Fontes de dinheiro para começar o seu próprio negócio
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Fontes de dinheiro para começar o seu próprio negócio

5 de janeiro de 2017

A Exame PME fez um ótimo artigo onde expõe de forma bem clara 7 fontes de dinheiro para começar o seu próprio negócio. Explica-se que a barreira mais comum mencionada pelos empreendedores para começar um negócio próprio é a ausência de um capital inicial.

Guest Post: O que saber para pegar um empréstimo pessoal?

Muitos destes empreendedores de primeira viagem desconhecem é que a imensa maioria das empresas, grandes ou pequenas, famosas ou desconhecidas, regionais ou globais, começou com muito pouco dinheiro, quase sempre com o (quase inexistente) capital que dispunha.

Tal dinheiro pode ser algo como 100 ou 200 reais, como ocorre com os milhares de exemplos de empreendedores que passaram pelo programa Empretec, oferecido pelo Sebrae no Brasil.

Nessa iniciativa, os candidatos a empreendedores são desafiados a gerar renda com uma ideia que exija muito pouco capital. Não raro, os participantes se surpreendem em conseguir dois, três, quatro mil reais em uma semana. Um amigo conseguiu vender quatro mil reais de berinjela em conserva seguindo uma receita italiana da sua avó, por exemplo.

1. Dinheiro dos bens e reservas já existentes

O capital inicial pode ser as poucas economias guardadas ou um bem de algum valor que pode ser vendido. Foi isto que fez Luiz Seabra, ao vender seu fusca para alugar e reformar uma pequena borracharia, que viraria a Natura Cosméticos.

2. Dinheiro de amigos e familiares

Outra fonte de recursos bastante comum são os familiares, amigos e conhecidos. Sam Walton conseguiu um investimento do seu sogro para fundar a Walmart. Jeff Bezzos fez a mesma coisa para criar a Amazon.com.

3. Pré-pagamentos e financiamentos coletivos

Em alguns casos, ainda é possível criar um negócio com poucos recursos utilizando uma lógica conhecida por pré-pagamento, onde o futuro cliente paga antecipadamente para receber o produto ou serviço depois que o negócio já estiver funcionando.

Meyer Nigri e Bento Koike fizeram exatamente isso para arranjar recursos para fundar a Tecnisa e a Tecsis, respectivamente.

Jovem engenheiro cível formado, Nigri convenceu o dono de um terreno a cedê-lo em troca de apartamentos no prédio que seria construído no local e, depois, vários amigos e conhecidos também pagaram antecipadamente para terem direito a comprar os apartamentos na planta. Isso é comum agora, mas era uma novidade em 1977. Koike fez exatamente a mesma coisa, mas com pás imensas utilizadas em usinas de energia eólica.

Atualmente, essa mesma abordagem é utilizada em plataformas de financiamento coletivo (crowdfunding).

Há casos de grandes sucessos como a Rift, cujo óculos de realidade virtual captou mais de US$ 2 milhões, ou a Pebble, que conseguiu mais de US$ 10 milhões em 37 dias, ambos via Kickstarter.

No Brasil, há diversas plataformas semelhantes como Catarse, Kickante ou Benfeitoria, mas o mercado de financiamento coletivo não está tão desenvolvido como nos Estados Unidos e há mais exemplos de insucesso, como o da hamburgueria Zebeleo.

4. Empréstimos

Depois do capital próprio, de familiares, amigos e financiamento coletivo, o empreendedor poderia recorrer à algumas (poucas) alternativas de empréstimos. Mas são poucas as opções realmente atrativas para o empreendedor de primeira viagem, já que as taxas de juros e as exigências de garantias são praticamente inviáveis na maioria dos casos.

Mesmo assim, algumas opções merecem ser estudadas. A primeira é o FINAME, uma linha do BNDES oferecida por bancos conveniados. É interessante para negócios que exigem a compra de máquinas e equipamentos e é uma linha atraente, pois os juros são reduzidos – o próprio bem financiado serve como garantia.

Outra linha de empréstimo que pode ser conveniente são as oferecidas pelos principais bancos para quem pretende abrir uma franquia. As exigências de garantias são menores, já que o franqueador influencia na decisão do empréstimo.

Para negócios que exigem muito pouco capital, algumas instituições, como o Banco Pérola, ainda oferecem linhas conhecidas como microcrédito.

5. Investimento-anjo e fundos

Empreendedores que estejam planejando negócios com altíssimo potencial de crescimento podem recorrer aos investidores de capital de risco. O mercado evoluiu muito e há players muito bem consolidados.

Se demandar recursos entre 30 a 300 mil reais, por exemplo, é possível tentar o apoio de investidores-anjos, que são pessoas físicas com recurso para investir em negócios de alto potencial de crescimento. A média de investimento tem ficado em torno de 90 mil reais, mas há exemplos de aportes que ultrapassaram um milhão de reais, mas são mais raros.

