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    10 motivos para os imóveis continuarem a ser um investimento ruim

    25 de abril de 2016

    10 motivos para os imóveis continuarem a ser o mico da vez é o novo tema de artigo da Infomoney para explicar de forma bem clara por que os imóveis continuam sendo investimentos ruins, principalmente para aqueles que não tem dinheiro em caixa para comprar com desconto à vista e buscam alavancar-se ao dar apenas uma parte do dinheiro como entrada e financiar o resto, porém precisam de alugar o imóvel par pagar as prestações. A bolha imobiliária no Brasil e a economia em frangalhos acabaram com a festa dos especuladores de plantão.

    O colunista faz um alerta para que as pessoas não se iludam,pois não deve ser o impeachment que vai destravar uma retomada na trajetória de alta do preço no mercado imobiliário nacional.

    O valor dos imóveis tiveram alta de 9%, o que é abaixo da inflação nos últimos 12 meses, conforme o índice FipeZap. Nas cidades pesquisadas, os preços só subiram em linha com a inflação em Florianópolis. Nas demais cidades houve altas menores que a média ou ocorreu queda nominal de preços. Com taxas de juros que permitem um retorno de cerca de 15% ao ano com aplicações financeiras de baixíssimo risco (CDB, LCI, LCA, FII, Fundos de Renda Fixa, etc…) e com aluguéis que somados por um ano não chegam a representar 5% do valor do imóvel, as casas e as apartamentos se transformaram no mico do momento no mundo dos investimentos. Quem procura vender não encontra comprador a não ser que conceda pomposos descontos, umas das consequências do estouro da bolha imobiliária no Brasil. Desta forma os estoques de imóveis e terrenos se acumulam, aumentando o poder de barganha dos compradores.

    Confira a seguir lista com as 10 principais razões para não investir em imóveis no atual momento da economia brasileira, com Dilma ou com Temer:

    – Os recursos da poupança estão esgotados;

    – Os juros do crédito imobiliário estão altos e podem subir mais;

    – O governo está reduzindo os programas habitacionais;

    – Os estoques de imóveis à venda estão muito altos;

    – O FGTS também dá sinais de esgotamento;

    – O preço do aluguel está em queda livre e deve continuar caindo;

    – As devoluções (distratos) dispararam;

    – Só o mercado imobiliário não passou por uma forte correção;

    – A confiança do consumidor é a menor da história;

    – O desemprego disparou.

    Leia mais a seguir:

    10 motivos para os imóveis continuarem a ser o mico da vez
    João Sandrini 10 motivos para os imóveis continuarem a ser o mico da vez

    Geral

    Bolha Imobiliária: Aumenta desemprego na construção civil

    7 de abril de 2016

    O milagre da nova classe média da Dilma parece estar indo por água abaixo. Depois do forte boom imobiliário com as medidas anti-cíclicas, onde o mundo se retraía e o Brasil se expandia, ou seja, lá fora gastava-se menos e no Brasil gastava-se mais, o crédito ficou barato e farto, gerou muita riqueza, euforia, aumento de preços dos imóveis, aumento de empregos e renda na construção civil. Como foi tudo mal feito, a consequência foi que o crédito imobiliário secou, muitas construtoras pararam de construir, ficaram diversos imóveis encalhados à venda, a renda caiu e o desemprego aumentou vertiginosamente.

    Enfim, a conta chegou e parece que ainda está longe de ser paga. Para piorar, o legado da copa e da olimpíada deixou mais dívida do que benefícios para população.

    06/04/2016 11h08 – Atualizado em 06/04/2016 11h09
    Construção civil demite 467,7 mil trabalhadores em 12 meses
    Em fevereiro, a queda foi de 0,83% em relação ao mês anterior. Piores resultados foram observados no Norte e no Nordeste.

    A expectativa de salário caiu 43%, na média. Por exemplo, um engenheiro de projetos na construção civil esperava ganhar de R$ 8.000 a R$ 12 mil mensais no início de 2015. Agora ele aceita de R$ 6.000 a R$ 8.000 para desempenhar o mesmo trabalho.

    Agora, quem poderá defender a classe trabalhadora da construção civil, desempregada e cheia de dívidas para pagar?

    bolha-imobiliaria-house-for-sale

    Até mais.

    Convidados, Geral

    A bolha imobiliária secou o crédito imobiliário

    1 de fevereiro de 2016

    E agora José, os 50% que não votaram na continuidade do desgoverno também serão penalizados juntos com os 50% que permitiram que a “rainha” continuasse no poder com seus súditos?

    A “nova classe média”, a qual está sendo demitida há anos em massa na construção civil, onde irão trabalhar para continuar consumindo e pagando as prestações dos bens que compraram nos afrouxamentos monetários e excesso de crédito?

    Casas feitas com nota de dinheiro - Simulação mostra o valor máximo de crédito que pode ser obtido na compra do imóvel em dez diferentes faixas de renda, de R$ 3 mil a R$ 40 mil

    A Exame encomendou uma pesquisa, Os imóveis que você pode financiar de acordo com a sua renda para o Canal do Crédito. Esta pesquisa demonstrou que o crédito imobiliário está mais caro e restrito devido à piora do cenário econômico. O valor máximo do imóvel que o brasileiro pode financiar de acordo com sua renda foi reduzido de 2% a 5% nos últimos oito meses. A queda é ainda maior se considerados os últimos 12 meses. Nesse período, o valor máximo que pode ser financiado chegou a ser reduzido em até 16% para quem tem renda familiar de 6 mil reais. Clique no link logo acima e confira a matéria na integra!

    Para quem quer entender um pouco mais sobre crise imobiliária nos EUA e no Brasil, não deixe de conferir:

    – The Big Short – A Grande Jogada

    – A bolha imobiliária no Brasil e a economia

    Até mais e não se esqueça:
    – A crise ainda vai piorar segundo 10 de 10 economistas e analistas do mercado financeiro.

    Parabéns Brasil, você merece!

    Geral

    Bolha Imobiliária SP: Distratos

    16 de outubro de 2015

    Caso você seja um daqueles que caiu no conto do vigário do boom imobiliário, se empolgou, fez dívida além do que podia, errou nas contas e agora quer fazer um distrato, a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências pode te auxiliar:

    http://www.amspa.com.br/novo/quem-somos/
    AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências

    Sobre a Amspa

    A AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, fundada em 01 de Julho de 1991, ou seja, há 21 anos e atualmente presidida pelo Sr. Marco Aurélio Rodrigues da Luz, vem se destacando na orientação em favor da população mutuaria.

    Somos a maior associação de mutuários do Brasil!

