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    A atração e o vício nas apostas e jogos de azar

    3 de fevereiro de 2020

    Antecipação, estratégia, ansiedade, tensão… e a possibilidade de ganhar muito dinheiro jogando e apostando pela internet. O hábito pode não fazer parte da vida de muitas pessoas mas, quem tem, sabe: é viciante.

    O termo “viciante” é usado muitas vezes no sentido figurado, tentando demonstrar quando algo é bom demais para ser deixado. Mas, neste caso, ele deve ser entendido no sentido literal. Isso não significa que o hábito do jogo não é divertido demais para ser deixado. Esse é o problema para muita gente, mesmo no Brasil, onde as apostas são atualmente ilegais.

    O fato de não ser permitida a abertura de bingos e cassinos no território nacional não impossibilita o jogador de procurar por opções virtuais para fazer suas apostas. Estas que, tomados os devidos cuidados para não se viciar em apostas online, podem combinar entretenimento e ganhos financeiros.

    Entenda melhor como funciona o vício em jogos e a importância de não deixar-se levar pelo ego na hora de apostar.

    A ciência do prazer em apostar

    Os jogos de azar não são os únicos tipos de vícios que podem comprometer suas finanças, mas estão entre os principais. Chamado de Transtorno do Jogo Compulsivo, a condição é documentada e se assemelha a vícios como o alcoolismo e o tabagismo.

    A sensação de satisfação que resulta do hábito de correr riscos é relacionada com um aumento na liberação de dopamina no cérebro, que é um neurotransmissor relacionado ao prazer. Por isso, para os jogadores assíduos, sentir esse risco e desafiar a sorte tornam-se necessidades.

    Começando como uma brincadeira, as apostas ocasionais de R$1 a R$10 podem levar a ganhos milagrosos, multiplicando a aposta inicial em 10, 15, 50 vezes. Se descontrolado, esse hábito pode levar o jogador à dependência e a perdas tão grandes, senão maiores do que os ganhos. O mais interessante é que, quimicamente, tanto ganhar quanto perder leva à mesma resposta dopamínica no cérebro. Ou seja, perder é tão prazeroso quanto ganhar!

    Não é uma surpresa que essa busca pelo prazer possa levar a perda de patrimônio, isolamento social e até, em casos mais extremos, a ameaças de morte a quem não consegue pagar suas crescentes dívidas de jogo.

    O problema com esse tipo de vício é que, como ele não é relacionado com uma substância química, muitas vezes é visto como um desvio moral, ao invés de uma dependência. Mas é, na verdade, uma patologia, que atinge de 1% a 2% da população brasileira.

    Diagnóstico e tratamento

    Assim como outros tipos de patologias documentadas, o Transtorno do Jogo Compulsivo tem método de diagnóstico e pode ser tratado. O site do Programa Ambulatorial do Jogo Patológico (PRO-AMJO) do Hospital das Clínicas disponibiliza uma lista de 20 perguntas que ajudam a própria pessoa a conseguir a resposta que procura e a buscar ajuda. As questões envolvem situações para descobrir se o usuário já mentiu, perdeu horas de trabalho ou teve problemas familiares por causa do jogo.

    Em entrevista, o professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina (FMUSP) e médico do Instituto de Psiquiatria (IPq), Hermano Tavares, explica melhor quais são os três pilares que concluem o diagnóstico. Segundo o médico, o primeiro pilar é a perda de controle sobre a atividade de aposta e as consequentes tentativas frustradas de ficar sem jogar. Se o jogador se propõe, espontaneamente, a ficar uma semana, um mês sem jogar, e não consegue, esse é um sinal de alerta. Além disso, assim como outras formas de dependência química, a prática constante do jogo vai provocando uma adaptação no cérebro e reduzindo o prazer alcançado inicialmente. É por isso que o jogador tem a tendência de aumentar seus riscos com o tempo e apostando quantias cada vez maiores. O terceiro pilar é o sofrimento psicossocial. “Quando o jogador exagera, acaba acumulando uma série de prejuízos: éticos, financeiros, morais, nos relacionamentos pessoais, no trabalho. E mesmo com todos esses prejuízos, ele continua jogando”, diz o médico.

    Após o diagnóstico, o jogador tem algumas opções que fazem parte do processo de tratamento, que envolvem acompanhamento psiquiátrico, tratamento psicológico e reuniões de jogadores anônimos. As instituições que oferecem esse tipo de auxílio são variadas pelo Brasil. Em São Paulo, por exemplo, a PRO-AMJO oferece um tratamento multiprofissional, iniciado pela triagem, passando por um clínico geral e um psiquiatra até o ingresso no ambulatório.

