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    Começa amanhã a consulta ao primeiro lote do Imposto de Renda! E você, já prestou contas ao Leão?

    23 de maio de 2023

    Começa amanhã a consulta ao primeiro lote do Imposto de Renda! E você, já prestou contas ao Leão?

    Termina no próximo dia 31 de maio, às 23h59min o prazo para o envio das declarações

     De acordo com a Receita Federal, a partir das 10 horas desta quarta-feira, 24, será possível verificar a disponibilidade do primeiro conjunto de reembolsos do Imposto de Renda de Pessoa Física 2023. A Receita Federal considera este lote como o maior já registrado, com um montante aproximado de R$ 7,5 bilhões a ser distribuído.

    Esse lote beneficiará 4,1 milhões de contribuintes que possuem prioridade na fila de restituição, como idosos com idade acima de 80 anos, pessoas com deficiência, professores e aqueles que escolheram a opção de declaração pré-preenchida ou de receber o reembolso via PIX. Além disso, esse conjunto de reembolsos também abrange restituições pendentes de exercícios fiscais anteriores.

    14 milhões de pessoas ainda não fizeram a sua declaração

    Foi divulgado pela Receita Federal um relatório atualizado referente ao número de contribuintes que já cumpriram sua obrigação de declarar o Imposto de Renda em 2023. De acordo com o órgão, 39,5 milhões de declarações já foram realizadas e 14 milhões ainda estão pendentes.

    Dito isso, vale lembrar que o processo de declaração do IR ainda gera muitas dúvidas na cabeça das pessoas, especialmente na hora de saber quem precisa declarar, o que precisa ser declarado e qual o valor cobrado, principalmente quando estamos falando de ações, ativos de renda fixa e criptomoedas. Este último em si pode requerer um pouco mais de atenção dos contribuintes, haja vista que ainda estão longe da realidade de algumas pessoas que não sabem como funciona o processo de tributação.

    Por isso, é fundamental estar atento aos detalhes e às tributações antes mesmo de começar a investir para evitar surpresas futuras. Com isso, a partir de agora, veja algumas dúvidas comuns sobre esse assunto e as dicas da nossa redação:

    Quem precisa pagar IR sobre criptomoedas?

    Um ponto bem importante sobre a tributação das criptomoedas é que a declaração deve ser realizada para investimentos acima de R$5 mil. Além disso, a categoria que estes ativos entram é a de bens e direitos. Outro detalhe a considerar é que vendas acima de R$35 mil por mês estão sujeitas a retenção de imposto sobre o ganho sobre o capital.

    Em suma, qualquer pessoa que tenha mais do que R$5 mil em criptomoedas no dia 31/12 do ano vigente deve declarar no IR. Se o valor não alcançar os R$5 mil, a declaração é opcional.

    Como é a tributação de criptomoedas?

    Na hora de declarar as suas criptomoedas no IR, é necessário que a declaração seja feita em reais. Lembre-se de que o valor considerado tem que ser o de quando a moeda digital foi adquirida, ou seja, não é o valor de mercado que entra no documento, e sim o que você pagou pela criptomoeda.

    Qual o imposto cobrado para criptomoedas?

    O imposto cobrado para criptomoedas é calculado sobre os lucros quando as negociações totalizarem R$35 mil ou mais mensalmente. No entanto, é preciso considerar todas moedas digitais e operações realizadas em qualquer país.

    Por outro lado, se as transações de criptoativos não atingirem o valor de R$35 mil, os lucros são isentos de IR. Porém, ainda assim, eles devem constar na declaração anual sempre que o valor for pelo menos R$5 mil no último dia do ano.

    Além disso, se você negociar criptomoedas através de uma exchange no exterior ou até mesmo por meio de uma transação sem envolver uma corretora, precisa preencher uma declaração à Receita Federal. Neste caso, o valor mensal deve ser maior do que R$30 mil isolado ou em conjunto.

    Da mesma forma como acontece com outros tipos de investimentos de renda variável, o investidor também precisa calcular os próprios ganhos mensais com criptomoedas. Para então emitir o DARF, calcular e pagar o imposto devido todos os meses.

    Em qual categoria as criptomoedas devem ser declaradas?

    A categoria para declaração das criptomoedas é de Bens e Direitos. Elas devem ser declaradas como se fossem um bem, como uma casa, um carro ou uma aplicação financeira, por exemplo.

    Para cada tipo de criptomoeda que você possui, deve ser aberta uma nova ficha de declaração. Você não deve misturar as compras de Ether com Bitcoin ou outras moedas, por exemplo.

    Como declarar criptomoedas no imposto de renda?

    Para realizar a declaração das criptomoedas, você deve abrir a ficha “Bens e Direitos” do sistema da Receita. Em seguida, é só buscar pelo grupo “08 – Criptoativos” e usar os códigos de acordo com a moeda digital que você possui:

    • 01 – Criptoativo Bitcoin (BTC);
    • 02 – Outras criptomoedas, conhecidas como altcoins, por exemplo, Ether (ETH), Ripple (XRP), Bitcoin Cash (BCH) e Litecoin (LTC);
    • 03 – Criptoativos conhecidos como stablecoins, por exemplo Tether (USDT), USD Coin (USDC), Brazilian Digital Token (BRZ), Binance USD (BUSD), DAI, True USD (TUSD), Gemini USD (GUSD), Paxos USD (PAX), Paxos Gold (PAXG) etc;
    • 10 – Criptoativos conhecidos como NFTS (NonFungible Tokens);
    • 99 – Outros criptoativos.