No Brasil, a Anjos do Brasil é a principal entidade que reúne investidores assim. Mas há outras redes importantes, como Harvard Angels, Gávea Angels e Bossa Nova.

A novidade no investimento anjo são as plataformas de crowdfunding de investidores anjo. Nesse caso, vários investidores entram simultaneamente em um mesmo aporte, coordenado por estas plataformas. No Brasil, destacam-se o Broota e o Startmeup.

Em geral, os investidores anjos são os investidores de capital de risco que, tradicionalmente, investem em negócios em suas fases iniciais. Mas, em alguns casos muito específicos de startups muito bem estruturadas, tais empreendedores profissionais podem recorrer aos investidores de seed capital e de venture capital.

No seed capital, os investidores podem entrar com aportes bem maiores do que os anjos, entre 500 mil a 3 milhões de reais. Mas há poucos investidores que se posicionam como seed capital. Alguns, como Pitanga, Redpoint eVentures e DGS Ventures, conseguem fazer operações de seed.

Negócios de alto potencial de crescimento e que demandam recursos entre 2 ou 3 à 5 milhões de reais podem buscar o apoio de investidores de venture capital. Nesse caso, os principais players são associados da ABVCAP, associação que reúne os investidores de capital de risco no Brasil.

6. Aceleradoras

Outra fonte de recurso pouco conhecida pode ser as aceleradoras. Além de apoio gerencial, mentoria e rede de relacionamentos, algumas aceleradoras de startups no Brasil também aportam recursos que pode variar entre 30 a 50 mil até 200 mil reais. As principais aceleradoras são associadas à ABRAII.

7. Fundos governamentais

Por fim, alguns negócios nascentes podem recorrer a recursos não reembolsáveis oferecidos por entidades governamentais como CNPq, FINEP, BNDES e fundações estaduais de amparo à pesquisa. Entre as fundações, destaque para a FAPESP que oferece desde 1997 até R$ 1,2 milhões para empreendedores com projetos de pesquisa que gerem inovações tecnológicas por meio do PIPE.

As alternativas de fontes de capital paras os empreendedores ainda são muito reduzidas. Mas, por experiência própria (con)vivendo há mais de vinte anos neste ambiente, em geral, sobram recursos para bons projetos, muito em função do desconhecimento.

Dinheiro: a imensa maioria das empresas começou com muito pouco dinheiro
Fonte de consulta: exame.abril.com.br/pme/7-fontes-de-dinheiro-para-comecar-o-seu-proprio-negocio

Até o próximo post.

2 Comments

  • Reply Hinode é fraude 29 de novembro de 2017 at 17:19

    Google Meu Negócio traz novidades para o Brasil

    http://vilmarbro.com.br/google-meu-negocio-traz-novidades-para-o-brasil/

  • Reply Vilmar 9 de janeiro de 2017 at 17:11

    7 passos para finalmente abrir um negócio em 2017

    Quer criar seu próprio empreendimento este ano, mas nem sabe por onde começar? Confira suas principais tarefas:

    São Paulo – O ano de 2017 traz novos ventos econômicos. Com isso, muita gente que até imaginava virar empreendedora, mas tinha receio de enfrentar anos de recessão, resolveu tomar coragem e adicionar o negócio próprio na lista de promessas.

    “Há um consenso dos economistas de que a economia vai fazer um movimento contrário neste novo ano: a descida do crescimento se tornará uma subida, ainda que seja algo lento e gradual. É uma época que vai ser diferente, porque as expectativas também são diferentes”, analisa Gilbeto Braga, professor de finanças do Ibmec/RJ.

    Com isso, alguns setores podem começar a crescer neste semestre e, principalmente, no próximo. “É uma boa época para procurar negócios e pesquisar o segmento certo, o lugar certo e o momento de abertura certo”, completa Luis Henrique Stockler, da consultoria ba}STOCKLER.

    Além disso, Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae, prevê que algumas medidas podem ser aprovadas neste ano para melhorar o ambiente empreendedor.

    A principal delas é a redução do tempo de abertura de empresas que se encaixam no programa Simples Nacional: esse período passaria de 102 para 5 dias. “Em Brasília, já conseguimos estabelecer um padrão de países desenvolvidos, que é um prazo de 2 dias para a abertura de negócios. Agora, o próximo alvo é a cidade de São Paulo.”

    Ficou animado com as perspectivas de 2017 e quer, finalmente, abrir seu primeiro negócio próprio? Confira, a seguir, alguns passos essenciais para isso:

    1. Pesquise bem o que você irá fazer

    O primeiro passo de um negócio é, claro, ter uma ideia. Porém, apenas uma ideia não forma um negócio de sucesso: é preciso verificar se ela condiz com a realidade.

