A armadilha dos micos
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A armadilha dos micos

1 de março de 2013

Qual a explicação para tantas pessoas caírem nesta armadilha dos micos (ativos de empresas ruins, em má situação financeira, jurídica, que não dão lucros, só dão prejuízos, estão falidas ou a beira da falência, liquidez pífia, etc…) ?
Não se vê outra resposta que não seja ganância desenfreada aliada à desinformação. Os incautos na sede de fazer dinheiro rápido são vítimas fáceis para alimentar este ciclo vicioso. Compram ativos ruins na base da “dica quente”, de vez em quando dão sorte e saem com bom lucro antes da festa acabar, mas na maioria das vezes ficam agarrados ao mico na ilusão de que um dia voltará naquele preço absurdo, alto, surreal, que pagaram após valorizações estratosféricas.

A dor seria muito menor se operassem ativos com data de vencimento prévia como contratos futuros, opções, commodities, termo, etc..

E não só na bolsa de valores vemos estes casos de investidores sendo lesados. Vários golpes/fraudes já ocorreram como por exemplo boi gordo, avestruz master, bolsa do rio, Enrol, Encol, pirâmides diversas (Madoff, “Madoff Mineiro”, etc…).
A tática dos fraudadores sempre é a mesma, eles te fazem pensar que está tendo vantagem, que você vai ganhar e ele vai perder.
Quem assistiu o seriado Lost, personagem Sawyer, cansou de ver isto em seus flashbacks.

Tem um ditado que diz: “Todo dia saem de casa um trouxa e um esperto. Fatalmente eles vão se encontrar e farão negócio”. Se não era exatamente estes os dizeres, era algo por aí, fica parafraseado então.

Alguns casos de micos na bolsa de valores são emblemáticos como o da Laep (MILK11) e Mundial (MNDL3, na época da armadilha tinha também o ativo MNDL4).

A Laep foi “matando” aos poucos a esperança dos investidores de que um dia o ativo voltaria ao preço pago ou até mesmo venderiam com lucro. E teve vários agrupamentos desta ação, na tentativa do controlador diminuir a liquidez do ativo, assim reduzir as quedas na cotação e diminuir o ataque especulativo na venda.
Até associação de minoritários lesados pelas perdas com a ação criaram.

A Mundial teve até gente grande sendo investigada, como corretora de valores, saiu muita reportagem na época e até hoje saem algumas. Virou caso de polícia. Assim como na Laep e em outros ativos com características de mico, este ativo subiu muito em curto espaço de tempo.
Só que a Mundial não deixou os pequenos investidores sofrendo muito tempo, a queda foi vertiginosa, de alguns reais que subiu em meses, ela voltou em poucos dias para casa de centavos. Inclusive faltou ativo para alugar e operar vendido, tamanho foi o ataque especulativo na venda.
Na época saiu até vídeos sobre o assunto no youtube feitos pelo Bastter. Será citado links para ver vídeos no final deste post.

Sempre vale lembrar, ninguém obriga você a apertar a boleta de compra e/ou de venda. O único e exclusivo responsável pelo seu sucesso é você mesmo.

Enfim, este é assunto muito debatido, principalmente na internet, onde você encontrá muita informação útil para não cair nesta cilada.
Quem for especular nestes ativos tem que saber o que está fazendo. Os pontos de entrada e saída tem que ser muito claro. A estratégia e controle de risco tem que ser apurados para que depois não fiquem chorando o leite derramado, fazendo protesto, colocando a culpa em Deus e no mundo por que você se equivocou e perdeu dinheiro.
Os órgãos competentes do Brasil e de outros países até investigam e tentam coibir estes tipos de fraudes para proteger os investidores, mas os fraudadores estão sempre inovando, criando novos métodos e buscando sair um passo a frente deles.

macaco_prego_g

Recomenda-se ver também:

Até o próximo post.

13 Comments

  • Reply Vilmar 29 de dezembro de 2015 at 16:20

    15h09 – Paula Barra
    Acionista venderá R$ 6,2 milhões em ações de small cap amanhã na Bovespa
    Leilão de venda movimentará sozinho volume financeiro 8 vezes superior ao giro médio diário negociado com a ação na Bolsa nos últimos 21 pregões

    SÃO PAULO – A BM&FBovespa informou nesta terça-feira (29) que ocorrerá um leilão amanhã para venda de R$ 6,2 milhões em ações da Vanguarda Agro (VAGR3). A operação, conhecida como “block trade”, resultará sozinha em um volume financeiro 8 vezes maior que o giro médio diário dos últimos 21 pregões movimentado com a ação na Bolsa (ou R$ 780 mil).

