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A Eletrobras vai falir?

Em 22/11/2012, o então presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, dizia:
– “Ninguém vai deixar a Eletrobras falir”.
Já estamos em 2016, será possível evitar isto? Vai ter “privataria”? Será a primeira do presidente interino Michel Temer?

Hoje, 18/05/2016, a negociação dos papéis da Eletrobras na bolsa de NY é suspensa devido à empresa não ter enviado balanço auditado de 2014 às autoridades americanas. Tal balanço não mensura dano por irregularidades referentes à Lava Jato.

Este impasse existe graças à KPMG, empresa de auditoria que precisa aprovar o balanço financeiro da estatal antes de ele ser enviado, recusar a assinatura do documento porque ele não mensura o dano causado à estatal por irregularidades investigadas pela Operação Lava Jato.

Em 3 dias a Eletrobras desaba 20% na bolsa de valores de São Paulo.

Vale destacar do link acima que ainda não existe um valor definitivo que deverá ser pago caso a Eletrobras acabe saindo da Bolsa de Nova York, mas uma coisa é certa: as contas públicas serão bastante prejudicadas. O ministro do planejamento, o senador Romero Jucá, afirmou nesta semana que o passivo da companhia pode acabar tendo que ser incluído no resultado fiscal, aumentando o rombo previsto para o ano de 2016.

Segundo ele, no cenário mais pessimista, o impacto seria de R$ 40 bilhões, mas os técnicos da área econômica acreditam que o número mais provável seja em torno de R$ 15 bilhões. Caso isso ocorra, o déficit primário do governo central (que abrange os números do Tesouro, da Previdência e do Banco Central) vai superar as previsões mais pessimistas até agora, que apontam um rombo de R$ 125 bilhões.

Até mais e boa sorte aos acionistas desta estatal.

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