    A AMSPA tem como missão: reunir, instruir, representar e, principalmente, defender judicialmente ou extrajudicialmente a todos os proprietários de imóveis na planta ou financiados com um banco, através dos sistemas:

    Construtoras

    Obras em atraso.
    Taxa SATI.
    Taxa de corretagem.
    Rescisão de contrato.
    Vícios ou defeitos no imóvel.
    Formação de comissão de representantes.

    Bancos

    SFI – Sistema financeiro imobiliário.
    SFH – Sistema financeiro da habitação.
    Prestações em atraso.
    Saldo devedor que não diminui.
    Problemas com a liberação da hipoteca.
    Ou qualquer outro tipo de financiamento habitacional!

    Considerada a maior associação de apoio à população mutuaria brasileira, a AMSPA

    Nossos profissionais são altamente especializados no direito imobiliário.

    Com quase duas décadas de experiência em contratos do Sistema Financeiro da Habitação.
    A nossa entidade é totalmente informatizada.
    Atuamos em todo o estado de São Paulo. Em outros lugares consulte a nossa equipe.
    São 18 mil associados que estará do seu lado.
    Já são mais de 9 mil casos resolvidos, judicialmente ou extrajudicialmente.
    Confie a sua defesa em quem tem 21 anos de experiência.
    http://www.amspa.com.br/novo/quem-somos/

    Leia mais sobre o boom e bolha imobiliária aqui no blog:
    http://defendaseudinheiro.com.br/tag/bolha-imobiliaria

    Boa sorte no distrato, caso seja a melhor solução para o seu caso!

    Até o próximo post.

    Convidados, Geral

    O oxigênio da bolha imobiliária brasileira, parte 4

    17 de agosto de 2015

    Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

    DESINFORMAÇÃO?

    Por que é requisito de toda bolha imobiliária a desinformação em larga escala? Primeiro, porque todos sabem o quanto a bolha imobiliária é destrutiva para economia, tinha que ser disfarçada para que não fosse combatida durante o inchar, segundo, porque é a desinformação que alimenta a especulação e faz pessoas acreditarem que preços não caem.

    Analogia com outras bolhas imobiliárias: nos EUA ridicularizavam em público os economistas que falavam sobre a bolha imobiliária e até quando explodia muitos negavam. Na Espanha,  durante a queda de preços, todo mês anunciavam como “o melhor para comprar”.  Na China, o mito é em torno do Governo todo-poderoso que pode resolver tudo.

    Sete exemplos de desinformação (ver item “Referências” para links do que consta abaixo):

    1) “Há uma grande demanda reprimida por imóveis”; “O déficit habitacional garante a procura elevada por imóveis”; “O número de casamentos e divórcios no país faz com que haja uma necessidade contínua e garantida de muitos imóveis novos ao longo dos anos”:

    Demanda reprimida: se mais de 1 bilhão de pessoas no Mundo desejarem uma Ferrari, quantas poderão tê-la? Lembrando que hoje o Brasil tem uma quantidade sem precedentes de imóveis que custam mais caro do que uma Ferrari.

    Déficit habitacional: se concentra nas famílias de baixa renda e quanto mais o preço aumentou, menos acessível o imóvel se tornou. Pesquisa do IPEA apontou crescimento no déficit habitacional para estas famílias de 2007 a 2012, no auge do inflar de preços.

    Casamentos e divórcios: não cresceram anormalmente a partir de 2007, por que as construções deveriam ter um crescimento excepcional a partir desta data?

    O recorde histórico do estoque de imóveis em todo o país, muito acima do máximo considerado normal, é evidência clara do quanto o argumento da demanda reprimida é vazio:

    Post 43 imagem 1 - meses de estoques com construtoras

     

     

    2) “Os preços dos imóveis cresceram em função do custo de construção e da renda que subiram muito”; “Os preços não podem cair porque os custos não caíram”; “O preço dos imóveis subiu muito porque terrenos ficaram cada vez mais escassos e caros”:

    Se uma pessoa cavar um buraco no quintal de casa e outra tapar, posso repassar este custo para o preço do imóvel? Claro que não, este é um conceito ultrapassado e sem sentido.

    Mesmo que fizesse sentido, vejamos o que os fatos demonstram quanto a isto:

    Post 43 imagem 2 - evolução preços de vendas renda aluguel e custo de construção

    Foi a falsa demanda (parte 2 deste texto) e mega especulação (parte 3 deste texto) que levaram a excesso de construções impulsionando custos de construção e não o contrário.

    É a escassez de terrenos e seus preços que impulsionou preços dos imóveis?

    Post 43 imagem 3 -VGV landbank

    O Brasil teve o maior crescimento de preços dos imóveis em termos percentuais em todo o Mundo, batendo o recorde do Japão, o campeão anterior. Será que podemos comparar a densidade demográfica e disponibilidade de terrenos do Japão com o Brasil?

    Já foi demonstrado acima que se dependesse do custo, o preço do imóvel ainda poderia cair muito. Independente disto, o fato é que já temos evidências de que os preços dos imóveis caem independentemente do comportamento do custo. Além das provas neste sentido apresentadas na parte 3 deste texto, tivemos ainda a bolha dos flats em São Paulo:

    Cerca de 10 anos atrás, impulsionados por uma expectativa de demanda elevada por flats em São Paulo, as construções deste tipo de imóvel dispararam e junto com elas, os preços subiram 100% ou mais em poucos anos. Para aqueles que compraram com os preços em seu pico, viram os mesmos caírem em mais de 50%, retornando ao mesmo patamar de antes da disparada, em um curto período de tempo, sem que nenhuma redução de custo ocorresse.

    3) “Brasil não tem bolha imobiliária porque não teve subprime idêntico ao americano”:

    Na Espanha tiveram subprime similar a americano, mas lá a bolha foi inflada simultaneamente aos EUA, ele podia ser idêntico, não havia uma experiência traumática anterior.  Já para Brasil e China, ambos não podiam ter subprime idêntico porque já havia experiências americana e espanhola que demonstraram seus efeitos destrutivos.

    Na China criaram sistema financeiro paralelo, os “Bancos Sombra” (“Shadow Banks”).

    Como fazer diferente no Brasil, sem utilizar os bancos?

    A solução foi criar um esquema de vendas falsas na planta, com agentes e mecanismos diferentes, mas resultados análogos. Abaixo a principal consequência visível, os distratos:

    Post 43 imagem 4 - distratos

     

    4) “Não há bolha imobiliária porque o percentual de crédito imobiliário sobre o PIB não é similar ao de outras bolhas ao redor do Mundo”; “Não há bolha imobiliária porque os bancos no Brasil são muito mais seguros quanto à concessão de crédito imobiliário”:

    Vendas falsas na planta não geram mesmo volume de financiamento imobiliário, grande quantidade de distratos ocorre antes.