    Segundo comunicado da Bolsa, o leilão está programado para ocorrer entre 15 e 15h15 (horário de Brasília). A operação envolverá a venda de 750 mil ações, ou 4,18% do capital total da empresa, a preço de R$ 8,30. Os papéis da companhia, que operavam no negativo antes do comunicado, viraram para alta nesta sessão e já são negociados no preço estipulado pelo leilão (R$ 8,30). Às 16h02 (horário de Brasília), as ações registravam alta de 1,22%.

    O comunicado da Bovespa não informa quem é o acionista, mas que ele não é controlador ou integrante do bloco de controle e que ele desconhece qualquer informação relevante sobre a empresa que não seja de domínio público. A Bolsa informa, no entanto, que o investidor é membro do conselho deliberativo, fiscal, de administração ou de qualquer outro órgão que exerça direta ou indiretamente qualquer tipo de ato de gestão, fiscalização ou controle da companhia.

    Além do “block trade”, o mercado reage à notícia de que a companhia busca negociar um acordo com Itaú, Bradesco e Santander para adiar por um ano o pagamento de uma parcela de US$ 15 milhões da dívida que vence em 31 de dezembro, disse Arlindo Moura, presidente da companhia, em entrevista por telefone à Bloomberg, nesta terça-feira. Essa seria a primeira parcela da reestruturação da dívida de US$ 150 milhões com os bancos feita em abril.
    infomoney.com.br/v-agro/noticia/4488004/acionista-vendera-milhoes-acoes-small-cap-amanha-bovespa

  • Reply Vilmar 29 de dezembro de 2015 at 11:07

    10h04- Paula Barra
    “Explosão das small caps”: varejista dispara 72% em 4 dias; Dasa salta 30% com OPA
    Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta terça-feira

    10h42: Dasa (DASA3, R$ 10,00, +30,89%)
    As ações da Diagnósticos da América disparam hoje após a Cromossomo informar que está se dispondo a comprar todas as 86,6 milhões de ações em circulação da companhia por R$ 10,50 cada, segundo edital da oferta. Ontem, os papéis fecharam o pregão a R$ 7,64.

    O Bradesco BBI fará a intermediação da operação, que tem leilão programado na BM&FBovespa para dia 1° de fevereiro, às 15h (horário de Brasília). A Cromossomo adquiriu 150,8 milhões de ações por R$ 2,3 bilhões, segundo comunicado de março do ano passado.

    10h26: Restoque e Magazine Luiza
    Duas “small caps” do varejo que chamaram atenção ontem voltam a disparar nesta terça-feira: as ações da Restoque (LLIS3, R$ 2,60, +18,18%), dona das marcas Le Lis Blanc e John John, e Magazine Luiza (MGLU3, R$ 17,45, +7,72%). Somente nesses dois pregões, esses papéis subiram 38% e 47%, respectivamente. O movimento de alta dos papéis da Magazine Luiza, no entanto, na Bolsa iniciou um pouco antes, dia 22. De lá para cá (ou nos últimos 4 pregões), as ações da companhia já subiram 72%. Vale lembrar que ambas ações estavam próximas das mínimas históricas na Bolsa antes de iniciarem essa arrancada recente. No radar das companhias, contudo, nenhuma notícia aparece como justificativa dessa alta. Ontem, analistas comentaram que a falta de liquidez na Bovespa nesses últimos pregões do ano acabam ajudando a gerar essas distorções.

    10h04: Petrobras (PETR3, R$ 8,79, +2,09%; PETR4, R$ 6,84, +1,64%)
    Depois da forte queda na véspera, as ações da Petrobras têm pregão de recuperação nesta sessão após conclusão ontem da venda de 49% da Gaspetro, com o pagamento de R$ 1,93 bilhão pela Mitsui-Gás. Com a venda, a estatal atingiu a meta de desinvestimentos do ano de US$ 700 milhões. Para o ano que vem, a Petrobras espera vender US$ 14,4 bilhões em ativos, atingindo o montante de US$ 15,1 bilhões no biênio. A recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional hoje também contribui para a alta das ações hoje. O petróleo bret – contrato usado como referência pela Petrobras – subia 0,27%, a US$ 36,72 o barril. Ontem, ele registrou queda de 3,35%.

