Muitos se confundem quando uma empresa anuncia que vai pagar proventos, remuneração ao acionista em forma de dividendos ou JCP (Juros Sobre Capital Próprio, também tem sigla JCSP) e ocorre toda aquela corrida de compra ao(s) ativo(s) da empresa que vai fazer o pagamento.
Tem gente que compra pensando que existe cafezinho grátis no mercado, que ficarão com as ações e mais os proventos sem haver desconto após o último dia “COM” (último prazo para quem adquirir a ação e ter direito a receber os proventos, após o ativo não ter mais direito aos proventos, o dia “EX”).
E aí está o ledo engano. O valor dos proventos será descontado do valor dos ativos.
E no dia posterior ao último dia “COM” o ativo amanhecerá com a cotação menor que no dia anterior.
Aqui muitos incautos se desesperam e vendem o ativo, por que a cotação ficou menor, foram especular sem saber o que estavam fazendo, e vendem no prejuízo, mesmo somado com os proventos a receber.
Um detalhe: se a empresa tiver opções de suas ações, o valor dos proventos também será descontado do strike (valor do exercício) no dia “EX”.
Quem quer especular com os proventos, tem fica antenado nas épocas mais prováveis da empresa anunciar os proventos, como por exemplo na divulgação do balanço trimestral. Para especular vai ter que antecipar, contar com alguns cenários positivos para sua estratégia dar certo.
Pode-se comprar nesta expectativa do anúncio do pagamento de proventos, esperar valorizar o ativo, e antes de ficar “EX” pular fora do ativo. Outra estratégia seria comprar o ativo perto do dia de ficar “EX”, ou mesmo no último dia, e no primeiro dia “EX” vender o ativo, ficando com prejuízo contábil, já que o financeiro deve ficar igual ou pouca coisa menor, e usar este prejuízo para abater IR (Imposto de Renda) com lucros futuros.
E tem investidor que tem a estratégia de usar os dividendos para comprar mais ações da mesma empresa.
Enfim, estratégias existem muitas. Foram citadas algumas corretas e outras equivocadas por puro desconhecimento de quem não sabe o que faz no mercado financeiro, segue a manada por seguir, de forma perdida.
E como diz o ditado, Deus perdoa, o mercado não perdoa.
Leia também:
- Qual a melhor estratégia no mercado financeiro?
- Como fazer o controle de risco
- Dividendos e JCP – Como funciona
- Dividendos e JCP – Estratégias
Até o próximo post.
19 Comments
vc me “salvou” kkkk
eu ja´ estava puto da vida com minhas opções, por ter tido o desconto de 0,50 do papel…
aí eu pensei…”isso é muita sacanagem com quem esta com CALL com strike superior” corri ao google pra pedir ajuda e vim parar aqui.
retornei no meu HB e lá estavam minhas opções com strike atualizado…ufa!!! foi um susto e tanto…kkkkkkk
De nada.
Tmj.
14h33- Lara Rizério
JCP não deve ser extinto, diz Valor; Itaú, Bradesco, BB e Santander disparam
A Receita Federal e a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda não parecem dispostos a lançar mão de tributação de lucros e dividendos e fim do JCP, segundo jornal
SÃO PAULO – Após boas sessões de queda, os principais bancos registram um dia de alívio com alta de mais de 3%. Depois de cair 3,42% nos últimos quatro pregões, o Itaú Unibanco sobe forte, assim como o Bradesco (BBDC4, R$ 28,38, +4,03%) e o Santander (SANB11, R$ 16,07, +3,34%). Até mesmo o Banco do Brasil (BBAS3, R$ 23,39, +3,86%), que não viu seus papéis caírem tão fortemente nos últimos dias, também dispara, cerca de 4%.
E o catalisador para essa alta é uma notícia que afasta um dos maiores temores dos investidores: a tributação de lucros e dividendos e a extinção dos juros sobre o capital próprio, que vem sendo especulada pelo mercado deste o final de dezembro de 2014.
Ontem, o jornal O Estado de S. Paulo havia destacado que, segundo o estudo do Ministério da Fazenda Joaquim Levy, o governo poderia arrecadar de R$ 5 bilhões a R$ 18 bilhões com a alteração no tributo sobre dividendos e a extinção do JCP. O material possuía três alternativas de mudança na tributação e foi enviado à Câmara dos Deputados após requerimento da deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
Porém, segundo informações do jornal Valor Econômico de hoje, esta hipótese está afastada. A Receita Federal e a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda não parecem dispostos a lançar mão dessas medidas. Ou ao menos sabem bem o custo potencial de fazer caixa por essa via. As consequências seriam afastar investimentos externos ou mesmo estimular desinvestimentos por parte de empresas locais, com reflexo no emprego.
