Dividir a compra em dois cartões de crédito é uma cilada
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Dividir a compra em dois cartões de crédito é uma cilada

13 de janeiro de 2017

Afinal de contas, por que dividir a compra em dois cartões de crédito é uma cilada? Conforme a Exame apurou, sites de grandes redes varejistas permitem realizar uma compra com dois cartões de crédito. Entenda a operação e veja quais cuidados deve tomar.

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Por que dividir a compra em dois cartões de crédito é uma cilada

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Em busca de uma flexibilidade de pagamento que já existe em lojas físicas, grandes sites como Walmart, Ponto Frio, Netshoes e Ricardo Eletro permitem dividir o valor de uma compra em dois cartões de crédito diferentes.

A opção geralmente é feita ao final da transação. Basta apontar qual o valor que deseja colocar no primeiro cartão para que o sistema do site coloque o restante no outro. Dessa forma, também é possível parcelar a compra. Cada parcela será dividida proporcionalmente entre os dois cartões ao longo do tempo, conforme o desejo do consumidor.

Na prática, a forma de pagamento permite que o consumidor aumente o seu limite de crédito e consiga fazer compras de maior valor. Mas o problema, de acordo com consultores financeiros, é que o risco de superendividamento aumenta.

Isso porque cada banco concede limites de crédito proporcionais à renda do consumidor. Se uma pessoa tem diversos cartões de crédito, é como se sua renda se multiplicasse quando, logicamente, isso não acontece.

Atualmente não há qualquer norma que faça com que os bancos concedam crédito com base no histórico de valores que já foram disponibilizados a um cliente por outras instituições financeiras. Também não há norma sobre a prática de permitir o pagamento com dois cartões, segundo o Banco Central.

“Muito se fala em uso consciente do crédito. Mas deveríamos também falar sobre responsabilidade na concessão, ainda mais em um momento no qual o cartão de crédito é alvo de medidas como a que deve reduzir os juros pagos no crédito rotativo, cobrados quando o consumidor atrasa ou não quita o valor da fatura”, diz Ione Amorim, economista do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

Portanto, não é recomendável utilizar dois cartões no pagamento. “Como o consumidor está comprometendo mais do que 30% da sua renda, qualquer imprevisto pode provocar um grande descontrole no orçamento. Ainda que não haja imprevistos, é necessária muita disciplina para acompanhar gastos em mais de um cartão, ainda mais se forem parcelados”.

Quem deixa de pagar o valor total da fatura, alerta a economista, contrai uma dívida que cresce rapidamente e, portanto, pode ficar além da capacidade de pagamento pessoal.

O mais indicado é quitar as compras já existentes no cartão para aumentar o limite de crédito disponível até que o valor seja suficiente para realizar a aquisição, diz Ione.

Em situações de emergência e em casos nos quais o trabalhador tenha um limite de crédito em determinado banco que é inferior a 30% da sua renda, a economista indica negociar um aumento do crédito disponível com a administradora do cartão ao invés de lançar mão desta modalidade de pagamento.
exame.abril.com.br/seu-dinheiro/por-que-dividir-a-compra-em-dois-cartoes-de-credito-e-uma-cilada

Cuidado! É uma cilada Bino

Até mais.

1 Comment

  • Reply Novas regras para cartão de crédito começam a valer nesta sexta-feira; saiba o que muda 1 de junho de 2018 at 16:55

    Novas regras para cartão de crédito começam a valer nesta sexta-feira; saiba o que muda
    Medidas foram anunciadas no fim de abril pelo Conselho Monetário Nacional

    As novas regras para cartões de crédito começam a valer a partir desta sexta-feira (1). Anunciadas no fim de abril pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é formado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento além do Banco Central, as medidas visam reduzir as taxas de juros cobradas pelos cartões.
    A partir de agora, cada instituição (banco ou empresas que emitem cartões de crédito) poderá definir um percentual de pagamento mínimo da fatura, que hoje é de 15%, “em função da política de crédito da instituição e do perfil dos clientes”.

    Outra determinação é o fim das duas taxas de juros diferentes para quem não paga a fatura total: a do rotativo “regular” e a do rotativo “não regular”. Enquanto na primeira os juros são mais baixos e cobrados daqueles que fazem o pagamento mínimo da fatura (15%), o “não regular” aplica juros mais altos àqueles clientes que pagam menos que o mínimo ou que não pagam a fatura.

    Com a mudança, os bancos poderão cobrar apenas uma: a taxa do rotativo regular, que será definida em contrato. Em caso de adimplência, o CMN autorizou a aplicação de juros de mora e multa.
    http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/consumo/noticia/7453464/novas-regras-para-cartao-credito-comecam-valer-nesta-sexta-feira