Entrevista de investidores em 2010
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Entrevista de investidores em 2010

28 de abril de 2013

Em 2010 eu e outros investidores que frequentam o portal e fórum Infomoney demos um entrevista relativo ao que deve ser observador na hora de escolher uma corretora de valores para investir na bolsa. Está explicado de forma bem clara quais passos tomar para se encontrar o melhor custo-benefício.
O tema continua atual e vale a pena conferir.
Leiam abaixo na íntegra:

 


Armadilhas: o que observar na hora de escolher quanto pagar de corretagem
Corretora pode apresentar diferenças de preços que parecem injustas, mas tudo depende da estratégia de investimentos
Por Tainara Machado |20h10 | 03-05-2010

SÃO PAULO – Na hora de escolher uma corretora, um dos principais pontos a ser observado é, claro, o custo a ser pago para operar no mercado acionário. Com o aumento da competitividade, é possível encontrar opções para quase todos os bolsos e gostos. O problema é que, às vezes, por trás do anúncio, existem entrelinhas que podem, em algum momento, surpreender o investidor mais desavisado.

Vilmar de Oliveira, que está no mercado há mais de dois anos e já mudou de corretora em busca de melhores custos por duas vezes, alerta para a existência de instituições que só informam em letras garrafais o menor valor. As letras pequenininhas, escondidas, explicam que aquela cobrança é, por exemplo, apenas para ordens no mercado fracionário.

É comum, por exemplo, a corretora apresentar valores diferenciados para determinados serviços. Por exemplo, o custo da ordem para o investidor que pretende usar o celular para realizar suas transações é quase sempre maior do que o cobrado por operações geradas diretamente do home broker.

Evite surpresas desagradáveis
Rogério Marinho, que opera há cerca de três anos, faz uma recomendação para fugir dessas armadilhas: antes de escolher uma corretora, ele sugere que o potencial investidor faça uma lista de dúvidas e possíveis serviços que venha a utilizar, ligue para a instituição e peça todas essas informações antes de assinar qualquer contrato. “Dá trabalho, mas evita surpresas desagradáveis”, enfatiza.

Marinho é da opinião de que os serviços deveriam ser cobrados à parte, ao invés de estarem embutidos no valor da operação. Vilmar de Oliveira é categórico nesse quesito, ao afirma que “de forma alguma” pagaria a mais por algum serviço.

Modelos de cobrança
As corretoras, em geral, trabalham principalmente com dois modelos de cobrança. O primeiro, já citado acima, é por ordem de compra ou venda, e normalmente independe da quantidade de lotes a ser adquirida ou vendida. Rogério Marinho faz um crítica, ao afirmar que deveria haver um modelo em que os valores variassem de R$ 3 a R$ 30 reais, dependendo do volume de operações – o que beneficiaria o investidor pessoa física menos ativo, principalmente.

Tabela Bovespa
Valor da Ordem Valor fixo Porcentagem do valor
De R$ 0,01 a R$ 135,07 R$ 2,70 –
De R$ 135,08 a R$ 498,62 – 2%
De R$ 498,63 a R$ 1.514,69 R$ 2,49 1,5%
De R$ 1.514,70 a R$ 3.029,38 R$ 10,06 1%
A partir de R$ 3.029,39 R$ 25,21 0,5%

O outro modelo é a tabela Bovespa, cujas faixas de cobrança estão expostas aqui ao lado. Nesse caso, o volume negociado é levado em conta, mas a crítica mais comum é que são poucas as operações que mexem com menos de R$ 3.029,39, quando é cobrada a porcentagem mais cara, de 0,5% sobre o valor mais um custo fixo de R$ 25,21.

A tabela invariavelmente encarece uma operação. Pense, por exemplo, em comprar dez lotes-padrão de ações PNA da Vale (VALE5). Marinho, por exemplo, pagaria R$ 10,00 de corretagem, que é o valor cobrado por sua corretora. Pela tabela, utilizando a cotação de fechamento do dia 29 de abril, esse custo passaria para R$ 49,14.