    Isto significa que não teremos inadimplência anormal no crédito imobiliário?

    Vejamos dados da CEF que detém 70% deste mercado:

    Post 43 imagem 5 - CEF inadimplência

    5) “Não há bolha imobiliária porque o volume de cimento per capta não se compara a de outros países que tiveram bolha imobiliária” – estudo sempre mencionado por economista que faz palestras para o segmento imobiliário:

    Tal “estudo” desconsidera as diferenças em métodos construtivos entre os países, bem como o percentual de cimento aplicado em obras de infraestrutura ou construção leve (imóveis), sendo assim, as informações não estão equalizadas e as comparações são inválidas.

    O gatilho de explosão de uma bolha imobiliária diz respeito à combinação de super oferta com a necessidade intensa de vender.

    A super oferta se faz pela combinação entre o crescimento recorde em construções, com a redução drástica em vendas combinada com alto volume de cancelamentos de vendas. A relação com o uso de cimento, no máximo, diz respeito a uma das variáveis, que é o crescimento nas construções. De qualquer forma, fica muito mais fácil ver a realidade quanto à oferta e procura, olhando para o primeiro gráfico deste texto, que demonstra a super-oferta.

    Sobre a necessidade de vender, tem relação com o super-endividamento de algumas construtoras (ver parte 2 deste texto), causada pelo processo de vendas falsas na planta combinada com a crise, para qual a própria bolha teve forte colaboração, o que fará com que cada vez mais vendedores sejam pressionados a vender com redução nos preços enquanto terão cada vez menos compradores habilitados a adquirirem estes imóveis.

    6) “É melhor comprar um imóvel do que correr risco de Confisco pelo Governo”:

    Esta é uma chantagem que o segmento imobiliário utiliza para tentar forçar as pessoas a comprarem imóveis. Já foi utilizada no segundo semestre de 2002 quando todos sabiam que Lula seria eleito e isto gerou dólar acima de R$ 4, juros extremamente elevado, etc.

    Na prática o Governo precisaria em primeiro lugar de um motivo para fazer o confisco, uma vez que o mesmo se demonstrou um completo fracasso quando foi aplicado e hoje não traria nenhum benefício, ao contrário, ajudaria a destruir ainda mais a economia.

    Até mesmo a aprovação de um confisco seria muito complexa, basta observar o Executivo se digladiando com Legislativo. Seria necessária uma grande sinergia entre os dois para aprovação de tal medida, além é claro do fato de ser ação extremamente impopular e inviável para um Governo com índice tão elevado de rejeição.

    Resumindo, não há motivo para confisco e sua implantação é inviável.

    7) “A situação atual de super estoque e queda de preços é de curta duração e consequência da crise de 2015 na economia, em especial, da evasão da poupança que seca verba de crédito imobiliário e o torna mais caro”:

    Como demonstrado nas partes 2 e 3 deste texto, o super estoque e queda de preços se iniciaram anos atrás, muito antes da “crise de 2015”.

    Em 2012, conforme apresentado na parte 2 e complementando com dados de uma pesquisa de consultoria especializada junto a 12 construtoras com Ações na BOVESPA, temos que aquele foi o pior ano de todos para as construtoras, com prejuízo liquido consolidado superior a R$ 1 bilhão, queda de 40% nos lançamentos, mais de 20% de quedas nas vendas, mais de R$ 4,5 bilhões em distratos (mais que o dobro do ano anterior), com estoque anormal e equivalente a mais de 16 meses de vendas, quase 50% pior do que em 2011, com 5 grandes construtoras entrando em um patamar extremamente elevado e anormal de dívida liquida em relação a patrimônio liquido, além do início das promoções e descontos por construtoras.

    Tudo que consta acima aconteceu em 2012, apesar de farta verba disponível da poupança para o crédito imobiliário, a menor SELIC histórica, CEF pedalando como nunca com empréstimos, assim como o Governo que pressionava bancos públicos para forçar redução do juros do crédito imobiliário, ou seja, a “crise” do setor imobiliário não vem de agora, já tem anos, sempre com a promessa que logo melhora e apesar de constantes reduções em lançamentos, o super estoque só cresce, como costuma ocorrer em toda bolha imobiliária.

    Conclusão:

    Sobre a desinformação: faz pouco efeito, pois temos cada vez mais reportagens abordando super estoques, quedas em preços de vendas e aluguel, distratos em volume anormal e diversos outros problemas enfrentados pelo segmento imobiliário, além disto, a super-oferta e a necessidade de venda de imóveis aumentam independente da desinformação, o que significa que esta parte do oxigênio da bolha imobiliária também está escasseando.

    Quanto ao oxigênio da bolha imobiliária como um todo, foi demonstrado com riqueza de evidências nas partes de 1 a 4 deste texto, que o fôlego está acabando e a crise na economia, que contou com forte colaboração da bolha para se formar, ajudará a acelerar este processo de explosão, tornando suas consequências cada vez mais visíveis.

    Referências:

    Parte 1 deste texto (juros, crédito imobiliário e empregos): http://defendaseudinheiro.com.br/o-oxigenio-da-bolha-imobiliaria-brasileira-parte-1

    Parte 2 deste texto (vendas falsas na planta): http://defendaseudinheiro.com.br/o-oxigenio-da-bolha-imobiliaria-brasileira-parte-2

    Parte 3 deste texto (especuladores / investidores em volume anormal): http://defendaseudinheiro.com.br/o-oxigenio-da-bolha-imobiliaria-brasileira-parte-3

    IPEA – déficit habitacional cresceu no caso da menor renda: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,deficit-habitacional-cresce-na-baixa-renda-apura-o-ipea,170824,0.htm

    Evolução do preços dos imóveis – IVG-R do BACEN: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries

    Evolução da renda média do trabalhador – habitual real (descontada inflação): http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/defaulttab_hist.shtm

    Evolução dos preços dos aluguéis – SECOVI: http://www.secovi.com.br/pesquisas-e-indices/indicadores-do-mercado/

    INCC – dados extraídos de tabela de índices do SECOVI SP: http://www.secovi.com.br/pesquisas-e-indices/indicadores-do-mercado/

    Artigo sobre a bolha imobiliária dos flats: http://web.archive.org/web/20090322201140/http://veja.abril.com.br/vejasp/especial_guia_imobiliario/p_124.shtml

    Artigo que fala sobre o maior aumento de preços de imóveis do Mundo, no Brasil: http://super.abril.com.br/blogs/crash/pronto-ja-temos-a-maior-bolha-imobiliaria-da-historia/

    Artigo que fala sobre o aumento da inadimplência no Minha Casa Minha Vida: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/06/1636053-cresce-calote-no-minha-casa-minha-vida.shtml

    Informações levantadas por consultoria especializada com base em relatórios trimestrais de 12 construtoras com Ações na BOVESPA, sobre o pior resultado histórico delas em 2012: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/construtoras-tem-prejuizo-e-estoque-de-imoveis-sobe-43-em-2012.html

    Até o próximo post!

