Conceitos de investimentos e tipos de risco
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Conceitos de investimentos e tipos de risco

19 de maio de 2013

Segue um texto excelente sobre conceitos de investimentos e tipos de risco. Algo para lá de essencial para se montar uma estratégia eficiente para sobreviver no mercado financeiro.
Aproveite!!!

 

PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO: CONCEITOS

Rentabilidade absoluta versus rentabilidade relativa (benchmark)

Exemplos:
– Rentabilidade Absoluta: O fundo de renda fixa do banco X rendeu 0,80% no ultimo mês.
– Rentabilidade Relativa: O fundo de renda fixa do banco X teve um rendimento de 97% do CDI no ultimo mês.

Rentabilidade esperada versus rentabilidade observada

– Rentabilidade Observada: está relacionada com o conceito de passado. É a
rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento, por exemplo.
– Rentabilidade Esperada: É calculada como a média da rentabilidade observada. Representa uma expectativa (esperança) de retorno do investidor.

Liquidez

Maior ou menor facilidade de se negociar um ativo, convertendo-o em dinheiro.

Exemplo: Investimentos em CDB possuem maior liquidez que os investimentos em imóveis.

Risco

Risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa decisão de investimento.
Grau de incerteza do retorno de um investimento. Normalmente, o risco tem relação direta com o nível de renda do investimento: quanto maior o risco, maior o potencial de renda do investimento.

Risco de Mercado

Risco de mercado é a potencial oscilação dos valores de um ativo durante um período de tempo.
O preço dos ativos oscila por natureza. Uns mais, outros menos. A isso chamamos de volatilidade, que é uma medida dessa oscilação. Assim, os preços das ações são mais voláteis (oscilam mais) que os preços dos títulos de renda fixa. O Risco de Mercado é representado pelos desvios (ou volatilidade) em relação ao resultado esperado.

Risco de mercado, Volatilidade e Desvio-Padrão, na prática, podem ser utilizados como sinônimos.

Exemplo: se esperarmos que um determinado fundo de investimento apresente um retorno de 25% ao ano, temos a expectativa de que ao aplicarmos R$ 100, obteremos um retorno de R$ 25.
Quaisquer rentabilidades observadas acima ou abaixo são consideradas risco de mercado.

Risco de Crédito

Risco de crédito está associado a possíveis perdas que um credor possa ter pelo não pagamento por parte do devedor dos compromissos assumidos em uma data acertada. Há vários tipos de risco de crédito: um investidor, ao comprar um título, sempre estará incorrendo em um ou mais destes tipos de risco de crédito.

As empresas contratam as agências especializadas como Standard & Poor’s e Moody’s para que elas classifiquem o risco de crédito referente às obrigações que vão lançar no mercado (e que serão adquiridas por investidores), como debêntures (bonds), commercial papers, securitizações, etc.

O rating depende da probabilidade de inadimplência da empresa devedora, assim como das características da dívida emitida.

Quando uma empresa emite debêntures e não consegue honrar seus pagamentos, seus investidores estão sujeitos a terem perdas financeiras devidas o risco de crédito existente.

IMPORTANTE: Aplicação em ações NÃO possuem RISCO DE CRÉDITO.

Risco de Liquidez

Trata-se da impossibilidade de vender um determinado ativo pelo preço e no momento desejado. A realização da operação, se ela for possível, implica numa alteração substancial nos preços do mercado.

Caracteriza-se quando o ativo possui muitos vendedores e poucos compradores.

Investimento em imóveis é um exemplo de uma aplicação com alto risco de liquidez.

Risco versus Retorno

Considerando que os investidores são racionais, concluímos que os mesmos só estarão dispostos a correrem maior risco em uma aplicação financeira para ir em busca de maiores retorno.

Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo retorno, o investidor prefere o de menor risco e entre dois investimento de mesmo risco, o investidor prefere o de maior rentabilidade.

Diversificação: vantagens e limites de redução do risco incorrido

– Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em fatores comuns a todos os ativos do mercado.
Por exemplo, determinado resultado das eleições presidenciais afeta, em maior ou menor grau, todos os ativos do mercado.

– Risco não sistemático ou específico: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em características específicas do ativo.
Por exemplo, se uma plataforma da Petrobrás sofre um acidente, a princípio somente as ações desta empresa recebem um impacto negativo.

A diversificação, no mundo dos investimentos, é como o investidor divide sua poupança nos diversos ativos financeiros e reais, como: colocar 10% de seu dinheiro na poupança, 50% em fundos de renda fixa, 20% em fundo imobiliário e 20% em ações.

A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas. É o velho ditado: “não coloque todos os ovos numa única cesta”. Desta forma, quando um investimento não estiver indo muito bem, os outros podem compensar, de forma que na média não tenha perdas mais expressivas.

A diversificação consegue reduzir APENAS o risco NÃO SISTEMÁTICO (específico). O risco sistemático não pode ser reduzido, nem mesmo com uma excelente diversificação.
Fonte: Apostila de Mercado Financeiro em pós-graduação de Gestão Financeira, Econômica e Contábil

 

E nunca se esqueça: Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Leia também:

grafico azul

Até o próximo post.

2 Comments

  • Reply Diego Wawrzeniak 20 de maio de 2013 at 14:18

    Muito bom Vilmar!

    Vou citar esse artigo no próximo post lá do Blog do Bússola!

    Abraços,
    Diego

    • Reply Vilmar 20 de maio de 2013 at 14:49

      Blz, tudo bem.
      Grato pela participação.
      Abraço[]´s

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