Para Rogério Marinho, esse era um valor instituído para compensar o esforço de uma pessoa em efetivar uma operação, o que não é mais verdade atualmente, quando quase tudo é automatizado. Levando em conta esses dois fatores, em algum momento vale a pena aceitar a tabela como modelo de cobrança?

Depende da estratégia
Vilmar de Oliveira acredita que para alguns perfis de investidor, como aqueles focados em day trade, por exemplo, pode ser uma boa opção, especialmente se for possível negociar bons descontos.

Assim, a escolha depende da estratégia. Ao contrário de Marinho e Oliveira, Lilian Cantafaro, que opera há pouco mais de dois anos, não quis deixar a instituição em que tinha suas ações depositadas mesmo após perceber que a cobrança a partir da tabela Bovespa estava acima dos valores praticados pela média do mercado.

Isso porque o serviço de análise técnica e fundamentalista era considerado excelente pela investidora e a ajudava em sua tomada de decisões. Para aliar o bom serviço a uma corretagem mais barata, Lilian optou por transferir parte de sua carteira para uma instituição de mesmo porte, mas que cobra 0,3% + R$ 25,21 sobre a operação. Assim, uniu seus dois objetivos. “E ainda me protejo de mim mesma”, brincou, ao afirmar que a corretagem mais cara faz com que ela repense uma venda por impulso de ações guardadas para o longo prazo.

Pegadinhas
Para quem planeja operar com opções, também é bom ficar atento, já que algumas instituições, no exercício, cobram a fadada tabela Bovespa, embora Vilmar de Oliveria afirme que, em todas as corretoras por que passou, conseguiu, através de negociação, operar sem distinção de preços em ambos os mercados.

Ainda existem algumas outras pegadinhas no mercado acionário, e entre elas, tanto Marinho como Oliveira apontam para a cobrança de ordens enviadas e ordens executadas. Mais uma vez, a distinção de preços pode ser útil, mas depende da estratégia do investidor.

Para aqueles que emitem ordens bem abaixo do preço atual do ativo, na tentativa de usufruir de um possível momento de queda abrupta, a cobrança por ordem enviada pode tornar esse tipo de investimento perdedor logo de saída. Pagar por ordens independentemente da execução, aponta Marinho, só vale a pena para investidores que pretendem comprar as ações no valor atualmente negociado.

O problema, aqui, como nos outros exemplos citados ao longo dessa matéria, é o fato de as corretoras não avisarem claramente que possuem distinções nas cobranças para os diferentes tipos de negociações, explica Vilmar de Oliveira. Vale ficar atento ainda, relembra, às corretoras que cobram um valor abaixo do mercado apenas por ordens no mercado fracionário.

Pode parecer, à primeira vista, que é um bom negócio, mas dependendo do volume de ordens enviadas, o custo mais barato da ordem no fracionário acaba saindo pela culatra.

A taxa de custódia também é outro item a ser notado na hora de escolher a corretora. Uma ordem mais barata por ser ofuscada por um valor elevado para a manutenção da carteira de investimentos. Aí, é preciso colocar os números na ponta do lápis e verificar para qual lado pende a balança.

Custo-benefício
Por último, as armadilhas nem sempre envolvem apenas a corretagem. Para os investidores, é importante também avaliar o custo-benefício do serviço oferecido. O valor da ordem, por exemplo, pode estar bem abaixo do que é praticado pelo mercado, mas em contrapartida o home broker deixa a desejar: trava, está fora do ar ou oferece pouco suporte técnico, exemplifica um investidor que já operou, mas hoje está fora do mercado de investimentos e preferiu não se identificar.
Já que a aceitação ou não de um modelo de cobrança depende da estratégia de investimentos utilizada, Vilmar de Oliveira dá uma dica: o investidor sugere a leitura de fóruns, blogs, revistas e até sugestões de conhecidos que já operam no mercado acionário na hora de escolher quais serviços mais se adequam ao seu perfil.

http://www.infomoney.com.br/ultimas-noticias/noticia/1843120/armadilhas-que-observar-hora-escolher-quanto-pagar-corretagem

 

Até o próximo post.