    Convidados, Geral

    Bolha Balneário Camboriu

    8 de julho de 2014

    Post mais recente sobre a bolha imobiliária no Brasil: http://defendaseudinheiro.com.br/a-bolha-imobiliaria-no-brasil-e-a-economia

    Segue abaixo, um trabalho que considero excelente e foi desenvolvido por um dos leitores do www.bolhaimobiliaria.com e encaminhado para publicação por aqui também:

    História de uma Cidade Brasileira

    Antes da leitura deste trabalho, gostaríamos que fosse visto o vídeo Espanhistão, por ser uma bolha que já estourou.

    http://www.youtube.com/watch?v=UJ8-dJ5WCo4

    Começaremos a falar da história de um local, onde os preços aumentaram mais do que na Espanha e onde a distorção Renda por preço é muito maior. E que a especulação imobiliária, está transformando morros em planícies e tornando um Balneário num esgoto ao Céu Aberto nos meses de verão.

    Sim esse local existe no Brasil, e a partir de agora mostraremos para vocês a evolução da Bolha Imobiliaria em Balneário Camboriu. Utilizando por base o da bolha de São Paulo feito pelo CA: http://www.bolhaimobiliaria.com/2014/06/24/a-evolucao-da-bolha-imobiliaria-em-sao-paulo-ca/

    Por absurda falta de divulgação é possível ter os dados das vendas de imóveis da localidade apenas demonstrarei o panorama descrito pelos atuantes na área, ou seja, terei como disponível apenas dados relatados pelas próprias Construtoras e Imobiliárias.

    Começarei o trabalho demonstrando a diferença do Custo do m² da cidade em comparação com o valor cobrado.

    http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/132286-por-que-os-predios-estao-ficando-tao-altos-e-caros-em-balneario-camboriu.html

    O CUB apurando pelo Siduscon relata que o m² da construção em BC é de R$ 1.371,44 em junho de 2014 enquando o valor cobrado por esse metro quadrado de acordo com o site do www.Zap.com.br esta em R$ 7680,00 para maio/2014.

    http://www.scempreendimentos.com/indicadores/

    Ou seja, o valor atual dos imóveis da oferta de imóveis esta mais que 5,5x o seu custo.

    A reportagem diz que  do início de 2008 a maio de 2013, a construção de 7 milhões de m² foi autorizada. Num calculo simples, tratando de apartamentos de 100m² de área útil, com 200 m² de área total,  preço de R$ 7.680,00/m²  da área útil. Teremos a nova construção de 35 mil unidades habitacionais ao preço de R$ 768.000,00. Numa cidade que a população estimada pelo IBGE é de 120.000 habitantes e que de acordo com propagandas do setor 25% da população trabalha na construção civil.

    Se utilizarmos o link de quanto precisa ganhar para comprar um apartamento em cada cidade, teremos que para estes 70 mil imóveis, Precisaremos de 70 mil pessoas com renda mensal de R$ 21.000,00.

    http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/quanto-voce-deve-ganhar-para-comprar-um-imovel-em-16-cidades/#2

    Ops, só um pouco, mas a cidade não tem só 120.000 habitantes.

    Sendo que a Renda per capita da população local era de R$ 1.625,59 em 2010. http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_print/balneario-camboriu_sc

    O censo de 2010, que distribuiu as classes sociais das Cidades, constatou que Balneário Camboriú (SC) — 6,85% — 22,07% — 60,13% — 7,62% — 3,32%

    http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1397168

    Verificando que mesmo a Classe A, de 2014 que são pessoas com Renda Per capita acima de R$ 2.728,00, não é população que pode comprar imóvel em Balneário Camboriu.

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/02/classe-media-brasileira-e-o-18-maior-pais-do-mundo-em-consumo.html

    Ou seja, nem grande parte dos 6,85% da população de Balneário Camboriu que pertence a Classe A, pode comprar imóvel atualmente.

    Digamos que 10% da Classe A possa e queira comprar imóvel. Não teremos 822 compradores em potencial na cidade que esta entregando 70.000 imóveis.

    Como visto na reportagem que 75% da população já possui imóvel próprio http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2012-09-21/casa-propria-ja-nao-e-so-sonho-75-no-brasil-sao-donos-do-imovel-onde-vivem.html.  A situação fica ainda mais critica com apenas 200 compradores que realmente possuem potencial e ainda não podem comprar seu primeiro imóvel.

    Ah, mas daí não estou levando em conta que quem compra imóveis em Balneário geralmente, não vai comprar para morar. E sim para ficar um mês de férias anuais.

    Ai que mora o maior problema, não é um reduto de milionários. Com os novos preços, os compradores preferem viajar para o exterior do que pagar quase R$ 800.000,00 para a compra mais R$ 4.000,00 mensais para manter para ficar um mês do ano.

    O calculo dum custo de oportunidade de 10 % ao ano e mais R$ 4.000,00 mensais entre condomínio e demais manutenções. As férias desse cidadão estará custando só de moradia R$ 128.000,00 reais. Ou R$ 4800,00 por dia, ficando barato os alugueis que estavam sendo cobrados próximos ao Itaquerão na Copa (que ninguém pagou).

    A diária de um Bangaloo sobre a Água em Bora- Bora sai em média R$ 1.000, 00 e a passagem para um casal R$ 4.000,00/ pessoa. Ou seja, um casal dono de imóvel em BC estão esbanjando R$ 90.000,00 a mais do que passar um mês num Bangaloo em Bora-Bora.

    O custo de R$ 4.000,00 reais por mês para manutenção, foi retirado deste artigo da revista Exame. Que citando a parte que cabe:

    “Alguns fatores podem explicar essa dificuldade na venda. O primeiro deles é a mudança de hábitos das famílias. De acordo com Andreatta, com a maior facilidade para viajar ao exterior, alguns proprietários têm preferido gastar seu dinheiro lá fora a usá-lo com a manutenção da casa de praia. “Muitos proprietários não querem mais ter casa de veraneio porque ficou mais fácil viajar para outros países do que manter uma casa na praia, o que costuma consumir quatro mil reais por mês”, diz.

    http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/anda-dificil-vender-casas-na-praia-entenda-por-que

    Daí pessoas sem nenhum conhecimento financeiro, podem me dizer que não estou levando em conta a valorização imobiliária. Estão certos, se eles acharem um tolo maior que eles que paguem mais por aquilo que eles já pagaram caro.