    Em nota a clientes, a XP Investimentos comentou que a informação da venda da Gaspetro já era esperada pelo mercado e muito pouco para uma companhia que pretende se desfazer de US$ 15 bilhões de ativos até 2016, ainda mais com o preço do petróleo renovando a mínima quase que diariamente.
    infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/4487157/explosao-das-small-caps-varejista-dispara-dias-dasa-salta-com

    • Reply Vilmar 29 de dezembro de 2015 at 16:12

      Lopes Filho – 14h12 : Controlador da Dasa publicou Edital de OPA

      Cromossomo Participações, controlador da Dasa, publicou hoje o edital da Oferta Pública Voluntária de Aquisição de Ações para aquisição da totalidade das ações em circulação de emissão da Dasa, que corresponde a 86.580.887 de ações, ao preço unitário de R$ 10,50. A intenção da OPA é a saída do Novo Mercado e o fechamento de capital da Dasa. O preço ofertado é 37% superior ao preço de fechamento no pregão de ontem. Sugerimos adesão à OPA por parte de todos os minoritários.

  • Reply Vilmar 2 de outubro de 2014 at 17:39

    OS PUMPER AND DUMPERS TÃO TUDO QUEBRANDO LUZERRSSS KK

    Minupar Participacoes S/A Alimentos e Bebidas (MNPR3)
    0,07 -22,22% Em 02/10/2014 16:40:43

    http://defendaseudinheiro.com.br/?s=micos

  • Reply Vilmar 22 de julho de 2014 at 15:52

    “dika kente” do papa dos micos ahahaahahahah:
    Ações que podem subir mais de 1.000% do dia para noite, segundo “papa” da análise técnica – InfoMoney
    infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3469701/acoes-que-podem-subir-mais-000-dia-para-noite-segundo

    • Reply Vilmar 23 de julho de 2014 at 11:30

      LUPA3: Hoje este lixo abriu com gap de quase -50%…pobres miqueiros ahahahahaah:
      08h34- Paula Barra
      MMX diz que avalia oportunidades; veja mais resultados e outras 7 notícias
      Ainda entre os destaques, conselho da Lupatech aprova aumento de capital, enquanto CCR consegue liminar na Justiça para reajustar pegágio na Autoban

      Lupatech
      O Conselho de Administração da Lupatech (LUPA3) aprovou aumento do capital social da fabricante de equipamentos para a indústria de óleo e gás entre R$ 676 milhões e R$ 1,32 bilhão. A operação será realizada para reestruturação do endividamento financeiro e equacionamento da estrutura de capital da empresa, conforme plano divulgado ao mercado em novembro do ano passado.

      Serão emitidas no mínimo 2,7 bilhões de ações ordinárias e no máximo 5,28 bilhões de papéis, ao preço de R$ 0,25 cada, menos da metade do R$ 0,59 do valor do papel da Lupatech na Bovespa no fechamento desta terça-feira. Segundo a empresa, o preço de emissão foi determinado com base na média simples da cotação das ações nos últimos 80 dias de negociação na Bovespa e deságio de 59,6%.

      “O preço por ação fixado foi estabelecido pela companhia em comum acordo com os credores… e é condição necessária para viabilizar a capitalização de créditos pelos titulares dos bônus perpétuos e das demais instituições credoras da companhia e suas controladas no Brasil”, disse a Lupatech. Em comunicado, a Lupatech afirmou ainda que os acionistas terão até 22 de agosto para exercício do direito de preferência.

      Nesta terça-feira, o Conselho da Lupatech também convocou uma assembleia geral de debenturistas, a ser realizada em 7 de agosto, para deliberar sobre a alteração dos termos e condições e o desdobramento das debêntures, para cumprir com disposições previstas no plano de recuperação extrajudicial.