    Tente evitar as emoções na hora de apostar

    Se você é uma pessoa adulta e consciente dos riscos, nada te impede de tentar a sorte e entrar em um jogo de azar ou esquemas de apostas na internet. Mas, se você for tentar, uma dica interessante é evitar a emoção quando for lidar com suas transações monetárias.

    É claro, somos todos seres humanos e emocionais. A emoção de ganhar é intensa, mas tente evitar de se sentir um super-herói neste momento. Vencer muitas apostas seguidas leva a uma sensação de invencibilidade que é irreal e perigosa. Perigosa porque ninguém é invencível e vai chegar um momento em que a perda é inevitável. Então, conte sempre com as análises e estatísticas, veja as probabilidades e tome decisões conscientes para usar o seu dinheiro suado. Sua carteira e sua saúde mental agradecem!

    A atração e o vício nas apostas e jogos de azar

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    Exame: A pirâmide do marketing em rede

    3 de agosto de 2017

    Pirâmide do marketing em rede

    Questão para reflexão: Hinode é pirâmide financeira?

    Em épocas de desemprego em massa os vendedores de cursos mirabolantes para ficar rico da noite para o dia pipocam na internet! A vida ensina a aprender mesmo com quem não se tenha simpatia. A eles se dá assim alguma utilidade para terem cruzado o seu caminho. E foi de um destes que ouve-se a frase: “o problema do mundo de hoje é que está começando a faltar bobo pra tanto malandro”. No que diz respeito ao tão falado “marketing de rede”, mais uma das milhares roupagens dadas à tradicional “pirâmide”, a frase é perfeita.

    Cuidado com pirâmide financeira Mandala da Prosperidade

    Basta abrir seu facebook e as propagandas começarão: “Descubra como eu ganhei milhões sem sair de casa trabalhando somente duas horas por dia”, “Conquiste milhões de seguidores e potencialize o seu negócio”, “Os segredos do marketing de rede revelados como nunca antes”, e por ai vai. Todos se propondo a mostrar algo diferente, revelador, bombástico, que irá tornar sua jornada até os milhões rápida e certa. Na prática, todos absolutamente iguais, uma repetição de uma formuleta criada em cima dos princípios de psicologia social tão bem descritos nos livros de Robert Cialdini.

    Depois de fazer os cursos, gastarem milhares de reais, e darem com os burros n’água, as pessoas percebem que só existe uma opção para recuperar o dinheiro que perderam nos tais cursos. Reforçar sua crença em seus gurus-carrascos-charlatões de estimação e tornarem-se também vendedores de fórmulas milagrosas (este também um fenômeno muito bem explicado por outro gênio da psicologia social, Elliot Aronson). Da noite pro dia viram “coaches”, “mentores” ou professores de “marketing de rede”. E a brincadeira toda vira ser dar um curso para bobos que vão se tornar professores de bobos que por sua vez ensinarão a fórmula milagrosa a outros… bobos.

    Nesta altura do campeonato, alguns dos “malandros” de plantão que leem o artigo estão se coçando na cadeira prontos para rebater: “Ele fala sem saber! Não conhece o meu caso! Eu consegui realmente ganhar dinheiro com o marketing em rede!”. É verdade, existem os casos dos que ganham dinheiro fazendo isso lá do topo da pirâmide, e alguns raríssimos que ganham aplicando em seus negócios. Como existem os que melhoram seus negócios mudando uma letra do nome da empresa, fazendo estudos energéticos do escritório com parapsicólogos ou colorindo as paredes das salas utilizando a cromoterapia. A verdade é que mesmo sem fazer nada um percentual das coisas que vão mal passa a ir bem e isto se chama estatística. Mérito dos malandros do marketing em rede que sabem se utilizar dela para convencer seus bobos-alunos.

    As pessoas estão começando a acordar. O dinheiro livre para cursos está cada vez mais escasso e as informações sobre seus resultados mais disseminadas, fazendo com que cada vez menos estejam caindo no conto do vigário de enriquecer rapidamente ou multiplicar os negócios de suas empresas em semanas através de formulas e cursos milagrosos. Ainda sobrarão malandros, é claro, mas serão menos em quantidade. Afinal, foi Einstein que dizia que só existem duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana. Einstein, porém, fazia sempre uma ressalva que em relação à primeira não tinha certeza…

    Querem fazer um curso para mudar suas vidas? Busquem algo que aplicarão em vocês mesmo e não algo que ensinarão aos outros. Algo como uma reeducação alimentar, um maior conhecimento técnico de sua profissão ou mesmo um curso que te ensine uma profissão nova. Desde que a profissão não seja a de “enganador de bobos”.
    fonte de consulta: exame.abril.com.br/blog/eduardo-moreira/a-piramide-do-marketing-em-rede

    D9 e MinerWorld: suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira

    Até o próximo post.