    O pessoal que realmente é esta tentando se mostrar como Rico nesta cidade, tem a obrigação de fazer isto, pois estão ganhando com especulação imobiliária. Por isso precisam passar idéia de prosperidade, para vender algo pra um otário, a corrente do maior tolo não pode parar. (explicada a seguir).

    “Como toda bolha envolve a compra de um ativo, geralmente um imóvel ou valor mobiliário, e não por causa da taxa de retorno sobre o investimento, mas na esperança de que o ativo ou valor mobiliário possa ser vendido para mais alguém a um preço ainda maior. O termo the greater fool (“o maior tolo”) foi usado para sugerir que o último comprador está sempre contando em encontrar mais alguém para quem vender a ação, o apartamento ou cartão de beisebol.”

    O preço do metro quadrado é tão caro que, olhem o texto retirado da entrevista.

    ND – Quais os lugares que disputam a preferência com Balneário?

    O preço do metro quadrado se equipara ao de Jurerê Internacional, por exemplo.

    Exato, querem comparar o metro quadrado de uma cidade que 25% da população trabalha na Construção Civil, com um reduto de milionários. Pior, a custo do terreno de Balneário esta dividido por diversos imóveis, enquanto Jurerê os imóveis geralmente são Casas, onde não tem como diluir preço do terreno. Digamos chutando muito alto, custo da construção e o valor do terreno. Podemos dizer que se uma casa tem o custo de 2CUB, um apartamento não custaria 1,3 CUB.

    Mas pesquisando melhor a situação é pior, o metro quadrado de BC é maior que Jurerê internacional

    http://revista.penseimoveis.com.br/mercado-imobiliario/noticia/2013/05/balneario-camboriu-tem-o-metro-quadrado-mais-caro-de-santa-catarina-4143371.html

    Chego agora a pior parte de você cair no golpe financeiro praticado nesta famosa cidade brasileira, ela não é um reduto de milionários, mas sim um lugar onde a lavagem de dinheiro corre solta.

    http://osoldiario.clicrbs.com.br/sc/seguranca/noticia/2014/03/pf-deflagra-operacao-para-coibir-lavagem-de-dinheiro-em-balneario-camboriu-e-mais-16-cidades-4448575.html

    Fica o pior, pro cidadão de bem, ele não esta apenas sendo otário comprando algo acima do valor nesta cidade ele está se escravizando com parcela de 30 anos para, em alguns casos, dar dinheiro para o Crime Organizado.

    Ou tem muita gente burra, ou tem muita gente lavando dinheiro. Mas acho que o poder de compra de gente burra não esta tão alto assim. E a lavagem de dinheiro esta correndo solta.

    Em outra reportagem, verificamos mais uma frase típica de bolhas

    http://www.brasilportugal.org.br/sc/noticia/1838,balneario-camboriu-sustenta-mercado-imobiliario-de-luxo.html

    “Segundo o sócio da imobiliária Desc Imóveis, Cleber Favaretto, Balneário Camboriú sempre teve uma valorização superior a média de outras regiões, por causa, principalmente, da infraestrutura que o município tem. “É uma praia urbana, que tem vida própria o ano todo, o comércio é forte e a rede gastronômica é de primeira qualidade, tudo isso em uma cidade tranquila e segura”, afirma. Os imóveis da construtora FG Empreendimentos, por exemplo, valorizam 30% ao ano.”

    Por isso, que algumas pessoas fazem compras, pois este tipo de noticia faz com que achem que não poderão comprar no futuro. Desta forma incautos se endividam por 35 anos. Ou acham, que estão fazendo investimento, pois essa falsa valorização de 30% ao ano, faz pessoas acharem que é o melhor lugar para se investir dinheiro.

    Porém, todo o investimento, pressupõe uma valorização do Lucro isso não tem como ocorrer. Não possuem compradores reais em potencial. Vamos visualizar o site imovelweb.com.br

    http://www.imovelweb.com.br/venda/sc/balneario-camboriu/

    Na data de 03.07.2014, estão sendo ofertados 7.395 Apartamentos Padrão, 116 Casas de Condomínio e 495 Casas Padrão.

    Se tomarmos por base apenas os Apartamentos Padrão e dividirmos  Visualizarmos os valores de vendas

    Até R$ 250.000 241
    De R$ 250.001 até 350.000 454
    De R$ 350.001 até 500.00 830
    De R$ 500.001 até 700.000 1.168,00
    De R$ 7000.001 até R$ 1.000.000 1.633
    De R$ 1.000.001 até R$ 1.500.000 1.355
    Acima de R$ 1.500.000 1.714

    Ou seja, teremos apenas 20 % das ofertas até R$500.000,00. Que já é um valor absurdo para a população brasileira, lembrando o vídeo do Canal do Otário.

    http://www.youtube.com/watch?v=Oxcfw7HJ68E

    Para receber os R$ 12.000,00 do vídeo. O Brasileiro, entre os impostos do empregador e do empregado Cidadão Brasileiro tem que ser custar quase R$ 20.000,00 para a sua empresa. Pois desse valor temos que retirar 27,5% de IRPF e a Contribuição Social.

    http://www.youtube.com/watch?v=iGdj6B2lsfY

    Nem perto de 1% da população possuí essa renda, conforme mencionei no inicio, a Renda da Classe A, (Alta Alta) que em Balneário Camboriu é 6,85% da população possui Renda Per capita acima de R$ 2.728,00 no Brasil.

    Os valores estão tão absurdos, que o cidadão fudido do vídeo do Canal do Otario faz parte uma pequena porcentagem da Classe Alta, que investiu num dos 20% dos imóveis mais baratos do mercado.

    Os outros, quem são??? Onde estão??? Existem de verdade?? Quem esta “investindo” não esta no topo da pirâmide?? Vai vender pra quem??

    Simples, não existe problema para os donos de construtora não venderem na totalidade os seus imóveis. Com o custo total da obra no melhor dos casos, se os materiais realmente possuírem qualidade e pagando muito caro o terreno, ficaria em 1,2 CUB  ou seja, menos de R$ 1.600,00.

    As construtoras que estão vendendo o seu metro por R$ 8.100,00. Estão construindo 5 apartamentos pelo preço da venda de 1. E estão fazendo um ótimo negócio, mesmo que a cada 3 imóveis da cidade apenas 1 é habitado, estas construtoras acharam um trouxa que pagou pelo custo de 5.

    O Resto fica no estoque como patrimônio.

    O negócio era tão bom, tão prospero, que os donos de construtora estavam fazendo fortunas em estoque. Mas, e sempre tem o mas.