      “Nesse sentido, e após a realização da assembleia em referência, os titulares de debêntures terão o direito de subscrever novas ações de emissão da companhia no âmbito do aumento de capital”, disse a Lupatech.

      m.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3472172/mmx-diz-que-avalia-oportunidades-veja-mais-resultados-outras-noticias

      http://chegadeperderdinheiro.com.br/a-armadilha-dos-micos/
      GRÁFICO DE LUPATECH, GAP DE BAIXA EM 23/07/2014

  • Reply Vilmar 10 de junho de 2014 at 17:14

    DESTAQUE DE ALTA 10-06-2014 | 17h02
    Ação da Mangels dispara 26% com volume 20 vezes maior; empresa desconhece motivo
    Entre as notícias que favorecem a companhia está um novo acordo automotivo entre Brasil e Argentina; assessoria diz que plano de recuperação está próximo de ser votado
    infomoney.com.br/mangelsinds/noticia/3397149/acao-mangels-dispara-com-volume-vezes-maior-empresa-desconhece-motivo
    PUMP AND DUMP EM MAIS UM MICO LIXO AHAHAHAHAAHAH
    CHEGA DE GOLPESSSSS AHAHAAHAH, CHEGA DE ANALISTAS DE RETROVISOR, PROFETAS DO ACONTECIDO AHAHAHA, XAMA A CVMMMMMMMMMM

  • Reply André Giovanni 19 de maio de 2014 at 14:19

    Frajola, soube agora lá no GuiaInvest que esse blog é seu. Quero agradecê-lo profundamente por ter tentado me alertar na ocasião de meu investimento na OGX. Quem dera pudesse voltar no tempo para poder corrigir o meu erro. Infelizmente aprendi da pior maneira, mas jamais deixarei de reconhecer o seu trabalho de alertar os pequenos investidores sobre investirem nos diversos “micos” que surgem em nossa Bolsa. Valeu!

    • Reply Vilmar 19 de maio de 2014 at 14:24

      Obrigado pela participação!
      Abraço.

  • Reply Vilmar 5 de agosto de 2013 at 21:21

    agen11 tá indo fechar qap em 0,01 pela AAT kkkkkkkkkkkkk

    05/08/2013 às 20h52
    Justiça de SP decreta falência da Agrenco Limited no Brasil

    SÃO PAULO – O juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo decretou a falência das subsidiárias da Agrenco Limited no Brasil, em recuperação judicial desde 2008. A decisão passou a ser aguardada depois que os credores recusaram, no dia 27, a última proposta de recuperação apresentada pela companhia.
    valor.com.br/agro/3223098/justica-de-sp-decreta-falencia-da-agrenco-limited-no-brasil#ixzz2b8xFArbw

  • Reply Vilmar 2 de agosto de 2013 at 13:39

    Revolução dos micos: empresas chamam a atenção com fortes movimentações
    Mangels, Estrela, Viver, Telebras, Lupatech e Cambuci subiram forte nas últimas sessões
    9h27 | 02-08-2013

    SÃO PAULO – Ações menos líquidas tendem a sofrer fortes oscilações mesmo sem um motivo muito concreto. Nos últimos pregões, porém, muitos papéis considerados no jargão de mercado como “micos” chamaram a atenção: Mangels (MGEL4), Estrela (ESTR4), Viver (VIVR3), Telebras (TELB4), Lupatech (LUPA3), Agrenco (AGEN11), Tupy (TUPY3), Renar Maçãs (RNAR3) e Cambuci (CAMB4) apresentaram recentemente fortes oscilações de preços e um volume de negócios bastante acima da média.
    O movimento mais fora do padrão é o da Mangels, que vê as ações subirem cerca de 65% nas últimas 3 sessões, com um volume muito acima da média – o que fez com que a BM&FBovespa indagasse a companhia sobre o assunto, obtendo a resposta de que o diretor de relações com investidores “não sabia de nada”. Rumores de que a companhia seria vendida foram rebatidos pela própria empresa, após indagação feita pelo InfoMoney.
    A Mangels (MGEL4) traz os pré-requisitos de um mico da Bovespa: a ação possui pouquíssima liquidez – chegando a ter apenas 1 negócio em um dos pregões de julho – e possui baixo valor de mercado, o que acaba refletindo na ação no valor de face da ação, que é muito baixo – o que torna bastante acessível para investidor pessoa física. Nos últimos anos, a empresa vem mostrando quedas na bolsa: 23,38% em 2010, 53,36% em 2011, 41,36% em 2012 e agora apresenta queda de 70,18% em 2013. Embora a companhia, em bolsa, valesse menos do que o patrimônio, a dívida da companhia extrapola em 31 vezes o seu patrimônio.


