O risco X da questão

O risco X da questão

19 de março de 2013

Parece que muitos ao tentarem ganhar rios de dinheiro no “império X” esqueceram-se deste “pequeno detalhe”, o risco!
Por que estes desligaram o bit do discernimento para surfar a onda do controlador do grupo EBX? Bem, ao que tudo indica, pensaram que ficariam ricos rapidamente crendo na receita do Eike Batista de contratar os melhores executivos e técnicos de outros grandes empresas concorrentes para suas companhias recém fundadas, boa assessoria, bons projetos, e pronto, era só colher os resultados e distribuir parte dos lucros para os seus acionistas.

Durou por algum tempo esta lua-de-mel com o mercado. As projeções eram fantásticas. FRs(fatos relevantes) pipocavam sem parar, quase sempre produzindo frenesi no mercado e alta nas cotações.
Passado o tempo, esta receita não surtiu mais efeito. Suas pré-operacionais começaram a ficar operacionais e o mercado começou a cobrar resultados. E números de produção vieram muito aquém do que estimava-se até então.
Vem ocorrendo um queda estrondosa nas cotações dos ativos X. Teve ativo que chegou na bolsa e já saiu, PortoX. CCX, mal chegou, um IPO que teve muita queda meses após sua estreia, e também já cogita-se a saída da bolsa. Há estudos do grupo para ser feita uma OPA(Oferta Pública de Aquisição).
Assim como também já se estudou a saída de LLX da BM&FBOVESPA. CCX e LLX ainda não estão operacionais.

Outra empresa do grupo que também tem sido ventilado no mercado sua possível venda de controle é a MPX. A empresa interessada é sócia da MPX, a empresa de energia alemã E.ON.

Um ponto muito importante para quem ainda está no barco X é onerar o risco e sua estratégia, assim como quem pretende entrar. Tem compensado continuar? O prejuízo será muito grande se realizado agora? Já deu este dinheiro por perdido? Vai ficar sem dormir se perder todo dinheiro aportado? Era “dinheiro de pinga”, mera aposta, e você está nem aí para o destino do grupo EBX, seu controlador e suas empresas?
Isto vale não só para o grupo EBX, mas para qualquer outro grupo ou empresa listada na bolsa e mesmo fora dela, a qual você deseja investir.

A OGXP3 já chegou valer R$23,00 em 2010 no auge da cotação do ativo, foi o seu TH (Topo Histórico). Bem próximo do valor de outra empresa que já é produtiva, entrega bons resultados e distribuem proventos aos acionistas há décadas, PETR4 (Petrobrás PN). Foi algo surreal movido apenas à pura especulação bem antes da petrolífera privada se tornar operacional.
O fundo do poço da OGXP3 foi semana passada, 13/03/2013, quando ativo atingiu a cotação de R$ 2,37, representando nos últimos 12 meses uma queda de quase -87,00 %.

As estimativas de vários analistas tem sido ruins nos últimos meses. Algo comum para empresas com cotação em queda, mas apenas é citado para ressaltar que a queda chamou bem a atenção dos profissionais.
No jornal Estadão do dia 14/03/2013, caderno de negócios, saiu matéria interessante sobre este assunto.
Veja aqui.

Uma ponta de esperança chegou no grupo recentemente para sanar problemas de caixa, o BTG do banqueiro André Esteves.

Veja também:

Até o próximo post.

4 Comments

  • Reply vilmar 9 de abril de 2014 at 13:38

    08/04/2014 às 05h00
    Oposição vai ao STF para restringir foco de CPI

    O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), disse ontem em Porto Alegre que os partidos de oposição ao governo federal vão protocolar hoje uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva para investigar as suspeitas de irregularidades na Petrobras.
    valor.com.br/politica/3509074/oposicao-vai-ao-stf-para-restringir-foco-de-cpi#ixzz2yPLsK9Oe

  • Reply Vilmar 16 de março de 2014 at 12:35


    Embora o PT seja um lixo e afeta tudo que toca, 3 ou 4(grupos que seja) gringos que mandam na bolsa(de todo planeta), que estão forçando o preço da petro e do ibov pra baixo pra chamar a atenção da sociedade na tentativa de eliminar o PT, do qual sou totalmente de acordo. Não tem ninguém de fato se desfazendo de petro, é só o tal “venda de zé pra zé”, e de fato não sabemos o plano desses caras aonde levarão a cotação. Aos minoritários, no entanto, tenham sangue frio, pois a coisa mais certa é que petr está de graça. Lembrem-se: vpa 2008 13,00 cotação 62,00, vpa 2014 27,00 cotação 12,00 ?????????????????

