‘Especulação Imobiliária’ Articles at Defenda Seu Dinheiro

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    Filmes

    Uma nobre intenção – filme 2015

    29 de maio de 2017

    Uma nobre intenção. Dramalhaço sobre especulação imobiliária, progresso, pobreza, solidariedade, imigração, etc. …Se passa na Holanda do fim do século XIX.

    Cinema de primeira qualidade.

    Sinopse:

    115 minutos
    Em 1888, um obstinado fabricante de violinos de Amsterdã se vê envolto em perigo e tragédia após desafiar empresários que ameaçam sua comunidade.

    Estreia Mundial:
    2015

    Elenco de Uma Nobre Intenção
    Gijs Scholten van Aschat Vedder
    Jacob Derwig Anijs
    Rifka Lodeizen Martha
    Houk van Warmerdam Sieger
    John Leddy Mr. Carstens

    filmow.com/uma-nobre-intencao-t216124
    publieke-werken

    Até o próximo post.

    Filmes

    Aquarius – Filme 2016

    23 de janeiro de 2017

    Ótimo filme sobre especulação imobiliária em um dos seus níveis mais torpe: passar por cima de quem for preciso para atingir os objetivos das construtoras. O filme tem todo um caráter econômico, social e político.

    Cinema de alta qualidade. Não deixe de assistir!

    aquarius-filme-2016

    Sinopse:

    A trama segue Clara (Sônia Braga), jornalista e crítica de música, viúva, última moradora do Aquarius, edifício antigo na valorizada orla da praia da Boa Viagem, Recife. Personificada no engenheiro Diego (Humberto Carrão), que quer derrubar o Aquarius, a especulação imobiliária é o pesadelo que assombra os dias e as solitárias noites de Clara. Clara tem 65 anos, jornalista aposentada, viúva e mãe de 3 adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem, Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio neste local, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do prédio, menos o de Clara. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, ela sofre todo tipo de assédio e ameaça para que mude de ideia.
    omelete.uol.com.br/filmes/criticas/aquarius-1

    Até mais.

    Convidados, Geral

    O oxigênio da bolha imobiliária brasileira, parte 3

    4 de agosto de 2015

    Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

    Mais uma vez este texto será dividido, para garantir alto volume de evidências sem que se torne ainda mais extenso. Na parte 4 constará o item “desinformação”.

    ESPECULAÇÃO EM VOLUME ANORMAL?

    Por que é requisito de toda bolha imobiliária que tenhamos investidores / especuladores muito acima do normal? Porque ajuda a simular demanda aquecida fazendo com que preço dispare, quando na realidade é uma transferência de estoque para revendedor ou locador.

    Analogia com outras bolhas imobiliárias: nos EUA a especulação se moveu por crescimento superior da economia via consumo interno inflado por juros em mínima histórica que incentivava compra de imóveis. Na Espanha com entrada no Euro e queda nos juros, especulação se deu pela crença de maior crescimento na economia e turismo. Na China  o Governo manteve juros baixos graças a QE EUA, incentivando criação de cidades-fantasmas para suprir o “déficit habitacional” e o crescimento pujante da economia. E no Brasil?

    Em 2007 o Brasil foi escolhido para sediar copa do Mundo de 2014 com fortíssima especulação sobre valorização dos imóveis pela melhoria nas cidades-sede. Treze construtoras tinham feito abertura de Capital e iniciado alto volume de construções, com SELIC em menor patamar em 10 anos estimulando imóveis como opção melhor que aplicações financeiras e promessa de corretores de que o déficit habitacional “garantiria” alta demanda por imóveis por vários anos.

    A partir de 2008 especuladores foram atraídos pelo alto volume de vendas na planta, grande parte que seria cancelada na entrega (venda falsa, ver parte 2), aliada a uma ameaça do segmento imobiliário de que se famílias não comprassem naquele momento não conseguiriam depois, porque imóvel subiria mais do que tudo e propaganda maciça prometendo ganhos com imóveis na ordem de 30% ao ano. Criado índice de preços ANUNCIADOS FIPE Zap, facilmente manipulável: no primeiro ano já apresentou crescimento de mais de 40% nos preços dos imóveis, com gráficos para demonstrar que crescia mais que aplicações financeiras.

    Em 2.009 o Governo criou o “Minha Casa Minha Vida” (MCMV), com subsídios de até R$ 25 mil, que foram “incorporados” nos preços dos imóveis, graças a juros muito baixos, prazo de pagamento de até 30 anos (estendidos mais tarde para 35 anos) e facilidades para comprovação de renda, com isto, a parcela do financiamento cabia no bolso e ninguém se preocupava com o preço final que subia. A CEF com o MCMV faixa 1 ajudou a estimular demanda e preços com Governo arcando com mais de 20% de inadimplência depois de alguns anos , ou seja, mais uma demanda insustentável para “aquecer” o mercado de forma artificial.

    Vendedores de usados, vendo preços do MCMV, aumentaram mais o preço de seus imóveis, com efeitos em cascata. Promessas de super valorização de imóveis em cidades com obras relevantes da Petrobrás para atender ao pré-sal e outras ampliações. Investidores em imóveis na planta, empolgados, passaram a representar cerca de 40% de todos os compradores de imóveis novos (em alguns empreendimentos, 100% de vendas para investidores).

