Alguns Desatrativos de Morar em Santos e Região.
Convidados, Geral

Alguns Desatrativos de Morar em Santos e Região.

4 de junho de 2013

Caros amigos e colegas,

Não sou muito de escrever, mas em nossa atual situação sócio-econômica resolvi dissertar alguns tópicos sobre Santos e região.

  1. Primeiro ponto a ser destacado nada mais nada menos que é o preço do pão francês que estão cada vez mais caros, vejam essa matéria:
    http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/07/preco-do-pao-deve-sofrer-reajuste-na-baixada-santista-apos-alta-do-dolar.html
  2. Segundo ponto é o valor de nossa cesta básica, para continuar falando sobre alimentação. Segundo levantamento do Departamento de Orçamento e Gestão (Deorg) da Prefeitura de Santos apontou que a cesta básica subiu entre janeiro e maio deste ano 8,8%, passando de uma média de R$ 184,32, para R$ 200,63, consumindo pelo menos 48,35% do valor do salário mínimo. Os produtos que tiveram maior alta foram o arroz, a farinha de trigo, o óleo e a manteiga. Somente o arroz teve um aumento de 32%.
    Na cidade de Guarujá, estudo mensal do Núcleo de Pesquisas Fernando Eduardo Lee, da Unaerp Jr, apontou que o valor médio da cesta básica foi R$ 260,16, no mês de maio de 2008, um  acréscimo de 3,62%, em relação a abril, que foi de 251,08. Contudo, a cesta básica de Guarujá consumiu em junho 62,68% do salário mínimo.
    Conforme o instituto, a cesta básica média de Guarujá é inferior à da Grande São Paulo, em 8,71%, que foi de R$ 284,98, em maio. O Núcleo considerou para a base dos cálculos a lista de produtos da cesta básica do convênio PROCON/DIEESE, com o total de 31 itens, sendo 22 de alimentação; 4 de limpeza doméstica e 5 de produtos de higiene.
    Já a pesquisa nacional da cesta básica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), realizada no mês de junho apontou que as famílias da Capital paulista pagaram R$ 245,24 na cesta básica. O valor corresponde a 59,09% do salário mínimo de R$ 415.
    O professor Reinaldo Clementino explicou que da relação horas trabalhadas para pagar a cesta básica, tira-se o custo real para o consumidor. Então, com base nesse cálculo, no mês de maio, o guarujaense teve que trabalhar 137 horas para comprar a cesta básica, o santista, cerca de 106 horas e o paulistano 130 horas.
  3. Terceiro ponto é o valor da passagem de ônibus. A cidade de São Paulo é cinco vezes maior que Santos em extensão territorial, são 1.525 Km². Santos tem 271 km². A população da Capital paulista é 26 vezes maior que a da cidade pólo da Região Metropolitana da Baixada Santista. São aproximadamente 10 milhões de habitantes contra pouco mais de 418 mil, respectivamente.
    Em São Paulo, uma média mensal de 222 milhões de pessoas utiliza o ônibus como meio de transporte. Esse universo de passageiros lotaria aproximadamente 2.400 Maracanãs. A cidade que é a maior do país em extensão territorial dispõe de uma frota de mais de 15 mil circulares, distribuída em 978 linhas municipais.
    No entanto, a tarifa de ônibus da Capital paulista (R$ 3,20) é apenas R$ 0,30 maior do que a tarifa do municipal de  Santos (R$ 2,90) que ainda não sofreu reajuste e menor ao valor das linhas intermunicipais de Santos/São Vicente (R$3,55 a R$4,05) sendo utilizada pela maior parte da população que reside em São vicente/ Praia Grande/ Cubatão.