1 Comment

  • Reply Vilmar 4 de novembro de 2016 at 15:03

    O que aprendi com a crise: investidores contam suas estrategias
    “Enfrentar dois circuit breaks em uma semana dá nó na garganta, dor de estômago”, conta Cacio Blank dos Santos

    SÃO PAULO – Sad day for capitalism; The Fed can´t help everyone; Go free market!!! Yeah!!!; What goes around comes around; 25.000 jobs; Every empire comes to an end; Learn to respect the dollar…

    As frases foram escritas sobre a caricatura do então CEO do Lehman Brothers, Richard Fuld, desenhada pelo artista Geoffrey Raymond, por pessoas que passavam em frente à sede do banco, em Nova York, no dia seguinte em que este entrou com pedido de concordata, em 15 de setembro do ano passado.

    Os americanos lamentavam os empregos perdidos, o fracasso do livre mercado e o fato que deixou à mostra o calcanhar de Aquiles do sistema capitalista.

    Nó na garganta
    Dado o tamanho da instituição, o evento foi problemático para o setor. Mas ele foi mais do que isso. Colocou em xeque a credibilidade da economia americana, dos bancos, do sistema financeiro e do Fed (Federal Reserve), acabando por gerar uma crise de confiança. Entre os investidores brasileiros, que até então comemoravam o desempenho da Bolsa de Valores, a questão do risco voltou a ser tema prioritário.

    Blank dos Santos: “Enfrentar dois circuit breaks
    em uma semana dá nó na garganta”

    Mais tarde, o risco mostrou-se alto. A queda vertiginosa do Ibovespa, que chegou aos 29.435 pontos, em 27 de outubro, embrulhou o estômago de muitos.

    “Lembro que todo mundo achava que estava tudo bem. O Governo chegou a falar que a situação não era grave. Mas conversei com minha esposa e resolvi sair, por intuição mesmo. Depois, voltei para a Bolsa, porque ela havia subido novamente, de forma que imaginei que os tempos de alta iriam retornar. Mas então a crise estourou. Quando vi que havia perdido metade do capital, saí. Fiquei abalado. Enfrentar dois circuit breaks em uma semana dá nó na garganta, dor de estômago”, conta Cacio Blank dos Santos, de 28 anos, que investe há quatro anos e trabalha como técnico de Operações.

    Ele lembra que quase desistiu da Bolsa. “Não iria enfrentar mais a situação. Se o barco estava furado, não iria dar uma de herói. Saí novamente, para me proteger”. Entretanto, a desistência de Santos havia sido temporária. “Voltei a estudar, para entender o que estava acontecendo, e resolvi voltar”, conta.

    “Depois de um ano, recuperei o que perdi, diversificando e aproveitando a tendência de crescimento das small caps do ramo de construção, por exemplo. O segredo é estudar para não ser marionete na mão dos experientes. Hoje estou me aprofundando bastante em análise técnica e fundamentalista, observando melhor a saúde das empresas”, diz o investidor, para quem a crise serviu de aprendizado. “Foi sofrida, mas produtiva. Se, na época, tivesse a experiência que tenho hoje, teria me protegido mais”.

    Teoria versus prática na hora de investir
    Especialistas aconselham incansável e repetidamente que não se pode entrar em pânico nos momentos de baixa e realizar prejuízo. Mas, na prática, a teoria não funciona. “Resgatei o dinheiro no meio da crise e perdi 30% do que havia aplicado”, conta o estudante de Economia Gabriel Guerreiro, de 24 anos, investidor desde 2006.

    Ele sabe que deu um passo em falso. “Fiz isso, mesmo sabendo que não era o certo. É complicado, as pessoas acabam achando argumentos e desculpas para si próprias. Dizem que estão precisando do dinheiro. Na realidade, eu só estava com medo”, lembra. “Foi um erro. A principal lição que tiro da crise é que Bolsa é investimento de longo prazo. Mas é preciso acompanhar os resultados no dia-a-dia, porque o longo prazo é resultado de uma sucessão de períodos de curto prazo. Se, mês após mês, não há retorno, talvez seja hora de rever a estratégia”, aconselha.