    Quais as consequências do que consta acima? A partir do segundo semestre de 2012, com muitos distratos, redução nas vendas e muitos imóveis entregues para investidores, veio a super oferta e algumas construtoras iniciaram promoções que inviabilizaram repasse do ágio para parte dos especuladores, gerando redução de preços em algumas localidades. Exemplos:

    Post 41 imagem 1 - meses estoque imóveis novos

    Post 41 imagem 2 - preços prometidos e reais DFA queda de preços levou o investimento em imóveis a ficar inviável em alguns casos:

    http://www.reclameaqui.com.br/6767862/joao-fortes-engenharia-s-a/distrato/

    Trecho do link acima, de 2013 sobre Brasília: “A própria João Fortes lançou um novo empreendimento do mesmo porte que o meu 30% mais barato.”

    http://www.reclameaqui.com.br/11562454/mrv-engenharia/desvalorizacao

    Trecho do link acima, de janeiro/2015 sobre Brasília: “… e com isso o meu saldo devedor, mais o que já paguei, se tornam um montante maior do que a MRV oferece.”

    Post 41 imagem 3 - oferta imóveis usados no DF

    Algumas referências sobre a cidade de São Paulo:

    Post 41 imagem 4 - estoque e preços São Paulo 2013

    E como tem sido a evolução da oferta de imóveis versus sua demanda?

    Post 41 imagem 5 - superoferta e preços imóveis São Paulo 2015

    A queda de preços tornou o ágio inviável para alguns investidores, que cancelaram negócios:

    http://www.reclameaqui.com.br/6228471/even-construtora-e-incorporadora-s-a/nao-compre-imovel-com-a-even-construtora-villagio-nova-carr/

    Trecho do link acima, de 2013 em São Paulo: “Atualização de Preço do Imóvel para Revenda segundo Extrato que de Pagtos fornecidos pelo site da Even R$ 324.000,00. Preço atual praticado por seus corretores em tabela promocional R$ 295.200,00.”

    http://www.reclameaqui.com.br/13686842/odebrecht-realizacoes-imobiliarias/negociacao-de-distrato-sem-resposta/

    Trecho do link acima, de 6/julho/2015 em São Paulo: “Se eu continuar, estarei pagando quase 800 mil em um imóvel que a própria OR está vendendo hoje por 500 e pouco.”

    Exemplos de mais algumas cidades:Post 41 imagem 6 - mercado imobiliário em SJC

    Post 41 imagem 7 - mercado imobiliário em Curitiba

    Algumas evidências de investimentos que se tornaram inviáveis em SJC e Curitiba, em 2013:

    http://www.reclameaqui.com.br/6948247/alphaville-urbanismo/alphaville-sao-jose-dos-campos/

    Trecho do link acima, de SJC em 2013: “O alphaville Sao Jose dos Campos me vendeu lotes por 720,00 o metro. Mas “queima”lotes ate hoje por 650,00 o metro. O Lancamento foi em Outubro de 2011 …se colocamos a inflacao deveria estar no minimo a 740 o metro.”

    http://www.reclameaqui.com.br/7003019/pdg-incorporacoes/distrato-village-parana-unidade-1003/

    Trecho do link acima, de Curitiba em 2013: “Entre alguns motivos é que estão ofertando o mesmo Apartamento por R$ 179.000,00 quando pagarei em torno de R$ 206.067,92…”

    Post 41 imagem 10 - preços de imóveis em Itaquera

    E as promessas de super-valorização de imóveis nas cidades com investimentos da Petrobrás?

    Post 41 imagem 11 - preços de imóveis cidades do petróleo

    O Núcleo Real Estate (NRE) da Poli/USP publicou um relatório em dezembro/2013 fazendo um resumo do mercado imobiliário naquele ano e já desde aquela época ressaltando super-oferta em algumas cidades que levariam a queda de preços, incluindo parte das cidades que tiveram esta situação evidenciada acima e mais Manaus e Vitória.

    Previsão recente da Fitch, agência de avaliação de riscos que analisa resultados das construtoras no Brasil: o Rio de Janeiro deverá ter queda nos preços de imóveis variando de 20% a 55% e em outras cidades, com quedas de 15% a 50%. A própria Fitch também apontou em relatório a situação anormal dos distratos que já havia passado de R$ 6 bilhões em 2.014 e tende a superar R$ 7 bilhões em 2015, com proporção entre estoque e vendas que dobrou de 2010 a 2014, o que pressiona as construtoras nas reduções de preços.

    O que foi colocado neste texto é uma pequena amostra de como a super-oferta combinada com redução de preços dos imóveis já é uma realidade desde 2013 e vem se agravando, fazendo com que cada vez mais a especulação se torne inviável e isto seja perceptível para os investidores em imóveis. Há ainda uma questão, relacionada a renda de imóvel alugado:

    A promessa do segmento imobiliário para quem compra imóvel para alugar, é de que teria um “duplo ganho”, com rentabilidade do aluguel superior a aplicações financeiras e com imóvel que valorizaria acima da inflação e das aplicações financeiras. Como tem sido a realidade?

