse apontava que a empresa de alimentos deveria valer na Bolsa entre R$ 23,73 e R$ 26,10, quase 200% acima do que sua ação estava valendo. Além disso, ele ouviu rumores em conversas via fóruns da internet que um fundo estava vendendo sua participação na Vigor aos poucos na Bolsa, o que abria uma pequena chance de fornecer liquidez para quem queria comprar as ações VIGR3. Ele contou ao InfoMoney que analisou os resultados da empresa, leu o laudo de avaliação do Credit e ainda ligou na área de Relação com Investidores da Vigor, e todos esses fatores indicaram a ele que esta era uma ótima oportunidade.

    Golpe de gênio ou de sorte?
    Se até o momento a operação tinha um racional “inteligente”, por que chamá-la de sorte? Pelo simples fato do “timing” que Ruy entrou na ação.

    No dia 17 de março, ele comprou 5 mil ações VIGR3 no início daquele pregão, adquirindo mais 10 mil ao longo do dia, o que resultou num custo total de R$ 142,5 mil. Na noite do dia seguinte, a Vigor anunciou após o fechamento do mercado uma OPA a um preço de R$ 25,00 por ação – quantia 163% acima dos R$ 9,50 pagos por Ruy em cada ação.

    Na segunda-feira os papéis VIGR3 abriram com alta 86%, a R$ 18,01, encerrando o pregão daquele dia a R$ 22,05 – valorização de 130%. Se liquidasse a operação neste preço, Ruy teria um lucro bruto (desconsiderando impostos e custos operacionais) de R$ 188.250. Mas ele ficar com as ações e esperar para receber os R$ 25,00 da OPA, o que se acontecer lhe garantirá um resultado bruto de R$ 232.500 mil. Há de se considerar o risco da empresa desistir do fechamento de capital, que, embora pequeno, traria uma forte queda nas ações se ocorresse.

    Investimentos ou micos?
    Nas notas de corretagem em que comprova as compras de ações da Vigor, Ruy mostra outros papéis que adquiriu na mesma data. Entre Banco do Brasil (BBAS3) e CSU Cardsystem (CARD3), estão diversas ações de pouca expressão na Bolsa, e muitas que outros investidores consideram “micos”.

    Entre elas está a Excelsior (BAUH4), ação que até fevereiro praticamente não tinha movimentação e com um baixo volume. Desde março as ações tiveram ganhos de apenas 2,6%, cotadas a R$ 5,88. Outro papel que chamou atenção nas notas é o da Mundial (MNDL3), companhia bastante conhecida do mercado pela “bolha do alicate”. Apesar de ser considerado um “mico”, os papéis, desde que Ruy comprou, subiram 71,88%.

    Mais algumas ações adquiridas pelo investidor são a Metisa (MTSA4), Sanepar (SAPR4), Schulz (SHUL4) e Profarma (PFRM3). Mesmo comprando estas ações de baixa liquidez, Ruy afirma procurar sempre fundamentos na hora de realizar aquisições na Bolsa. “Gosto de mexer muito com small caps, mas nunca compro o que as pessoas chamam de ‘mico’. Sempre analiso os fundamentos e estudo cada uma das companhias que compro”, afirma.

    Entre as diversas formas de se analisar uma empresa, ele diz que olhar para o valuation de P/L (preço da ação dividido pelo lucro) é a melhor, mas não a única. “Gosto de papéis que estejam em 4x ou 5x o P/L”, afirma. Apesar de suas estratégias, não seria fácil convencer uma pessoa a fazer as mesmas compras que ele. Ações como Mundial, Metisa e Sanepar, apesar de recentes altas, são um risco grande para o investidor, já que não possuem muita liquidez. Com isso, com um movimento mais forte, elas podem devolver rapidamente qualquer ganho recente. Por isso são chamados de “micos”.
    http://infomoney.com.br/vigor/noticia/4857750/investidor-ganha-232-mil-apenas-dois-dias-com-acao-esquecida

  • Reply Vilmar 11 de maio de 2016 at 18:52

    gráfico do pump and dump

  • Reply Vilmar 5 de maio de 2016 at 15:49

    #GOLL4 , Gol, vira e mexe envolta em ataques especulativos de PUMP AND DUMP !!

    10h16 : Gol apresenta prévia da estatística de tráfego do 1T16

    Após anunciar oferta de permuta de todas as notes emitidas, a Gol publicou uma prévia da estatística de tráfego de março, revelando uma redução no volume de decolagens em 16,6% e 8,2% no mês e no trimestre, respectivamente. O total de assentos disponibilizados ao mercado recuou 16,5% em março e 8,2% e no 1T16. A oferta doméstica reduziu 9,4% em março e 4,0% no 1T16, quando comparados aos mesmos períodos de 2015. A demanda doméstica em março reduziu 11,5%, levando a taxa de ocupação para 72,5%. No trimestre, a demanda doméstica recuou 5,9% com uma taxa de ocupação de 77,3%, representando uma redução de 1,5 p.p. No mercado internacional em março, a capacidade e a demanda reduziram 19,1% e 9,5%, respectivamente, levando a taxa de ocupação para 77,8%. No trimestre, a capacidade e a demanda do mercado internacional registraram retração de 18,5% e 12,0%, respectivamente, resultado em uma taxa de ocupação de 78,4%.

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