    No ”Bovespês”, mico é uma empresa de baixa liquidez e com fortes oscilações

    Depois de altas de 24,44% na quinta e 25% na sexta, foi vez da empresa ter valorização de 11,43% nesta última segunda-feira (29), terminando a R$ 0,78. A empresa devolveu um pouco dos ganhos na terça, com queda de 3,85%, para R$ 0,75. Na quarta e na quinta, praticamente estabilidade – mas com volume forte em ambos pregões.

    Viver: valorização com volume
    Uma empresa que também está com forte volume é a Viver (VIVR3), cujas ações movimentaram R$ 4 milhões no último dia 29, mais de 10 vezes a média dos últimos pregões. Na última segunda, os papéis subiram 16,13%, aos R$ 0,36 – sem que nada justificasse esse tipo de movimentação, na visão da própria empresa. “Não vemos nada de pontual”, diz Fabricio Oliveira, coordenador estratégico da companhia.
    Além disso, as compras da companhia foram compras grandes, já que o número de negócios ficou apenas 2,5 vezes superior à média, com uma operação entre dois clientes de uma mesma corretora – a SLW Corretora – movimentando mais de 6 milhões de ações, indicando uma possível compra casada, o que acaba inflando artificialmente os números da companhia. A ação praticamente sumiu desde 2007, com quedas de 98% desde o topo histórico naquele ano, sofrendo mais que qualquer outra imobiliária os problemas do setor.
    Oliveira cita que a companhia acabou de vender um grande terreno nos últimos dias, a Lagoa dos Ingleses – na região metropolitana de Minas Gerais – e que a empresa vem finalizando esse processo, mas não acredita que isso esteja ligado ao movimento. “Temos sinalizado uma melhora nas nossas operações, uma melhora na nossa estrutura de capital. Mas nada recente que possa ter causado isso”, salienta.
    Talvez por conta dessa ausência de fatores, a ação caiu 16,67% na última terça-feira, para R$ 0,30, tendo movimentado R$ 2,86 milhões. O número de negócios foi ainda mais elevado do que na sessão anterior, já tendo ocorrido 1.136 negociações envolvendo ações VIVR3 – contra apenas 692 da segunda-feira. Na quarta, alta de 3,33%, para R$ 0,31, com volume e número de negócios já dentro do normal.
    Os fundamentos vieram e a companhia caiu 9,68% na quinta-feira, aos R$ 0,28. A companhia teve o rating rebaixado pela Fitch para “CCC” – transformando os títulos de dívida da companhia em “junk bonds”, lixo. O rebaixamento do rating reflete o contínuo enfraquecimento de liquidez, o aumento do já elevado risco de financiamento da companhia e as fortes pressões de pagamento da dívida corporativa no curto prazo.

    Telebras, Lupatech e Estrela: altas pontuais
    Já a Telebras (TELB3, TELB4) apresentou esse movimento fora do comum apenas na segunda-feira: alta de 6,51% – fechando a R$ 3,27 – e volume forte. Na terça-feira, novamente uma sessão com volume forte, mas desta vez a cotação apresentou fraca oscilação – queda de 4,89%, para R$ 3,11. O volume forte seguiu na sessão seguinte e só se estabilizou na quinta, quando o papel fechou a R$ 3,03.
    A estatal é conhecida por iniciar movimentos de alta esporádicos: sobe em algumas sessões com volume forte – geralmente quando o governo anuncia algo – e “volta a dormir”, passando várias sessões “parada” ou com queda. No ano, o movimento da companhia é negativo em 62,75%. Contactada pelo InfoMoney, a empresa não foi encontrada para prestar esclarecimentos sobre os movimentos.
    O caso da Estrela (ESTR4) também chamou a atenção, já que a empresa também não anunciou nada ao mercado: apenas lançou uma nova linha de brinquedos baseado no personagem Chaves, o que também não seria visto como um motivo para impulsionar as ações pelo mercado. A empresa apresentou alta de 6,67% no pregão de sexta, mas chegou a subir 18% no intraday, também com um volume muito acima da média, assim como a quantidade de negócios. Na segunda, alta de 3,13%, para R$ 0,33, mas com volume e número de negócios medianos – o que se seguiu nos próximos pregões. Procurada pelo InfoMoney, a Estrela não foi localizada para prestar esclarecimentos.
    Outra empresa que chama a atenção sem que nada público fosse divulgado é a Lupatech (LUPA3), a companhia teve ganhos de 20% em 4 dias, fechando a R$ 0,59 – em sessões marcadas por volume forte e número de negócios acima da média. A empresa, cujas ações também passaram por uma agressiva queda de 99% nos últimos anos, já foi obrigada a dar um calote em suas dívidas – e vive na expectativa do que pode acontecer em relação à sua situação, com planos de resgate sendo escritos, a ponto de que qualquer novidade pode significar o fortalecimento de uma empresa que tem sofrido bastante na bolsa.