    Em Santos, o transporte coletivo municipal tem uma média de quatro milhões de usuários por mês e conta com uma frota de 305 ônibus que atendem 40 linhas. Na análise do professor Reinaldo Clementino o transporte per capta é mais caro na Baixada Santista considerando as distâncias percorridas no perímetro do Município. “O preço da condução está muito mais elevado na Região do que na Capital. Aqui, o passageiro paga mais quando anda menos na Região. O custo-benefício é menor na Região”.
    Em São Paulo, a demanda compensa os gastos das empresas. A assessoria de imprensa da São Paulo Transportes S/A (Sptrans), empresa que gerencia o sistema de transporte coletivo urbano na Capital paulista, disse que o valor da tarifa é calculado sobre o custo total do sistema.
    Conforme a última planilha fechada pela Sptrans, no mês de fevereiro, o sistema obteve receita de mais de R$ 289 milhões, contra uma despesa de cerca de R$ 321 milhões. Além da receita do sistema, a Prefeitura de São Paulo repassa cerca de R$ 39,4 milhões à Sptrans para cobrir os gastos provenientes da gratuidade para idosos e passageiros portadores de necessidades especiais. Somando o aporte da Prefeitura, no mês de fevereiro, a receita da companhia superou a despesa em R$ 7 milhões.
    Já a Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET-Santos), que gerencia o sistema municipal de transporte coletivo urbano, informou, que a tarifa é definida considerando todos os custos de manutenção do sistema. As despesas oriundas da gratuidade para pessoas com mais de 60 anos e portadores de deficiência estão incluídas no preço da tarifa, juntamente com os insumos.
  4. Quarto ponto é o mercado imobiliário, segundo uma pesquisa do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci SP) aponta que a procura por imóveis usados na Baixada Santista foi maior que a procura na Capital. De acordo com o estudo, as vendas de apartamentos usados aumentaram RS 13,92% na Região. Já na Capital, a procura caiu RS 13,01%. Na Baixada os apartamentos mais procurados estão na faixa de R$ 100 mil, o equivalente a 61,95%. Na Capital, os mais procurados estão na faixa de R$ 120 mil — 50,91%. Para locação, tanto na Baixada quanto na Capital a maior procura foi por imóveis com aluguel na faixa de R$ 600. Na Baixada a procura correspondeu em maio a 62,58% e em São Paulo, 54,55%.
    Na Região, a procura por apartamentos alugados em maio subiu 7,87% em relação a abril. Já na Capital, a procura caiu 19,23%. Para o professor Reinaldo Clementino, a qualidade de vida e a expansão dos negócios da Petrobrás abrindo caminho para o desenvolvimento econômico da Região têm atraído moradores para o Litoral, embora ressalve que o mercado imobiliário é bastante especulativo. E salientando que o verdadeiro “boom” da Petrobrás será para 2017.
    Mas, o economista ressalta que os moradores das cidades da Baixada Santista ainda podem encontrar preços baixos, desde que pesquisem e comparem antes de fazer as compras, pois dessa forma, o custo de vida não sairá tão alto no fim do mês. “Principalmente em relação aos alimentos, o consumidor deve procurar comprar frutas da época, por exemplo, que são mais baratas”. O que é uma inverdade hoje principalmente comparado aos baixos salários da população residente na baixada santista, que não são como aos bons salários de uma grande parte dos paulistanos.