    Assim como os outros investimentos que devem ser declarados, o valor informado é o de aquisição somado aos custos (taxas e outras tarifas, por exemplo). O campo “Discriminação” é usado para informar qual criptomoeda, quantidade, nome e CNPJ da empresa que está guardando suas moedas digitais.

    Além disso, quando houver criptoativos diferentes, eles devem ser informados separadamente. Por exemplo: Ethereum, XRP, Bitcoin, Litecoin, Tether, Chainlink, USD Coin, Polkadot, Polygon, TRON. Caso a custódia seja própria, o modelo da carteira digital onde estão as criptomoedas deve ser informado.

    Quem teve lucros mensais inferiores a R$35 mil tem que informar a movimentação na ficha “Rendimentos isentos e não tributáveis”. Para isso, use o código 05 – Ganho de capital na alienação de bem e informe o lucro total do ano.

    Quem vende moedas digitais também precisa declarar no IR?

    É preciso informar no campo “Discriminação” os detalhes da venda. Você deve repetir o valor declarado no ano anterior na área “Situação em XXXX” e zerar o campo do ano atual “Situação em XXXX”.

    Se parte das moedas foi vendida, basta reduzir o valor proporcional ao total transferido. Se você tem 10 bitcoins declarados por R$300 mil, por exemplo, mas vendeu metade no ano, é necessário informar o saldo de R$150 mil no espaço “Situação em XXXX”.

    Transações acima de R$35 mil mensais estão sujeitas a imposto. Então, se você vender mais do que R$35 mil em criptomoedas dentro do mesmo mês, o eventual lucro dessa operação estará sujeito ao recolhimento de tributo sobre ganho de capital. Vendas mensais abaixo desse montante são isentas de imposto.

    A tributação é progressiva, variando conforme o tamanho do lucro:

    • 15% sobre o ganho líquido mensal de até R$5 milhões
    • 17,5% sobre o ganho acima de R$5 milhões e abaixo de R$10 milhões
    • 20% sobre o ganho acima de R$10 milhões e abaixo de R$30 milhões
    • 22,5% sobre o ganho mensal acima de R$30 milhões

    Não declarei criptomoedas, o que acontece?

    É bastante comum o investidor deixar de fazer a declaração quando não sabe de sua real importância. Porém, se isso acontecer, poderá enfrentar problemas futuros. Além de todas essas facilidades, a Bitso junto com a Declare Cripto disponibilizam uma ficha gratuita para ajudar na declaração do IR.

    Isso porque, na hora de explicar de onde veio o aumento de patrimônio, se o investimento não foi declarado, não há como provar. Então, mesmo que não seja controlada por um órgão público, a declaração das criptomoedas deve ser feita regularmente.

    Geral

    Bens bloqueados e escancara crise do Grupo Bitcoin Banco

    19 de agosto de 2019

    O GBB, fundado por Cláudio Oliveira, enfrenta diversos processos desde que foi alvo de uma tentativa de fraude em maio deste ano

    “Rei do bitcoin” tem bens bloqueados após dívida milionária com clientes

    Em maio de 2019 o GBB – Grupo Bitcoin Banco entrou em uma forte crise após anunciar ter sido alvo de uma fraude, isso em meio a um sucesso crescente na comunidade. O grupo está por trás da exchange NegocieCoins, que em abril disse ter a maior movimentação de criptomoedas do mundo, com US$ 900 milhões.

    Cláudio Oliveira, dono do GBB, também estava em ascensão no primeiro semestre. Participando de grandes eventos e ampliando seu negócio, ele ganhou o apelido de “Rei do Bitcoin” do apresentador Amaury Júnior. Agora, junto com o grupo que criou, enfrenta muitas dificuldades, incluindo processos e penhora de bens.

    Na última sexta-feira (16), Oliveira foi alvo de uma ação de sequestro de bens, que incluía sua casa em Curitba e sua chácara, além de obras de arte, relógios e joias. Conforme informações do jornal Valor Econômico os itens chegaram a ser empacotados, mas não foram levados após uma promessa de quitação dos débitos nesta segunda.

    Na semana passada, o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, afirmou que Oliveira está com passagem comprada para a Suíça para esta quarta-feira (21). Com cidadania do país europeu, aumenta a tensão entre os credores do GBB de que o executivo possa estar tentando fugir e ficar na Europa.

    O Bitcoin Banco denunciou em maio um esquema que levou ao saque indevido de cerca de R$ 50 milhões da empresa, que decidiu suspender a retirada de valores dela e congelar as contas dos clientes. Desde então, já são centenas de processos contra o GBB de pessoas lesadas.

    Já são várias decisões da Justiça para bloqueios valores da empresa, em uma delas, de R$ 6 milhões, foram encontradas contas vazias, levando ao valor bloqueado de apenas R$ 130 mil.