    Tupy e Coteminas: queda sem motivo?
    Se alguns papéis tiveram ganhos sem motivos, outros tiveram quedas também sem motivo aparente. Parece ser o caso de Tupy (TUPY3) e Coteminas (CTMN4), que tiveram pregões de queda que chamaram atenção. A primeira teve alta de 1,43% na segunda, com um volume de R$ 3 milhões e 80 negócios, – bastante acima da média de R$ 43 mil e 8 negócios. Mas inverteu e caiu 12,20% na terça, após movimentar R$ 1,5 milhão. Na quarta, destaque: alta de 5,56%, aos R$ 19,00 – movimentando inacreditáveis R$ 120 milhões, mais de 666 vezes a mais.
    Já a Coteminas, que geralmente não é nem negociada diariamente na Bovespa – o que torna impossível o cálculo de uma média – enfrentou vários dias de grande negociação. Após 7 negócios no dia 22, as ações preferenciais tiveram 155 negócios no dia 23, 142 no dia 24, 109 no dia 25, 195 na sessão seguinte – a última daquela semana. O movimento continuou na segunda: 167 negócios, registrando 227 negócios na terça, “apenas” 94 negócios na quarta-feira e 285 na quinta. Nesse período, as ações acumularam perdas de 8,40%, terminando o último pregão aos R$ 2,29.
    Quando os fundamentos são conhecidos: Cambuci, Agrenco e Gradiente
    Outros três micos tiveram sessões movimentadas, mas com motivos conhecidos. A Cambuci (CAMB4), empresa de artigos esportivos fabricante das marcas Penalty e Stadium, anunciou a designação do novo presidente, que chega em meio a um movimento para aumentar a liquidez dos papéis e a governança corporativa. Com isso, as ações da empresa registraram 7 negócios na segunda e volume financeiro de R$ 22,12 mil – números a princípio baixos, mas bastante robustos em relação ao histórico recente da empresa na Bovespa. As ações fecharam cotadas a R$ 1,94, com valorização de 4,86%, mesma cotação de terça-feira, depois de 5 negócios. Na quarta, um único negócio levou a cotação para R$ 1,95 – que permaneceu na quinta, quando a companhia não foi negociada.
    Enquanto isso, a IGB Eletrônica (IGBR3), dona da Gradiente, anunciou sua nova versão do iPhone – marca disputada com a Apple -, modelo C600, que chegará ao mercado em outubro deste ano. As ações da IGB dispararam 11,41%, fechando a R$ 6,54. O volume financeiro foi de R$ 60,7 mil, obtido através de 34 negócios realizados – números levemente acima da média, de volume em R$ 57 mil e 30 negócios por dia. Contudo, o movimento foi visto com muito mais intensidade na terça-feira: 131 negócios movimentaram R$ 335 mil e fizeram a ação subir 17,74%, aos R$ 7,70. A alta deu trégua na quarta, com queda de 2,47% e continuaram na quinta, quando a valorização foi de 10,12%, aos R$ 8,27.
    Por fim, a Agrenco (AGEN11) vem sofrendo sessões de grandes tensões, após os credores rejeitarem o plano de recuperação judicial da companhia, o que pode fazer com que a companhia precise declarar falência. Essa notícia fez com que a ação recuasse 69,23% na sexta-feira, com um volume de R$ 36 milhões. Na segunda, leve recuperação, com alta de 10%, antes de retomar o caminho das quedas com perdas de 22,73% na terça e um novo alívio na quarta, com ganhos de 11,76%, aos R$ 0,19 – cotação que continuou na quinta, quando os negócios foram abaixo da média.
    Já as ações da Renar Maçãs (RNAR3) subiram 23,08% na quarta, a R$ 0,16, após a empresa anunciar a redução de 21,4% no total do seu endividamento junto ao banco – ou valor de aproximadamente R$ 11,6 milhões – e 13,3% do endividamento total da companhia. Os papéis RNAR3 também chamam a atenção pelo forte volume negociado, movimentando R$ 382 mil, montante acima dos R$ 41,17 mil atingidos na média diária dos últimos 21 dias. A quinta também teve volume forte, mas as ações não tiveram mudança em suas cotações.

