Selic subiu só 0,25%, e agora José?
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Selic subiu só 0,25%, e agora José?

18 de abril de 2013

O Copom(Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou ontem que elevou a taxa básica de juros Selic para 7,50% ao ano, ou seja, apenas 0,25%, em decisão que não foi unânime. Eles alegaram que a alta ainda generalizada dos preços, refletida na dispersão dos reajustes captados pelos institutos de pesquisa, e o nível elevado dos aumentos contribuem para que a inflação não caia e faz necessário uma alta dos juros e ao mesmo tempo, o Copom desperta a atenção para as incertezas externas e internas relativo à atividade econômica.

A decisão do BC aconteceu em meio a um temor de disparada da inflação, porém muito pouco foi feito.
Se os juros não sobem o tanto devido para frear o consumo, já que o governo não corta os seus gastos à altura do seja necessário, não investe o suficiente para destravar a economia do país e muito menos cria condições propícias para que a iniciativa privada o faça, a produção não aumenta e o consumo não diminui, que quadro nós temos para o futuro?
Parece que um quadro perfeito para estagnação da economia aliado à inflação.

Será que a gestão atual do Brasil vai conseguir a proeza de destruir anos de estabilidade conquistado duramente nos governos anteriores? Vamos acompanhar para ver. A oposição ao governo quer mais que o circo pegue fogo e tudo saia do controle e parece que o combustível tão desejado está chegando…

Leia o comunicado do Copom na íntegra:

“O Copom decidiu elevar a taxa Selic para 7,50% a.a., sem viés, por seis votos a favor e dois votos pela manutenção da taxa Selic em 7,25% a.a.
O Comitê avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela.
Votaram pela elevação da taxa Selic para 7,50% a.a. os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 7,25% a.a. os seguintes membros do Comitê: Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva.
Brasília, 17 de abril de 2013.
Banco Central do Brasil”

Veja também:

A estagflação chegou ou está chegando ao Brasil?

Até o próximo post.

6 Comments

  • Reply Vilmar 12 de outubro de 2013 at 17:36

    Será que o profeta do BC, prisidenti, vai acertar esta???

    Tombini volta a dizer que inflação fechará o ano abaixo do nível de 2012
    ‘O nosso objetivo é trazer a inflação para baixo, em direção à nossa meta de inflação’, afirmou o presidente do BC
    http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,tombini-volta-a-dizer-que-inflacao-fechara-ano-abaixo-do-patamar-de-2012,167242,0.htm

  • Reply Vilmar 26 de agosto de 2013 at 10:46

    Copom se reúne nesta semana para definir taxa Selic
    26/08/2013 – 5h43
    Agência Brasil

    Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne amanhã (27) e quarta-feira (28) para discutir o possível aumento da taxa básica de juros (Selic), que está em 8,5% ao ano. Esse patamar foi alcançado depois de três elevações seguidas, uma de 0,25 e duas de 0,5 ponto percentual, em linha com as expectativas de uma centena de analistas financeiros que todas as sextas-feiras são consultados pelo BC.

    O resultado da consulta aos analistas, consolidado no boletim Focus, divulgado sempre no primeiro dia útil da semana seguinte à pesquisa, baliza as perspectivas da iniciativa privada sobre os principais indicadores da economia. De acordo com as expectativas da maioria dos analistas, nesta reunião o Copom deve manter a dosagem, elevando a Selic para 9%, com possibilidade de mais aumentos também nos encontros do colegiado agendados para outubro e novembro.

    Alguns analistas chegaram a defender a necessidade de elevações mais fortes da taxa, como forma de a equipe econômica do governo exercer combate mais efetivo à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Afinal, a inflação teve comportamento crescente até o mês de junho, quando acumulou 6,7% nos 12 meses até então.

    Em julho, o comportamento dos preços deu um alívio, quando o IBGE mediu IPCA de 0,03% e a inflação acumulada em 12 meses caiu para 6,27%. O resultado, assim, ficou abaixo do teto de 6,5%, fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano. De acordo com o boletim Focus da última segunda-feira (19), a expectativa é a de que o controle sobre os preços se mantenha nos últimos meses do ano, de modo que o IPCA de 2013 termine, segundo as previsões dos economistas, em 5,74% – um pouco abaixo dos 5,84% do ano passado.
    agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-26/copom-se-reune-nesta-semana-para-definir-taxa-selic

  • Reply Vilmar 23 de maio de 2013 at 13:51

    11h55 : Mantega: Pis/Cofins serão zerados para tarifa de transporte público

    BRASÍLIA, 23 Mai (Reuters) – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quinta-feira que as alíquotas de Pis/Cofins serão zeradas para as tarifas de transporte público –ônibus, trem e metrô– no país por meio de medida provisória, em mais uma medida do governo para tentar segurar a inflação.

    Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, a medida valerá a partir de 1º de junho.

    Questionado por jornalistas ao chegar à sede do ministério sobre notícias na mídia se o governo iria zerar a alíquota do Pis/Cofins para transporte público, o ministro respondeu: “Confirmado, retirada do PIs/Confins para passagem de ônibus.”

    Na véspera, foi anunciado que os preços das tarifas de ônibus, trens e metrô em São Paulo subirão de 3,00 para 3,20 reais a partir de 2 de junho, o que deve impactar a inflação.

    A pedido da presidente Dilma Rousseff, o governo paulista e a prefeitura de São Paulo haviam aceitado adiar esse reajuste para evitar mais pressões inflacionárias no início do ano.

    Agora, o esforço se deu para que o reajuste fosse o menor possível, não repassando toda a inflação acumulada desde o último aumento. Nessa equação entrou a medida sobre o PIS/Cofins cobrado nas tarifas.

    A elevação das tarifas ocorre num momento em que o governo tem que enfrentar o desafio de puxar para baixo a inflação ao mesmo tempo em que busca sustentar a retomada do crescimento econômico.

    O indicador oficial de inflação do país, o IPCA, tem registrado no acumulado de 12 meses altas próximas do teto da meta do governo –de 4,5 por cento mais 2 pontos percentuais de tolerância–, o que já obrigou o Banco Central a elevar o juro básico em 0,25 ponto para 7,50 por cento, iniciando um novo ciclo de aperto monetário.

    (Reportagem de Luciana Otoni)

    MAIS UMA TENTATIVA DE SEGURAR INFLAÇÃO SEM SUBIR MUITO MAIS A SELIC E SEM O GOVERNO CORTAR GASTOS……..CRY CHORO

  • Reply Christian 20 de abril de 2013 at 20:53

    Exatamente! Se o governo não criar as condições para o aumento da produtividade vamos continuar na mesma.

    • Reply Christian 20 de abril de 2013 at 21:00

      Parabéns pelo site! Assim como você já atuei muito como analista/programador em instituíções financeiras.

      • Reply Vilmar 20 de abril de 2013 at 21:01

        Bacana, valeu pelo comentário.
        Abraço.

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