    Imóveis prontos geram despesas, as de mais fácil acesso é o IPTU, dividas gigantescas com este imposto estão em todos os Balanços Patrimoniais da Cidade.

    Imóveis caros, tem um valor, se tu achar alguém que compre, porém estas construtoras estão com um sério problema de vendas e não estão com liquidez nem para pagar o IPTU.

    http://tj-sc.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23930657/agravo-de-instrumento-ag-20110574482-sc-2011057448-2-acordao-tjsc

    Porquê então não baixar os imóveis e pagar as suas dividas??

    Porque não podem… Isso, as construtoras não podem baixar o preço de seus imóveis, pois os seus compradores são sempre os mesmos, são pessoas que acham que estão investindo para vender mais caro no futuro. E nessa expectativa de lucros são esses os únicos Clientes atuais das construtoras daqui.

    Neste cenário de mato sem cachorro, surge o Suicídio, dum dos mais, ou talvez o mais, importante empresário do ramo da cidade. Não tenho como dar certeza do motivo, longe disso, mas é um fato no mínimo estranho.

    http://www.camboriuinvestimentos.com.br/19141/secao/1176323/rogerio-rosa-encontrado-morto

    Esse mesmo empresário, numa reportagem usou uma bolha para explicar outra bolha,

    http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?id=1425475

    Perguntamos, se já não existe publico que compra um imóvel por R$ 2,5 milhões, pra quem ele acha que essas pessoas vão vender por R$ 10 milhões? Na verdade ele sabia que não existiria essa venda. Mas precisava achar alguém que acreditasse nisto,

    http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?id=1425475

    Na reportagem, mostra a foto de algo que estamos querendo levar em conta para dizer que existe excesso de oferta. Entrem novamente na reportagem e vejam a primeira foto, mais isso esta mesmo acontecendo, uma nova cidade inteira de apartamentos de luxo esta sendo construída na praia do lado, que não faz parte do Município de Balneário Camboriu, e sim Itajaí, por isso, não esta incluída nos 7 milhões de m² autorizados, o que sem dúvida irá tirar muitos dos compradores em potencial de Balneário Camboriu, o que como vimos, compradores finais já eram poucos.

    As maiores construtoras da cidade estão com mais de R$ 3 bilhões em estoque. Se formos ver o tamanho da cidade e fazermos um comparativo com o Brasil, que as quatro maiores companhias, MRV Engenharia, Cyrela, Direcional Engenharia e Gafisa acumulavam mais de 25 mil imóveis não vendidos ao fim de 2013.

    http://www.bolhaimobiliaria.com/2014/03/25/construtoras-tem-r-146-bi-em-estoque-de-imoveis-brasil-economico/

    O estoque é muito maior proporcionalmente, gerando dívidas astronômicas, com manutenção, impostos e demais encargos.

    Mas porque então seguem lançando??

    Vou ter dificuldades para explicar, pois não consigo entender a lógica dum mercado, em que os principais fatores não se enquadram em algo honesto. Talvez eles consigam financiamentos absurdos, dando como garantia o seu estoque que sabem que não vão conseguir vender, vendendo apenas o filé de cada prédio e o resto usem como garantia. Talvez, exista uma quantidade quase infinita de dinheiro para ser lavado. Talvez para lançar diversas plantas e não entregar no final das contas, como o exemplo a seguir…

    http://www.blogrelatorioreservado.ig.com.br/index.php/2014/07/03/construtora-mexicana-sai-brasil-sem-entregar-imoveis/

    Veremos, diversas obras paradas, e diversas de desculpas para manter as construções paradas.

    http://wp.clicrbs.com.br/guarda-sol/2014/05/01/justica-suspende-obras-do-maior-predio-do-pais-em-balneario-camboriu/?topo=98,2,18,,,15

    http://osoldiario.clicrbs.com.br/sc/noticia/2014/01/defesa-civil-descarta-risco-de-desabamento-em-predio-em-balneario-camboriu-4397198.html

    Nos Reveillons 2013 e  2014 a cidade verificou que não existe estrutura alguma para crescimento, nas duas viradas de ano a cidade vivenciou falta de água e apagões.

    http://osoldiario.clicrbs.com.br/sc/noticia/2014/01/falta-de-agua-e-apagao-geram-transtornos-em-balneario-camboriu-durante-a-virada-do-ano-4378712.html

    E isso é ressaltado por membro da própria Secretaria de Planejamento da Cidade

    “Impactos. Enquanto o céu é o limite para as construtoras, ninguém se dispõe a precisar os impactos que construções tão grandes podem causar à cidade. “Não há estudos que nos indiquem quais podem ser as consequências sobre a incidência de luz, o regime de ventos ou o meio ambiente, e muito menos temos referências de como mitigá-los”, diz o arquiteto e urbanista Ênio Faquetti, membro do Conselho da Cidade, órgão consultivo vinculado à Secretaria de Planejamento e formado por representantes da sociedade civil.

    Há pelo menos uma década Balneário Camboriú discute a necessidade de aterrar a praia para alargar a faixa de areia, de modo a evitar que a sombra dos prédios se abata sobre os banhistas.”

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,em-camboriu-a-disputa-pelo-predio-mais-alto-imp-,1113272

    Da mesma reportagem retiramos, como estão agindo as construtoras.

    “Sem limites. O plano diretor da cidade impõe índices de ocupação máxima dos terrenos. Porém, não estabelece limites para a altura dos prédios. Nos anos 2000, a prefeitura regulamentou a transferência de potencial construtivo (TPC), instrumento que permite às incorporadoras aumentar a área construída nos terrenos, mediante o pagamento de taxas usadas para realizar investimentos em intervenções urbanas específicas. Isso facilitou o caminho rumo ao céu – e ao luxo. Praticamente só há construções de alto padrão em Balneário Camboriú. Um estudo conduzido pela consultoria Brain, de Curitiba, indica que 60% do estoque de apartamentos lançados na cidade custa acima de R$ 1 milhão. “

    Esta falta de limite, torna o mar durante todo o verão um esgoto ao Céu aberto. E a praia sem sol a partir das 3 da tarde por causa dos prédios. Imaginem quando ficarem prontos todos estes prédios que estão em construção e para serem lançados.

    Banho de mar a partir de novembro é quase garantia de alguma doença de pele. Nos meses de alta temporada, o tratamento de esgotos, são consegue filtrar 3% da demanda.

    Qual é o luxo de se banhar num esgoto??? Para tomar banho neste mar que os proprietários estão gastando 3,36 vezes mais do que ir para Bora-Bora??

