O preço do feijão aumenta mais de 200% desde janeiro deste ano segundo a Ibrafe. Já tem gente trocando o feijão pela lentilha.
2016 já começou com o preço do feijão-carioca em alta, devido à seca no Norte do país, porém a elevação foi maior nas últimas semanas. O quilo do produto chega a custar mais de R$ 10 nos supermercados. Agora a variação tem a ver com o frio. A segunda safra de feijão está sendo completamente prejudicada pela geada no Sul.
Conforme especialistas, a seca afetou a primeira safra de feijão. O país tem três safras no ano. A segunda delas está em risco devido ao frio. As áreas produtoras já foram atingidas. Como o mercado é sensível a essa ameaça, o preço do produto começa a subir e afeta diretamente o bolso do consumidor.
http://www.agora.uol.com.br/grana/2016/06/1780976-feijao-carioca-sobe-mais-do-que-a-inflacao.shtml
O preço do feijão no mercado interno tem sofrido forte alta. Desde janeiro, a saca de 60 quilos aumentou 260% e chegou a R$ 550 em São Paulo. O valor é mais alto que o de uma saca de café arábica de boa qualidade, que chega a R$ 525 em locais de importante produção, como a Zona da Mata mineira. Os dados são do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), entidade que representa a cadeia produtiva do grão. Em algumas regiões do Brasil, o quilo do feijão chega a R$ 20 no varejo, situação que virou até assunto para os populares memes que circulam na internet.Segundo Marcelo Lüders, presidente do Ibrafe, o que está sendo repassado ao consumidor final é a soma de vários fatores que deixaram a situação “caótica”. Tudo começou com a menor área plantada na primeira safra de 2016, quando o produtor escolheu plantar soja e milho, que remuneram melhor. A diminuição do preço mínimo por parte do governo federal também influenciou negativamente a cultura.
http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/noticias/preco-do-feijao-aumenta-mais-de-200-desde-janeiro-diz-ibrafe
Até mais.
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Lopes Filho – 10h32 : Relatório Trimestral de Inflação
Ao que parece, não teremos um ciclo de corte de juro nos próximos meses. Isto ficou bem claro depois da divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), agora sob o comando de Ilan Goldfajn.
Disse que deve perseguir uma inflação de 6,9% neste ano e de 4,7% em 2017 (menor do que a anterior, DE 4,9%), tendo-se como cenário de referência taxa Selic a 14,25% e câmbio a R$ 3,45 “ao longo do período analisado”.
Disse também que o processo de desaceleração da inflação será gradual em 2017, 5,9% no primeiro trimestre, 5,2% no segundo, 5,0% no terceiro e 4,7% no final do ano. Estas projeções, no entanto, estão acima das do mercado, da Focus. Nestas, o IPCA deve ficar em 7,29% neste ano e 5,5% em 2017; a taxa Selic fechando o ano em 13,25% e 11,0% no ano que vem e a taxa de câmbio em R$ 3,60 e R$ 3,80, respectivamente.
Entre a ata do Copom, sob o comando de Alexandre Tombini, e o RTI, agora com Ilan Goldfajn, não observamos grandes mudanças. O presidente atual do BACEN não permite “trabalhar com a flexibilização da política monetária”, na mesma toada de Tombini.
Considera haver avanços no combate à inflação, mas sua continuidade dependerá de ajustes, “principalmente fiscais”. Observa outros problemas como a inércia, gerada pelo realinhamento dos preços relativos, e a confluência de fatores climáticos sobre os preços agrícolas mundiais, em especial, para os mercados de grãos como soja e milho.
Enfim, diante destes fatos, disse que “o cenário central não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias”. Ou seja, um ciclo de cortes intensos da taxa Selic nos próximos meses, diante de uma economia paralisada, estará na dependência de como evoluir o ajuste fiscal e como a crise política deve se desenrolar.