    Com duas exchanges – a NegocieCoins e a TemBTC -, o GBB tinha uma “arma” na mão, garantindo ganho ao alternar a posição entre as duas e ainda sustentar a diferença de preço ao prover liquidez no mercado. Com isso, desde o início do ano, o grupo ganhava cada vez mais clientes e se tornava um dos “queridinhos” dos investidores.

    Este crescimento foi graças à introdução de uma plataforma de segurança chamada FortKnox, que permite a transferência de fundos em reais diretamente entre as exchanges, sem depender do sistema bancário.

    Nestes últimos meses, o GBB e Oliveira já fizeram promessas de que vão resolver os problemas, conseguiram diversos acordos, desde pagamentos pequenos até uso de uma criptomoeda própria, a Br2Ex, para garantir o saque de até R$ 30 mil.

    Mas o caso ainda vai longe. Até agora, nenhuma destas “soluções” resolveu o problema e em muitos casos a história é que quem aceitou estes acordos também não conseguiu reaver seu investimento.

    E você, o que pensa a respeito?
    Deixe a sua opinião.

    Até o próximo post.

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    Passo a passo para detectar dólar falso

    12 de agosto de 2019

    Passo a passo para detectar dólar falso

    Descubra como identificar uma nota verdadeira e fuja dos golpes

    O medo de acabar recebendo notas de dólar falsas, seja durante uma viagem ao exterior ou após uma compra em estabelecimento internacional, é algo que assombra milhares de brasileiros. Afinal, a falta de familiaridade com a moeda estrangeira faz dos estrangeiros vítimas mais vulneráveis desse tipo de golpe.

    Por isso, neste artigo serão explicadas as principais características do dólar e quais são as moedas em circulação atualmente. Dessa forma, é possível ter mais cuidado na hora de aceitar troco em estabelecimentos comerciais e evitar que notas falsas vão parar na carteira.

    Quais as cédulas ainda em circulação nos EUA?

    Antes de ensinar o passo a passo para detectar dólar falso, é preciso explicar que existem 3 tipos de cédulas ainda em circulação nos EUA e é possível distingui-las principalmente pelo tamanho do busto estampado em cada uma delas.

    Nota “cabeça pequena” produzida até 1993

    A nota mais antiga em circulação é conhecida como “cabeça pequena” parou de ser produzida há muitos anos, mais precisamente em 1993. Por isso, essa nota não é mais aceita em qualquer lugar, devido a dificuldade de revenda.

    Ou seja, se você possui cédulas “cabeça pequena”, saiba que certamente só será possível utilizá-la dentro dos Estados Unidos.

    Nota “cabeça grande” produzida até 2006

    Em 1996 outro modelo de cédula começou a ser fabricado na “Terra do Tio Sam”, com características um pouco diferentes da anterior, como o aumento da imagem do busto que ilustra as notas.

    Se você possui esse tipo de nota, pode ficar tranquilo. Afinal, elas ainda são amplamente aceitas em diferentes partes do mundo, desde que em bom estado.

    Nota “Novo dólar americano” que começou a ser produzido em 2013

    Por último, vamos falar um pouco da nota mais atual, a que continua sendo produzida nos Estados Unidos e que também pode ser utilizada em todo o mundo – sem depender muito de seu estado de conservação – o “Novo dólar americano”.

    Além de ter passado por uma nova mudança no busto, que agora não está mais posicionado dentro de uma forma oval, a nova nota ganhou alguns detalhes que não estavam nas notas anteriores. Veja:

    • Uma fita azul em 3D localizada bem no centro das cédulas de 100 dólares
    • Imagem de sino de tinteiro de cor cobre, mas que muda para verde, bem no canto inferior direito da cédula
    • Nas notas de 10, 20, 50 e 100 há um número que varia de cor no canto inferior direito da cédula

    Agora que você já sabe quais os tipos de nota de dólar que circulam nos Estados Unidos e em demais países que também utilizam o dólar americano, é hora de entender como detectar o dólar falso seguindo poucos passos.

    Como detectar dólar falso em poucos passos?

    Assim como qualquer outra cédula de papel moeda, para detectar se uma nota é ou não falsa, é preciso observá-la com muita cautela. Não se acanhe em esticá-la na direção da luz ou esfregá-la com seus dedos, esse é um trabalho que exige olhos e sentidos atentos.

    1. Observe a textura e a espessura da cédula

    Os dólares verdadeiros não são impressos em papel comum, mas sim em um material produzido a partir de fibras de algodão e linho, o que resulta em uma textura áspera e mais resistente do que papel.

    Outra diferença a ser observada é a textura da própria tinta utilizada para marcar o papel moeda, pois, ela forma um relevo sensível ao toque, principalmente em áreas onde há figuras com maior área preenchida de pigmento. Contudo, isso só poderá ser sentido em notas um pouco mais novas, afinal esse relevo se desgasta com o tempo.

    2. Procure pela marca d’água

    Outra forma de detectar dólar falso é por meio da marca d’água. As notas de dólar possuem como marca d’água uma imagem da mesma pessoa que ilustra o busto principal, localizado no centro da cédula, que pode ser George Washington (US$ 1), Thomas Jefferson (US$ 2), Abraham Lincoln (US$ 5), Alexander Hamilton (US$ 10), Andrew Jackson (US$ 20), Ulysses Grant (US$ 50) e Benjamin Franklin (US$ 100).