    Não queremos, falar mal de nenhum economista brasileiro, mas digamos que Ricardo Amorim, possa para alguns ser considerado o cavaleiro do apocalipse, e sim ele, deu palestras em Balneário Camboriu. O economista que previu a bolsa a 200.000 pontos, que tentou passar seriedade sobre as empresas de papel da EBX e que hoje defende que não existe bolha imobiliária. Sempre, citando dados, que não possuem fonte. Como no caso, que falou que o preço dos imóveis em relação a renda é barata no Brasil.

    Citarei dados, somos um dos o paises mais caro do mundo neste quesito.

    http://www.revistaportuaria.com.br/noticia/15796

    Fato:

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    Sendo, que dos 5 maiores indices preço/renda per capita apenas o Brasil tem densidade populacional abaixo de 100 habitantes por km2 (Brasil: 22 habitantes por km2);

    http://www.bolhaimobiliaria.com/2013/08/20/bubble-busters-i-preco-imoveis-x-renda-bolhadao_rj/

    O problema que a situação da cidade é tão desesperadora, que até o defensor do fato que não existe bolha, coloca a cidade como uma das 100 mais caras em relação a renda do mundo

    http://ricamconsultoria.com.br/news/entrevistas/palestra_tendencias_mercado_imobiliario_2013

    Por não possuirmos dados relativos as vendas, usatilizaremos como base. Cabo Frio RJ, cidade com as características de Balneário Camboriu em termos de crescimento populacional e publico para a venda de imóveis. Com um agravante, a população de Cabo Frio é 50% maior que a de Balneário e conseguiria agüentar melhor o crescimento.

    http://folhadoslagos.com/home/home/superimoveis-entram-em-mare-baixa-em-cabo-frio-decepcao-com-vista-para-o-mar#materia

    Na matéria elencada a cidade de Cabo Frio- RJ, em meses de alta demanda. Possui uma venda de 50 a 70 unidades por mês, possuindo um publico 50% maior.

    Mesmo sem levarmos em conta, quantas dessas unidades são vendidas para investidores, que não são consumidores finais e mesmo com publico alvo menor, tomaremos por base o mesmo número de unidades vendidas, que de um mês de demanda alta nesta cidade do Rio de Janeiro.

    Ou seja, mesmo que considerássemos que anualmente ocorram a venda de 700 unidades em Balneário Camboriu-SC.

    Teremos estoque em apenas um site o equivalente a 11 anos de venda e estão sendo lançados imóveis para mais 50 anos.

    Começaremos uma análise histórica dos valores de imóveis em Balneário Camboriu, usando como base a premissa do Ex-dono na Embraed. Palavras dele, imóveis comprados no Ano 2000 por R$ 100.000,00 estavam valendo na época da reportagem R$ 1.000.000,00, novembro 2013. E que em poucos anos imóveis que ele estava vendendo por R$ 2.500.000,00 serão vendidos por R$ 10.000.000,00.

    Pegaremos o CUB de Janeiro de 2000 que era R$ 478,39 e o de novembro de 2013 R$ 1.307,65. Para facilitar o calculo, mas sabendo que não é o que ocorre, pois um imóvel com 10 anos possui inúmeras manutenções que devem ser feitas, daremos para ele, o preço do metro quadrado médio do fipe zap que teremos referencia agora que é de R$ 7.680,00 não usaremos o de novembro que estava em quase R$ 10.000,00 pois a amostra era pequena e eu já poderia comprovar uma bolha pelo simples desconto de R$ 2.320,00 reais no metro quadrado em pouquíssimos meses.

    Mas prefiro, comprovar por A+B a existência.

    Conforme, constatamos o imóvel que no ano 2000 era comprado por R$ 100.000,00 e hoje é vendido por R$ 1.000.000,00 é um imóvel de 130 m² de área útil.

    Na prática é um imóvel maior, pois o imóvel de 10 anos, possui um valor m² menor que o de um lançamento, mesmo assim, faremos um calculo favorecendo os “players” do mercado.

    O valor da venda do m² em 2000 foi de R$ 769,23 reais ou 1,60 CUB da época, a tendência é que era menos que isso. Mas o melhor será usar os cálculos a favor da construtora, para não deixar dúvidas sobre uma distorção no mercado.

    Se este mesmo imóvel é vendido por R$ 1.000.000,00 o m² esta em R$ 7.692,30 ou 5,88 CUBs. O que dá um desvio de valor de 3,675x ao que era cobrado.

    Agora, bateremos em cada item dos defensores que o mercado é sustentável ainda.

    • O aumento da Renda Brasileira.

    http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_print/balneario-camboriu_sc

    Notamos que de 1991 ao ano 2010, a Renda Per Capita, passou de R$ 791,69 em 1991, para R$ 1.563,49 em 2000 e por fim R$ 1.625,59 em 2010. A renda aumentou, muito menos que o crescimento do valor do CUB da cidade, com uma clara distorção mais de 10x no aumento da renda e do m².

    • Déficit habitacional,

    Não há déficit algum no mercado de luxo, na verdade quem compra imóvel nesta localidade, geralmente esta comprando seu segundo, terceiro imóvel.

    • O imóvel nunca baixa,

    Talvez até fosse, uma forma de manutenção do seu patrimônio, comprar imóveis, pois como vimos o valor do CUB aumenta com o tempo. Mas, isso é valido para imóveis que seu valor esta atrelado ao CUB, como vimos o m² esta em 5,8 CUB, então não existe como manter algo que se esta pagando 5,8x mais do que vale.

    Comprando bem, próximo ao 1CUB, o imóvel pode ser considerado como forma de manutenção do patrimônio, mas exceto em mercados distorcidos como foi no passado, não é forma de investimento para o comprador final.

    Para o construtor as variáveis são diferentes e é um investimento. Muito bom por sinal, se conseguir vender.

    No caso atual, o imóvel tende sim a baixar, buscando os preços históricos em relação aos seus custos. Conforme o que aconteceu em todas as bolhas da história.

    No gráfico veremos que em momentos de Pânico, o que sempre ocorre em qualquer mercado, os valores ficam menores que o preço de referencia.

    http://www.bolhaimobiliaria.com/2011/03/04/bolha-em-graficos/

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    Por fim, demonstraremos o absurdo da declaração o Ex-dono de construtora,

    http://www.imovelweb.com.br/venda/sc/balneario-camboriu/imovel/barra-sul-1001354249

    O imóvel mais caro da cidade, esta para vender por R$ 16.000.000,00 e possuí 740 m². Valor do m² R$ 21.621,62, com o CUB atual em R$ 1.400,00. Teremos esse imóvel esta sendo vendido por 15,4 CUBs, quase 10x o valor histórico. Claramente, valendo em termos históricos, 10% do valor atual. Sendo assim, quem tinha dúvidas de que se haverá ou não quedas de 90% quando estourar a bolha no Brasil, estou demonstrando um exemplo.