    Por isso, um dos primeiros passos para empreender é realizar uma boa pesquisa de mercado. “Pesquise quem é seu público-alvo ideal, quem são seus concorrentes e, principalmente, qual será a sua proposta única de valor, o seu diferencial”, aconselha Stockler.

    2. Elabore um plano de negócios e faça o teste

    Agora que você já pesquisou as condições do seu futuro mercado de atuação, é preciso estruturar sua empresa de forma mais detalhada.

    Como? Fazendo um bom plano de negócio, colocando aspectos como atividade principal, proposta de valor, público-alvo, parcerias estratégicas, fontes de receita e estrutura de custos.

    Sobre dimensionar o capital necessário, um aviso: sempre se prepare para talvez gastar mais do que você estima. “Não dá para pensar em tudo que pode acontecer com uma empresa: imprevistos ocorrem. Por isso, se seu capital estimado for de 100 mil reais, guarde 150 mil reais, por exemplo.”

    Se você não sabe como estruturar um plano de negócios, há diversas metodologias que facilitam o trabalho. Uma das mais conhecidas é o Business Canvas Model, por exemplo. Também há sites e instituições que ajudam nesse planejamento, como o Sebrae.

    “O plano de negócios é importante porque diminui a margem de erro no início na operação. Mesmo que você precise de um profissional para isso, é um investimento que se paga no futuro”, completa Braga, do Ibmec.

    Vale lembrar que o plano de negócios também inclui a construção de um Mínimo Produto Viável (MVP): uma versão simplificada do que você irá oferecer, que deve ser testada entre seus clientes potenciais. Se a resposta deles for positiva, é hora de realmente investir o capital projetado.

    3. Avalie pontos comerciais

    Um dos poucos lados bons em uma crise econômica é que quem abrir um negócio encontra melhores condições de negociação com seus fornecedores, diante da falta de demanda. É o caso, por exemplo, dos pontos comerciais para aluguel.

    Por isso, se seu negócio precisa de uma sede física para operar, é uma boa hora para pesquisar. “Há muitos imóveis comerciais com descontos ou com multas anteriores perdoadas, e isso significa uma redução significativa no seu investimento inicial”, ressalta Braga, do Ibmec.

    4. Procure estudar mais sobre gestão e mentalidade empreendedora

    Outro passo muito importante para abrir sua própria empresa é abandonar a mentalidade de funcionário: ou seja, pensar apenas no seu setor de atuação.

    Ao estudar conceitos de gestão, que costumam ser mais amplos e abranger diversos setores, você começará a pensar mais como um empreendedor – unindo sua habilidade inovadora a uma visão estratégica da empresa. “Sem essa mentalidade, o negócio não vira. É como dirigir: quem não sabe acelerar direito, capota na primeira curva”, ressalta Afif, do Sebrae.

    Assim como no plano de negócios, é possível aprender mais sobre administração empresarial por meio de materiais gratuitos e online.

    5. Arranje um mentor

    Caso você seja um empreendedor de primeira viagem, tudo isso pode parecer uma tarefa muito complicada.

    Por isso, pode ser uma boa ideia arranjar um consultor ou mentor de negócios – seja de maneira formal ou simplesmente pedindo conselhos a quem já passou por essa experiência.

    “É sempre bom o iniciante ter um consultor sênior: alguém que tem uma visão que esse empreendedor de primeira viagem, por falta de experiência, não tem”, defende Afif.

    Esse mentor poderá ajudá-lo tanto na etapa de concepção do plano de negócios quanto no futuro, quando sua empresa passar por problemas mais específicos – além de contribuir para a formação do seu networking no mundo empreendedor.

    6. Faça um calendário de atividades

    Você já tem uma ideia, um bom plano de negócios, um teste com seu público-alvo, um ponto comercial e até um mentor para ajudá-lo com suas futuras dúvidas. Agora, é hora de realmente partir para a ação: crie um calendário de atividades e faça sua empresa acontecer.

    Para não perder os detalhes de cada uma das tarefas e se enrolar no planejamento, Stockler recomenda usar uma metodologia chamada “5WH2”. Derivada do inglês, a sigla elenca sete perguntar que você deve responder sobre cada atividade que fizer: o quê (“what”), por quê (“why”), quando (“when”), onde (“where”), quem (“who”), como (“how”) e quanto (“how much”).

    7. Estabeleça uma presença digital

    Uma dessas atividades, diz Braga, é a elaboração de uma presença digital – mesmo se sua empresa ainda nem abriu as portas.

    “É uma tarefa de custo baixo, mas que agrega muito valor à empresa. Você já ganha um ponto de diferenciação em relação aos seus concorrentes se tiver uma boa presença e os consumidores conseguirem saber mais sobre seu negócio”, ressalta o docente do Ibmec. “Além de divulgar seu produto ou serviço, sua marca também começa a ser lembrada pelas pessoas, incluindo seu público-alvo.”

    exame.abril.com.br/pme/7-passos-para-finalmente-abrir-um-negocio-em-2017

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