    Para identificar essa marca d’água, basta segurar a nota esticada com as suas mãos contra uma fonte de luz.

    3. Observe o número de série da nota

    Uma informação que passa facilmente despercebida por falsificadores de dinheiro é o número de série. Por isso, preste bastante atenção nesse ponto.

    Cada nota possui seu próprio número de série, impresso duas vezes em lugares diferentes, nos dois lados da cédula. Sempre confira os dois números e verifique se há alguma diferença entre eles.

    Outra informação, essa a título de curiosidade, é que a partir de 1996, a primeira letra do número de série de cada nota passou a ser determinada pelo ano em que ela foi impressa. São elas:

    E = 2004
    G = 2004A
    I = 2006
    J = 2009
    L = 2009A

    4. Qualidade de impressão do busto

    Outra dica para detectar se uma cédula de dólar é ou não falsa, é por meio da qualidade da impressão. Principalmente as áreas onde há uma imagem impressa com maior quantidade de tinta, como é o caso dos bustos centrais das notas, as cédulas falsas costumam exibir impressões borradas, com traços menos precisos em comparação aos originais.

    Se essa orientação ficou um pouco vaga para você, aqui vai uma mãozinha: verifique se é possível ler os dizeres “The United States of America” na borda de cada busto usando uma lupa. Se sim, a nota certamente é original.

    Além de todas essas dicas, é importante comprar dólar somente em estabelecimentos autorizados pelo Banco Central. Para saber se uma casa de câmbio ou distribuidora é credenciada, basta acessar o site oficial do Banco Central e fazer uma busca.

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    Cresce número de ciberataques para mineração de criptomoedas

    10 de maio de 2019
    Sucesso das criptomoedas faz com que elas sejam alvo de pessoas mal-intencionadas
    Sucesso das criptomoedas faz com que elas sejam alvo de pessoas mal-intencionadas

    2009 foi um ano especial para a economia, não por crises financeiras, mas sim pela criação do Bitcoin, primeira criptomoeda da história. A iniciativa fez sucesso e, desde então, pelo menos 4.000 outras foram criadas. Hoje, estima-se que pelo menos 1.600 estejam em atividade.

    Como elas passaram a movimentar cifras consideráveis no mercado, era de se imaginar que pudesse haver interceptações e crimes envolvendo as criptomoedas, o que infelizmente se confirmou em 2011, ano em que se encontra o primeiro registro de roubo de Bitcoins.

    A situação foi se tornando cada vez mais crítica, e os ciberataques passaram a se tornar comuns e resultar em sérios prejuízos: em 2018, ataques que visaram a mineração de criptomoedas cresceram 237% em relação ao ano de 2017!

    Vamos entender melhor como essa história se iniciou, há 8 anos, e como a situação evoluiu muito desde então.

    Quando os ciberataques de criptomoedas se iniciaram?

    Embora não se possa afirmar com certeza de que esse foi o primeiro ataque, ele é um dos primeiros de que se tem notícia e aconteceu em junho de 2011. Na época, a comunidade de Bitcoin era composta por pessoas que encontravam nele um hobby, já que seu sucesso ainda não era tão grande nos dias de hoje.

    Além disso, a mineração (nome dado ao processo que resulta na obtenção da criptomoeda) podia ser feita por qualquer pessoa que se interessasse, com o uso de um computador doméstico convencional, diferente do que ocorre hoje em dia, em que há a necessidade de investir em supermáquinas para sua realização.

    O usuário “allinvain”, que participava de um fórum de Bitcoins, havia relatado que conseguiu minerar 25.000 Bitcoins. Cada moeda valia poucos centavos em 2010, mas no início de junho de 2011, atingiu o valor de US$ 20, o que aumentou sua “ciberfortuna” para algo em torno de US$ 500.000.

    Então, no dia 13 de junho, o usuário tomou ciência do crime. Assim que ele verificou o extrato de sua conta de Bitcoins, viu que uma parte tinha sumido sem explicação. allinvain acredita que alguém acessou seu computador e roubou as criptomoedas do disco rígido, tendo-as transferido para uma conta controlada pelos hackers.

    US$ 500.000 já é um belo dinheiro, mas se as moedas não tivessem sido roubadas, equivaleriam a aproximadamente US$ 132,90 milhões pela cotação de 1º de maio de 2019, quando a criptomoeda estava avaliada em R$ 20.838,42 (ou algo em torno de US$ 5.315).

    Infelizmente, a prática começou a crescer e resultou em outros ataques consideráveis aos Bitcoins, como os seguintes, com seus respectivos valores estimados em reais, pela cotação de 1º de maio de 2019:

    • Março de 2012:703 Bitcoins (R$ 973,755 milhões) foram roubados de usuários do servidor na web Linode. Ainda no mesmo mês, a Bitcoinica sofreu um segundo ataque cibernético de 18.000 Bitcoins (R$ 375,3 milhões).
    • Setembro de 2012: a Bitcoin exchange (plataforma digital que facilita a aquisição e venda das criptomoedas) Bitfloor sofreu um ataque que envolveu 24.000 Bitcoins (R$ 500,4 milhões).
    • Fevereiro de 2014: a Mt. Gox era a maior exchange da época, até sofrer um ciberataque e ter o prejuízo de 850.000 Bitcoins (R$ 17,72 bilhões).
    • Janeiro de 2015: a exchange Bitstamp afirmou perder 19.000 Bitcoins (R$ 396,15 milhões).
    • Agosto de 2016: a exchange Bitfinex anunciou que hackers roubaram US$ 77 milhões em Bitcoins, o que trouxe um grande prejuízo à empresa.