    “Resgatei o dinheiro no meio da crise e perdi 30% do que havia aplicado”, lembra Gabriel Guerreiro
    Vale seguir a intuição?
    O empresário Clairton Tonial, de 41 anos, investidor desde 2005, lembra que o montante que tinha aplicado na Bolsa se reduziu pela metade. Um dos motivos pode ter sido a preferência por não operar com stop, por achar mais emocionante. “Em novembro, parei de acompanhar os investimentos. Não vendi, não fiz nada, deixei lá. Em fevereiro, quando decidi voltar a acompanhar, não lembrava da senha de acesso”.

    Tonial não desistiu, porque queria recuperar o que havia investido. “Vou fazendo preço médio. Não vou vender sem recuperar o investimento. O grande detalhe da Bolsa é a paciência. O problema é que o investidor procura mágica, acha que vai ficar milionário. Tem de ter estratégia. Tem de saber a hora de sair. Às vezes, o sujeito ganha 7%, 8% e fica querendo um pouco mais. Então não vende e, no dia seguinte, a ação cai”.

    Ele lembra que, no início, contou com a ajuda de participantes do Fórum do InfoMoney, no qual se diz hoje viciado. “Comecei como muitos, no fórum. É a minha principal ferramenta, porque pego muita dica lá. É um banco de dados enorme. É engraçado, porque parece que essas pessoas não existem, uma vez que nunca as vi, mas cria-se uma relação de confiança, de amizade”.

    Saraiva: “Não vou vender papéis
    e realizar prejuízo de forma alguma” O empresário também segue sua intuição e diz que tem relativo sucesso com o método. “Baseio-me em dois ou três indicadores de análise gráfica, mas também no meu feeling. Às vezes, vou fazer uma compra e o telefone toca. Para mim, é um péssimo sinal”. Além disso, ele recomenda se especializar em poucos ativos, apesar de os consultores sempre indicarem a diversificação. “É preciso acompanhar os movimentos da empresa sempre que possível. Toda compra é um aprendizado”.

    Paciência, paciência, paciência…
    Quem também teve paciência e não experimentou perdas durante a crise foi o empresário Rafael Saraiva, de 25 anos, que diz ser essencial ao investidor iniciante escolher uma linha de estudo e se aprofundar nela. “Optei por análise gráfica”, comenta.

    Ele admite que hoje seus investimentos em ações registram prejuízo em relação ao preço pago na época. “Mas vou esperar até que a situação se reverta, ou ao menos até que o valor do papel volte ao patamar em que estava quando comprei. Não vou vender papéis e realizar prejuízo de forma alguma”, garante. “Para investir, uso dinheiro com o qual sei que não poderei contar para nada. É como se não existisse”.

    O advogado de 26 anos, Elias Francisco da Silva Júnior, que investe há três anos, também demonstrou cautela durante a crise. “Fiquei preocupado, mas busquei me informar e mantive os investimentos como estavam. Hoje, já estou me recuperando. Inclusive, comprei alguns papéis. Com a crise, surgem oportunidades”, opina.

    “Quem tem fé não perde”
    A paciência também pautou as operações de Eduardo I., leitor do InfoMoney e investidor há cerca de um ano. Na crise, ele conta que perdeu dinheiro, mas hoje praticamente já se recuperou. “Comprei a 30, passou a 16. Hoje está em 33, 32”, exemplifica. A queda não foi tão grande, porque não investiu em meio à euforia. Já era o início da crise no mercado de ações brasileiro quando Eduardo começou. “No início, só comprei blue chips, por conta da liquidez e solidez dos ativos”.

    “Meu conselho para quem está começando é ler livros, se informar bastante e cuidar do emocional. Ninguém gosta de perder dinheiro, mas só perde mesmo quem desiste. Quem tem fé não perde”.

    “Sei de gente que comprou R$ 10 mil de Petrobras, perdeu metade e disse que não ia investir nunca mais”, diz Hudson Valinhos
    Hudson Valinhos fez a lição de casa. Antes de começar a operar na Bolsa para valer, passou cerca de três anos preparando-se e organizando-se financeiramente. Não por acaso, quando a crise veio, não se assustou. “Tenho um objetivo de longo prazo, de dez, 15 anos”. No entanto, se pudesse voltar no tempo, ele faria algo diferente. “Arrependo-me de não ter um guardado mais dinheiro para investir, para poder aproveitar as marés. Não consigo aproveitar as quedas”.

