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    Conheça situações que podem prejudicar suas finanças e como evitá-las

    21 de maio de 2016

    Conheça algumas situações que podem prejudicar suas finanças e saiba como evitá-las. Os hábitos virtuosos na vida financeira tem a força de mudar fortemente a qualidade de vida das pessoas no presente e no futuro. A tarefa de organizar as finanças pode ser difícil, uma vez que a capacidade de análise de muitas pessoas é limitada neste aspecto.

    Alguns passos de um planejamento financeiro de sucesso estão em poupar, definir objetivos e escolher os melhores instrumentos de investimento de acordo com as próprias necessidades. Por exemplo, fazer um orçamento é libertador e um bom hábito, logo bons hábitos viram virtudes.

    Confira abaixo certas situações que minam os bons hábitos financeiros. Veja qual é o seu perfil e como assumir o controle do seu orçamento:

    • Você está empregado, ganha razoavelmente bem, mas não consegue poupar
    • A primeira cena típica de desordem financeira é quando uma pessoa tem um trabalho, um salário razoável e mesmo assim não consegue guardar dinheiro. Neste primeiro exemplo, um jovem que ainda mora com os pais. Seus parentes, preocupados com o desprendimento do filho em relação às reservas futuras, resolvem ter uma conversa. No entanto, esse bate-papo em família não resulta numa conscientização por parte do jovem. As justificativas dele incluem afirmações como: “não se preocupem, quando eu estiver pensando em casar, vou parar de sair tanto e começar a guardar um pouco do meu salário”, ou “Tenho muita coisa para curtir até lá e não sei se fará tanta diferença na minha vida se eu não guardar dinheiro nos próximos anos”.

      Esse comportamento do jovem mostra sinais muito comuns de crença infundada na capacidade de auto-controle futuro. Afinal, quem disse que quando ele estiver às vésperas de se casar, ele guardará dinheiro? Se ele não tem o hábito de fazer isso hoje, por que terá o hábito de fazer amanhã?. Além disso, há uma escolha intertemporal míope, que significa que o jovem está olhando apenas para o momento presente, sem preocupações com o futuro. Ele optou pela gratificação imediata, sem considerar possíveis gratificações futuras.

    • Quando você cria um orçamento gigante
    • Outro entrave visto em finanças pessoais é a criação de um orçamento muito pesado. Para exemplificar, a história de um casal de 48 e 50 anos. Eles têm dois filhos estudando no exterior, possuem um bom apartamento próprio, dois carros e quase nenhuma reserva guardada. Até agora, os salários os dois têm sido suficientes para assumir todos os compromissos da família, mas a esposa anda preocupada sobre a sustentabilidade dessas contas e tentado, sem sucesso, conversar com o marido sobre ajustes para começar a guardar algum dinheiro para a aposentadoria. Em contrapartida, o marido tem usado como justificativas para não economizar falas como “deveríamos ter começado a poupar quando éramos mais jovens”, “agora, com as despesas que temos, não vai dar para guardar quase nada, a não ser que nossos filhos deixem de estudar no exterior” ou “será que vale a pena nos sacrificarmos agora, já perdemos o tempo certo”.

      De acordo especialistas, essa postura é chamada de falácia dos custos incorridos, ou seja, já que eu não fiz no passado, não farei agora. O que as águas passadas tem a ver com o futuro? A pessoa fica presa nisso, principalmente nessa faixa etária. Fica alerta de que uma decisão equivocada no passado tem um peso muito grande sobre as decisões no presente e o fracasso de ter “falhado” antes atrapalha. As pessoas costumam criar orçamentos pesadíssimos e, mesmo assim, não reprogramam seus hábitos para poupar, mesmo vendo que estão rumo a uma situação arriscada, do ponto de vista de assumir todos os seus compromissos, no presente e no futuro.

    • Gastando sua reserva de emergência
    • Uma terceira situação ocorre quando uma pessoa está preocupada com o emprego e possui reservas equivalentes a seis meses de suas despesas mensais para emergências, mas está vendo que sua situação está complicada e que existem chances de que ela perca o emprego. Quatro meses depois, essa mesma pessoa resolve trocar de carro, utilizando praticamente toda sua reserva e pegando um pequeno financiamento. As justificativas desse investidor são as seguintes: “era pouco dinheiro mesmo”, “meu carro antigo já estava muito velho” e “a oferta foi imbatível, valeu a pena”. Nesse caso a pessoa escolheu observar apenas o lado positivo de sua ação e desprezou os riscos. Novamente, num escolha intertemporal; ela escolheu o presente, uma gratificação imediata, ao invés do futuro.

    • Na aposentadoria
    • O momento da aposentadoria costuma trazer desafios para o orçamento doméstico, geralmente pressionado por rendas bem menores. Como exemplo a história de um casal de aposentados há dez anos, com rendimentos modestos, mas que vivem num apartamento de quatro quartos, com um condomínio bastante alto. O casal havia combinado de se mudar para um local menor depois que os três filhos saíssem de casa. Os filhos saíram, mas eles ainda não tomaram a iniciativa de procurar um novo lar. O marido vem tentando convencer a mulher a retomar esses planos, mas ela usa como desculpa argumentos como: “sempre morei num apartamento deste tamanho e não vou me acostumar num menor”, “acho que agora só apareceu um comprador porque o preço está muito baixo”, “o apartamento vale muito mais” e “não gostei daquele rapaz que fez a avaliação”.

      Nesse exemplo o principal viés apontado é o da ancoragem, tomar como ponto de referência uma situação ou informação passada, fixar uma ideia irrelevante para uma decisão no presente. Também verifica-se um “efeito posse” nesse quadro, a esposa atribui muito mais valor ao que é dela. A professora compara a força do chamado efeito posse com um test-drive, por exemplo, em que durante o teste o possível comprador já se sente dono do bem e acaba seduzido.

    • Escolhas de investimentos e aversão à perda
    • Nesse estágio, o poupador já atua como investidor esclarecido, mas é traído por suas fortes convicções. Planejadores financeiros usam como exemplo a pessoa que cria suas próprias estratégias, “sempre que determinada ação sobe até certo percentual, ele vende o papel, mas quando esse papel cai, o investidor segura a ação ou até compra mais para fazer preço médio”. Como justificativa a pessoa usa pensamentos como: “quando estou ganhando, vendo mesmo, sou ganancioso” e “acredito muito nas empresas que escolho, se está caindo não acho que vale a pena vender, prefiro comprar mais”.

      Na visão de especialistas, por trás dessas explicações está a aversão à perda. Toda vez que se está ganhando, há o medo de perder e a pessoa realiza rapidamente o lucro, porém quando se está perdendo, o medo de perder mais é tão grande que a pessoa aguenta o prejuízo ou aumenta a aposta de risco. O viés dessas pessoas é chamado de atribuição, no qual elas acham que o sucesso dependia dela; quando é sucesso é competência, quando é fracasso tem alguém ou alguma coisa que está fazendo com que você tenha insucesso. Cuidado!

    • Inércia e status quo
    • Por fim a inércia na tomada de decisões sobre investimentos. É quando uma pessoa lembra que precisa falar com o gerente em janeiro para perguntar sobre determinado fundo DI que tem altas taxas de administração e está rendendo muito pouco e esquece. Em fevereiro, ele ainda não falou com o banco. As justificas? “um mês muito corrido”, “até falei com meu gerente que me apresentou outras opções de investimentos, mas como precisava de tempo para analisar, deixei a mudança para outro momento”. Especialistas recomendam atenção para esse tipo de comportamento.

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    Até o próximo post.