    Pesquisas apontam que o rendimento médio do aluguel de imóveis em 2014 (preço cobrado de aluguel dividido pelo preço de venda) tinha sido de 0,40% (sem descontar impostos). Se descontarmos imposto de renda, temos que o rendimento liquido do aluguel fica abaixo de 0,30%, próximo de um terço do rendimento liquido de aplicação financeira de baixo risco.

    Outras pesquisas (exemplos: CRECI SP e SECOVI SP) apontam quedas nominais nos preços de alugueis de usados e reais (descontada a inflação) para novos, junto com aumento relevante na vacância (tempo de imóvel vazio e gerando despesa para proprietário sem cobertura por receita), ou seja, a situação acima está piorando para os proprietários que alugam imóveis.

    A queda dos preços de vendas reais, negociados, que tem ocorrido em diversas localidades, faz com que o volume de alugueis anunciados e queda de preço de aluguel só se intensifiquem, ou seja, o proprietário fica com duplo prejuízo, o que afasta cada vez mais os investidores.

    Concluímos que esta parcela do oxigênio de nossa bolha imobiliária está se tornando escassa.

    Referências:

    Parte 1 deste texto (juros, crédito imobiliário e empregos): http://defendaseudinheiro.com.br/o-oxigenio-da-bolha-imobiliaria-brasileira-parte-1

    Parte 2 deste texto (vendas falsas na planta): http://defendaseudinheiro.com.br/o-oxigenio-da-bolha-imobiliaria-brasileira-parte-2

    Notícia de 2.011: “Metro quadrado pode chegar a R$ 25 mil nas áreas mais nobres de Brasília”: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/12/28/interna_cidadesdf,284326/metro-quadrado-pode-chegar-a-r-25-mil-nas-areas-mais-nobres-de-brasilia.shtml

    Sobre pesquisa Geoimovel que apontou queda de 35,5% nos preços de lançamentos no DF: www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/12/1391790-especulacao-leva-a-queda-de-preco-nos-lancamentos-de-imoveis-em-brasilia.shtml

    Notícia sobre queda de 30% nos preços dos imóveis entregues no DF em 2013: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2013/09/01/internas_economia,385651/especuladores-sao-penalizados-pela-retracao-do-mercado-imobiliario.shtml

    Informação sobre estoque de imóveis no DF em 2013: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/12/construtoras-queimam-estoque-de-imoveis-no-df-dizem-corretores.html

    Prazo para venda de imóveis novos no DF em 2010 e em 2015: http://fatoonline.com.br/conteudo/5016/velocidade-da-venda-de-imovel-novo-no-df-caiu-mais-da-metade-nos-ultimos-cinco-

    Evolução do estoque de imóveis seminovos e usados no DF: http://www.secovidf.com.br/novoportal/index.php/boletim-imobiliario

    Estoque de imóveis novos em São Paulo – SECOVI SP: http://www.secovi.com.br/pesquisas-e-indices/indicadores-do-mercado/

    Quedas nos preços de lançamentos em São Paulo em 2013 – EMBRAESP: http://msn.revistaimoveis.zap.com.br/155982-precos-dos-imoveis-novos-caem-em-sao-paulo.html

    Ticket médio por tipologia e metragem – SECOVI SP – São Paulo em abril/2015: http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/pmi-abril-2015.pdf

    São José dos Campos: queda de 25% nos preços de imóveis novos em 2013: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/05/preco-dos-imoveis-cai-25-em-sao-jose-em-dois-anos-revela-creci.html

    São José dos Campos: aumento de 300% nos anúncios de imóveis para alugar: http://www.digitalflip.com.br/ovale/flip/Classificados/01024%3D07-07-2013/44.PDF

    São José dos Campos: queda de preços nos aluguéis de imóveis em 2014: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2014/09/valor-do-aluguel-de-imoveis-cai-em-sao-jose-dos-campos-sp.html

    São José dos Campos: queda de preços de imóveis usados em 2015: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2015/06/pesquisa-do-creci-aponta-queda-na-venda-de-imoveis-usados-na-regiao.html

    Curitiba – cálculos de estoque versus vendas e descontos, com links para origem dos dados: http://defendaseudinheiro.com.br/a-evolucao-da-bolha-imobiliaria-parte-3

    Notícia sobre pesquisa Geoimovel em Salvador em 2013, super-estoque e descontos: http://www.bahiatodahora.com.br/destaques-esquerda/noticia_destaque2/queda-nas-vendas-leva-construtoras-a-reduzir-o-ritmo-em-salvador-situacao-e-preocupante

    Informação do segmento imobiliário de que infra ruim derrubou preços em Natal em 2013: http://jornaldehoje.com.br/infraestrutura-ruim-derruba-valor-dos-imoveis-em-natal/

    Redução de 35,5% nos preços dos imóveis em Itaboraí, após abandono da Comperj: http://cbn.globoradio.globo.com/series/itaborai-desilusao-pos-comperj/2015/07/10/IMOVEIS-SAO-VENDIDOS-OU-ALUGADOS-POR-VALOR-BAIXO-EM-ITABORAI-APOS-ABANDONO-DO-COMPERJ.htm#ixzz3fV6WV4me

    Super-oferta e quedas em preços de imóveis em Santos: http://www.negociofechadousa.com/noticias_view.php?noticia=bolha-imobili-ria-pre-os-de-im-veis-come-am-a-cair-no-brasil