    ótimo, qto pior melhor, que quebre o brasil, os acéfalos bolsas esmolistas vão sofrer mais, porém aprenderão a lição que era melhor ter aprendido pescar do que ter ganho o peixe de graça, demorou!!
    que venha o default.
    kkkkkkkk
    #XôPT

  • Reply Vilmar 16 de abril de 2013 at 19:38

    OGX PETRÓLEO E GÁS PARTICIPAÇÕES S.A.
    CNPJ/MF: 07.957.093/0001-96
    Companhia Aberta – BOVESPA: OGXP3

    – OGX anuncia produção mensal de óleo e gás natural em março de 2013 –
    Rio de Janeiro, 16 de abril de 2013 – A OGX Petróleo e Gás Participações S.A. (“OGX”) (Bovespa: OGXP3;

    OTC: OGXPY.PK), empresa brasileira de óleo e gás natural responsável pela maior campanha exploratória
    privada no Brasil, comunica ao mercado que a produção de óleo e gás natural, em março de 2013, atingiu
    média de 15,1 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd). Desse total, 8,3 mil boepd corresponde à
    produção média offshore, no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos e 6,8 mil boepd (1,1 milhão m
    3
    por dia) corresponde à parcela da OGX na produção média terrestre de gás natural, no Campo de Gavião
    Real, na Bacia do Parnaíba. A produção total offshore foi de 256.743 barris de óleo equivalente e a
    produção total terrestre foi de 72,3 milhões m
    3
    de gás natural.
    Produção Offshore
    A produção no Campo de Tubarão Azul foi impactada por alguns fatores nos poços produtores, tais como:
    (i) OGX-68HP: danos na bomba centrífuga submersa (BCS) devido a problemas operacionais ocasionando o
    superaquecimento da mesma. O incidente causou parada de 15 dias no poço no mês de março;
    (ii) TBAZ-1HP: instabilidade na geração elétrica do OSX-1 resultou em intermitência de funcionamento e
    danos à BCS. O incidente causou parada de 11 dias no poço no mês de março;
    (iii) OGX-26HP: por motivo de segurança, dada a instabilidade de geração elétrica no OSX-1, o poço ficou
    parado por 2 dias no mês de março. Após o pleno restabelecimento de geração de energia, o mesmo voltou
    a produzir normalmente.
    Para efetuar o reparo da BCS do poço OGX-68HP, será necessária uma intervenção de aproximadamente
    um mês, que fora iniciada em meados de abril e deverá ser concluída em meados de maio. Já a intervenção
    no poço TBAZ-1HP deverá ocorrer em seguida aos trabalhos no poço OGX-68HP. Ambos os poços
    continuarão com sua produção interrompida até o reparo das respectivas BCSs.Considerando os dias efetivos de produção dos três poços conectados ao FPSO OSX-1 ao longo de março, a
    produtividade média offshore por poço ficou em 3,9 mil barris de óleo equivalente por dia.
    Produção Terrestre
    A produção média total no Campo de Gavião Real foi de 2,3 milhões m³ por dia (1,1 milhão m³ líquidos para
    a OGX), contando com duas turbinas da Usina Termelétrica Parnaíba I operando ao longo do mês inteiro e
    uma terceira turbina, que foi sincronizada ao Sistema Interligado Nacional em 16 de março.SOBRE A OGX
    Focada na exploração e produção de petróleo e gás natural, a OGX Petróleo e Gás SA é responsável pela
    maior campanha exploratória privada no Brasil. A OGX possui um portfólio diversificado e de alto potencial,
    composto por 26 blocos exploratórios no Brasil, nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-
    Maranhão e Parnaíba, e 5 blocos exploratórios na Colômbia, nas Bacias de Cesar-Ranchería e Vale Inferior
    do Madalena. A área total de extensão dos blocos é de 4.600 km² em mar e cerca de 36.700 km² em terra,
    sendo 24.500 km² no Brasil e 12.200 km² na Colômbia. Além de contar com um quadro de profissionais
    altamente qualificados, a companhia possui sólida posição financeira, com cerca de US$1,7 bilhão (em
    dezembro de 2012) para investimentos em exploração, produção e novos negócios. Em junho de 2008, a
    empresa captou recursos na ordem de R$ 6,7 bilhões em sua oferta pública de ações, no maior IPO da
    história da Bovespa até então. A OGX é parte do Grupo EBX, conglomerado industrial fundado e liderado
    pelo empresário brasileiro Eike Batista, que possui um comprovado histórico de sucesso no
    desenvolvimento de novos empreendimentos nos setores de recursos naturais e infraestrutura. Para mais
    informações visite o site: http://www.ogx.com.br/ri
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    detentores de ações uma revisão das afirmações ou análise das diferenças entre as afirmações e os
    resultados reais. Cada investidor deve fazer sua própria avaliação, incluindo os riscos associados, pra
    tomada de decisão de investimento.
    …..
    http://siteempresas.bovespa.com.br/consbov/ArquivoComCabecalho.asp?motivo=&protocolo=376046&funcao=visualizar&Site=C

