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Guest Post: O que saber para pegar um empréstimo pessoal?

O que você deve saber na hora de pegar um empréstimo pessoal

Momentos de aperto financeiro são, geralmente, inesperados. Quando o carro dá problema, você ou algum familiar precisa realizar uma intervenção médica de emergência, um aumento no preço dos materiais de construção da casa “embargou” a obra, sempre são situações que nos pegam desprevenidos – nós e nossos bolsos.

Nessas horas, muitas pessoas recorrem aos bancos para pegar um empréstimo pessoal. No entanto, diante do caráter de emergência dessas situações, nem sempre quem está pegando o dinheiro emprestado toma as cautelas necessárias e acaba entrando em uma verdadeira espiral de dívidas, com juros altíssimos e parcelas que não consegue pagar.

Por isso, o Defenda Seu Dinheiro preparou um “miniguia” com o que você deve saber antes de pegar um empréstimo pessoal:

1 – O Custo Efetivo Total (CET)

O Custo Efetivo Total é a melhor forma de você medir o impacto financeiro que o empréstimo irá causar no seu orçamento no longo prazo. Tenha em mente que você sempre terá que pagar um valor maior do que você pegou emprestado, e o CET lhe fornece essa informação, calculando todos os juros, taxas e tarifas cobradas pela instituição financeira no momento da celebração do contrato. Além disso, é possível que outros serviços sejam embutidos no contrato – como um seguro, por exemplo – que podem passar desapercebidos, mas que certamente estarão presentes no Custo Efetivo Total.

2 – As parcelas do consignado não podem exceder 30% do seu salário

Uma das principais vantagens do empréstimo consignado é que as parcelas são descontadas diretamente do seu contracheque, permitindo que a instituição financeira ofereça juros e taxas menores. No entanto, é preciso ficar atento: por lei, as parcelas do empréstimo consignado não podem ultrapassar 30% dos seus rendimentos mensais. Se você se deparar com um contrato de consignado cujas parcelas excedam esse limite, você estará firmando um compromisso ilegal com uma instituição de má-fé. Tome cuidado!

É importante ressaltar, também, que como o empréstimo será descontado diretamente no seu contracheque, você deve verificar se a instituição financeira que está oferecendo o empréstimo possui convênio com o seu empregador e, sempre que puder, evite fazer negócio com instituições desconhecidas ou com condições favoráveis demais – quando a esmola é demais, o santo desconfia.

3 – Você pode rever os termos do contrato na Justiça

É absolutamente fundamental que você leia e esteja ciente de todos os termos do contrato antes de assiná-lo, mas se porventura você agir imprudentemente e não fazê-lo, é possível pleitear na Justiça, posteriormente, a revisão desse contrato – mas apenas se esse contrato contiver cláusulas abusivas, que violem o Código de Defesa do Consumidor. No entanto, tenha em mente que, ao assinar o contrato, você está manifestando sua concordância com os termos ali presentes, então não espere que um juiz vá simplesmente eximi-lo de pagar as parcelas restantes do seu empréstimo.

4 – Cada banco é um banco

As diferenças entre os juros praticados e as taxas cobradas podem variar inacreditavelmente de um banco para outro. Por isso, é interessante fazer uma pesquisa com algumas das instituições financeiras de sua confiança – se você tiver um bom relacionamento com o gerente de alguma, melhor ainda – para tomar ciência dos termos e condições dos empréstimos oferecidos. Assim, você terá certeza de que estará pegando um empréstimo com boas condições que não vão te “enforcar”.

Por Marcos  Chaves, colaborador do site de Finanças Empréstimo Consignado.

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