    Super-oferta e quedas de preços de imóveis em Macaé: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,macae-e-retrato-das-perdas-que-o-setor-de-petroleo-vem-sofrendo,1610354

    Super-oferta e quedas de preços de imóveis em Rio Grande: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2015/02/polo-naval-de-rio-grande-vai-da-euforia-ao-vazio-4704780.html

    Relatório do NRE da Poli/USP apontando super-estoque em 2013 e previsão de quedas nos preços em Vitória, Manaus, Brasília, Curitiba, dentre outras cidades: http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imoveis/noticia/3096835/perspectivas-para-mercado-imobiliario-brasileiro-2014

    Informações sobre análise da Fitch que indica quedas nos preços de imóveis: http://www.infomoney.com.br/imoveis/noticia/4081599/fitch-queda-preco-dos-imoveis-por-evasao-poupanca

    Preços de alugueis em queda (1): http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/preco-do-aluguel-tem-primeira-queda-em-12-meses-diz-fipezap

    Preços de alugueis em queda (2) – São Paulo – imóveis usados – ver página 19: http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2014/pesquisa_capital_dezembro_2014.pdf

    Preço de alugueis em queda (3) em termos reais – São Paulo – imóveis novos: http://www.secovi.com.br/pesquisa-de-locacao

    Retorno com aluguel no menor nível da década: http://www.valor.com.br/financas/4104012/retorno-com-aluguel-esta-no-menor-nivel-da-decada

    Super oferta, maior vacância e “promoções” para alugueis (1) – isenção de 3 meses: http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2015/07/donos-de-imoveis-isentam-ate-3-meses-de-aluguel-para-atrair-locatarios.html

    Super oferta, maior vacância e “promoções” para alugueis (2) – sem repasse de IGP-M: http://www.dgabc.com.br/Mobile/Noticia/1481191/por-causa-da-crise-locadores-de-imoveis-nao-repassam-igp-m

    Convidados, Geral

    Desmascarando a bolha imobiliária no Brasil

    20 de janeiro de 2014

    Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

    O objetivo deste trabalho é o de apresentar através de infográficos, todos os principais fatos relacionados à bolha imobiliária brasileira. Ao final, link c/ as referências utilizadas.

    Desmascarando a bolha imobiliária no Brasil:

    Desmascarando a bolha parte 1 Desmascarando a bolha parte 2 CORRIGIDO

    Desmascarando a bolha parte 3
    Desmascarando a bolha parte 4 MELHORADO
    Desmascarando a bolha parte 5
    Desmascarando a bolha parte 6
    Desmascarando a bolha parte 7
    Desmascarando a bolha parte 8
    Desmascarando a bolha parte 9
    Clique aqui para referências

    Até o próximo post.

    Convidados, Geral

    As evidências da bolha imobiliária nas cidades

    16 de dezembro de 2013

    Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

    O objetivo deste trabalho é o de apresentar evidências da bolha imobiliária nas cidades brasileiras.

    As evidências da bolha imobiliária nas cidades:

    Importante: bolhas imobiliárias geram crescimento sem paralelo, mas insustentável, na produção e no preço dos imóveis, formando super-estoques que levam a reduções drásticas em lançamentos, grandes prejuízos para economia (desemprego, queda do PIB, etc.) e queda elevada de preços dos imóveis.

    OS EFEITOS DA BOLHA IMOBILIÁRIA NAS CIDADES BRASILEIRAS:

    SALVADOR:

    Sugiro leitura na íntegra desta matéria, onde consta que a causa raiz para aumento relevante no desemprego em Salvador foram quedas em vendas de imóveis gerando super-estoque e interrompendo lançamentos: http://www.bahiatodahora.com.br/destaques-esquerda/noticia_destaque2/queda-nas-vendas-leva-construtoras-a-reduzir-o-ritmo-em-salvador-situacao-e-preocupante

    Preço médio do M2 em Salvador: http://www.agenteimovel.com.br/mercado-imobiliario/a-venda/salvador,ba/

    Pelas informações constantes acima e mais dados do IBGE, temos que em Salvador, preço do M2 aumentou 91,63% de 2.008 a 2.013. Média do M2 de R$ 4.290,00 em Ago/2013, para um rendimento médio real da população de R$ 1.444,80. Outras informações dos links, colocadas em gráficos:

    Bolha imobiliária em Salvador

    Importante: estoque de 25 meses e aumento de quase 50% no desemprego ( 77% acima da média nacional), são as características típicas de uma bolha imobiliária que estão mais visíveis em Salvador.

    Conclusão quanto a bolha imobiliária em Salvador:

    A explosão da bolha imobiliária em Salvador está apenas no início. Um dos efeitos naturais, é que os preços dos imóveis tenderão a cair de forma abrupta e significativa, como consequencia não só do super-estoque de imóveis sem vender que possuem preços completamente fora da realidade de renda na cidade, mas também, em virtude do nível muito elevado de desemprego e da piora na economia local, ambos trazidos pela própria bolha imobiliária, que se auto-destrói.

