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A melhor coisa é não usar 3G/4G Oi, vai que a empresa fechar as portas da noite pro dia, né naum??!!
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14h42- Paula Barra
Banco diz que fusão entre Oi e TIM é “improvável”; ações desabam 8% na Bolsa
Para analista do Credit, a operação que faria mais sentido seria a TIM comprar a Nextel, já que a aquisição poderia aumentar a participação de mercado da empresa no segmento pós-pago
SÃO PAULO – As ações da Oi (OIBR4) afundam nesta quinta-feira (22) na Bovespa e renovam mínima histórica, em sequência à derrocada de 43% nos últimos 10 pregões. Todos esses dias os papéis da companhia encerraram a sessão no negativo. Um movimento que ocorre juntamente com um relatório do Credit Suisse de hoje sobre o setor de telecomunicações.

Para Daniel Federle, analista do banco que assumiu cobertura do setor, a tão esperada fusão entre TIM (TIMP3) e Oi é “improvável” de ocorrer. Especulações sobre uma possível operação já trouxeram bastante volatilidade para o papel da operadora na Bolsa. Isso porque a fusão poderia trazer um alívio para a alavancagem da Oi, levando o indicador dívida líquida/Ebitda – que mensura em quantos anos a geração de caixa da companhia vai pagar sua dívida líquida – de 4,9 vezes para 2,3 vezes.

Federle explica que, embora positiva para a Oi, a operação não seria necessariamente boa para a TIM, dada a complexidade para o case de investimento dos acionistas da Telecom Italia, controladora da TIM, que passariam a ter controle dividido de uma empresa alavancada, com necessidade de alto capex (investimentos em bens de capital) e significativos riscos na concessão de linhas fixas e passivos provisionados.

Para ele, o racional estratégico mais provável seria a TIM comprar a Nextel, já que a aquisição poderia melhorar a posição do spectrum e aumentar a participação de mercado no segmento pós-pago da companhia (a Nextel poderia adicionar 3% de share para a TIM).

No cenário traçado por Federle, a Oi ficaria de fora do processo de consolidação do setor. A Telefônica Brasil (VIVT4) entraria com um potencial comprador da Sky Brasil, caso a AT&T decida vender.

Perspectivas para as empresas
No relatório, Federle apontou três temas como os principais para o setor neste momento: a desaceleração do crescimento, com as receitas avançando menos do que a inflação, o que deve continuar; potencial aumento de impostos; e consolidação e racionalização dos preços (mencionado acima).

Apesar do setor de telecomunicações ser visto pelo mercado como defensivo, os resultados de 2015 têm mostrado que as empresas não são imunes à desaceleração da economia. Com uma tendência fraca de crescimento de receita, as companhias devem focar em cortes de custos.

Para ele, Vivo, Tim e Oi estão focadas em iniciativas de melhoras de eficiência e cortes de custos. No entanto, os desafios para cortes são grandes, principalmente ao considerar aumento de inflação e a forte depreciação do real frente ao dólar. Cerca de 50% do capex das empresas é denominado em dólar. Para o curto prazo, o analista não espera nenhuma mudança nas estimativas do capex, já que isso é mais relacionado as decisões da gestão.

Ele reforçou as ações da Vivo como sua top pick no setor, com recomendação outperform (desempenho acima da média) e preço-alvo de R$ 44,00. Para o analistas, a companhia vai conseguir mostrar um desempenho superior aos seus pares operacionalmente, reportando maior crescimento de receita para celular e melhora dos resultados de linha fixa. Além disso, a integracao com a GVT faz da Vivo a principal candidata a melhorar rentabilidade e crescer Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) mesmo no cenário macroeconômico atual.

Para a TIM, a recomendação segue neutra, com preço-alvo de R$ 8,00 por ação, dado que, embora tenha reportado expansão da margem, isso ainda não foi suficiente para compensar a queda na receita, que tem se mostrado menos resiliente no cenário de desaceleração econômica. Já a Oi tem cobertura restrita. O analista aponta que a empresa deve mostrar crescimento de Ebitda em 2015, sustentado por cortes no opex, mas é esperado que cortes futuros tenham impacto limitado em 2016.

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