    Mas a declaração do Construtor remete a valorização em poucos anos de 500%, 1000%. Um calculo em relação ao Fundo de Investimento Imobiliário, Floripa Shopping que possui uma fração ideal de 38% do empreendimento “FLORIANÓPOLIS SHOPPING CENTER” com área construída total de 75.127,36 m2.

    O fundo possuí, e as cotas desse fundo chegaram a ser vendidas por R$ 433,00. ou seja, o valor de mercado desse fundo inteiro valia R$ 20.784.000 enquanto esse apartamento R$ 16.000.000.

    https://www.mzweb.com.br/btgpactualfundos/web/arquivos/1Semestrede201010.pdf

    Quem acredita na valorização imobiliária do mercado atual, irá comprar por R$ 16.000.000,00 para vender em 10 anos por R$ 160.000.000,00.

    Digamos que em 10 anos o Shopping valorizará 10% ao ano, chegando o fundo a valer R$ 53.908,34 ao final de 10 anos o Shopping todo valerá R$ 141.863.157,89. Ou seja, baita negócio, comprou um ape com 740m² que só gera despesas e no final de 10 anos trocou por um Shopping com 75.127,36 m² que possui diversos locatários e renda garantida..

    É o mais provável do que acontecerá com esse  “Investidor”não acham? Por óbvio, “ La vivienda nunca baja”

    Conclusão

    Em Balneário Camboriu- SC, estamos vivenciando uma Bolha Imobiliária em que os imóveis estão sendo vendidos por no mínimo 3,675x o preço que poderiam valer, isto sendo otimista, pois estou levando em conta que no Ano 2000 os preços estavam normais e sem ter levado em conta que o m² de um prédio com mais de 10 anos custa menos do que a média do m² local.  Neste cenário otimista, teremos uma queda de pelo menos 70% no valor real do imóvel.

    Sendo que em alguns casos como o demonstrado, os imóveis poderão perder até 90% em termos real do seu valor atual.

    E o mais importante, este Balneário não possui estrutura de abastecimento, tanto de Água como de Energia Elétrica e esta gerando grave poluição ambiental.

    Por fim, termino o trabalho com a Ultima noticia relacionada, e vamos esperar a bolha estourar…

    http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/economia/noticia/2014/07/disputa-entre-construtoras-muda-a-paisagem-de-balneario-camboriu-4545118.html

    Até o próximo post.

    Convidados, Geral

    Estrangeiro vê retorno compensar risco Brasil.

    8 de abril de 2014

    E parte do capital que está entrando no País, vai para o mercado imobiliário!

    Estrangeiro vê retorno compensar risco no Brasil
    26 de março de 2014 | 14h28
    Fernando Dantas

    A reação tranquila dos mercados ao rebaixamento do rating pela Standard&Poor’s, na visão de diversos analistas, deveu-se a uma combinação de fatores: a mudança da perspectiva do rating para estável, a percepção atual de que o processo de normalização monetária nos Estados Unidos será bem gradual e a visão de investidores estrangeiros de que o retorno dos títulos de renda fixa brasileiro tornou-se atraente, quando comparado aos riscos. Esta última percepção está ligada à aposta de que a política econômica no Brasil parou de piorar, e pode até melhorar um pouco.

    “Os estrangeiros têm uma postura mais pragmática, e depois de assistirem a toda a reprecificação dos ativos brasileiros desde o ano passado, consideram que a relação risco/retornou ficou atrativa, isto é, que os riscos subiram mas os retornos subiram ainda mais”, diz Luiz Fernando Figueiredo, sócio fundador da Mauá Sekular Investimentos e ex-diretor do Banco Central (BC).

    Figueiredo nota que há um fluxo líquido expressivo de recursos externos entrando no Brasil, de cerca de US$ 3 bilhões na última semana, segundo seus números.

    “Isto não tem sido por causa da renda variável ou da conta corrente, o que há é um aumento de fluxo para títulos prefixados ou indexados à inflação”, acrescenta o economista.

    No caso da bolsa, ele nota que a situação é mais complicada, por causa do ritmo baixo da economia, os problemas da Petrobrás com o controle do preço dos combustíveis, o problema da Vale com a queda do preço do minério de ferro e, pairando sobre tudo isso, a ameaça de danos mais sérios no setor elétrico e até mesmo de racionamento.

    Ainda assim, Figueiredo nota que as empresas aumentaram seus programas de recompra de ações, sinalizando que veem suas ações como baratas. Nos Estados Unidos pós-crise, diz o diretor da Mauá Sekular, programas de recompra das empresas ajudaram o bom desempenho do S&P 500.

    Um ponto frisado por diversos analistas é o fato de que, depois do rebaixamento, a S&P tenha mudado a perspectiva do rating soberano brasileiro de negativa para estável. Este era o cenário considerado mais provável, no momento do rebaixamento, mas, ainda assim, a sua confirmação gerou algum alívio. Não era 100% descartada a hipótese de que a perspectiva negativa pudesse ser mantida mesmo no novo nível mais baixo de rating. Isto acenaria com a possibilidade de uma perda do grau de investimento em prazo relativamente curto, e certamente teria consequências muito mais drásticas para os mercados.

    Agora, de certa forma, a S&P deu tempo ao governo brasileiro para empreender mudanças de política econômica compatíveis com o calendário eleitoral. Assim, o simples cumprimento do que foi anunciado para este ano em termos fiscais – o superávit primário de 1,9% do PIB para o setor público consolidado – seria compatível com a estabilidade do rating BBB- ao longo de 2014. Mas o próximo passo, para estancar a queda da classificação e possivelmente preparar o terreno para o retorno ao movimento de melhora, teria necessariamente de incluir um ajuste mais duro da política econômica em 2015. Isto é algo que pode em teoria acontecer tanto com a vitória da presidente Dilma Rousseff quanto com a de algum dos candidatos de oposição.

    Um gestor de recursos que já esteve no governo observa que também ajuda o Brasil neste momento o fato de que, em que pesem os muito problemas do País, outras importantes economias emergentes, como Rússia e Turquia, parecem bem piores, e melhoram o perfil brasileiro comparativamente.

    Segundo Samuel Pessôa, sócio e economista-chefe da gestora Reliance, em São Paulo, “é possível que, com os últimos passos da política econômica no Brasil, o investidor externo esteja descartando cenários de deterioração muito drástica – apenas isto já poderia tornar atraente o investimento em renda fixa no Brasil”.

    Fernando Dantas é jornalista da Broadcast

    Até a próxima!