    BRASILIA:

    Notícia de Set/2013 – queda de até 30% nos preços dos imóveis novos em Brasilia: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2013/09/01/internas_economia,385651/especuladores-sao-penalizados-pela-retracao-do-mercado-imobiliario.shtml

    Notícia de Dez/2013 – estoque 30% maior que 2 anos atrás, queda de 50% nos lançamentos de 2.012 para 2.013. Descontos de até R$ 300 mil em imóveis prontos. Link: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/12/construtoras-queimam-estoque-de-imoveis-no-df-dizem-corretores.html

    Reportagem da Globonews de Dez/2013, onde representante do segmento imobiliário de Brasilia informa que os lançamentos em 2.014 irão dobrar na comparação com 2.013: http://www.youtube.com/watch?v=sDCfoT_RGGA#t=20

    Vamos agora, observar um gráfico que reúne as informações das reportagens acima:

    Bolha imobiliária em Brasilia

    Análise das informações acima (incluindo detalhes vindos de notícias dos links):

    A bolha imobiliária em Brasília segue o mesmo caminho de Salvador, com algumas diferenças, como uma participação mais visível dos investidores (especuladores) e do volume de distratos feitos pelos mesmos, o fato da redução elevada nos preços já estar visível (30%) e por fim, a promessa de dobrar lançamentos em 2.014.

    Importante: as reduções de até 30% nos preços feitas por construtoras para tentarem desovar estoques em 2.013, fizeram com que muitos imóveis ficassem com preço total, na entrega, inferior ao saldo a financiar com banco para quem comprou “na planta”, gerando altíssimo volume de distratos e aumentando ainda mais os estoques. Isto ocorreu mais fortemente no Noroeste de Brasilia. Dobrar lançamentos em 2.014, como prometido pelo segmento imobiliário, significa agravar a situação dos super-estoques, tentando adiar o desemprego e crise local, mas com isto, programando uma crise ainda maior para o futuro próximo.

    Conclusão quanto a bolha imobiliária em Brasília:

    Da mesma forma que em Salvador, a explosão da bolha imobiliária de Brasília está apenas no começo. Se dobrarem lançamentos em 2.014 para adiar sua explosão, só tornarão as consequencias ainda piores (o volume de distratos e estoques aumentarão ainda mais, o impacto posterior de total estagnação na construção civil irá durar mais e prejudicar mais ainda a economia como um todo).

    SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SJC):

    Preços de imóveis novos caíram 25% em 2 anos, em alguns casos, queda de até 30%: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/05/preco-dos-imoveis-cai-25-em-sao-jose-em-dois-anos-revela-creci.html

    Aluguel teve aumento de oferta de 300% em 2013: http://www.aconvap.com.br/noticias/sao-jose-tem-aumento-de-300-na-oferta-de-locacao/3599.html

    Segue gráfico com dados acima:

    Bolha imobiliária em SJC

    O gráfico acima demonstra que a bolha imobiliária em SJC segue mesmo caminho das demais:

    Aumento relevante na construção de imóveis, nos preços e na participação dos investidores. Preços ficam completamente fora da realidade da renda no local e se formam super-estoques.

    Os super-estoques levam a reduções rápidas e relevantes nos preços dos imóveis.

    A diferença de SJC para Salvador e Brasília é que os investidores resolveram colocar imóveis para alugar para não terem prejuízo imediato na venda, gerando super-oferta para aluguel.

    Importante: a super-oferta para alugar, levará a reduções de preços de aluguéis combinado com prejuízos ainda mais elevados para investidores (deixar imóveis vazios por período elevado, com altas despesas para impostos, condomínio, etc., sem gerar receitas).

    Conclusão quanto a bolha imobiliária em São José dos Campos:

    Da mesma forma que nas cidades acima, a explosão da bolha imobiliária de SJC está apenas no começo. A “estratégia” dos investidores, de todos colocarem os imóveis para alugar ao mesmo tempo, apenas muda o problema de lugar, sem eliminá-lo. Isto foi muito conveniente para as Construtoras, pois ao fazerem isto, os “investidores” diminuíram a concorrência para venda, com seu próprio sacrifício. Devido à super-oferta para aluguel, há alguns caminhos: a) redução do preço do aluguel ; b) ficar muito tempo com despesas adicionais e sem receita por não conseguir alugar ou c) vender com maior “desconto” que o já praticado (25%). Pior: pela sequencia natural dos fatos, a paralisação na construção civil aumentará desemprego, prejudicando toda a economia local, diminuindo procura e preço dos imóveis, significando prejuízos ainda maiores para estes investidores que adiaram a venda.

    CURITIBA:

    Fev/2013: Estoque de imóveis sem vender aumentou demais, chegando a aproximadamente 2 anos de vendas, descontos promocionais das construtoras de 10% a 30%: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1347279

    Nov/2013: Estoque de imóveis de quase 2 anos. Construtoras estão apostando em feirões, com descontos de até 35% e condições como entrada de apenas 10%: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1426349&tit=Gigantes-do-setor-saem-de-fininho

    Rentabilidade do aluguel de imóvel de 3 dormitórios é de 0,44% por mês, inferior a qualquer aplicação financeira. Como o título diz: não é um bom momento para investir em imóveis para alugar: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1420728&tit=Nao-e-um-bom-momento-para-investir-em-imoveis-para-alugar

    A oferta de imóveis comerciais para alugar aumentou 600% em Curitiba, de 2.012 para 2.013: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1424276&tit=O-grande-salto-dos-imoveis-corporativos

    Vamos agora juntar as informações acima, para analisarmos melhor:

    Bolha imobiliária em Curitiba

    Avaliando as informações acima, vemos que Curitiba seguiu roteiro muito similar a demais e que os “descontos promocionais” não tem colaborado para redução dos estoques. Está em situação similar a Salvador quanto a tamanho do estoque e a Brasília quanto à redução de preços.