Em resposta ao requerimento feito por Erundina, o secretário da SPE, Afonso Arinos de Mello Franco Neto, explica que tributar as remessas ao exterior poderia desestimular o ingresso de novos investimentos.
“Não se afigura profícua ação do governo federal que busque coercitivamente desincentivar remessa de lucros ao exterior. Medidas dessa natureza são contraproducentes, pois tendem a desestimular o ingresso de novos investimentos estrangeiros no país”, afirmou Arinos.
Sobre a possibilidade de tributar ou extinguir JCP, a Receita Federal estima arrecadação potencial entre R$ 5,89 bilhões a R$ 12,59 bilhões; porém, os valores podem ficar abaixo do previsto, pois as empresas podem encontrar outras formas de distribuir lucro.
Contudo, tributar lucros e dividendos e acabar o JCP segue sendo cogitado por muitos para taxar “o andar de cima” caso haja frustração na arrecadação ou aumento na temperatura política, destaca o jornal.
Vale lembrar que, em relatório do final de maio, o BTG Pactual analisou quais companhias seria impactadas pelo fim do JCP. O declínio médio nos lucros de 2015 e nos preços-alvos das companhias no universo analisado seria de 7%, mas para a Ambev (ABEV3) e a Vale (VALE3; VALE5), por exemplo, seria o dobro disso: 14% de impacto no resultado.
Já enfrentando uma crise por conta do seu alto endividamento e às voltas com o escândalo de corrupção da Operação Lava Jato, a Petrobras (PETR3;PETR4) perderia 10% com a mudança. Já os bancos queridinhos das carteiras recomendadas, Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC3; BBDC4), sofreriam uma retração de 8% nas suas demonstrações financeiras. Já Banco do Brasil (BBAS3) teria o maior impacto do que os bancos privados, de 10%, enquanto a BM&FBovespa (BVMF3) poderia ter seu lucro caindo mais de 10% por alguns anos. Já quem sairia ilesa seria a Cielo (CIEL3), com impacto de quase zero.
http://m.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/4094537/jcp-nao-deve-ser-extinto-diz-valor-itau-bradesco-santander
Em busca do ajuste, Levy estuda extinguir juros sobre capital próprio, diz Estadão
http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/4052971/busca-ajuste-levy-estuda-extinguir-juros-sobre-capital-proprio-diz
VALE5/VALE3 ficam EX-Proventos logo mais, pagam no final do mês.
Por que os fundos gostam tanto de juros sobre capital próprio? – InfoMoney
http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3514626/por-que-fundos-gostam-tanto-juros-sobre-capital-proprio
Gosta de dividendos? Veja os maiores “yields” que serão pagos ainda em abril
infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3292539/gosta-dividendos-veja-maiores-yields-que-serao-pagos-ainda-abril
Aulinha de JCP, vale a pena conferir:
17h06- Paula Barra
Por que a Vale pagou juros sobre capital próprio e não dividendos?
Vale anunciou na véspera que seu conselho aprovou remuneração mínima aos acionistas em 2014; primeira parcela de R$ 4,632 bilhões, ou R$ 0,89 por ação, será distribuída em 30 de abril !!!!
SÃO PAULO – O conselho de administração da Vale (VALE3; VALE5) aprovou na véspera a primeira das duas parcelas da remuneração mínima aos acionistas em 2014. O pagamento será feito na forma de juros sobre capital próprio e não como dividendos. Na prática, o investidor é remunerado nas duas formas, mas o que muda para a empresa e o acionista?
Para a empresa, distribuir via JCP é mais interessante já que essa despesa reduz a base para cálculo do Imposto de Renda a ser pago pela companhia, disse o analista Eduardo Machado, da Amaril Franklin.
No primeiro caso, a remuneração é tributada em 15% pela Receita Federal na data do depósito, enquanto no segundo, no caso de dividendos, esse é recebido integralmente pelo investidor, explica. Contudo, para se beneficiar da dedutibilidade fiscal, a companhia deve pagar juros que representem no máximo 50% dos lucros no exercício ou 50% dos lucros acumulados ou reservas de lucros.