    Apenas nos ciberataques citados acima, foram interceptados mais de 1,089 milhão de Bitcoins, valor correspondente a R$ 22,727 bilhões de acordo com a cotação de 1º de maio de 2019, número que infelizmente ainda pode crescer muito.

    Ciberataques de mineração de criptomoedas crescem 237%

    De acordo com o estudo Round Up, feito pela Trend Micro, os ataques foram 237% maiores em 2018 do que em 2017. Além disso, as técnicas e práticas utilizadas estão se diversificando, o que torna mais difícil se proteger contra elas.

    Outros números chamam a atenção. De acordo com a CypherTrace, empresa especializada em cibersegurança, as perdas causadas pelo roubo de criptomoedas em exchanges e atividades similares atingiram US$ 1,2 bilhão apenas nos 4 primeiros meses de 2019, valor correspondente a 70% do prejuízo de todo o ano de 2018, que foi de US$ 1,7 bilhão.

    E se você acredita que o Bitcoin é o preferido dos hackers, está coberto de razão. De acordo com Jonathan Levin, co-fundador e diretor-chefe da Chainalysis, 95% de todos os ciberataques a criptomoedas envolvem Bitcoins.

    A iniciativa que levou à criação do Bitcoin, de ter uma moeda com sistemas de controle descentralizados, que não precisavam de sistemas bancários e das regulações presentes nas moedas físicas, é até interessante, mas isso também faz com que os ciberataques sejam ainda mais prejudiciais.

    Como é difícil responsabilizar alguém quando isso ocorre, o que muitas vezes não se aplica nem às exchanges que são hackeadas, os usuários estão passíveis a prejuízos sérios, que podem levar embora suas fortunas virtuais em um curto período de tempo.

    Se você investe em Bitcoins, é bom tomar o máximo de cuidado para não ser vítima de ataques virtuais. Assim como acontece em tudo que envolve segurança, da contratação de uma consultoria em telecom até a venda de um automóvel, é melhor prevenir do que remediar, ainda mais quando nem sempre é possível encontrar um remédio.

    Convidados

    Mineração de Bitcoin: o que é e como funciona

    19 de março de 2019

    Domine o assunto de Bitcoins!

    Entenda tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

    Antigamente, quando se falava sobre moedas, era comum pensar em reais, dólares, euros, libras, pesos e ienes, entre outras, todas físicas. Porém, com o massivo desenvolvimento da tecnologia que impacta o mundo inteiro, era difícil duvidar que isso chegaria ao mercado financeiro um dia.

    Foi isso o que aconteceu em 2009, quando um desenvolvedor criou a primeira criptomoeda descentralizada, o Bitcoin, que desde então já apareceu em manchetes de jornais, posts nas redes sociais e até mesmo nos grandes telejornais.

    Um dos termos mais citados quando se trata do assunto é a mineração, indispensável para o funcionamento dos Bitcoins, mas você sabe do que ele se trata? Aliás, você entende exatamente o que é Bitcoin?

    Se você não conseguiu responder, fique tranquilo, pois nós separamos um guia com cada informação que você precisa saber sobre essa moeda digital. Depois de ler o artigo, você já entenderá sobre o assunto e saberá como é possível garimpar Bitcoins!

    O que é Bitcoin?

    A primeira criptomoeda (ativo digital que atua como meio de troca) já desenvolvida. Ao invés de recorrer a uma autoridade central, o Bitcoin (BTC) faz uso de um forte esquema de criptografia para trazer segurança às transações financeiras, controlar a criação de unidades adicionais e verificar a transferência de ativos.

    Seu desenvolvimento é atribuído ao pseudônimo Satoshi Nakamoto, que retirou muitas das ideias do projeto da comunidade cypherpunk, grupo informal de pessoas interessadas em criptografia, para tornar o projeto da criptomoeda em realidade.

    O domínio “Bitcoin.org” foi registrado em 18 de agosto de 2008, e no dia 31 de outubro do mesmo ano, o link para um documento chamado “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System” (Bitcoin: um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer) foi compartilhado com uma lista de discussão sobre criptografia.

    Então, em 3 de janeiro de 2009, a rede da criptomoeda passou a existir oficialmente através da mineração do “bloco de gênese de Bitcoin”, bloco de número 0, que gerou 50 Bitcoins como recompensa.

    O primeiro cliente de Bitcoin de código aberto foi lançado em 9 de janeiro de 2009, e três dias depois ocorreu sua primeira transação, com o programador Hal Finney, que recebeu 10 Bitcoins de Nakamoto.

    É importante ressaltar que o Bitcoin é uma moeda “limitada”, cujo montante não ultrapassará os 21 milhões. Por isso, conforme ela se tornar mais escassa, a tendência é de que também tenha seu valor aumentado.

    O que é a mineração de Bitcoins?

    É o processo de adicionar registros de transações de Bitcoins ao seu livro de registros disponibilizado publicamente, o qual também leva o nome de blockchain, já que representa uma “corrente de blocos”.