    Conclusão quanto a bolha imobiliária em Curitiba:

    Por ter o segundo maior estoque de imóveis residenciais novos sem vender do Brasil (24 meses), que continuaram no mesmo patamar depois de 9 meses e ainda, ter tido um aumento na oferta de imóveis comerciais em 600%, a expectativa é que Curitiba vá pelo mesmo caminho que Salvador, enfrentando as mesmas consequências.

    NATAL:

    Preços dos imóveis novos  voltaram a patamar anterior a 2.010 prejudicando compradores que “investiram” na planta. A “desculpa” foi que infraestrutura não melhorou… : http://jornaldehoje.com.br/infraestrutura-ruim-derruba-valor-dos-imoveis-em-natal/

    Duas construtoras grandes abandonando a cidade : http://nominuto.com/airtonbulhoes/duas-empresas-construtoras-de-peso-se-retiram-do-mercado-imobiliario-de-natal/6504/

    Bolha imobiliária em Natal

    Análise das informações acima:

    Situação muito similar a de outras cidades avaliadas, inclusive com informações sobre reduções relevantes em lançamentos e notícias das construtoras que abandonam Natal.

    Conclusão quanto a bolha imobiliária em Natal:

    Como para demais cidades, a redução abrupta e elevada em lançamentos tende a deixar como consequência de curto prazo, um aumento significativo no desemprego, o que afetará a economia local mantendo o circulo vicioso da explosão da bolha imobiliária.

    SÃO PAULO:

    Segue link c/ todos os cálculos quanto ao super-estoque de imóveis em São Paulo, evolução de preços, etc. Neste link constam também uma série de notícias que foram utilizadas nos gráficos logo abaixo, de forma que possam comprovar a origem das informações: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-em-sao-paulo/

    Notícia de Dez/2013: queda superior a 8% nos preços anunciados de aluguéis comerciais em São Paulo. A cidade de São Paulo é utilizada como um exemplo, a reportagem informa que esta situação tem ocorrido em várias cidades, algumas delas, citadas neste trabalho com mais detalhes: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/oferta-elevada-de-imoveis-comerciais-pressiona-alugueis-no-brasil?page=3

    Última pesquisa divulgada do CRECI SP referente à Setembro/2013. Pesquisa feita com mais de 400 imobiliárias em São Paulo, tendo como base o preço real (negociado) para imóveis usados. Ver página 22 que contém a tabela da evolução de preço do M2 para venda e aluguel nos últimos 12 meses, onde ambos cresceram menos da metade da inflação do período. Segue o link c/ pesquisa: http://www.crecisp.gov.br/arquivos/pesquisas/capital/2013/pesquisa_capital_setembro_2013.pdf

    Seguem gráficos e tabelas que tem como base as informações dos links acima. No caso da tabela que contém as quantidades vendidas, o cálculo foi refeito considerando SAZONALIDADE, ou seja, comparando com mesmo mês de ano anterior, que é o mais correto.

    Bolha imobiliária em São Paulo

    A bolha imobiliária em São Paulo envolve um “canibalismo imobiliário”: os imóveis novos conseguem vender, graças a reduções incessantes nas vendas de imóveis usados, conforme demonstrado acima.

    Nas notícias publicadas nos jornais e na TV, o CRECI SP divulga sempre a variação entre 2 meses seguidos, não informando a variação entre os anos. Na análise mais correta, que considera sazonalidade, comparando o mesmo mês de anos seguidos, podemos ver como está crítica a situação das vendas de imóveis usados em São Paulo.

    Isto ocorreu, porque proprietários de imóveis usados resolveram “assumir” o mesmo crescimento no preço anunciado que já era praticado para imóveis novos. Ocorre que no caso dos novos, as construtoras podem vender “na planta” com parcelas baixas durante a construção, para quem não tem condições de adquirir financiamento bancário no ato da entrega e se a venda não se efetiva na entrega do imóvel (distrato), revendem depois para outra pessoa. Isto criou uma ilusão de mercado aquecido e que justificaria os preços maiores, mas era apenas ilusionismo, um grande acúmulo de vendas falsas em um esquema de pirâmide, sempre contando c/ revendas futuras do que foi distratado p/ resolver…

    Como referência, as vendas falsas das construtoras tem variado de um mínimo de 20% até mais de 60% das vendas brutas, um absurdo, algo que não existe para nenhum segmento de negócio em nenhum lugar do mundo, só na bolha imobiliária brasileira!!! Vamos agora, analisar outras consequências desta situação:

    Bolha imobiliária em São Paulo parte 2
    Podemos observar acima, os efeitos altamente danosos das vendas falsas, do crescimento ilusório de vendas de imóveis novos, da especulação infrutífera de preços dos imóveis usados (não vende, passa um tempo, aumenta o preço…) que combinados com preços anunciados completamente fora da capacidade de renda da população, levaram a um estoque muito elevado de imóveis sem vender.