No caso da Vale, o pagamento mínimo anunciado como remuneração aos acionistas este ano foi de US$ 4,2 bilhões, ou 34% do lucro básico da empresa referente ao exercício de 2013. O montante será distribuído em duas partes, sendo a primeira de R$ 4,632 bilhões em JCP – ou R$ 0,898904129 por ação ordinária ou preferencial – a ser paga em 30 de abril. As ações ficam “ex-juros” nesta quinta-feira, ou seja, só receberão estes juros os investidores que estavam na base acionária da Vale até 14 de abril. A conversão para os valores em reais foi feita com base na taxa do dólar Ptax (opção 5) informada pelo Banco Central em 11 de abril de 2014, de R$ 2,2059, explica a empresa.
Vale lembrar que os resultados distribuídos como JCP podem ser computados ainda para o cálculo do dividendo mínimo obrigatório devido pela companhia. Mas se o JCP não for suficiente para atender a obrigação legal, parcela de dividendos adicionais deve ser paga de forma a complementá-lo. Para evitar que o acionista seja prejudicado, como os dividendos não são tributados, o valor líquido do JCP é que será computado como dividendo obrigatório. Por exemplo, se o dividendo obrigatório for de R$ 1 por ação, o JCP distribuído deverá alcançar R$ 1,17 de forma a compensar o imposto de renda devido pelo acionista.
m.infomoney.com.br/vale/noticia/3292320/por-que-vale-pagou-juros-sobre-capital-proprio-nao-dividendos
Ações 29/11/2013 05:37
As maiores pagadoras de dividendos da última década
Ranking elaborado pela Economatica mostra desempenho de 30 empresas
Tags: ABEV3, AES Tietê, Ambev, Banco do Brasil, BBAS3, BBDC3, BBDC4, Bradesco, Bradespar, BRAP4, CCR, CCRO3, Cemig, CGAS5, CMIG3, CMIG4, COCE5, Coelce, Comgás, CRUZ3, CSN, CSNA3, ELET6, Eletrobras, GETI3, GETI4, Itaú, Itaú Unibanco, Itaúsa, ITSA4, ITUB3, ITUB4, Klabin, KLBN4, Light, LIGT3, Marcopolo, Oi, OIBR4, PETR4, Petrobras, POMO4, Sabesp, SBSP3, Souza Cruz, TBLE3, Telefônica, Tractebel, TRPL4, USIM3, USIM5, Usiminas, Vale, VALE3, VALE5, VIVT3
1. Coelce (COCE5)
Setor: geração, transmissão e distribuição de energia
Rendimento sobre dividendos em 10 anos (média): 13,64%
Retorno sobre dividendos + desempenho das ações em 10 anos: 1.254,15%
exame.abril.com.br/mercados/noticias/as-maiores-pagadoras-de-dividendos-nos-ultimos-10-anos?p=2
Caro Vilmar,
Ótimos textos. Porém, permanecei com uma dúvida sobre os JCP´s: por que o valor dos proventos é descontado do valor do ativo? O que explica isso? Qual o fundamento – legal e econômico – disso?
Att.
João
Ajuste contábil, acionista paga IRRF(imposto de renda retido na fonte), desconta da cotação, IR é de 15%.
Se fosse dividendos quem pagaria o IR seria a empresa e não o acionista, valor tb seria ajustado na cotação.
Há um velho ditado que diz “O Brasil é o país do futuro e sempre será”. O país tem uma economia muito diversificada, que está produzindo a partir de matérias-primas agrícolas para carros e aviões. As indústrias e os serviços também têm crescido muito rapidamente no país.
dividendos do Brasil
24/06/2013 às 18h37
Dividendo é importante, mas não é tudo
Em épocas de crise os dividendos entram na moda, ganham destaque. Mas cuidado, pois diversos estudos comprovam que o retorno com dividendos é apenas uma das métricas que deve ser observada para selecionar uma ação.
Frequentemente, a imprensa mostra investidores bem-sucedidos baterem no peito e declararem: “Consigo viver com meus dividendos”. Não estão mentindo. Imagine uma pessoa com uma carteira de ações de R$ 500 milhões cujo retorno com dividendos (“dividend yield”) seja de 2% ao ano. Este investidor recebe R$ 10 milhões anualmente. Qualquer ser humano (ou quase todos) conseguiria bancar suas despesas com rendimento tão polpudo. A questão não é essa, mas outra: foi um bom investimento? Se olharmos somente os dividendos, a resposta é não. Como a taxa Selic está em 8%, um título público como a LFT, com baixo risco, garantido pelo Tesouro Nacional, apresenta retorno superior ao da carteira do exitoso investidor.