    Essa confirmação se dá através do funcionamento de programas especiais que solucionam problemas matemáticos e recebem um certo número de Bitcoins em troca, como pagamento. Esse é um método inteligente de “emissão” da moeda virtual, além de incentivar outras pessoas a procederem com a mineração.

    Isso se faz necessário devido à ausência de um governo central para regular a moeda, como ocorre com o dinheiro físico tradicional, onde há um órgão que decide quando o dinheiro deve ser impresso e para quem será distribuído.

    A mineração de Bitcoins ajuda a manter a rede segura graças à aprovação das transações, que é feita através da solução dos cálculos matemáticos que vimos anteriormente. Com isso, a moeda se mantém estável e protegida.

    O blockchain, onde as transações são registradas cronológica e linearmente, além de assinadas digitalmente, permite que as movimentações da criptomoeda sejam legítimas e, assim, impede tentativas de gastar uma certa quantia de Bitcoins que já foi gasta anteriormente, de modo que seja possível combater fraudes.

    Portanto, há dois objetivos para a mineração de bitcoins, que são os seguintes:

    1. Confirmar transações através de uma maneira confiável, desde que haja poder computacional (esforço) suficiente a ser dedicado ao bloco;
    2. Criar novos Bitcoins em cada bloco.

    Resumidamente, a mineração consiste de cinco passos:

    1. Verificação da validade das transações;
    2. Agrupamento de transações em um bloco;
    3. Seleção da parte superior do bloco mais recente, seguida de sua inserção em um novo bloco, o qual deve ser compatível com a sua “digital” (chamada de hash);
    4. Solução do problema matemático;
    5. Quando a solução é encontrada, o novo bloco é adicionado ao blockchain local e, então, propagado à rede.

    Quem pode minerar Bitcoins?

    Quem possui um computador com alta capacidade de processamento, o que é indispensável para o funcionamento da rede.

    Hoje em dia, já não é mais possível utilizar computadores convencionais para a realização desses cálculos matemáticos, já que eles não possuem poder de processamento suficiente para trazer a agilidade necessária.

    O objetivo desses cálculos é encontrar uma sequência que torne um bloco de transações de Bitcoins compatível com o bloco anterior. Para que isso seja possível, é necessário fazer milhares de cálculos por segundo, até que se consiga encontrar aquela combinação perfeita.

    Quando isso acontece, o minerador é recompensado com bitcoins, o que foi estabelecido para que mais pessoas se interessem por emprestar (ou melhor, vender) o poder de processamento de seus computadores para que a blockchain não pare de funcionar.

    A competição por essa recompensa de bitcoins é percorrida por milhares de mineradores. Ainda que um novo bloco de transações seja formado a cada 10 minutos, a competitividade é muito grande.

    O poder computacional necessário para os cálculos é tão grande que é possível encontrar empresas que vendem contratos de mineração, os quais são adquiridos por um determinado valor e, posteriormente, revertem rendimentos a quem o adquiriu.

    É possível encontrar computadores desenvolvidos especialmente para a mineração de Bitcoins, com valores que podem chegar a até US$ 3.000, mas é preciso também levar em conta os custos com energia elétrica, a qual é necessária para manter o equipamento em funcionamento.

    Também há opções de mineradores de bitcoins que funcionam via USB, os quais são mais baratos e partem de até US$ 19,99, mas seu poder de processamento é inferior, o que significa que as chances de conseguir encontrar a combinação ideal também são menores.

    Domine o assunto de Bitcoins!

    O funcionamento é complexo, é verdade, mas não há dúvidas de que o Bitcoin é uma realidade – bem valiosa, por sinal. Em 1º de março de 2019, 1 Bitcoin valia R$ 14.367,91.

    Curiosamente, no início das transações, quando o valor era negociado pelas partes envolvidas, duas pizzas entregues pela franquia Papa John’s, nos Estados Unidos foram adquiridas por 10.000 BTC, o que equivaleria a R$ 143,679 milhões de reais na cotação de 01/03/2019, embora, na época, não se conhecesse o verdadeiro potencial da criptomoeda.

    Assim como existe a consultoria em telecom para quem precisa de ajuda sobre o assunto, hoje também existem empresas que prestam consultoria em Bitcoins. Agora      que você já percebeu seu valor e complexidade, não é de se espantar a existência de tais empresas, já que o número de pessoas que deseja aprender sobre mineração e todos os demais aspectos da criptomoeda só tem a crescer.

    Geral

    [BIT FRAUDE BREAKINGNEWS] Ministério Público compara InDeal e Unick Forex com esquema de pirâmide da Telexfree

    20 de fevereiro de 2019

    Como evitar cair no golpe da moeda virtual

    O MPF – Ministério Público Federal – está investigando um possível esquema de pirâmides instalado em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Dentre as empresas envolvidas estão a Unick Forex e a InDeal.

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    Acusada de pirâmide, Unick Forex desafia CVM e continua com ofertas em criptomoedas

    O procurador da República Celso Tres, numa entrevista cedida na segunda-feira (18) ao programa Gaúcha, da Rádio Gaúcha, disse que a criptomoeda não ter regulação não justifica essas empresas multiplicarem esses rendimentos da noite para o dia.