    A preparação valeu a pena. “Sei de gente que comprou R$ 10 mil de Petrobras, se desesperou com a queda, perdeu metade do dinheiro e disse que não ia investir nunca mais. Passei alguns anos estudando e acho que fiz o certo”, diz. “Atualmente, acho que é um bom momento para investir em renda variável, porque os juros estão caindo, as expectativas são positivas para a economia brasileira e muitos investidores estrangeiros estão enxergando o Brasil como oportunidade futura”, aconselha.

    O investidor que anda na contramão

    Arboitte: “Não vou atrás de ninguém” O empresário Rogério Arboitte, que comanda uma rede de lojas de colchões, diz que, apesar do dia-a-dia ocupado, está sempre no homebroker. Frequentador do fórum do portal, Arboitte se considera um investidor atípico, principalmente para a “turma da análise técnica”, porque segue uma estratégia que ele próprio inventou. “Só compro no caos. Divido os preços das ações em cima de períodos de tempo para saber quando a ação está no fundo”, diz, ao lembrar que, na crise, obteve relativo sucesso com o método. “Não perdi tanto”.

    Seu conselho aos investidores é seguir a própria estratégia, porque nem sempre ouvir a recomendação alheia é positivo. “Um tempo atrás, disseram que determinada ação iria cair ainda mais do que já tinha caído. Eu, na minha maneira de operar, não via isso. Comprei e deu certo. Não vou atrás de ninguém”.

    O empresário Alexandre Witcoske, de 38 anos, tem três anos de Bolsa. Ele vê a crise com bons olhos. “O legal dessa crise é que foi uma lição que poucos tiveram. Quem começou a investir de cinco anos para cá nunca havia protagonizado uma crise. Eu queria saber como reagiria diante de uma situação dessas. Errei, mas aprendi”.

    Quando a Bolsa rompeu os 48 mil pontos, ele lembra que decidiu vender e investir em renda fixa. “Foi sorte, porque o Ibovespa caiu. Se alguém entra na Bolsa, deve ter coragem de sair. Às vezes, perder um pouco é melhor do que perder muito”, opina. Witcoske alerta para a importância de o investidor assumir a responsabilidade sobre suas aplicações. “Toda decisão é nossa, o dinheiro é nosso. É o nosso dinheiro que vai para determinada empresa. Depois, não podemos culpar ninguém”.

    O que diz o investidor experiente?
    “Conheço vários colegas que não só perderam dinheiro como também a saúde e a família”, conta investidor desde 1997
    O empresário J.M., que preferiu não se identificar, investe na Bolsa desde 1997 e se diz experiente, principalmente quando o assunto é crise. “Já passei por várias”, afirma. Ele já operou como trader, porém, com o passar do tempo, chegou à conclusão de que não valia a pena. Hoje visa ao longo prazo. “Minha estratégia é de buy and hold. Aproveito as baixas para comprar papéis de boas empresas e não os vendo”, conta.

    “Já perdi muito dinheiro com operações equivocadas. Além disso, conheço vários colegas que não só perderam dinheiro como também a saúde e a família. Amigos se divorciaram por conta dos problemas financeiros”.

    Quem ganhou dinheiro na crise
    “Stop é fundamental para vencer nesse mercado”, afirma André de Moraes
    André Ribeiro de Moraes, de 33 anos, ganhou dinheiro em meio à turbulência. Investidor há cinco anos, ele se considera experiente, tanto que hoje vive das operações na Bolsa e já ensina análise técnica a quem se interessa. Apesar de admitir que toda mudança de tendência é traumática, sua estratégia foi bem-sucedida. “Passei a operar vendido, preferindo o aluguel de papéis e ganhando com a queda do Ibovespa”, explica.

    “Stop é fundamental para vencer nesse mercado, porque existe o risco de a tendência se reverter. Além disso, é preciso saber perder, saber o momento de sair da operação”, diz. “A crise foi muito útil, uma oportunidade de comprar papéis a preços muito baixos”.

    infomoney.com.br/mercados/noticia/1672752/que-aprendi-com-crise-investidores-contam-suas-estrat-eacute-gias

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