    O que é um mico?
    Em Bovespês, um mico é uma empresa pequena, de valor de mercado bastante reduzido e que seja bastante ilíquida, com algumas nem sendo negociadas todos os dias na Bovespa. Geralmente, mas não sempre, ela possui o valor cotado aos centavos e são empresas cujas ações passaram por variações negativas muito forte no passado. Esses fatores fazem com que esses papéis sejam extremamente voláteis, inclusive com as cotações suscetíveis a manipulações. A própria Bovespa pede para que as empresas não deixem que seus ativos tenham o valor em centavos – para impedir que essa volatilidade. Alguns casos mais famosos de “bolha” envolviam “micos”: é o caso da Mundial (MNDL3) em 2011, que subiu mais de 3.000% em 3 meses – antes de estourar e perder 99% de valor de mercado em 3 dias.
    infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/2886371/revolucao-dos-micos-empresas-chamam-atencao-com-fortes-movimentacoes

  • Reply Vilmar 2 de março de 2013 at 21:32

    Leiam também esta matéria abaixo, é meio antiga, tinha visto na época, e um colega agora acabou de me lembrar da mesma, segue abaixo:

    Golpes e picaretagens – o “pump and dump” – EXAME.com
    http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/voce-e-o-dinheiro/2012/03/12/golpes-e-picaretagens-o-pump-and-dump
    via @exame_blogs

    • Reply Vilmar 6 de março de 2013 at 19:30

      Laep tem seus bens e participações societárias bloqueados pela justiça
      CVM e Ministério Público Federal ajuizaram medida cautelar provisória, deferida em caráter liminar nesta data, com alegação de indícios de infração a normas que regem a bolsa brasileira
      Por Lara Rizério |18h33 | 06-03-2013

      SÃO PAULO – A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ajuizou, em conjunto com o MPF (Ministério Público Federal) uma medida cautelar preparatória de ação civil pública para a Laep Investments (MILK11), por causa dos danos causados aos investidores da emissora de BDRs (Brazilian Depositary Receipts). A medida, ajuizada no dia 28 de fevereiro de 2013, foi deferida liminarmente nesta quarta-feira (6).
      Desta forma, a CVM e o MPF obtiveram o bloqueio judicial de bens e participações societárias da Laep Investments. Esta decisão tem em vista os indícios de infrações a normas que regem o mercado de valores brasileiro e a iminente operação de fusão da Laep com a sociedade Prosperity Overseas, noticiada ao mercado por meio de fato relevante publicado no dia 18 de fevereiro de 201
      A ação cautelar ajuizada contra a Laep e seu controlador, Marcus Elias, deferida em caráter liminar, determina a decretação da indisponibilidade dos bens do controlador da Laep e o afastamente do seu sigilo fiscal.

      CVM instaurou ainda inquérito para apurar os fatos relevantes de atuação da companhia (Getty Images)
      Além disso, impede a transferência, por qualquer meio ou sob qualquer forma, “de participações societárias ou por quotas de sociedades e veículos de investimento brasileiros pertencentes, direta ou indiretamente, à Laep”. Esta determinação inclui a transferência que pretendia ser deliberada no próximo 7 de março.
      A CVM informou ainda que instaurou inquérito administrativo com a finalidade de apurar o conjunto de fatos referentes à atuação da companhia.

      http://www.infomoney.com.br/laep/noticia/2695243/laep-tem-seus-bens-participacoes-societarias-bloqueados-pela-justica

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