O que muitos se esquecem é de que o retorno da ação é composto por dois elementos: o “dividend yield” e o ganho ou perda de capital, ou seja, a diferença entre o preço da venda da ação e o preço da compra. A desvalorização da ação pode comprometer todo o ganho obtido com os dividendos. Foi o que ocorreu com o setor elétrico em 2012. A depreciação de até 30% no preço de alguns papéis “comeu” o retorno de cerca de cinco anos de dividendos.
Não há dúvida que o retorno com dividendos é importante para a escolha de uma ação. Primeiro, o preço de ações com alto “dividend yield” tende a estar depreciado. Com isso, essas ações também devem apresentar outros múltiplos atrativos como baixo P/L (preço por lucro) e baixo P/VPA (preço por valor patrimonial por ação). Segundo, quando a administração decide pagar dividendos isto sinaliza que ela está confiante no fluxo de caixa futuro da empresa. E, por fim, como já mostramos em artigos anteriores, a fórmula do modelo de Gordon também sinaliza a importância dos dividendos, pois o preço da ação é igual aos dividendos pagos no ano seguinte divididos pela taxa de desconto menos o crescimento do lucro por ação nos próximos exercícios. Assim, quanto maiores o dividendo distribuído e a evolução do lucro por ação, maior tende a ser a cotação do papel.
Contudo, o crescimento do lucro por ação depende de investimentos produtivos que permitam à companhia aumentar sua produção. Se todo o caixa for direcionado aos dividendos, o aumento da produção ficará comprometido e, com isso, o preço da ação pode sofrer. A leitura dos investidores passa a ser a de que a administração está tendo uma visão de curto prazo ao sucatear a capacidade produtiva em benefício dos dividendos, afetando a viabilidade futura.
Essa conclusão é semelhante à do estudo “High Yield, Low Payout” publicado em agosto de 2006 por Pankaj N. Patel, Souheang Yao e Heath Barefoot, do Credit Suisse Quantitative Equity Research, e citado pela gestora Tweedy, Browne Company no relatório “What has worked in investing”. Os analistas observaram a performance das ações componentes do S&P 500 entre janeiro de 1980 e junho de 2006. Eles montaram dez carteiras baseadas no “dividend yield”, sendo a carteira 1 formada pelas ações de menor retorno com dividendos e a carteira 10 pelas de maior retorno. No período, as carteiras dos decis 8 e 9 tiveram melhor desempenho do que a carteira do decil 10, das ações com maior “dividend yield”. Para descobrir o porquê do resultado, adicionalmente, eles criaram três cestas com alto, médio e baixo “dividend yield”.
Além disso, cada categoria foi dividida em outras três: de baixo, médio e alto “payout ratio” (relação entre dividendos distribuídos e lucro do período). E, finalmente, calcularam a rentabilidade das nove cestas entre janeiro de 1990 e junho de 2006. A carteira com melhor desempenho não foi aquela com apenas alto “dividend yield”, mas aquela que combinou ações com dividendos atrativos e baixo “payout”.
Essa conclusão confirma, de forma indireta, o modelo de Gordon. Se a companhia distribui grande parte dos lucros como dividendos, o crescimento da companhia pode ficar comprometido. Assim, a empresa deve reter parte dos lucros para suportar seus investimentos, reduzindo os dividendos distribuídos, o que significa um menor “payout ratio”. A carteira com alto “dividend yield” e baixo “payout” teve a melhor performance anualizada entre todas (19,2%). Interessante notar que a carteira com alto “dividend yield” e alto “payout” teve um bom desempenho, de 11%, mas inferior ao do portfólio de baixo “dividend yield” e baixo “payout”, que apresentou retorno de 16,9%. Prova de que apenas altos dividendos não geram o melhor desempenho para as ações.
Assim, ao escolher ações para compor sua carteira, fique de olho nos dividendos. Mas esteja certo que apenas eles não garantirão o melhor desempenho para seu portfólio.
valor.com.br/valor-investe/o-estrategista/3172946/dividendo-e-importante-mas-nao-e-tudo#ixzz2XFg81bg1
O risco de escolher uma ação olhando apenas para “dividend yield”
Atualmente as empresas com a maior relação entre dividendo pago e preço da ação não apresentam um cenário tão seguro para investimento, dizem analistas
11h40 | 13-06-2013
SÃO PAULO – Investir em ações boas pagadoras de dividendos sempre foi uma alternativa interessante para quem buscava rentabilidade mesmo em período de turbulência no mercado. Entretanto, escolher esses papéis nem sempre se mostra tão simples quanto olhar quais apresentam o maior dividend yield (dividendo pago por ação dividido pelo preço da ação).