Por enquanto, seguem esses quatro pontos de vista, ou tópicos falando um pouco de Santos e região hoje em dia. Mas mais para frente escreverei novos tópicos, espero que seja util para vocês.

Um forte abraço!

Elienaldo Santos (morador da região de Santos)

Para quem interessar, leia também:

Alguns atrativos de morar em Santos e região

Algumas desvantagens de morar em São Paulo e Região Metropolitana

Atenciosamente,

Equipe do blog.

9 Comments

  • Reply AdminBro 14 de agosto de 2017 at 16:38

    Esta é a melhor cidade do Brasil para envelhecer
    Estudo usou uma metodologia inédita, com o cruzamento de 63 indicadores divididos em sete variáveis
    Publicado em 18 mar 2017, 12h04

    Santos – As caminhadas à beira-mar, nas primeiras horas da manhã, são sagradas para Maria do Rosário Evangelista, de 76 anos.

    “O céu ainda está clareando e já estou na praia”, comenta a aposentada, que nasceu em Coronel Xavier Chaves, na região de São João Del Rei – a 174 quilômetros de Belo Horizonte (MG) -, e mora em Santos, no litoral sul paulista, desde 1997.

    Maria conheceu o município paulista muito tempo antes de deixar para trás a terra natal. “Toda vida gostei daqui”, diz. Ela faz parte de uma população que encontrou na Baixada Santista muitas qualidades para uma vida saudável.

    Andar na praia é certamente a atividade mais praticada, mas outros detalhes atraem cada vez mais a atenção de mulheres e homens, representantes da geração sênior – ou a terceira idade -, que busca bem-estar.

    Atualmente, entre os 434.359 habitantes de Santos, 80.353 têm mais de 60 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Muitos, a exemplo de Maria do Rosário, decidiram carregar “mala e cuia” para aproveitar o que a cidade oferece.

    O Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) – iniciativa do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP) – considerou Santos a melhor cidade no Brasil para se viver após os 60 anos.

    Florianópolis, Porto Alegre, Niterói, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Jundiaí, Americana, Vitória e Campinas também estão na lista.

    O estudo usou uma metodologia inédita, com o cruzamento de 63 indicadores divididos em sete variáveis (indicadores gerais, cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e trabalho, cultura e engajamento), de 498 cidades brasileiras de grande e pequeno porte, avaliando até o clima.

    O trabalho durou 14 meses, de julho de 2015 a setembro de 2016. “Um dos principais objetivos da pesquisa é mostrar ao gestor público que a cidade tem qualidades, mas também pode melhorar em muitos aspectos”, explica Antônio Leitão, gerente do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.

    Santos teve destaque na economia por apresentar um pequeno porcentual da população com baixa renda, também pela elevada nota em cultura e engajamento e por ser uma das cinco com melhor nota em bem-estar.

    “O fato de Santos liderar o ranking não significa que a cidade não tem problemas”, afirma Leitão. “A desigualdade na distribuição de renda é um fator que merece atenção. E, uma vez que o município é líder no índice de envelhecimento, é necessário ampliar a oferta de condomínios residenciais para idosos”, diz o gerente.

    Três rankings foram elaborados. Um para o envelhecimento da população em geral, outro para pessoas com idade entre 60 e 75 anos e o terceiro para aquelas acima de 75 anos.

    Para Ana Bianca Flores Ciarlini, coordenadora de Políticas da Pessoa Idosa da Prefeitura de Santos, não é surpresa que a cidade esteja no topo dessa lista, mas sim fruto de um trabalho voltado especificamente para essa população. “Nós temos diversos programas e ações instaladas em várias secretarias, centros de convivência com atividades ao longo de todo o dia e o Espaço do Idoso, onde oferecemos 30 modalidades. O atendimento foi ampliado neste mês e passamos a receber mil pessoas diariamente”, diz a coordenadora.

    A base, explica Ana Bianca, é o conceito do envelhecimento ativo. “Abrimos vagas para cursos de educação financeira, fotografia, arteterapia e outras disciplinas. A cidade mantém atividades esportivas na praia, principalmente na água, e também nos postos dos bombeiros ao longo da orla. E estamos elaborado uma pesquisa sobre o trabalho de mindfulness (técnica de meditação).”

    Paisagem da praia de Santos, em Sao Paulo (cifotart/Thinkstock)
    Opções

    Qualidade de vida nem sempre precisa estar diretamente ligada ao que você gasta, ou investe, para manter um bom padrão de vida.

    Para a aposentada Mariza Pereira de Castro, de 72 anos, que nasceu em Santos e trabalha como auxiliar de secretaria na Universidade Santa Cecília (Unisanta), tirar o máximo proveito dos equipamentos públicos é uma forma inteligente de usufruir o que a cidade oferece sem pagar mais por isso.