    Esta foi a primeira fase da bolha imobiliária em São Paulo, em que parte dos prejudicados foram investidores que entraram tardiamente na ciranda especulativa (quem comprou “na planta” e teve entrega de seu imóvel a partir do 2S2012) e vendedores de imóveis usados no último ano.

    Com esta bolha já formada, como construtoras fariam para sobreviver? Vamos analisar abaixo:

    Bolha imobiliária em São Paulo parte 3 CORRIGIDO

    Na segunda fase da bolha, para tentarem escapar dos super-estoques de 3 e 4 dormitórios que contaminam todo o mercado em São Paulo, foi a vez das construtoras usarem os investidores de forma intensiva para tentarem sobreviver, transferindo para estes um enorme estoque de imóveis de 1 dormitório “na planta” em região central (80% das vendas de 1 dormitório no 1S2013 foram para investidores), para que estes investidores tentem alugar no futuro, com base em um aumento de demanda de origem desconhecida (por que a demanda triplicaria?).

    Considerar que números acima são reais, no caso de usados, baseados em pesquisas com mais de 400 imobiliárias tendo como referência o preço negociado, considerando sazonalidade quanto a evolução de vendas, análise quanto a todos os estoques e consumo envolvidos, etc., ao contrário das informações divulgadas pelo SECOVI SP e CRECI SP em diversos jornais e na TV, que trabalham com preços anunciados (FIPE ZAP, completamente fora da realidade), variações em quantidades vendidas que não consideram sazonalidade, informação sobre estoque de imóveis novos que não considera imóveis com mais de 36 meses do lançamento e nem tampouco o que está com investidores e os usados, informação distorcida de que consumidor tem optado por imóveis de 1 dormitório quando é pura especulação, com 80% das vendas para investidores, etc., etc., etc…

    Lembrando ainda que em São Paulo, tivemos queda de preço de 23% para imóvel usado de 1 dormitório durante o 1S2013, queda de 17% no preço de imóvel novo de 3 dormitórios no 1T2013, diversas “promoções” de construtoras com descontos de até 40% (Even Day), 35% (Outlet Rossi) dentre diversas outras notícias relacionadas a queda de preço real, condizentes com os fatos apresentados aqui e não com a ilusão criada pelo segmento imobiliário sobre a cidade de São Paulo. Para detalhes, links com as pesquisas e notícias relacionadas e análises mais aprofundadas sobre a bolha em São Paulo, consultar: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-em-sao-paulo/

    Conclusão quanto a bolha imobiliária em São Paulo:

    A principal arma em São Paulo tem sido a DESINFORMAÇÃO, de forma ainda mais intensa que no restante do Brasil. Números enganosos, conforme explicações acima, omitem a gravidade da situação em São Paulo, em uma tentativa do segmento imobiliário de manter esta cidade, junto com o Rio de Janeiro, fora das óbvias suspeitas quanto a bolha imobiliária.

    Apesar da estratégia acima se utilizar de forma intensiva de publicidade em jornais, TV, etc., ainda assim é possível encontrarmos altíssimo volume de evidências quanto a bolha imobiliária e suas consequências, conforme demonstrado aqui.

    MAIS AMOSTRAS DE OUTRAS CIDADES:

    Para não tornar este trabalho ainda mais longo, colocarei algumas notícias registradas em cidades brasileiras que se contrapõem a teorias do segmento imobiliário que negam a existência da bolha imobiliária, com comentários resumidos, para que cada um possa ler as notícias e tirar suas conclusões:

    Queda de vendas e de preços em Recife, além de retração nos preços dos alugueis. A tese de que imóveis sempre aumentam de preço não se sustenta, como se comportarão os investidores e demais compradores perante esta realidade???

    http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2013/10/15/internas_economia,468164/vendas-de-imoveis-no-recife-cairam-9-no-primeiro-semestre-segundo-secovi-sp.shtml

    http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2013/04/03/internas_economia,432110/precos-dos-imoveis-no-recife-apresentam-terceira-queda-consecutiva.shtml

    http://m.jconline.ne10.uol.com.br/t320/noticia/economia/pernambuco/noticia/2013/04/28/81174

    Segue notícia sobre queda de 15% nos preços de imóveis em Goiânia, após fortes quedas em vendas (idem a Recife):

    http://www.opopular.com.br/editorias/economia/queda-nas-vendas-faz-pre%C3%A7os-de-im%C3%B3veis-recuarem-1.307413

    Alphavile de SP: 40% dos imóveis comerciais estão vagos, sem locação! Veja link abaixo:

    http://folhadealphaville.uol.com.br/artigo/?id=17399

    O título da notícia do jornal de Londrina já diz tudo: “preço de imóveis atinge teto com estoque recorde”. Atinge teto = daí pra frente, só tende a diminuir o preço real negociado.

    http://www.jornaldelondrina.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1364606&tit=preco-de-imoveis-atinge-teto-com-estoque-recorde

    Queda de 75% nas vendas de imóveis em BH, no mês de Maio/2013, o pior resultado em toda a história de vendas de imóveis na cidade!!!

