O melhor é criar um índice de inflação pessoal. Complicado? Acredite, é mais fácil do que você imagina. É o que diz um artigo da Exame.
O IPCA foi criado com o objetivo de medir a variação dos preços no comércio para o consumidor. Ele é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1980. Este índice se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos. É por este valor cotado mensalmente que o governo define a meta da inflação no Brasil, mas algo que poucos discutem diz respeito ao indivíduo, sua inflação pessoal.
O que importa é a inflação pessoal
Nota-se que, para a maior parte dos brasileiros, o custo de vida tem aumentado, mas ninguém sabe ao certo quanto. É muito comum ouvirmos: “trabalho mais do que meus pais trabalhavam, ganho mais, mas mesmo assim não consigo manter o mesmo nível de vida que eles tinham a 30 – 40 anos atrás” ou que “a vida está muito mais cara hoje em dia“.
Isto acontece não porque estamos ganhando menos, mas sim, porque perdemos o poder de compra de nosso patrimônio sem sentir.
Como ainda não existe um costume de se realizar um planejamento patrimonial de longo prazo no Brasil, o investidor incorre em alguns erros quando analisa seu capital e o compara com a inflação.
A maior parte não faz os cálculos considerando o impacto dos aumentos reais que teve em suas despesas mensais e, com isso, perde o poder de compra sem perceber.
Se, por exemplo, o seu patrimônio render 1% ao ano (líquido de impostos e taxas) abaixo do que for a variação de sua inflação pessoal, ou seja, quanto variou suas despesas com bens e serviços (alimentação, moradia, educação, saúde, lazer, viagens, etc.) mantendo um certo padrão de vida, isto pode não despertar grandes preocupações na maioria das pessoas (pelo menos no curto prazo). Já no final dos 40 anos, o impacto é inevitável e relevante.
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