    “Tivemos mês no ano passado que passou mais de R$100 milhões apenas de crédito de uma dessas empresas. (…) oferecem lá 15% de rendimento ao mês mais 5% de cada novo investidor que a pessoa levar para o sistema”.

    O Procurador afirma que a investigação começou a partir de dados levantados pela Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e alguns outros órgãos, que forma levados espontaneamente pelas pessoas.

    Apesar de serem alguns elementos iniciais, como afirma o próprio Procurador Federal, ele disse que tudo indica se tratar de “um caso clássico de pirâmide financeira”, como foi a Telexfree — que em 2013 foi desmantelada.

    “(…) é a famosa pirâmide na qual há um motivo qualquer para alguém oferecer um grande rendimento de dinheiro, igual já tivemos um caso internacional, inclusive, que tinha americano envolvido. Foi a Telexfree no Brasil, que era ligações telefônicas a partir de anúncios, que as pessoas pagavam e ofereciam 200% de rendimento ao ano. Então aqui no caso é a criptomoeda”.

    Leia mais clicando no link aqui.

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    [BITFRAUDE BREAKINGNEWS] Tribunal no Canadá ordena criador da Plexcoin a transferir 420 Bitcoins para Justiça canadense

    31 de julho de 2018

    Desembalando os 5 maiores golpes de criptomoedas

    Plexcoin

    Esta ICO em particular foi cortada pela raiz em dezembro de 2017 depois de ser rotulado como um esquema típico de retorno sobre investimento ponzi. A Plexcorp estava prometendo aos investidores mais de 1.300% de retorno sobre o investimento por mês antes que a Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA ordenasse que a empresa parasse as operações.

    Mais de $15 milhões foram levantados durante a ICO da Plexcoin. Felizmente, todos os fundos foram congelados pela SEC e o fundador Dominic Lacroix foi preso.

    Curiosamente, foi a primeira vez que a SEC interveio e acusou uma ICO através de sua Unidade de Crimes Cibernéticos. As ofertas da Plexcoin também foram classificadas como uma garantia, daí a decisão da SEC de apresentar queixa.

    Dominic Lacroix, acusado de aplicar um golpe financeiro através da venda de uma criptomoeda chamada ‘PlexCoin” (por meio de uma ICO), foi obrigado a transferir US$ 3,724 milhões em bitcoins (cerca de R$ 12 milhões), em pleno tribunal no Canadá, senão ele seria mandado para a prisão.

    “Você é passível de desrespeito ao tribunal”, advertiu o juiz Raymond W. Pronovost, acrescentando que ele não hesitaria em mandá-lo para a prisão caso não cumprisse a ordem. A audiência aconteceu no dia 06 de julho, de acordo com a rede de notícias Radio-Canada.

    O magistrado havia comunicado Lacroix no dia anterior e disse que o tribunal havia nomeado Hugo Babos-Marchandum, administrador temporário dos bens da família do acusado, para intermediar a transferência dos bitcoins.

    Leia mais a seguir:

    Tribunal ordena criador da Plexcoin a transferir 420 Bitcoins para Justiça canadense
    Dominic Lacroix com a namorada

    Até mais.

    Geral

    O Lobo de Wall Street faz um alerta sobre Bitcoin

    4 de julho de 2018

    Mais de 800 criptomoedas estão mortas diante da queda de 70% do Bitcoin

    O Lobo de Wallstreet, Jordan Belfort, tem uma relação íntima com investimentos “exóticos”, já que seus esquemas usando manipulação de preços de ações o levou a prisão por 22 meses após se declarar culpado em 1999 destes casos de fraude.
    Porém, segundo ele, este período deu uma luz sobre um ativo que chama atenção hoje, o Bitcoin. “[Bitcoin] é baseado na ‘Teoria do Idiota Maior'”, disse Belfort em um recente vídeo no YouTube. “Eu sei disso melhor do que ninguém no mundo. Eu não tenho orgulho disso, mas eu sei”, afirmou.
    The Bitcoin Market has Finally Run Out of Greater Fools… – YouTube

    O que é um mico na bolsa de valores?

    Jordan Belfort: O Lobo de Wallstreet
    O Lobo de Wall Street alerta sobre Bitcoin: – saia disso antes que você perca todo seu dinheiro!

    Conforme o Lobo citou, a alta do preço se deve apenas a uma crença dos compradores de que continuarão a existir “idiotas maiores” a quem eles podem vender o ativo a um preço mais alto.

    “Não existe valor fundamental [no bitcoin], é baseado no próximo investidor e no próximo”, disse ele. “Saia se você não quer perder todo o seu dinheiro porque […] há uma boa chance de que ele quebre. E quando realmente quebrar, você não conseguirá vender no caminho, não haverá liquidez”, explicou o ex-investidor.

    Da mesma forma que o Belfort pensa, o fundador da Microsoft, Bill Gates, é um dos integrantes do grupo contra o Bitcoin. “Como uma classe de ativos, você não está produzindo nada e então você não deve esperar que ela suba. É um tipo de caso puro da ‘Teoria do Idiota Maior'”, disse ele recentemente. “Bitcoin e ICOs, eu acredito completamente [que eles são algumas] das coisas mais loucas e especulativas”, completou na época.