    “Aqui tem muita coisa grátis que podemos aproveitar, como shows na Concha Acústica, apresentação de chorinho em frente ao Aquário Municipal, exposições e apresentações na Pinacoteca Benedito Calixto e o cinema do Posto 4. Penso que existem muitas oportunidades para diversão sem gasto”, afirma.

    Já o motorista aposentado Paulo Deolindo Apolinário, de 74 anos, destaca os serviços de saúde e transporte. Após deixar ainda jovem o município de Luisiânia, no interior paulista, onde nasceu, e trabalhar a maior parte da vida em São Paulo, ele foi convencido pelos filhos a morar na praia. “Cheguei em Santos há seis anos e não penso em sair daqui.”

    A rotina diária de Apolinário é agitada. “Ir somente à praia enjoa, então, eu participo de todas as atividades que a Prefeitura fornece. Faço exercícios, danço, sou voluntário em projetos municipais, vou muito aos clubes, principalmente ao Rebouças e ao Espaço do Idoso”, diz.

    “Só falta aqui um espaço maior para bailes, para quem gosta de dançar.” Ele elogia o transporte público e os serviços de saúde. “Uso tudo público.”As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    http://exame.abril.com.br/brasil/esta-e-a-melhor-cidade-do-brasil-para-envelhecer/

  • Reply Vilmar 11 de fevereiro de 2016 at 11:18

    As 10 cidades mais desenvolvidas do Brasil

    http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/consumo/noticia/4597611/cidades-mais-desenvolvidas-brasil

  • Reply Vilmar 14 de novembro de 2014 at 18:23

    Ranking | Maiores e melhores cidades Brasil 2014
    http://americaeconomiabrasil.com.br/rankings/maiores-e-melhores-cidades-brasil-2014/ranking/

    Santos na liderança!!!!

  • Reply Vilmar 22 de agosto de 2014 at 18:26

    Comparativo para demonstrar como é caro morar em Santos/SP:


    – FRANKFURT (ALEMANHA) x SANTOS-SP – a quantia em euros referente a R$ 300 mil vale um apartamento de 151 metros quadrados em Frankfurt, a capital financeira da Alemanha, cidade que recuperou magnificamente sua área histórica destruída durante a II Guerra Mundial e ergueu, também, um moderníssimo centro de negócios — ou um beeem mais apertado e em pior estado em Santos, no congestionado litoral sul paulista:

    veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tema-livre/blog-expoe-a-espantosa-bolha-imobiliaria-brasileira-comparando-nossos-precos-com-os-de-outros-paises/

    • Reply Vilmar 22 de agosto de 2014 at 18:28

      Outro comentário retirado do mesmo link acima:

      Sonia Regina – 27/05/2014 às 20:17

      Boa noite Sr. Setti
      Bem oportuna essa matéria. Na cidade de Santos/SP que sempre teve os preços salgados, depois que propagaram o tal do pré-sal, os preços foram nas alturas e depois de um tempo sem quase placas de vende-s, hoje, já começam se espalhar e os proprietários aumentam os valores todo mês, achando que a coisa vai melhorar e poderão lucrar muito. Não é mais a lei da oferta e procura, é a lei dos que podem aguentar mais.
      Só o tempo pode dizer onde tudo isso vai parar.
      Parabéns por colocar matérias de nosso dia-a-dia para que possamos nos expressar.

  • Reply Vilmar 19 de novembro de 2013 at 14:10

    Pré-sal criou apenas expectativa no mercado imobiliário
    Venda de imóveis já apresenta queda na Baixada Santista
    13 de novembro de 2013 | 16h 26

    http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,pre-sal-criou-apenas-expectativa-no-mercado-imoboliario,170074,0.htm

  • Reply Vilmar 21 de junho de 2013 at 00:01

    Vale a pena conferir:

    http://defendaseudinheiro.com.br/video-o-paradoxo-da-espera-do-onibus/

  • Reply Vilmar 4 de junho de 2013 at 14:28

    Ótimo relato!
    Valeu pelo post.
    Abraço

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