    http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/venda-de-imoveis-na-capital-mineira-cai-75-em-maio-1.148301

    Outros efeitos muito comuns para bolhas imobiliárias, que ocorrem no Rio de Janeiro: a bolha  inviabiliza pequenos comércios em virtude do alto custo do aluguel e/ou comerciante tem que aumentar preços para conseguir pagar o aluguel (diminui PIB e/ou aumenta inflação). No sentido contrário, pessoas que alugam seus imóveis recebem menos do que em qualquer aplicação financeira.

    http://oglobo.globo.com/rio/leblon-tem-aluguel-caro-lojas-com-dificuldade-em-manter-portas-abertas-10775448

    http://economia.ig.com.br/financas/casapropria/2013-08-02/aluguel-de-imoveis-rende-menos-que-poupanca-em-sao-paulo-e-no-rio.html

    Sobre a teoria que nossos imóveis não são caros comparados a outros países (“estudos” do segmento imobiliário) sugiro verificarem as evidências do absurdo de preços que temos aqui, nas mais diversas cidades do Brasil, através da leitura do site “Estamos ricos”: http://estamosricos.blogspot.com.br

    CONCLUSÕES:

    1) Diversas notícias e pesquisas divulgadas durante o ano de 2.013 demonstram a existência de bolha imobiliária em grande quantidade de cidades no Brasil. Quando combinamos e analisamos com mais cuidado estas notícias, como nas 6 amostras acima, percebemos que as evidências são fortes e que há um esforço muito grande do segmento imobiliário para “suavizar” o impacto, usando de eufemismos e explicações nada convincentes  ;

    2) As consequências visíveis da bolha imobiliária variam de cidade para cidade: enquanto em um lugar o desemprego aparece de forma intensa e rápida em virtude da queda abrupta e relevante de vendas que gerou super-estoques e reduziu sensivelmente os lançamentos / obras (Salvador), em outro os preços despencam primeiro, sem reflexo visível para empregos por enquanto (Brasília). Já em outra cidade, investidores apelam para alugarem imóvel para tentarem fazer com que preços de venda não despenquem ainda mais (São José dos Campos), enquanto em outro local, construtoras fogem da cidade com descontos enormes prejudicando investidores / compradores “na planta” (Curitiba e Natal) ou elas resolvem atrair mais investidores em apostas sem sentido para o futuro (São Paulo). Isto é muito comum, aliás, se todos reagissem da mesma forma e ao mesmo tempo é que seria estranho. Por outro lado, isto não significa que são “micro bolhas” como o segmento imobiliário tenta defender: aqui neste estudo, apresentei detalhes de 6 cidades e links complementares para outras 6, mantendo em 12 exemplos apenas para não transformar este tópico em um livro, mas existem muito mais cidades que já tem claramente a bolha presente, por isto recomendei a leitura do site “Estamos ricos” que tem ainda mais exemplos quanto ao absurdo dos preços comparado a outros países (apenas um dos aspectos da questão, mas que dá uma boa dimensão). De fato, a bolha imobiliária foi um fenômeno que ocorreu em todo o País seguindo as mesmas linhas (vendas falsas, alto percentual de investidores, super-estoques escondidos, etc.), apenas as reações em cada localidade é que variaram ;

    3) Pelo que foi explicado neste trabalho, o segmento imobiliário edificou seu crescimento nos últimos anos, como um “castelo de cartas”. Qualquer percalço que tenha impacto nacional, fará com que este “castelo de cartas” desmorone. Percalços possíveis (exemplos, existem outros): a) provável retirada de QE pelos EUA fazendo com que investidores fujam do Brasil, aumentando US$, inflação,  portanto, requerendo aumentos muito maiores em juros que derrubariam economia e mais ainda o segmento imobiliário ; b) contração de consumo de commodities da China via explosão da bolha imobiliária de lá ou outros motivos derrubando ainda mais economia no Brasil ; c) necessidade do governo brasileiro ser mais restritivo no crédito imobiliário via CEF  / BB e/ou aumentar os juros do mesmo, para pelo menos disfarçar a irresponsabilidade fiscal e evitar rebaixamento de crédito em ano eleitoral ; d) endividamento das famílias que está em patamar recorde e cresceu de forma exageradamente rápida se transformar em índices de inadimplência maiores, fazendo com que o freio do consumo se intensifique ; e) uma das 5 grandes construtoras que estão virtualmente quebradas entrarem em recuperação judicial ou ficarem incapacitadas de continuarem suas obras gerando pânico nos compradores de imóveis “na planta” ou em construção e fazendo com que as vendas desabem ainda mais. Para piorar: os 5 exemplos dados aqui neste item não são excludentes, ao contrário, a tendência é que ocorram em série…

    Por tudo que consta nos itens de 1 a 3 mais acima, a explosão mais visível da bolha imobiliária brasileira é inevitável, apenas uma questão de tempo… Quem quiser entender um pouco mais do processo relacionado a esta bolha, como por exemplo, quais os fatores que fizeram com que surgisse, outras anomalias relacionadas à mesma, impactos para construtoras, etc., sugiro a leitura de trabalho anterior: http://defendaseudinheiro.com.br/desenhando-a-bolha-imobiliaria-brasileira/