    Nesta terça-feira (3), o Bitcoin ficou praticamente estável, na casa de US$ 6.600 (veja mais clicando aqui), mantendo o cenário de recuperação neste início de mês após fechar o primeiro semestre com perdas acumuladas de mais de 50%.

    Veja também:

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    Até mais.

    Geral

    Dead Coin: Mais de 800 criptomoedas estão mortas diante da queda de 70% do Bitcoin

    2 de julho de 2018

    Mais de 800 criptomoedas estão mortas diante da queda de 70% do Bitcoin em 8 meses
    Over 800 cryptocurrencies are now dead as bitcoin is 70 percent off its record high

    Em 2017 muito foi falado sobre o excesso dos ICOs (Ofertas Iniciais de Moedas), com milhares de novos ativos digitais sendo lançados nos últimos 18 meses. Uma verdadeira bolha, mas agora, em um momento de maior desânimo dos investidores neste mercado, mais de 800 criptomoedas já podem ser consideradas “mortas”, é o que aponta o site Dead Coins.
    Em face da grande euforia com as moedas digitais, em 2017 foram lançados muitos projetos em que empresas criaram seus próprios tokens. A ideia é a companhia conseguir uma forma de financiamento, enquanto investidores podem “apostar” nestes projetos, comprando barato uma nova moeda digital acreditando que pode ganhar muito com a valorização dela.

    Apenas no ano passado, foram captados US$ 3,8 bilhões por meio de ICOs, enquanto neste ano o número já chega a US$ 11,9 bilhões, segundo dados do CoinSchedule. A questão é que muitos destes projetos eram fraude ou simplesmente não deram certo e já não têm mais como se recuperarem.

    Estas moedas consideradas “mortas” chegam neste momento a 829 tokens, que segundo o Dead Coins valem menos de US$ 0,01. Parte da falha ligada a muitos destes projetos também se dá pela derrocada do Bitcoin, a maior moeda digital do mundo, que já caiu cerca de 70% desde sua máxima atingida em dezembro do ano passado. A combinação de muitos destes casos de fraude com esta forte perda de valor dos principais criptoativos tem pesado para estes projetos pequenos, mas há quem esteja entusiasmado que isso possa mudar nos próximos meses. Diante de definições regulatórias, que alguns analistas acreditam que serão positivas, um novo rali do Bitcoin poderia dar início a uma grande onda de ICOs no segundo semestre.

    Veja também:

    Corretora de câmbio é alvo de investigação de lavagem de dinheiro e crimes financeiros

    Até mais

    Convidados

    Presidente da Alibaba alerta sobre bolha do bitcoin

    25 de junho de 2018

    Nouriel Roubini: O bitcoin e outras criptomoedas representam a mãe de todas as bolhas

    Presidente da Alibaba adota blockchain, mas alerta sobre bolha do bitcoin - Jack Ma - Bloomberg

    Jack Ma, Presidente da Alibaba, declarou que o bitcoin poderia ser uma bolha e reiterou sua advertência sobre essa criptomoeda volátil nesta segunda-feira, quando sua Ant Financial lançou transferências de dinheiro com base em blockchain entre Hong Kong e as Filipinas.
    O fundador da Alibaba Group Holding exaltou as possibilidades do livro-razão descentralizado em que o bitcoin se baseia, porém advertiu que a moeda digital em si pode estar sendo impulsionada pela especulação intensa. Ma fez os comentários após o lançamento oficial de um serviço de remessas baseado em blockchain junto com o Standard Chartered e a GCash, o empreendimento da Ant com a Globe Telecom, das Filipinas.

    O bitcoin atingiu um novo valor mínimo para 2018 no domingo e depois se recuperou um pouco, o que destaca a volatilidade decorrente do maior escrutínio de órgãos reguladores, enquanto presidentes de bancos centrais e chefes de empresas de todo o mundo põem em dúvida sua viabilidade.

    “A tecnologia do blockchain poderia mudar nosso mundo mais do que as pessoas imaginam”, disse Ma a jornalistas na ex-colônia britânica, onde uma grande população de trabalhadores e empregados domésticos filipinos mandam dinheiro a seu país regularmente. “Contudo, o bitcoin poderia ser uma bolha.”

    A Ant Financial, uma afiliada da Alibaba financiada por alguns dos maiores nomes das finanças e dos investimentos globais, explora a tecnologia de blockchain há anos, entre outras coisas, para limpar as obscuras instituições de caridade da China. Mas o serviço de remessas é uma das primeiras instâncias em que a gigante da internet usa a tecnologia nas finanças tradicionais. Hoje, segunda-feira, Ma também criticou o setor bancário tradicional ao dizer que as instituições financeiras estavam cobrando muito pelos pagamentos no exterior. A Ant Financial, impedida de comprar a Moneygram International, agora quer construir algo melhor e extrapolar as remessas com base em blockchain apenas de Hong Kong às Filipinas. Ele não deu mais detalhes sobre isto.

    “As instituições financeiras tradicionais atendem a 20 por cento das pessoas e ganham 80 por cento dos lucros. Novas instituições financeiras devem atender a 80 por cento das pessoas e ganhar 20 por cento dos lucros”, disse Ma.
    Matéria original: Lulu Yilun Chen em Hong Kong, ychen447@bloomberg.net

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    Até mais.