  • Reply Vilmar 22 de março de 2013 at 10:14

    Como seria o Ibovespa se as ações de Eike Batista fossem excluídas do índice?
    Índice, que caiu 7,5% em 2013 até terça-feira (19), estaria com perdas de 5,27% caso OGX, MMX e LLX não participassem do índice, segundo cálculos da Economática

    Por Felipe Moreno |13h41 | 21-03-2013

    SÃO PAULO – As ações de empresas pertencentes ao megaempresário Eike Batista presentes no Ibovespa estão entre as maiores quedas do Ibovespa em 2013. Até o fechamento de terça-feira (19), a OGX Petróleo (OGXP3) liderava as perdas do índice no ano, com recuo por volta dos 40%, enquanto a MMX Mineração (MMXM3) era a terceira colocada, com perdas de aproximadamente 35%. A outra ação, a LLX Logística (LLXL3) apresentava perdas mais leves, de 8%.
    As três são empresas com peso relativamente grande no principal índice da bolsa brasileira, colaborando para que a queda anual, que, no fechamento da última terça-feira (19), chegava a 7,53%. Na carteira dos quatro primeiros meses do ano, a OGX era a terceira empresa com maior peso, sendo responsável por 5,019% do índice, enquanto a MMX tinha 1,195% do índice e a LLX 0,608%, um total de 6,822%.
    Por conta dessa representação, esses três ativos representam 2,26 pontos percentuais da queda do Ibovespa no ano até aquela data, de acordo com cálculos feitos por Einar Rivero, da Economatica. Assim sendo, sem as empresas do megaempresário Eike Batista, o principal índice da bolsa brasileira estaria em queda de 5,27%.