Segundo levantamento feito pela consultoria Economática, as ações preferenciais da Oi (OIBR4) aparecem no 1º lugar do ranking de maiores dividend yield estimados para 2013, com 26,6%. Entretanto, os papéis da operadora de telefonia caem cerca de 45% na bolsa no acumulado deste ano.
Parte deste movimento deve-se a desconfiança do mercado em relação à sua capacidade de manter o atual modelo de pagamento elevado de dividendos mesmo com o aumento do seu endividamento. No balanço do 1º trimestre do ano, a companhia teve queda de 67% em seu saldo de caixa em relação ao ano passado, para R$ 5,08 bilhões, enquanto a dívida líquida subiu 63%, para R$ 27,5 bilhões. Uma deterioração maior poderia forçar a Oi a vender ações ou, em caso extremo, se desfazer de suas unidades de telefonia fixa ou celular, indicam analistas.
Dividend yield não é bom indicador de investimento, diz analista.
A Oi sugeriu uma política de dividendos muito agressiva. Entretanto, a empresa tem uma dívida muito grande, um pesado plano de investimentos – em especial com o 4G – e está sendo multada a todo momento pela Aneel. “O papel cai com a descrença de que a empresa conseguirá manter esse dividend yield. É insustentável essa política. Pode ser um barco furado. É um risco muito alto manter esse ativo numa carteira que deveria ter o perfil defensivo”, afirma o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.
Dividend yield não é tudo
Por isso é preciso tomar cuidado ao escolher esses papéis. Segundo o analista Carlos Muller, da Geral Investimentos, não basta apenas o investidor olhar para o dividend yield da empresa, é importante considerar também o potencial de crescimento da geração de caixa, dado que não é relevante a empresa pagar bons dividendos se não conseguir sustentá-los.
Confira a lista estimada das seis maiores pagadoras de dividendos em 2013:
Empresas Ticker Dividend yield previsto
para 2013 (em US$)
Oi OIBR4 26,6%
AES Tietê GETI4 12,9%
Eletrobras ELET6 12,8%
Direcional DIRR3 10,4%
Cyrela CYRE3 9,4%
Cemig CMIG4 8,9%
Fonte: Economática
Elétricas: ainda não é o momento
Mesmo as elétricas, que tanto sofreram no ano passado com a Medida Provisária 579, saem da escuridão e voltam a figurar entre as maiores pagadoras de dividendos: ações das elétricas AES Tietê (GETI4) e Eletrobras (ELET6) aparecem, cada uma, com dividend yield de 12,9% e 12,8%, respectivamente.
Isso, entretanto, não sinaliza um bom momento para investir nessas empresas, disse Muller, citando em especial o caso da Eletrobras, cuja preocupação com os resultados de longo prazo ainda pesam nas análises sobre a empresa.
O que a “MP das elétricas” fez foi separar as ações mais eficientes das menos eficientes, mas a percepção de risco está muito alta. “Eu ainda estaria com um pé atrás no setor inteiro até, pelo menos, o final de 2013, pois qualquer notícia que indique que pode acontecer alguma coisa com risco sistêmico, pode ocasionar em uma queda brusca dos papeis”, afirmou Beatriz Nantes, analista da casa de research Empiricus.
Em relação à AES Tietê, o analista Pedro Galdi explica que a empresa não foi tão afetada pela MP do governo, embora tenha aceitado renovar antecipadamente suas concessões. “A empresa tem uma boa geração de energia e deve continuar entregando suas dividendos prometidos. É uma bom exemplo de alto dividend yield interessante para se manter na carteira”, disse.
A lista dos maiores dividendos ainda segue com os papéis da Direcional (DIRR3), Cyrela (CYRE3) e Cemig (CMIG4), cada uma, com dividend yield de 10,4%, 9,4% e 8,9% – como opções de distribuição de dividendos acima da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 8% ao ano.
infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/2795355/risco-escolher-uma-acao-olhando-apenas-para-dividend-yield
ESTRATÉGIA
Como montar uma carteira de dividendos para ter renda mensal
http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/2785298/como-montar-uma-carteira-dividendos-para-ter-uma-boa-renda
Muito bom! Eu uso a primeira estratégia citada (vender antes da data ex)
Conheci esse site essa semana e a linguagem é fácil e realista – adorei -.
Pena que não tenho muito tempo para navegar melhor e visualizar outras dicas, bem que poderia haver um aplicativo assim com várias dicas pro sistema Android
Vlw pela explicação!
Abraços!
Legal que gostou, volte sempre!
Abraço.
Muto bom!!!
Otima explicação sobre a remuneração!!!
Obrigado.
Legal que gostou.
Abraço.