    Desempenho do índice seria melhor sem as empresas do Eike, mostram cálculos (Reprodução)
    Esse é sem dúvida um resultado ruim frente os índices estrangeiros, que em sua maioria estão no positivo em 2013. Clodoir Vieira, analista-chefe da Souza Barros, acredita que esse número mostra o peso de Eike Batista na bolsa brasileiro, algo que não tem sido positivo, dado que suas empresas não tem entregado os resultados prometidos. “Embora essa diferença pareça pequena agora, imagina isso em longo prazo? A diferença de rendimento iria ser enorme”, avalia.
    Analista defende exclusão de empresas do índice
    Ele lembra que olhando para o ano passado, já dá para entender os efeitos dessas ações. Em 2012, a OGX teve queda de 67,84%, a MMX recuou 32,94% e a LLX desvalorizou em 28,78%, mas isso não significa que suas participações no índice foram reduzidas por conta disso: a petrolífera entre os últimos quatro meses do ano passado e os primeiros quatro deste praticamente não perdeu participação no índice.
    A resposta está no aumento de volume negociado pelas ações da empresa, a principal condição para inclusão ou exclusão do índice. “Além da liquidez, deveriam haver restrições em relação as receitas da companhia”, afirma o analista, lembrando que não há nada pessoal contra o Eike Batista, salientando que empresas como a HRT Petróleo (HRTP3) – outra empresa pré-operacional de petróleo – também não poderia fazer parte do índice.
    Essa medida transformaria a bolsa nacional em um ambiente de maior reflexo da própria economia nacional e não um lugar para grandes apostas e especulações sobre projetos ainda no papel. “Acho que a Bovespa deveria retirar os papéis pré-operacionais do índice, que deveria representar o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. E como as empresas do Eike contribuem para o PIB, se não possuem produção?”, afirma.
    A volatilidade que elas possuem é prejudicial para todo o índice, explica Vieira. Como essas empresas possuem um cenário muito mais incerto do que empresas que já obteram estabilidade ao longo de sua vida econômica, qualquer notícia negativa ou positiva movimenta as ações de forma muito mais forte. E como o peso é grande, o analista salienta que muitas vezes essas empresas contribuem para variações muito significativas no índice, ao longo de um período.
    Mudança de metodologia é necessária
    Ele destaca que uma possível mudança de metodologia não poderia ser restringir a exclusão dessas empresas. Algo precisa ser feito também para evitar o grande peso que outras empresas possuem, como Petrobras (PETR3; PETR4), Vale (VALE3; VALE5), Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4). “Juntas, as cinco empresas de maior peso representam 33% do índice. E se algo ocorrer com elas, nada segura o índice!”, diz, alertando que elas são basicamente de dois setores: commodities e bancos.
    Embora essas quatro sejam, ao contrário da OGX, bastante significativas para o PIB, pressões isoladas podem ocorrer em cada setor ou empresa sem que a atividade econômica desande por conta disso. Todos os quatro ativos estiveram pressionados no passado e neste por motivos variados – como piora nos resultados -, sem que isso, necessariamente, se transformasse em recessão. Quem olhasse para o índice, porém, veria um movimento fraco, a despeito da forte movimentação positiva de outros pesos pesados, como Ambev (AMBV4) e Pão de Açúcar (PCAR4).
    A metodologia do índice – sem alterações desde a adoção do índice em 1967 -, acredita Vieira, portanto, precisa ser mudada ou continuaremos a ver concentrações “injustas”: é a mesma que permitiu que a Telebras (TELB3; TELB4) representasse metade do Ibovespa na década de 1980. “Certamente a Bovespa deveria mudar a forma como o índice é calculado para evitar essa distorção, deveria-se fazer um estudo para reduzir isso”, termina.
    Alternativa é usar modelo de valor de mercado
    Quem já fez um estudo sobre o assunto foi Daniel Resende, diretor do site Comparação de Fundos. Em artigo escrito em fevereiro e intitulado “Como seria o Ibovespa se não houvesse tanta especulação?”, Resende salienta que o ideal seria usar uma metodologia que desse mais espaço para as empresas de maior valor de mercado, o que aumentaria drasticamente o tamanho da Ambev no índice.
    Algumas empresas fortemente negociadas mas relativamente pequenas perto das gigantes da bolsa como PDG Realty (PDGR3) e a própria OGX, perderiam espaço – enquanto os bancos e a Petrobras ganhariam espaço. “A proposta atual do Ibovespa é medir o humor do mercado e não necessariamente o desempenho das melhores empresas negociadas em bolsa. O problema é que esse índice passou a ser referência de desempenho da BM&FBovespa e é muito difícil romper com esse padrão”, avalia.
    A nova metodologia seria muito positiva para quem aplica em fundos passivos – que atualmente são muito expostos às empresas “X” que com a grande volatilidade e o nervosismo do mercado, conseguem ser cada vez mais negociadas e mais relevantes para o índice. Isso também fortaleceria a posição de empresas que atraem um perfil de investidor mais tranquilo, com menos giro das ações, como a mencionada Ambev.

    http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/2706006/como-seria-ibovespa-acoes-eike-batista-fossem-excluidas-indice

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